terça-feira, 17 de novembro de 2015

PTMG - Dilma e Brics unem-se contra terrorismo e pela retomada da economia global.


Países emergentes anteciparam-se à reunião do G20 na Turquia para defender ações coordenadas contra terroristas e pelo reequilíbrio econômico internacional.
Consternada com os atentados terroristas em Paris, e presente na Europa no exato momento da tensão provocada no velho continente pelo Estado Islâmico (EI), a presidenta Dilma Rousseff uniu-se aos parceiros do grupo Brics, sigla que designa a união de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para anunciar ação conjunta do bloco contra o terrorismo internacional e pela retomada da economia global, via reunião do G20.
A cúpula das 20 maiores economias do planeta está reunida no balneário Antália desde domingo (15), na Turquia, o que motivou a ida da presidenta à Europa, onde desembarcou no sábado (14). O encontro prossegue por toda esta segunda-feira (16).
Como de costume, os presidentes e chefes de estado dos cinco maiores países emergentes no mundo aproveitaram a reunião do G20 para marcar posição coordenada sobre temas internacionais na condição de Brics, O encontro aconteceu na manhã desse domingo (15), antes do início do G20.
Dilma Rousseff, Vladimir Putin, primeiro-ministro Narendra Mode, Xi Jiping e Jacob Zuma se comprometeram a fortalecer a cooperação entre os membros do grupo, e com outras nações, para enfrentamento e combate ao terrorismo.
No sábado, a presidenta já tinha manifestado ao povo francês, via carta aberta ao presidente François Hollande, seu repúdio ao ataque “covarde” do EI.
Coordenados por uma célula terrorista, os ataques simultâneos resultaram numa carnificina na noite de sexta-feira (13) em seis diferentes pontos gastronômicos, esportivos, e culturais parisienses.
Sete terroristas armados com fuzis e bombas coladas ao corpo mataram 129 pessoas e feriram 352, entre elas, três brasileiros (dados de domingo). Como 99 estão estado grave, não se descarta mais vítimas dos atentados. Os terroristas que não se explodiram, e mais um comparsa, foram mortos pela polícia francesa.
A alegação do EI é de que a ação foi uma vingança contra a França pela atuação na Síria no combate ao extremismo islâmico.
Atrocidade – Falando pelos Brics, a presidenta Dilma reiterou seu repúdio aos ataques ocorridos em Paris. “Essa atrocidade torna ainda mais urgente uma ação conjunta de toda comunidade internacional no combate sem tréguas ao terrorismo”, afirmou.
A situação econômica internacional também mereceu atenção dos líderes das cinco nações emergentes. A crença do grupo é que ações coordenadas para aplicação conjunta pelo G20 podem ser o caminho para a criação de ambiente favorável à retomada da economia global.
O comunicado conjunto dos Brics realçou “a importância do fortalecimento da coordenação e da cooperação em políticas macroeconómicas entre os membros do G20, para evitar repercussões negativas e de modo a lograr crescimento forte, equilibrado e sustentável”.
Dilma anunciou a intenção de os Brics defenderem na reunião do G20 temas focados prioritariamente em investimentos na infraestrutura, reforma nas instituições financeiras internacionais (como Fundo Monetário Internacional/FMI), redução da volatilidade nos mercados globais e combate à pobreza e à desigualdade.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Brasil”
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Cemig abre inscrições para o Programa de Estágio 2016.



Selecionados vão começar as atividades em fevereiro, com duração de dez meses e carga horária de quatro horas por dia.
Estão abertas, a partir desta segunda-feira (16/11), as inscrições para o Programa de Estágio 2016 da Cemig. Ao todo, serão oferecidas 195 vagas, sendo 106 para nível superior e 89 para nível médio técnico. As inscrições vão até 30 de novembro e devem ser feitas no site da Agência de Integração Empresa Escola (Agiel): www.agiel.com.br.
O estágio está previsto para começar em fevereiro, com duração de dez meses e carga horária de quatro horas por dia. Os candidatos selecionados receberão bolsa de complementação escolar, nos valores de 1,4 salário mínimo para estudantes de nível superior e 1,1 salário mínimo para os de nível técnico, com direito a vale-transporte.
