sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

PTMG - Justiça nega recurso de Azeredo contra condenação a 20 anos de prisão.





Ao analisar os argumentos dos advogados, a juíza entendeu que o magistrado não é obrigado a mencionar todas as provas produzidas, mas somente as necessárias a seu convencimento.
Brasília – A Justiça de Minas Gerais negou recurso apresentado pela defesa do ex-senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, contra condenação a 20 anos e dez meses de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A decisão foi proferida no dia 2 de fevereiro pela juíza Melissa Pinheiro Costa Lage, na ação penal que ficou conhecida como mensalão mineiro.
No recurso, a defesa do ex-parlamentar alegou que houve omissões na sentença anunciada em dezembro do ano passado. A suposta omissão é em relação às declarações de testemunhas que inocentavam Azeredo.
Ao analisar os argumentos dos advogados, a juíza entendeu que o magistrado não é obrigado a mencionar todas as provas produzidas, mas somente as necessárias a seu convencimento. Além disso, a ela entendeu que não há obscuridade ou contradição na sentença.
Azeredo foi condenado por crimes cometidos na campanha eleitoral por sua reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Ele respondeu pelos crimes de peculato, ou seja, desvio de bens por servidor praticado contra a administração pública, e de lavagem de dinheiro. Ele pode recorrer da sentença em liberdade.
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
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Brasil registra melhora no desempenho de jovens em matemática.


Entre os motivos para a melhora dos índices, a OCDE aponta melhorias na formação dos professores e o aumento no investimento em educação, que hoje representa 6,1% do PIB brasileiro.
Pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada na quarta-feira (10), mostra que o Brasil é um dos países que mais reduziu o número de estudantes com baixo rendimento em matemática. Conforme o estudo, o País registrou uma das maiores taxas de crescimento no total de pontos na disciplina, entre 2003 a 2012, passando de 356 a 391 pontos.
Os dados revelam que caiu 18% o número de alunos brasileiros, na faixa de 15 anos, que estavam abaixo do nível de conhecimentos básicos na disciplina no período. O levantamento traz uma nova análise do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado em 2013.
A pesquisa releva, no entanto, que, apesar da melhora, os brasileiros ainda estão no 58° lugar em matemática entre os 65 países e territórios analisados. A justificativa para o desempenho estaria, segundo a organização, no grande número de alunos, principalmente desfavorecidos e de zonas rurais, que ingressaram no sistema educacional.
No mesmo sentido, a taxa de escolarização no Brasil passou de 65% em 2003 para 78% em 2012. A entidade aponta também a efetividade de programas sociais como o Bolsa Família para garantir o maior acesso à educação, especialmente, de alunos mais pobres, que geralmente apresentam atrasos de aprendizado em relação aos demais.
Entre os motivos para a melhora dos índices no Brasil, a OCDE aponta melhorias na formação dos professores e incentivos como aumentos salariais e planos de carreira. Além disso, foi citado também o aumento no investimento em educação, que hoje representa 6,1% do PIB brasileiro.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias
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Lançada a Campanha da Fraternidade 2016 pelo futuro e integridade do planeta.



