terça-feira, 20 de outubro de 2015

PTMG - MP de MG investiga ‘pedaladas’ tucanas em negócios da Cemig com Andrade Gutierrez.


Promotoria quer saber como empréstimos tomados pelo Estado para pagar dívidas da estatal viraram lucros da empreiteira; por que acordo com acionista minoritária deu à construtora poderes para indicar diretor; e como distribuição de lucros subiu de 25% para 50%.
Os deputados estaduais do PT de Minas Gerais, Rogério Correia e Professor Neivaldo, municiaram o Ministério Público do estado na última semana com ampla documentação sobre negócios suspeitos entre a Companha Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Construtora Andrade Gutierrez.
Otávio Marques de Azevedo, presidente da construtora está preso por participação no esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Os negócios entre Cemig e Andrade Gutierrez sob investigação do MP foram determinados pelo acionista majoritário – o governo mineiro – no decorrer dos anos de gestão tucana, de 2003 a 2014, dos governadores Aécio Neves, Antônio Anastasia e o seu vice, Alberto Pinto Coelho (PP), que o substituiu durante os oito últimos meses de mandato, a partir de abril de 2014.
Com a documentação, o promotor público Eduardo Nepomuceno decidiu ampliar o leque de investigações sobre a venda, pela construtora, de sua parte na usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, à Cemig. Esse era o foco inicial do inquérito aberto pelo MP no ano passado para tentar desvendar o negócio.
O promotor reconheceu, em vídeo-reportagem do telejornal “Notícias de Minas”, da Rede TV Minas, que só tomou conhecimento dos fatos pelas mãos dos deputados.
“Com o material entregue (dia 14), a gente tem uma notícia, que não era do nosso conhecimento, da lei estadual que aprovou empréstimos para pagar dívidas da Cemig e informações sobre o acordo de acionistas para aumentar a distribuição de dividendos, o qual não seria do interesse do Estado”, afirmou Nepomuceno.
Segundo Correia, os empréstimos feitos para pagar dívidas da estatal, estimadas em cerca de US$ 2 bilhões ou R$ 7,6 bilhões, em valores atuais, foram usados para beneficiar a Andrade Gutierrez.
Em sua página na internet, o deputado define as relações entre o estado e a construtora como “negociatas” e chama o caso de “Lava Jato de Minas”.
“A Gutierrez não tinha nada a ver com as dívidas, mas recebeu dividendos (com o dinheiro) dos empréstimos. Não deve ter ficado em menos de R$ 600 milhões”, afirmou, com base nos critérios de distribuição de lucros pela companhia mineira.
No ano passado, segundo o deputado, a construtora tornou-se a principal doadora de recursos à campanha eleitoral de Aécio Neves à presidência, ao repassar cerca de R$ 20 milhões ao tucano, mas também financiou Anastasia e candidatos do PSDB de Minas ao Congresso Nacional.
Correia também lamenta que a construtora, mesmo minoritária como sócia da estatal mineira, vem recebendo vantagens do governo estadual. “A Andrade Gutierrez, na prática, vem mandando na Cemig”, garante.
Devido ao acordo de acionistas, a parte mais importante da diretoria é indicação da empreiteira, explica o deputado.
“A principal diretoria são eles (da Andrade Gutierrez) que escolhem”, afirma. O pagamento de dividendos é citado por ele como exemplo das benesses tucanas ao grupo empresarial.
“Na época do (governador) Itamar (Franco), o pagamento de dividendos era de, no máximo, 25%, mas hoje é, no mínimo, de 50% (sobre os lucros)”. Correia afirma que em dois anos mais de 100% dos lucros da Cemig foram distribuídos aos sócios minoritários.
“Grande parte fica com a Andrade Gutierrez”, admira-se Correia. Ao telejornal, o PSDB mineiro afirmou que as declarações do deputado são “absurdas e irresponsáveis”; Anastasia declarou que os negócios foram vantajosos para a Cemig; e a construtora não quis se manifestar.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias
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3º Congresso da JPT de Minas Gerais reúne jovens na região metropolitana.
Jovens de Minas Gerais se reúnem em Mario Campos, para eleição de novo Secretário de Juventude do PTMG e diálogo entre a juventude.