Provas online
O candidato deverá responder, imediatamente após realizar a inscrição pela internet, a uma prova online de conhecimentos gerais e atualidades. Os candidatos aprovados, conforme os critérios estabelecidos no regulamento do Programa de Estágio Cemig 2016, serão convocados a enviar, por meio eletrônico, os documentos comprobatórios.
Após a verificação dos documentos comprobatórios será divulgada a classificação final. A Cemig entrará em contato com os melhores classificados para o agendamento da entrevista técnica com o gestor responsável.
Especificações
Para se inscrever, o candidato deve estar matriculado e frequente no penúltimo ou no último ano do curso, para estágio de nível superior, no período de realização do estágio. Para estágio de nível médio técnico, o candidato deverá estar no último ano do curso ou, então, ter concluído o curso e necessitar do estágio para obtenção do certificado de conclusão. Para os cursos de tecnologia, os estudantes deverão estar cursando o último ano, no período de realização do estágio.
Somente serão aceitas inscrições de estudantes dos cursos reconhecidos pelo MEC, conforme consta no site da instituição. Inscrições de estudantes que já tenham cumprido estágio do mesmo curso na Cemig não serão aceitas.
Confira a lista de cursos:
Nível superior
Administração, Agronomia, Biologia, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Ciências Econômicas, Jornalismo, Direito, Engenharia Ambiental, Engenharia Bioenergia, Engenharia Civil, Engenharia de Energia, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, .


Eletrônica, Engenharia Florestal, Engenharia de Materiais Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia de Telecomunicações, Estatística, Geografia, Psicologia, Redes de Computadores, Relações Internacionais, Sistemas de Informação e Sociologia.
Nível técnico
Administração, Agrícola, Agrimensura, Automação, Contabilidade,  Edificações, Eletroeletrônica, Eletromecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Estradas, Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade, Meio Ambiente, Mineração, Mecânica e Segurança do Trabalho.
As cidades contempladas são Belo Horizonte, Contagem, Curvelo, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Juatuba, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Paracatu, Passos, Patos de Minas, Pouso Alegre, São João del-Rei, Sete Lagoas, Uberaba, Uberlândia e Varginha. As vagas por curso, para cada cidade, estão discriminadas no site www.agiel.com.br.
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Nota de agradecimento Encontros Regionais PTMG.



O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais agradece o esforço de todos os coordenadores regionais, membros do diretório nacional, deputados estaduais e federais, representantes do governo de Minas e governo federal, prefeitos, vereadores, lideranças e filiados, que se desdobraram nos últimos dois finais de semana para que os encontros regionais pudessem ser bem sucedidos.
Ao todo foram realizados 20 encontros regionais no Estado, com 400 cidades participantes. Os eventos fazem parte do projeto do PTMG de organização partidária por meio da regionalização.  Nos eventos, além da preparação para as eleições de 2016, tinha também como objetivo promover a defesa da democracia, dos governos estadual e federal e fortalecer a legenda contra forças politicas que não aceitaram o resultado das urnas de 2014.
Em nome do diretório, a presidenta do PTMG, Cida de Jesus agradece a cada um e cada uma pela presença, mobilização e colaboração nos encontros.
“A união das forças do partido em torno do fortalecimento do PT, de enfrentar o retrocesso e combater o ódio com as armas da democracia, é a marca do PT. Em nome da Executiva Estadual, quero agradecer a cada um e a cada uma pela presença, participação e toda a colaboração para que esses encontros pudessem acontecer. Essa mobilização nos mostra que o PT está vivo e vamos para as ruas com os movimentos sociais e sindicais, partidos aliados para defender o PT, os governos eleitos democraticamente e os programas sociais que mudaram o país.”, disse Cida de Jesus.
Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais.
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Governo de Minas Gerais inicia nova etapa do mutirão para regularização de terras rurais devolutas.




Prioridade é atender cerca de 5.500 famílias dos municípios dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha,
Nesta segunda-feira (16/11), agricultores rurais dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha terão a oportunidade de dar entrada ao processo para emissão de título de posse de terras devolutas (sem registro). A expectativa é atender cerca de 5.500 famílias dos municípios de Poté, Minas Novas e Araçuaí. A ação é mais uma etapa do processo de retomada do programa estadual de regularização fundiária rural, que estava paralisado há anos do Estado.
