segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Planalto fica alaranjado pelo fim da violência à mulher.


Campanha começará pelo Brasil e já conta com o apoio de outros 70 países e mais de 450 ações de mobilização em todo o mundo.
O Palácio do Planalto ganhou iluminação laranja na noite desta quinta-feira (19) para marcar o início da programação global “Tornar o mundo laranja pelo fim da violência contra as mulheres” (OrangeurWorld), iniciativa da ONU Mulheres nos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A campanha se iniciará pelo Brasil e já conta com o apoio de outros 70 países e mais de 450 ações de mobilização em todo o mundo.
A subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngucka, que realiza sua primeira visita ao Brasil, esteve no Palácio do Planalto com a presidenta Dilma Rousseff e apresentou a ação.
A cor laranja evoca a solidariedade às mulheres e meninas vítimas de violência e a energia necessária para que superem as situações violentas e recebam o apoio necessário em sua trajetória libertadora.
Em 2014, a cor laranja visibilizou os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres em 70 países e prédios icônicos e monumentos, tais como o Empire State Building, .Times Square e as Pirâmides do Egito. Neste ano, serão iluminados de laranja: Niagara Falls (Canadá / EUA), o edifício da Comissão Europeia (Bélgica), as ruínas arqueológicas em Petra (Jordânia), o Palácio da Justiça na República Democrática do Congo, entre outros.
No dia 25 de novembro é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Esta data marca o início dos 16 Dias de Ativismo, que vai até 10 de dezembro, em todo o mundo. No Brasil, o período começa em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Os 16 Dias de Ativismo são um momento de mobilização global pela prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas. Contam, desde 2008, com o apoio da Organização das Nações Unidas, especialmente da campanha do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, “UNA-SE Pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.
Fonte e imagem: Blog do Planalto, com informações da ONU Mulheres
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Vídeos estrelados por crianças discutem consciência negra.



Uma campanha com sete vídeos que abordam o preconceito circula, nesta semana, no portal do Ministério da Educação, na TV Escola e na Rede Minas. A ação marca a Semana Nacional da Consciência Negra e busca despertar o ambiente escolar para debater a discriminação.
Os recados são dados por crianças de 11 e 12 anos, todas de escolas públicas, que entram em cena para falar de temas como pele, cabelo crespo e políticas. O conceito da ação foi desenvolvido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC. Os vídeos foram realizados pela Rede Minas.
Será exibido um vídeo por dia durante esta semana pela TV Escola e nas redes sociais, mas as peças ficarão disponíveis na grade da programação.
Consagrado como data de sensibilização nacional para conquista de direitos e de valorização da história e cultura da população negra, o 20 de novembro foi instituído em 2011, pela Lei 12.519, e é celebrado em todo o país.
Várias instituições do governo federal promovem ações, nesta semana, para celebrar a data. Uma delas é a campanha Novembro pela Igualdade Racial, lançada pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
Veja um dos vídeos da campanha
Fonte e imagem: MEC
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Marcia Rosa: Carta ao Rio Doce.



“As cidades podem vencer, Stalingrado!”
(Carlos Drummond de Andrade)
Em 1943, quando as tropas alemãs haviam cercado Stalingrado, na Rússia, e tudo parecia perdido para os soviéticos, de seu pequeno gabinete de estudos no Rio de Janeiro, o poeta Carlos Drummond de Andrade vaticinou, em sua “Carta a Stalingrado”:
Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão contra tudo.
Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres,
a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem.
Quando vi aquele imenso mar de lama avançando sobre Mariana, em Minas Gerais, depois do rompimento da barragem de detritos da mineradora Samarco, me veio à cabeça a lógica do grande poeta de Itabira, antes de tudo, porque sou cubatense.
Cubatão, como agora as cidades pelas quais essa lama tóxica e trágica deixa sua trilha de tristeza e morte, também já foi um caso perdido. A cidade industrial, cinzenta e escondida num vão da Baixada Santista também já foi sinônimo de tragédia ambiental sem volta, sem esperança, sem futuro para se lamentar.
Na década de 1980, o ar de Cubatão era tão denso e poluído que possuía cheiro e cor. No auge de sua tragédia industrial, a cidade recebia 30 mil toneladas de poluentes por mês em sua atmosfera particular. Os pássaros haviam desaparecido do céu, os peixes, dos rios.
Entre outubro de 1981 e abril de 1982, das 1,8 mil crianças nascidas no município, 37 vieram ao mundo mortas. Outras nasceram com graves problemas neurológicos e com anencefalia. Cubatão era, então, líder em casos de problemas respiratórios no país.
Em pouco tempo, foi considerada pelas Nações Unidas a cidade mais poluída do mundo e ganhou um apelido sinistro: Vale da Morte.
Então, quando tudo parecia perdido, nós nos recuperamos.
De mãos dadas, governantes, industriais e a população decidiram que, sim, a cidade podia vencer.
Assim, um plano de controle ambiental foi feito para controlar e extinguir mais de 300 fontes poluentes da região, por onde jorravam despejos de substâncias tóxicas, em grande escala. Também foram feitos planos de recuperação da Mata Atlântica, com o replantio da vegetação nativa.
O primeiro pássaro a voltar foi o guará-vermelho, uma espécie típica da Baixada Santista que abandonara a Cubatão por quase uma década, por causa da poluição.
Em 1992, durante a Eco 92, no Rio de Janeiro, Cubatão foi apontada pelas Nações Unidas como Símbolo de Recuperação Ambiental, depois de ter controlado 98% do nível de poluentes controlados.
Cubatão venceu.
O “vale da morte” voltou a ser um lugar bom de se nascer e viver, para homens, mulheres, crianças e bichos.
As cidades do Vale do Rio Doce também vencerão.
O coração de cada cubatense sabe que isso é possível.
Marcia Rosa é prefeita de Cubatão pelo PT
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias

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