A Juventude do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais se reuniram no último final de semana, nos dias 17 e 18, na cidade de Mario Campos, região metropolitana de Belo Horizonte onde realizaram o 3º Congresso da JPT. O congresso tem como intuito discutir diretrizes do partido, enfrentamos realização de grupos de trabalho, apresentações culturais, além da eleição do novo secretário de juventude e dos delegados que irão representar o estado no Congresso Nacional da JPT que acontece nos dias 19 a 22 de novembro em Brasília.
Estiveram presentes no congresso cerca de 220 jovens, de 24 cidades do estado, dentre esses 74 delegados aptos para votar a escolha do secretário. Durante todo o sábado, os presentes realizaram grupos de trabalhos que foram divididos pelos temas de Regionalização do PT e Governo, Eleições 2016, Movimento Estudantil e Juventude Rural.
Na abertura politica do Congresso, fizeram parte da mesa principal a presidente do PTMG, Cida de Jesus, o deputado federal Reginaldo Lopes, o subsecretário de juventude do governo de Minas Gerais, Miguel Ângelo, Ítalo Salvador, membro do Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras) e Myslei Pereira do Kizomba Enegrescer.
A presidente do PTMG, durante sua fala mencionou a importância desse congresso e também sobre a presença dos jovens nas eleições 2016. “É muito importante à presença de centenas de jovens hoje aqui, para debatermos a importância da organização da juventude no estado e também discutirmos a necessidade de incentivar e fortalecer candidaturas de jovens no processo eleitoral de 2016”, afirmou Cida de Jesus.
O rapper Flávio Renegado, marcou presença no Congresso, onde participou junto dos jovens nas apresentações culturais que marcaram a noite de sábado.
Candidataram-se ao cargo de Secretário de Juventude três jovens das de três diferentes forças, a Tribo com Gustavo Aguiar, JART (Juventude da articulação) com João Victor e EPS (Esquerda Popular Socialista) com Melissa Guerra. Gustavo, da Tribo, foi eleito com 53 votos dos 74 delegados presentes e é o novo secretário de juventude do PTMG. Foram escolhidos também os 12 delegados para representar o estado no Congresso Nacional.
Assessoria de Comunicação PTMG
Foto: Naiara Campos
Atualizado em 19/10 às 13:42h
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Diretório Estadual do PT aprova calendário de encontros regionais e resoluções.
PTMG divulgará Resolução Política elaborada com contribuição de militantes e grupos de trabalho.
Em reunião realizada no sábado, 17, o Diretório Estadual do PTMG(DEPTMG) aprovou o calendário da segunda rodada de encontros regionais da legenda em Minas, que começarão nos dias 7 e 8 de novembro. Os membros do Diretório Estadual destacaram como positiva a dinâmica adotada para a elaboração da resolução política do PTMG. A partir de contribuições em textos, cinco grupos de trabalho analisaram os cinco eixos:  Cenário internacional; Conjuntura política e econômica; 10 meses de governo democrático e popular em Minas Gerais; Desafios do PT/MG (Organização e Mobilização); Eleições 2016. Os grupos fizeram emendas aos textos e o aprovaram na plenária final. A Resolução Política será divulgada ainda esta semana. Também foram aprovadas resoluções do Grupo de Trabalho Eleitoral(GTE) e de processos internos.
Enfrentar o ódio e o preconceito.
Pela manhã, a presidente estadual do PT, Cida de Jesus, ressaltou que as ações que o partido vem adotando desde o início do ano, como a formação das 19 coordenações regionais para as macrorregiões, a capacitação dos coordenadores e a destinação de recursos para financiamento mínimo das coordenações, são medidas para fortalecer o partido e enfrentar a onda conservadora e de ódio que abate Minas e o país.
“Nosso governo em Minas está dando certo. Os Fóruns Regionais produzem um sentimento de pertencimento na população, que se empodera das decisões do Estado. Isso incomoda quem sempre atuou em favor de poucos. Há três semanas vivemos uma bateria de ódio, preconceito e desrespeito. Não vamos ficar calados. Já ingressamos com representações contra alguns desses movimentos e vamos enfrentar com a militância na rua e dar respostas a todos os ataques”, assegurou a presidente do PTMG, Cida de Jesus.