“Nossa prioridade é atender as famílias dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha que há anos estão na fila para a regularização fundiária. Sem o título e o registro da terra, o agricultor familiar fica em desvantagem”, disse o secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Glenio Martins. Ele participou nesta sexta-feira (13/11), em Araçuaí, de mais uma audiência pública para debater a questão do acesso legal à terra. O município tem mais de 200 famílias com o processo de regularização parado.
O cronograma de recadastramento já foi definido. Em Poté e Araçuaí, será realizado de segunda (16/11) a sexta-feira (20/11). Já em Minas Novas, município com o maior número de demandas por regularização de terras devolutas no Estado, o trabalho começa dia 16 e termina no dia 27 deste mês.
A ação, coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda), tem a parceria da Emater-MG, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e Prefeitura Municipal. Para dar mais agilidade ao processo, a Emater-MG vai disponibilizar o Sistema de Cadastro de Público, para dar rapidez  e garantir mais segurança ao processo.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araçuaí, Antônio das Graças Pires, ressaltou durante a audiência pública que as demandas dos trabalhadores rurais “estão sendo atendidas de forma diferente pelo Governo de Minas Gerais”.
“Ao reunir representantes da Assembleia Legislativa, do poder público municipal, dos sindicados de trabalhadores, o Governo Pimentel demonstra grandeza neste ato, coisa que sempre esperamos dele”, disse  Pires.
A reunião marcou o fim de mais uma audiência pública, etapa que antecede o recadastramento. O objetivo da Seda é dar mais transparência e publicidades às ações do Governo de Minas Gerais. Já foram realizadas reuniões em Chapada do Norte, Teófilo Otoni, Poté e Minas Novas. A previsão é realizar ainda neste ano audiência pública em Araçuaí, Itaobim, Almenara, Joaíma, Porteirinha, Monte Azul e Montes Claros.
O prefeito de Araçuaí, Armando Paixão, disse que “o recadastramento das famílias é de suma importância para a região”. “O título de posse é uma garantia de que esse agricultor ou agricultora permanecerá produzindo no campo”, disse.
Também participaram da audiência, o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlindo Dourado de Souza, o gerente regional da Emater-MG, Thiago Hebert de Souza; o deputado estadual Dr. Jean Freire, o representante do Polo Regional da Fetaemg-MG; Antônio Dias, além de representantes de associações, sindicatos, vereadores e demais lideranças políticas da região.
Documentação
Os posseiros interessados em fazer o recadastramento deverão comparecer aos locais de atendimento munidos dos documentos pessoais (carteira de identidade, CPF e certidões de nascimento ou casamento) e dos documentos que comprovem a posse (declaração de STTR, Emater, CMDRS e prefeitura; contratos de particulares que versem sobre cessão ou transferência, a qualquer título, do imóvel rural; conta de luz; CCIR; ITR; CAR; cartão de produtor rural – Inscrição Estadual; cadastro perante o IMA, IEF, Igam etc.; recibos ou notas fiscais relativos a insumos utilizados na propriedade; recibos ou notas ficais relativos negociação de bens ou produtos agrícolas ou animais, dentre outros).
Foto: Audiência pública para debater a questão do acesso legal à terra, na sexta, 13/11, em Araçuaí – Divulgação/Seda
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Fundação Clóvis Salgado abre vagas para Residência em Artes Cênicas.


Projeto, que tem apoio da Fapemig, busca formação técnica com inclusão da pesquisa no processo artístico.
Fundação Clóvis Salgado abriu na última sexta-feira (13/11) as inscrições para o Projeto Residência em Artes Cênicas (Teatro e Dança), criado este ano pelo Núcleo de Pesquisa em Artes Cênicas do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). O projeto tem como objetivo desenvolver a pesquisa no processo de criação artística e, para tanto, recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).
“Este ano, desenvolvemos um projeto piloto em dança, com resultados muito interessantes. Para o novo edital, vamos dar continuidade às atividades de pesquisa com a abertura de 20 vagas, desta vez incluindo também o teatro. A ideia é desenvolver a teoria e a prática na criação artística por meio da pesquisa científica”, conta o diretor do Cefart e coordenador do Projeto Residência em Artes Cênicas, Roger Vieira.
