segunda-feira, 2 de novembro de 2015

PTMG - Dilma garante ampliação do Minha Casa Minha Vida e continuidade do Bolsa Família.


A presidenta Dilma Rousseff garantiu, nesta quinta-feira (29), em Brasília, a continuidade do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida. Dilma afirmou que apesar dos “boatos” em contrário, e apesar das dificuldades transitórias que o País enfrenta na economia, os programas serão mantidos.
“Estamos fazendo um esforço para melhorar as nossas finanças e voltar a crescer mais rápido. Mas o programa Minha Casa Minha Vida não para. Ele é importante para as famílias brasileiras”, afirmou a presidenta durante entrega simultânea de unidades habitacionais a 2.691 famílias no Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul.
“Vocês podem ter certeza: o governo federal também não vai parar o Bolsa Família ou diminuir o Bolsa Família, ou não pagar em dia o Bolsa Família. Muita, muita conversa que é uma conversa que não é séria, que é aquela conversa do boato, aparece. Eu estou aqui dizendo para vocês: o Bolsa Família não vai ser interrompido. O Minha Casa Minha Vida não vai ser interrompido”.
A presidenta lembrou a reforma administrativa que o governo está fazendo – com a redução de oito ministérios e 30 secretarias, bem como os cortes de cargos em comissão e a redução em 10% do salário da própria presidenta e dos ministros de Estado – para reforçar que o governo faz um grande esforço fiscal justamente para manter os programas sociais.
“O esforço que a gente faz tem dois sentidos. A gente aperta o cinto e também garante aqueles programas que são fundamentais para a vida da população do nosso País”.
A presidenta afirmou que o Minha Casa Minha Vida já atingiu a marca de 4,1 milhões de moradias contratadas e o governo não apenas vai manter o programa, como vai ampliá-lo com o Minha Casa Minha Vida 3.
Ela destacou que um empreendimento de tal porte não poderia ser realizado apenas por meio da iniciativa privada, porque se assim tivesse sido, “não haveria condição de caber no bolso das famílias o pagamento da sua casa própria”.
Por isso, a presidenta acrescentou ser importante que os recursos públicos continuem sendo destinados a esse programa. “Nós achamos que o correto é destinar esses tributos para aqueles que mais precisam. Ajudá-los a comprar a casa própria”, enfatizou.
Dilma lembrou que o Minha Casa Minha Vida ajuda a economia brasileira. “Ele garante emprego, ele assegura emprego na construção civil. E também garante a casa própria e garante emprego, por isso é muito importante”.
A presidenta desejou a todos os novos proprietários que sejam felizes em suas novas residências e destacou que as casas recebidas hoje não são apenas um patrimônio financeiro, mas também social e afetivo, um lar onde as crianças e os jovens poderão se desenvolver com mais segurança.
Fonte e imagem: Blog do Planalto
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Ex-bolsista cria impressora 3D em universidade do Nordeste.


O estudante João Victor Araújo Tavares projetou, como conclusão do curso de engenharia mecatrônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), uma impressora 3D, usada na fabricação de protótipos. O trabalho, realizado em agosto de 2015, foi influenciado pela experiência de João no Reino Unido, de janeiro de 2014 a janeiro de 2015, na University of Derby.
Ex-bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF), o estudante fez a graduação-sanduíche no curso de engenharia automotiva. “Apesar de cursar mecatrônica no Brasil, decidi ampliar os conhecimentos em uma área específica do meu campo de atuação”, diz. João destaca as diferenças entre a didática encontrada na Inglaterra e no Brasil. “Tínhamos muito mais facilidades em questões teóricas e de matemática, enquanto os alunos estrangeiros sabiam muito mais de questões práticas relacionadas à engenharia”, afirma.
A quantidade de aulas por semana também foi notada. “Cursarmos apenas três disciplinas por semestre, enquanto no Brasil fazíamos de seis a oito”, observa. “Isso possibilitou um maior tempo de estudo individualizado e permitiu que eu executasse as tarefas de cada disciplina com muito mais foco e planejamento.”
Estágio – A possibilidade de realizar um estágio em uma empresa de tecnologia do Reino Unido foi uma das principais fontes de inspiração para o trabalho de conclusão de curso do estudante. “O estágio foi feito na empresa TDI Derby [Transmission and Distribution Innovations], onde aprendi detalhes importantes na fabricação de produtos e na confecção de projetos em geral, o que despertou meu espírito empreendedor”, diz. “Realmente, senti que meu trabalho foi importante para a empresa e me senti motivado a fazer mais.”
O estágio ajudou o estudante a compreender as etapas de construção de um produto, e assim surgiu a ideia do desenvolvimento da impressora 3D. Como o trabalho foi bem aceito pelos professores, o projeto está na fase de pré-incubação no Instituto Metrópole Digital da UFRN.
Os ganhos, segundo o ex-bolsista, são de toda a sociedade brasileira. “Posso afirmar, com certeza, que o programa contribuiu para minha formação acadêmica, de tal forma que me possibilitou ter ideias para tentar desenvolver a produção industrial da minha região”, afirma.
Programa – Lançado em 2011, o Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O programa busca também atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.
Fonte e imagem: Portal do MEC, Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes
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Leonardo Boff: Em energia limpa o Brasil brilha na Expo-Milão 2015.