Parlamentares avaliaram conjuntura nacional e estadual.
A deputada federal Margarida Salomão, denunciou que “vivemos num verdadeiro mundo da fantasia, porque as notícias verdadeiras não chegam.” Ela referiu-se às notícias veiculadas a respeito da reunião do ex-presidente Lula com a bancada do PT na Câmara, da qual ela participou. Segundo Margarida, a imprensa tem distorcido e tratado a informação com perversidade e que não há qualquer acordo do PT ou do ex-presidente com o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, alvo de investigação pelo Ministério Público Federal.
“Desde fevereiro é rotina na Câmara é o desrespeito, a agressão, o machismo e a falta de compostura no ataque ao partido, à presidenta, seus parlamentares e lideranças. O que vemos não é debate político, é rebaixamento. Nós estaremos na trincheira para mostrar o que de fato ocorre e desconstruir esse discurso.”, afirmou. A deputada federal conclamou o partido e os militantes a enfrentar a onda conservadora que, de fato, trabalha para derrotar a democracia e os avanços na qualidade de vida da população conquistados até hoje. “Essa tentativa de derrotar não é o PT, mas de derrotar um projeto de país.”, ressaltou.
O líder do Bloco Minas Melhor, que reúne na Assembleia Legislativa os partidos aliados ao governo de Minas, Fernando Pimentel, deputado estadual Rogério Corrêa, fez um balanço dos 10 meses de governo no Estado. De acordo com Rogério, diante das dificuldades deixadas pelos tucanos, um déficit de R$7,5 bilhões no caixa do Estado, a avaliação é positiva, confirmada pela pesquisa da Datatempo, em que o governador obteve 73% de aprovação da população mineira.
O deputado Rogério Correia destacou o cuidado em manter o diálogo com o movimento social, sindical e também os partidos aliados, como elementos importantes para avançar nas ações necessárias para sustentação do governo e avanços já registrados. Para ele, a mesma prática vista no âmbito nacional é repetida pela oposição em Minas. Ele elogiou a ação da Executiva do PTMG de ingressar com representações contra ações de grupos fascistas e reafirmou que o partido e seus militantes estarão enfrentando as investidas da direita em nosso Estado e no país.
A mesa da manhã foi formada por: Secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação e Cidadania, Nilmário Miranda, a prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa, representando os prefeitos(as), a deputada federal Margarida Salomão, o deputado estadual Cristiano Silveira, a presidente do PTMG, Cida de Jesus, os deputados estaduais Professor Neivaldo e Rogério Corrêa, o vereador Juninho Paim, representando os vereadores, o secretário geral nacional, Romênio Pereira, a vice-presidente nacional, Gleide Andrade, o secretário de comunicação do PTMG, deputado estadual Ulysses Gomes, o deputado federal Reginaldo Lopes, e a presidente da FUCAM, Maria Teresa Lara.
 Novas regras eleitorais e curso de formação.
A advogada Edilene Lobo fez apresentação sobre as mudanças que a mini-reforma aprovada no Congresso Nacional e a decisão do STF, de proibir financiamento de campanha por empresas, vão impactar nas eleições de 2016. O Partido dos Trabalhadores vai disponibilizar material digital para todos os diretórios municipais e dirigentes, para que possam se inteirar das mudanças e prepararem-se para as eleições do próximo ano.
A diretora da Escola Nacional de Fomração do PT, Selma Rocha, apresentou a proposta do curso de formação de dirigentes que será realizado ainda este ano. Minas Gerais é um dos estados que terá o curso, que tem objetivo de embasar o discurso dos petistas para fazer o debate político consistente.
Resolução política.
À tarde, o secretário geral do PTMG, deputado estadual Cristiano Silveira, apresentou a dinâmica de elaboração da resolução política. “Queremos democratizar a construção de nossas resoluções, que devem espelhar as diferentes vozes que o nosso partido reúne. Nesse sentido é que buscamos a contribuição destes setores da legenda, que produziram os textos analisados pelos grupos de trabalho, que farão suas observações e encaminhamentos à plenária final.”, explicou.  Na sequência, foram formados os grupos que leram, discutiram e apresentaram emendas aos textos. Esse material resultará na resolução política do PTMG que deverá ser divulgada ainda esta semana. Também foram aprovadas resoluções do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) e de processos internos.