Qualquer pessoa pode se candidatar para o projeto, que é gratuito, mas, como explica Vieira, apesar de o único requisito no Edital ser a conclusão do ensino médio, o candidato passará por diversas avaliações, inclusive práticas, que são eliminatórias.
Para as vagas de dança serão realizadas quatro avaliações: aula de técnica de dança clássica, aula de dança contemporânea, execução de trechos de coreografia e exercício de improvisação. O candidato aprovado passa, na sequência, por uma entrevista com banca examinadora.
Já quem participar do processo seletivo em teatro, fará provas práticas de corpo e voz, prova de interpretação e, por fim, também será entrevistado por uma banca composta por membros do Cefart e profissionais reconhecidos.
A residência tem duração de dois anos e carga horária de 40 horas semanais. A Fapemig apoia os bailarinos e atores integrantes do projeto com a disponibilização de bolsas de pesquisa. Além do portfólio gerado, eles também recebem, ao final da Residência em Artes Cênicas, o certificado do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart).
As inscrições vão até o dia 3 de dezembro, e a previsão é de que as aulas comecem em fevereiro de 2016. O edital completo está disponível no site da Fundação Clóvis Salgado (www.fcs.mg.gov.br).
Primeiros resultados
Nascida em Santa Catarina, a bailarina Anahi Poty veio para a Fundação Clóvis Salgado buscando uma vivência diferenciada e foi selecionada para o projeto piloto da Residência em Artes Cênicas. “É um trabalho de uma riqueza enorme. Para mim, significou um espaço de novas descobertas dentro da vivência artística”, reflete a bailarina.
O processo criativo realizado ao longo de 2015, cuja temática foi a violência praticada contra jovens negros, será apresentado oficialmente no ano que vem, mas algumas apresentações já estão sendo feitas, como por exemplo, na próxima sexta-feira (20/11), às 10h, durante o Seminário de Arte Negra, que acontece no Palácio das Artes até o dia 20.
“O tema é muito real e foi uma reflexão de grande valia para todos nós. Discutimos muito esse preconceito velado que existe e a dificuldade em se falar sobre o assunto. A partir daí, pesquisamos músicas, cenas, caminhos teatrais, entre outros, e montamos a apresentação. A ideia é, por meio do espetáculo, passar a reflexão pra frente”, diz Anahi.
Fonte e imagem: Agência Minas
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Um país menos desigual: pobreza extrema cai a 2,8% da população.



Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foram divulgados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE.
A pobreza extrema no País caiu a 2,8% da população em 2014, quase a terça parte do percentual da população que vivia nessa condição em 2004, no início do Programa Bolsa Família. A tendência de queda da extrema pobreza nos últimos anos foi confirmada na análise dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São consideradas extremamente pobres as pessoas com renda mensal de até R$ 77, linha oficial do Bolsa Família fixada com base na referência das Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – e também válida para os novos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
No período de dez anos, a queda da extrema pobreza foi mais acentuada entre crianças de até 5 anos de idade, justamente onde era mais alta. O percentual caiu de mais de 14% para cerca de 5% da população na faixa etária da primeira infância, definida como prioridade nas ações do plano Brasil Sem Miséria.
A taxa de pobreza no País também manteve a tendência de queda no País. Em 2014, alcançou 7,3% da população, o que representa uma queda de quase 70% em relação a 2004.
Os avanços sociais registrados em 2014, último ano do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, também aparecem na melhor distribuição da renda no Brasil, medida pelo índice de Gini. Considerado o conjunto dos rendimentos dos domicílios, esse indicador caiu abaixo de 0,5 pela primeira vez no Brasil. O índice varia de 0 a 1 e reflete maior igualdade quanto mais próximo de zero.
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O crescimento do rendimento médio dos domicílios foi importante para a queda da desigualdade de renda, ainda que esse crescimento tenha se dado em ritmo menor do que o medido nas duas pesquisas anteriores do IBGE.