Na abertura oficial da CFE, na sede da CNBB- Conferência Nacional dos Bispos, em Brasília, foi lida a mensagem do Papa Francisco para os brasileiros.
Pela quarta vez, a campanha é promovida com as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), e em conjunto com a Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, da África e na América Latina.
O papa destaca que a Campanha da Fraternidade deste ano trata de uma temática importante para a vida do planeta. “O objetivo principal deste ano é o de contribuir para que seja assegurado o direito essencial de todos ao saneamento básico. Para tanto, apela a todas as pessoas convidando-as a se empenharem com políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”, disse o papa.
Ainda no texto, Francisco convida a todos para a vivência da Quaresma, a partir de ações concretas de cuidado com o meio ambiente. “Eu os convido, principalmente durante esta Quaresma, motivados pela Campanha da Fraternidade Ecumênica, a redescobrir como nossa espiritualidade se aprofunda quando superamos ‘a tentação de ser cristãos, mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor’ e descobrimos que Jesus quer ‘que toquemos a carne sofredora dos outros’, dedicando-nos ao ‘cuidado generoso e cheio de ternura’ de nossos irmãos e irmãs e de toda a criação”.
Confira a íntegra da mensagem:
Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016
Queridos irmãos e irmãs do Brasil!
Em sua grande misericórdia, Deus não se cansa de nos oferecer sua bênção e sua graça e de nos chamar à conversão e ao crescimento na fé. No Brasil, desde 1963, se realiza durante a Quaresma a Campanha da Fraternidade. Ela propõe cada ano uma motivação comunitária para a conversão e a mudança de vida. Em 2016, a Campanha da Fraternidade trata do saneamento básico. Ela tem como tema: “Casa comum, nossa responsabilidade”. Seu lema bíblico é tomado do Profeta Amós: “Quero ver o direito brotar como fonte e a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5, 24).
É a quarta vez que a Campanha da Fraternidade se realiza com as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Mas, desta vez, ela cruza fronteiras: é feita em conjunto com a Misereor, iniciativa dos católicos alemães que realiza a Campanha da Quaresma desde 1958. O objetivo principal deste ano é o de contribuir para que seja assegurado o direito essencial de todos ao saneamento básico. Para tanto, apela a todas as pessoas convidando-as a se empenharem com políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.
Todos nós temos responsabilidade por nossa Casa Comum, ela envolve os governantes e toda a sociedade. Por meio desta Campanha da Fraternidade, as pessoas e comunidades são convidadas a se mobilizar, a partir dos locais em que vivem. São chamadas a tomar iniciativas em que se unam as Igrejas e as diversas expressões religiosas e todas as pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico. O acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é condição necessária para a superação da injustiça social e para a erradicação da pobreza e da fome, para a superação dos altos índices de mortalidade infantil e de doenças evitáveis, e para a sustentabilidade ambiental.
Na encíclica Laudato Si´, recordei que “o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos” (n.30) e que a grave dívida social para com os pobres é parcialmente saldada quando se desenvolvem programas para prover de água limpa e saneamento as populações mais pobres (cf. ibid.) E, numa perspectiva de ecologia integral, procurarei evidenciar o nexo que há entre a degradação ambiental e a degradação humana e social, alertando que “a deterioração do meio ambiente e da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta” (n. 48).
Aprofundemos a cultura ecológica. Ela não pode se limitar a respostas parciais, como se os problemas estivessem isolados. Ela “deveria ser um olhar diferente, um pensamento, uma política, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que oponham resistência ao avanço do paradigma tecnocrático” (Laudato Si´, n. 111). Queridos irmãos e irmãs, insisto que o rico patrimônio da espiritualidade cristã pode dar uma magnífica contribuição para o esforço de renovar a humanidade. Eu os convido, principalmente durante esta Quaresma, motivados pela Campanha da Fraternidade Ecumênica, a redescobrir como nossa espiritualidade se aprofunda quando superamos “a tentação de ser cristãos, mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor” e descobrimos que Jesus quer “que toquemos a carne sofredora dos outros” (Evangelii Gaudium, n. 270), dedicando-nos ao “cuidado generoso e cheio de ternura” (Laudato Si´, n. 220) de nossos irmãos e irmãs e de toda a criação.
Eu me uno a todos os cristãos do Brasil e os que, na Alemanha, se envolvem nessa Campanha da Fraternidade Ecumênica, pedindo a Deus: “ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais conosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e paz (Laudato Si´, n. 246). Aproveito a ocasião para enviar a todos minhas cordiais saudações com votos de todo bem em Jesus Cristo, único Salvador da humanidade e pedindo que, por favor, não deixem de rezar por mim.
Papa Francisco
Com informação da CNBB
Foto: CNBB

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