Assessoria de Comunicação do PTMG.
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Funed recebe alunos de escolas do Estado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Estudantes vão conhecer o que é feito na Fundação Ezequiel Dias e aprender sobre hábitos de espécies peçonhentas e sua aplicação na ciência.
Como parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Minas Gerais, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) recebe, entre esta terça-feira (20/10) e sexta-feira (23/10), alunos de escolas públicas e privadas de todo o estado para mostrar o que é feito em seus laboratórios.
Realizada desde 2004, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia leva para a população, de forma gratuita, atividades de divulgação científica, com linguagem acessível e o objetivo de aproximar as pessoas da Ciência e Tecnologia. Com o tema “Luz, Ciência e Vida”, a Semana acontece durante os dias 19 e 23 de outubro em todo o país.
Na Fundação Ezequiel Dias, os alunos terão a oportunidade de conhecer os processos realizados na instituição e aprender sobre a vida e morfologia dos animais peçonhentos, os venenos e suas utilizações para a produção de soros e realização de pesquisas.
Na terça-feira (20/10), às 10h, o evento será aberto com apresentação da banda do Exército e de artistas circenses. Dentro do circuito ‘A Ciência Movimenta a Vida’, planejado para a Semana, haverá visitação ao Serpentário, que tem mais de 20 espécies de serpentes expostas, além de aranhas e escorpiões.
Além disso, os alunos farão um tour pelo laboratório do Ezequiel Dias. “É uma recriação do espaço, com os móveis originais”, explica a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Funed, Esther Bastos. Ela conta que os alunos farão dez paradas durante o circuito pela Fundação. “A ideia é mostrar o que a ciência faz pela vida, então abrimos nosso espaço para isso”, diz.
Na brinquedoteca infantil, com maquetes e protótipos que mostram a ciência de forma lúdica, os alunos poderão conferir, por exemplo, a caleidosfera, uma espécie de caleidoscópio feito de espelhos. Toda a mostra utiliza conceitos da física para funcionar.
Como parte do circuito haverá, ainda, a participação da Plug Minas por meio do projeto Oi Kabum e do Museu de Ciências da PUC Minas, possibilitando interatividade e conhecimento.
Vagas abertas.
A Funed receberá 40 alunos por vez, que serão divididos em duas turmas para a realização do circuito. Ainda há vagas para escolas que tenham interesse em participar. A exposição também será aberta à população em geral, entre 10h e 15h.
Todas as visitas são guiadas. As escolas interessadas devem fazer o credenciamento nos telefones (31) 3314-4576 / 3314-4575 ou 3314-4577.
Fundação Ezequiel Dias.
Vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), a Fundação Ezequiel Dias age de forma integrada com todo o sistema de saúde pública do Estado e tem diversas pesquisas em andamento, segundo a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da fundação, Esther Bastos. “Aqui é produzida a vacina contra a Meningite C e também o soro contra veneno de escorpião e serpente”, exemplifica.
Além disso, a Fundação realiza análises de água, alimentos e medicamentos. “Neste momento temos diversas pesquisas em desenvolvimento já em fase de registro, como, por exemplo, o Kit de Diagnóstico Rápido da Dengue”, conta. O teste promete detectar a dengue em 20 minutos e pode ser um caminho para reverter os índices de mortalidade da doença.
Extensa programação.
Durante a semana, várias atividades serão realizadas em Minas Gerais. No site www.semanact.mcti.gov.br é possível conferir a programação em todo o Estado e em cada município mineiro.
Fonte e imagem: Agência Minas
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Saúde divulga diretrizes para atendimento a vítimas de violência sexual.
A ação permite que o hospital realize exame físico, descrição de lesões, registro de informações e coleta de vestígios que serão encaminhados, quando requisitados, às autoridades policiais.