Uma análise do rendimento médio mensal por pessoa feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) mostra que a renda cresceu em todas as faixas de renda da população. Em média, o rendimento domiciliar per capita cresceu 2,4%. A parcela dos 10% mais pobres da população registrou o maior aumento, de 6,2% – quase três vezes a variação da renda dos 10% mais ricos.
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De acordo com a Pnad, a redução da desigualdade e da pobreza no Brasil foi acompanhada por melhoria em indicadores de educação e acesso a bens e serviços. A pesquisa mostra aumento do número médio de estudos no Brasil e da taxa de escolarização, sobretudo na pré-escola.
O acesso a bens como televisão, geladeira e fogão está praticamente universalizado no País. Cresceu o número de carros e de telefones celulares. Pela primeira vez, a parcela de pessoas com acesso à internet passou de 50% da população (54,4%), com crescimento de mais de 11% em relação a 2013.
Trabalho infantil
A Pnad registra ligeira variação na ocupação de pessoas entre 5 e 17 anos de idade. Entre essas crianças e adolescentes, 83% têm mais de 14 anos, idade a partir da qual é permitido trabalhar no Brasil, desde que na condição de aprendiz, com frequência à escola. A idade mínima para trabalhar no Brasil é 16 anos.
O trabalho infantil é ainda mais preocupante quando acontece entre crianças e adolescentes de até 13 anos, que representam uma parcela de 17% dos ocupados de 5 a 17 anos, na pesquisa. Uma análise dos dados da pesquisa mostra que o trabalho nessa faixa etária ainda ocorre maioritariamente em atividades agrícolas (62,1%), mas que 96,8% dessas pessoas frequentam as escolas.
O rendimento médio por pessoa dos domicílios que registra trabalho infantil é de R$ 435, bem acima do limite de renda que dá acesso ao Bolsa Família (R$ 154) ou mesmo ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Ou seja, são crianças e adolescentes fora do perfil de baixa renda no Brasil.
Fonte: Portal Brasil, com informações do MDS
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O Enem nota 10.



Os últimos dias foram, sem dúvida, angustiantes. Aqui, a tragédia de Mariana. Acolá, os sangrentos atentados terroristas em Paris. São episódios que merecem toda a repercussão, é claro, mas me questiono se, em meio a tantas notícias ruins, não estaríamos deixando passar de liso outras tantas positivas, que poderiam nos trazer algum alento. Pensei nisso, quando se confirmou a informação de que, mais rápido do que se imaginava, a água voltaria correr nas torneiras de Governador Valadres, graças a uma tecnologia brasileira e ao empenho da Prefeitura, do SAAE municipal e dos governos estadual e federal. Enfim, uma boa notícia, mas que, infelizmente, não mereceu as manchetes.
Acorreu-me um artigo do jornalista Sidney Rezende – demitido da GloboNews na semana passada – no qual criticava a tendência do jornalismo brasileiro a somente enfatizar as notícias negativas, sobretudo no que se refere às ações de governo. “O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos”, afirmou.
Recentemente, o colega e sociólogo Luis Carlos da Silva chamou minha atenção para o fato de que o Enem 2015 havia sido muito positivo, transcorrendo sem muitos dos problemas de edições anteriores, mas isso não mereceu grande menção na mídia. Verdade. Preferiram voltar os holofotes para uma polêmica secundária sobre o tema da redação – muito salutar a meu ver -, confirmando o que Sidney Rezende classificou como uma “má vontade dos colegas”, ou uma “obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal”. Pois bem. Se eles não dizem, nós o fazemos.
Desde 2009, quando adquiriu caráter de exame classificatório para vagas em instituições de ensino superior, agregando, depois, a condição de porta de acesso a programas de inclusão nas universidades, o Enem registrou grande evolução. Sem entrar no mérito da discussão sobre um suposto caráter excludente deste modelo de avaliação, podemos afirmar que os dados do Exame 2015 são extremamente exitosos. Não somente as ocorrências negativas caíram significativamente, mas o exame ganhou em qualidade e amplitude, impressionando até mesmo os mais pessimistas.