Desde 1851 se fazem exposições internacionais sobre agricultura e alimentação com o propósito de demonstrar os avanços tecnológicos na área. Mas com a crise mundial do aquecimento global, com a escassez de água doce e com os mais de 800 milhões de famintos no mundo, a atual exposição realizada em Milão de 1 de maio a 31 de outubro mudou de foco com o título Alimentar o planeta – Energia para a vida. Num imenso espaço com pavilhões diferenciados e tecnologicamente inovadores estavam presente 145 países.
Sabemos que todo o sistema agroalimentar se move entre duas direções opostas: a dos grandes oligopólios que usam as tecnologias mais avançadas e agrotóxicos para a produção em massa que é posta como um objeto de mercado à mercê da especulação, o que exclui milhões sem capacidade financeira de acesso aos alimentos. Estes continuam na fome, também naquela chamada ”fome oculta” que afeta dois bilhões de pessoas que é a falta de micro-nutrientes, vitaminas e minerais.
A outra tendência, bem menor mas crescente, é da agroecologia que busca a segurança alimentar a partir da agricultura familiar e das cooperativas ecológicas cuja produção se rege pela sintonia com a natureza, envolvendo milhares de movimentos como no Brasil os Sem Terra (MST) e a Via Campesina, fundada em 1993. Esta articula cerca de 150 organizações nacionais e internacionais envolvendo cerca de 200 milhões de sócios. Para estas, o alimento é um bem de vida e não uma mercadoria para o puro lucro das empresas.
A Expo-Milão 2015 se propôs reforçar esta segunda tendência ao apoiar as culinárias tradicionais de cada país, novos estilos de alimentação saudável, garantindo a qualidade e a segurança alimentar. Isso signfica “alimentar o planeta”.
Outra magna questão é a da “Energia para a vida”, pois sem energia se paralisam as sociedades. Usam-se todos os tipos de energia, grande parte poluente e não renovável. Neste campo, brilhou a apresentação do caso do Brasil. A situação foi apresentada magnificamente pelo diretor-geral da Itaipu Binacional que representava também o Ministério de Minas e Energia, Jorge Samek. Revelou que 66% da matriz elétrica brasileira, limpa e renovável, vem da hidreletricidade. Além da eólica crescente e da solar, destaca-se a geração de energia a partir da biomassa, passando de 4.193 MW em 2008 para 12.415 MW em 2015, um aumento de 196%.
Não menos brilhante foi a apresentação do projeto “Cultivando Água Boa” da própria Itaipu-Binacional, pelo seu diretor Nelton Friedrich com sua notória vivacidade que a todos encantou. Criado em 2003, o projeto não se baseia em investimentos da hidrelétrica mas na participação, nas parcerias com as comunidades, prefeituras e órgãos públicos dos 29 municípios que compõem a Bacia do Paraná 3 que abriga mais de um milhão de pessoas. Aplicou os princípios da Carta da Terra e das Metas do Milênio da ONU de forma a abranger toda a população, organizando mais de 20 programas e 65 ações que comportam desde o plantio de milhões de mudas de plantas nativas, a manutenção das matas ciliares, o desenvolvimento rural sustentável, a produção de energia a partir da biomassa até a inclusão de todos os estratos sociais, acompanhados por milhares de educadores ambientais.
O projeto ganhou vários prêmios internacionais, especialmente aquele da ONU, em março de 2015, como “a melhor prática de gestão hídrica do mundo”. Outros países como Guatemala, República Dominicana, Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai se dispõem a replicar este projeto. Itaipu-Binacional não produz apenas energia elétrica mas também energia humana, civilizatória e antecipadora do novo.
Como assessor, coube-me comentar as apresentações. Afirmei com convicção que a hidrelétrica de Itaipu-Binacional se inscreve na vanguarda da reflexão e da prática ecológica mundial. Ao invés do globalismo, ela optou pelo bioregionalismo que significa criar um modo sustentável de vida para todos a partir dos bens e serviços do ecossistema regional. Libertou a categoria da “sustentabilidade” que havia sido sequestrada pelo desenvolvimento de viés capitalista, linear e criador de desigualdade e alargou a abrangência da categoria sustentabilidade para as áreas da natureza, da sociedade, da educação, da produção, da cultura e até da espiritualidade, gerando uma rede de relações harmoniosas. Ensaia uma prática orientada pelo novo paradigma contemporâneo que põe tudo em relação no interior do imenso processo da cosmogênese.
Feito notável do “Cultivando Água Boa” foi ter inaugurado um vasto processo de inclusão da população, resgatando indígenas e quilombolas com seus valores e tradições, incentivando as culinárias tradicionais, o cultivo de ervas medicinais, criando imensa reserva florestal, as escolas técnicas e um Centro de Saberes e Sabores e uma Universidade, UNILA, aberta a todos os latino-americanos, entre outras iniciativas que ultrapassam esse espaço.
Estamos no coração de uma profunda crise do sistema-vida e do sistema-Terra. Como enfatizou o diretor-geral Jorge Samek estamos fazendo o certo que evita o fim do mundo. Pode acabar este tipo de mundo anti-vida e anti-Terra, mas para dar lugar a uma outra forma de habitar a Casa Comum, gestar uma biocivilização e uma Terra da Boa Esperança. A Carta de Milão que esposa esses valores foi subscrita pela representação brasileira. Junto com a encíclica do Papa Francisco “o cuidado da Casa Comum” estará entre as referências teóricas para o projeto “Cultivando Água Boa”.
Itaipu-Binacional mostra que o sonho de un novo mundo não é vazio mas já agora uma feliz e bem sucedida antecipação.
Leonardo Boff é teólogo e escreveu Depois de 500 anos que Brasil queremos? Vozes 2000.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias

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