As unidades hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) se preparam para realizar a coleta de informações e de vestígios de vítimas de violência sexual. O Ministério da Saúde publicou portaria que traz os critérios de habilitação de serviços da rede pública para darem suporte às vitimas desse tipo de violência. As unidades habilitadas poderão realizar o registro de informações em ficha de atendimento multiprofissional até a coleta e armazenamento provisório do material para possíveis encaminhamentos legais. A medida reduz a exposição da pessoa que sofreu a violência, evitando que as vítimas sejam submetidas a vários procedimentos.
A nova portaria (nº 1.662) integra as ações do Programa Mulher: Viver sem Violência, criado este ano por meio de portaria interministerial assinada pelos ministérios da Saúde, da Justiça e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres. O programa Estabelece novas diretrizes para organização e a integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os exames serão feitos em estabelecimentos hospitalares, classificados como serviços de Referência para Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual, que contarão com equipes compostas por enfermeiros, médicos clínicos e especialistas em cirurgias, psicólogo clínico, hospitalar, social e do trabalho, assistentes sociais e farmacêuticos. Os profissionais serão capacitados para atender vítimas de agressão sexual por meio de força física (estupro), abuso sexual e casos relacionados a abuso sexual envolvendo crianças, dentro ou fora de casa.
A capacitação destes profissionais começou em 2014 e até o momento o Ministério da Saúde já investiu R$ 1,5 milhão para qualificar equipes especializadas nas áreas de saúde e segurança pública. Cerca de 300 profissionais de 52 hospitais já foram capacitados para a realização da Coleta de Vestígios pelo SUS e apenas os serviços capacitados poderão ser habilitados para a realização de tal procedimento. O custeio desses serviços ocorrerá, inicialmente, por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) por seis meses, para criar a série histórica necessária à sua agregação ao Componente Limite Financeiro da Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (Teto Mac) dos Estados e Municípios.
Os atendimentos ocorrerão 24h por dia, sete dias por semana em locais específicos e reservados para acolhimento, registro de informações e coleta de vestígios e a guarda provisória de vestígios. O objetivo é tornar o atendimento mais humanizado e eficaz, evitando assim a revitimização e reduzindo a exposição da pessoa que sofreu a violência, além de oferecer às autoridades policiais elementos que identifiquem os autores da violência e comprovem o ato.
COMBATE À IMPUNIDADE – O registro de informações e a coleta de vestígios no momento do atendimento em um dos estabelecimentos de saúde habilitados para esta finalidade contribuem para o combate à impunidade, considerando a sua realização nas primeiras horas após a violência. No entanto, é importante reforçar que os serviços de saúde não substituem as funções e atribuições da segurança pública, como a medicina legal, uma vez que ambos vão atuar de forma complementar e integrada, conforme a Portaria Interministerial n° 288, de 25 de março 2015, que estabelece “orientações para a organização e integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e pelos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à humanização do atendimento e ao registro de informações e coleta de vestígios”.
A implementação dessa ação possibilitará aos profissionais do SUS a realização do exame físico, a descrição das lesões, o registro de informações e a coleta de vestígios que serão encaminhados, quando requisitados, à autoridade policial. Isto permite que as informações e vestígios da violência estejam devidamente registrados, armazenados e disponíveis para os sistemas de segurança pública e de justiça nas situações em que a pessoa em situação de violência decidir registrar posteriormente a ocorrência.
A coleta de vestígios (secreção vaginal, anal, sêmen, fluidos depositados na pele ou outras regiões do corpo) é extremamente importante para a identificação do agressor. Esta coleta no corpo da vítima dever ser realizada o mais rapidamente possível a partir do momento da agressão sexual, uma vez que a possibilidade de se coletar vestígios biológicos em quantidade e qualidade suficientes diminui com o passar do tempo, reduzindo significativamente após 72 horas.
SERVIÇOS DE REFERÊNCIA – Atualmente, 543 Serviços de atenção às pessoas em situação de violência sexual no Brasil constam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Desses, 165 são Serviços de referência para atenção integral às pessoas em situação de violência sexual que ofertam atendimento de forma ininterrupta (24hrs/dia), contam com equipe multiprofissional. Para além dos serviços de referência, existem 371 serviços com atenção ambulatorial às pessoas em situação de violência sexual no CNES que integram as redes nos territórios e promovem acolhimento, atendimento multiprofissional e encaminhamentos necessários, de modo a promover a integralidade da atenção a esse público.