Em termos relativos, pode-se afirmar que configura o maior concurso público do mundo. Em números absolutos, só perde para o vestibular da China. E a prova de que obteve a aprovação da sociedade foi o índice de desistência em 2015; o menor, desde 2009. Enquanto no ano passado, os faltosos somaram 2,5 milhões, este ano, foram 1,9 milhão. A redução é resultado das medidas adotadas pelo Ministério da Educação para restringir a inscrição indiscriminada de participantes e revela que os candidatos têm reconhecido as oportunidades que o Enem oferece.
Outra característica importante foi aumento do caráter inclusivo do exame. Ele pode ser verificado pelos números dos atendimentos especiais. Somente lactantes, foram 9.598, às quais foi permitido amamentar os filhos durante as provas. Em alguns locais, diga-se de passagem, o número de mulheres foi destaque, como na Bahia, onde representaram 60% dos candidatos. Também puderam fazer as provas pessoas hospitalizadas, deficientes auditivos (só no Ceará foram 340 tradutores de Libras), pesssoas especiais (foram 450 autistas), judeus e adventistas que guardam o sábado, dentre outros. Sem contar o crescimento em 172% do número de candidatos transexuais e travestis que puderam ter na inscrição seus nomes sociais.
Acrescente-se, ainda, a diversidade etária dos candidatos. Se há sete anos o Enem mobilizava praticamente somente estudantes do Ensino Médio, passou a ser prestado por muitas pessoas com mais idade, que buscam mais um curso superior ou só agora têm a chance de disputar uma vaga em universidades públicas.
A segurança do concurso também merece menção, com uma gestão integrada que envolveu as Polícias Federal, Civil e Militar, setores das Forças Armadas, policiamento de trânsito, servidores civis e contratados. Foi uma herança positiva da Copa do Mundo de 2014, que impediu a prática de sabotagens programadas, como na fraude das provas na gráfica da Folha de São Paulo, em uma edição passada. Dos 5,6 milhões que fizeram as provas, somente 740 candidatos foram eliminados por uso de equipamentos inadequados, ou seja, 0,000014%, apenas para citar uma estatística negativa que, apesar de dimnuta, ganhou destaque nos balanços críticos.
Mas o ponto alto foi a qualidade das questões em todas as disciplinas. Superando os tempos da “decoreba”, elas valorizaram a reflexão, o senso crítico e o conhecimento, como admitiram mesmo os mais ferrenhos críticos. Dois pontos garantiram uma polêmica superficial na imprensa e nas redes sociais: o tema da redação – “a violência contra as mulheres na sociedade brasileira” – e a citação de Simone de Beauvoir na premissa de uma questão. Bizarrices críticas a tais referências femininas ganharam destaque, evidenciando o quanto nossa sociedade ainda é machista.
Poucos parecem ter se dado conta, no entanto, de que em um só dia, na mesma hora, 5,6 milhões pessoas no Brasil pararam para refletir sobre a condição feminina na sociedade contemporânea. Discussão que se estendeu para muitos outros milhões, à medida que o tema da redação e a citação destacada ganharam as ruas. Mais um ponto para o Enem.
Por tudo isso, o Enem 2015 não somente foi um marco, como teve diferentes marcas: a marca feminina e feminista; a marca inclusiva e acolhedora; a marca do pensamento crítico e reflexivo. Foi, em muitos sentidos, um Enem nota 10, ainda que os cínicos de plantão se recusem a reconhecer.
Durval Ângelo atualmente é o líder do Governo na ALMG e o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Comissão que presidiu por 11 anos. No segundo mandato, foi 2º vice-presidente da ALMG (1999-2000) e em, 2002, foi líder da bancada do PT. Também foi o relator da Comissão Especial de Execução das Penas no Estado (2009). Em âmbito municipal, foi vereador em Contagem (1989-1994). Na mesma cidade, foi presidente do PT. Formado em Filosofia, Teologia e Pedagogia e pós-graduado em Educação, é professor licenciado das redes públicas de Belo Horizonte e Contagem. Participa do Movimento da Boa Nova (Mobon) e de assessoria de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi dirigente sindical da Associação dos Professores de Contagem (1989-1990) e é ex-diretor do Sind-UTE. Além disso, é membro da rede de assessores do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara (Cefep), sediado em Brasília.
Fonte e imagem: Pautando Minas

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