MULHER: VIVER SEM VIOLÊNCIA – O governo federal lançou em 2013 o Programa Mulher, Viver sem Violência, que integra serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para trabalho, emprego e renda. O programa é coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. É importante ressaltar que as vítimas de violência, qualquer que seja o tipo, devem procurar os estabelecimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), onde serão atendidas conforme sua condição. Se ela sofreu violência sexual, por exemplo, receberá atendimento psicológico, contracepção de emergência para evitar uma gravidez indesejada e profilaxia para DST, HIV, Hepatite B, entre outras medidas de atenção de acordo com a necessidade e o tipo de violência sofrida.
Entre 2013 e 2014, 26 unidades da federação aderiram ao Programa Mulher: Viver sem Violência do Ministério da Saúde. Os eixos do programa incluem a implementação da Casa da Mulher Brasileira, a ampliação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, a organização e humanização do atendimento às vítimas de violência sexual, a implantação e manutenção dos Centros de Atendimento às Mulheres nas regiões de fronteira seca, campanhas continuadas de conscientização e unidades móveis para atendimento a mulheres em situação de violência no campo e na floresta.
Com a criação do programa, a Central de Atendimento à Mulher – Disque 180 passou a ser um disque-denúncia com acionamento imediato das polícias militares de todo o país. O Disque 180 realizou 4,1 milhões de atendimentos entre 2005 e 2014.
Com informações da Agência Saúde
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Após 12 anos, Justiça Federal de MG julga mandantes da Chacina de Unaí.
Militantes dos direitos humanos e sindicatos convocam ato na porta da Justiça Federal em BH, nesta quinta, 22.
Os irmãos Antério e Norberto Mânica, e os cerealistas Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro irão a júri popular na Justiça Federal em BH nos dias 22 e 27 de outubro. Nesta quinta, 22, o julgamento está marcado para começar às 8h. O crime ficou conhecido como a Chacina de Unaí, quando três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego foram assassinados ao fiscalizarem denúncias de trabalho escravo no município.
No dia 28 de janeiro de 2004, os auditores Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram emboscados em uma estrada rural de Unaí e assassinados com tiros na cabeça. Antério Mântega, ex-prefeito do PSDB na cidade, e o empresário Norberto Mânica, são apontados como os principais mandantes do crime que chocou Minas e o país. Os servidores federais investigavam casos de trabalho escravo nas fazendas de feijão dos irmãos Mânica. Ao longo dos anos, diversas entidades atuaram ao lado das famílias pedindo justiça. O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, comemorado todo 28 de janeiro, foi estabelecido em homenagem às quatro vítimas.
Também serão julgados pelo Tribunal do Júri os réus Hugo Alves Pimenta, empresário cerealista que teria pago R$ 45 mil pelas mortes encomendadas, e José Alberto de Castro, o Zezinho, empresário de Contagem, na região metropolitana, que teria intermediado a contratação dos pistoleiros a pedido de Hugo. Os quatro réus respondem ao processo em liberdade. Desde o início do processo, o julgamento dos réus tem sido adiado por meio de recursos judiciais.
Audiência e ato público.
Militantes dos direitos humanos e dirigentes sindicais farão diversas atividades para lembrar a Chacina de Unaí e exigir o julgamento dos mandantes. Um dia antes do julgamento, na quarta, dia 21, haverá Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos, na Assembleia Legislativa de MG, às 9h, reunindo familiares, sindicalistas e parlamentares. Ainda na quarta, será realizado um Ato Público Nacional, às 15h30, na Justiça Federal (Av. Álvares Cabral, 1805, ao lado do Banco Central). No dia do julgamento, quinta, 22, haverá concentração e vigília na porta do Tribunal Federal, a partir das 8h, para acompanhar o julgamento que ocorrerá no Auditório da Justiça Federal em Belo Horizonte, MG.
Foto:Cruzes fincadas na Fazenda Bocaina, da família Mânica, marcaram o local onde os servidores foram assassinados / José Cruz/Abr – ww.reporterbrasil.org.br.
Assessoria de Comunicação do PTMG com informação do jornal O Tempo.

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