sexta-feira, 18 de março de 2016

PTMG - Pra frente é que se anda.


1. Contagem: um verdadeiro polo de resistência
Na década de 1960, nossa cidade entrou para a história em razão da resistência dos operários que lideraram, no justo momento em que a ditadura civil-militar mostrava sua face mais violenta e opressora, o movimento grevista de 1968. Os trabalhadores se unificaram em torno de uma pauta que reivindicava melhores condições de trabalho e também era contra o arrocho salarial que afligia praticamente todo o país. Assim, Contagem ergueu-se forte na oposição à ditadura e os trabalhadores obtiveram um acordo histórico na mediação direta do Ministro do Trabalho à época, Jarbas Passarinho, que veio à cidade com a missão de sucumbir aquele levante antes de sua proliferação. Simultaneamente, um movimento com contornos similares também fora impulsionado na cidade de Osasco em São Paulo. Tais greves ficaram marcadas como propulsoras de um sindicalismo mais aguerrido e menos pelego, dando um recado ousado para os patrões: a unidade da classe trabalhadora e a mobilização popular são capazes de estremecer qualquer estrutura de poder.
Desde então, nossa cidade tem sido vanguardista no que diz respeito à organização dos mais pobres. No fim da década de 1970 e inicio da década de 1980, outro movimento organizado, agora pelos trabalhadores da educação, mobilizou a cidade e obteve importantes conquistas. O PT em Contagem é fruto das muitas lutas travadas no seio da cidade operária de origem industrial. Sua história se entrecruza, confundindo-se com a trajetória de tantos movimentos populares. Nesse sentido, a construção do campo da esquerda no município esteve atrelada às organizações da classe trabalhadora e dos segmentos mais populares, desde a luta sindical e popular até as organizações culturais e religiosas. O Jornal dos Bairros, tal como outras experiências do mesmo tipo, comprovavam o protagonismo da cidade nas lutas sociais do estado e do país.
Ao cabo de longos anos de muita mobilização, em 2005 conquistamos pela primeira vez a Prefeitura e, desde então, conseguimos atingir relativa hegemonia na sociedade contagense. Em 2008, reelegemos Marília Campos que, por sua vez, deixou um grande legado de conquistas para a cidade, obtendo reconhecimento em sua eleição para a Assembleia Legislativa no pleito de 2014, quando alcançou uma votação história.
Em 2012, ano das ultimas eleições municipais, o governo petista desfrutava de uma boa avaliação. Naquele momento, estávamos bem posicionados no tabuleiro da política local e resolvemos disputar a sucessão da prefeitura. Apresentamos a candidatura de nosso companheiro Durval Ângelo, deputado estadual e um dos fundadores do PT em Contagem. Sua candidatura não decolou em razão de equívocos táticos e estratégicos e, então, vimo-nos diante de um fato inédito: PT e PCdoB se enfrentando em uma disputa de segundo turno. Partidos que sempre foram aliados em todos os níveis e que, inquestionavelmente, dispõem de um programa muito convergente, se digladiavam na segunda maior cidade de Minas Gerais.
A disputa deixou marcas e abriu feridas de ambos os lados. Excessos típicos de campanhas eleitorais em cidades grandes foram cometidos tanto pelos comunistas quanto pelos petistas. Entretanto, noutra perspectiva, tal ineditismo também aponta para um avanço da esquerda contagense que, inexoravelmente, tornou-se hegemônica e conseguiu superar as tradicionais lideranças da direita que sempre comandaram a cidade.
O processo resultou em tamanho desgaste que, uma vez terminada as eleições, não havia ambiente para reaproximação entre os dois partidos. O acirramento da disputa levou os comunistas a acordos com setores da direita, forçando a formação de um governo menos coeso e profundamente heterogêneo que, por sua vez, agregou diversas forças antagônicas ao nosso projeto. Deste modo, o Diretório Municipal do PT se reuniu e decidiu assumir uma posição de independência em relação ao novo governo liderado pelo PCdoB. O PT contava com a maior bancada de vereadores na Câmara, um total de quatro vereadores. Os parlamentares petistas, em nenhum momento, fizeram oposição declarada ao governo comunista, mas também não houve adesão automática.
No final de 2014, saíamos de uma apertada e embaraçosa disputa eleitoral, onde enfrentamos uma direita renovada e impregnada de ódio. Desta vez, elegemos pela primeira vez um governador petista em Minas Gerais e reelegemos a presidenta Dilma. O PCdoB empenhou-se nas duas campanhas petistas. Em Contagem, o processo das eleições acabou reaproximando os dois partidos. Assim, no dia 10 de novembro de 2014, recebemos o convite para fazermos parte da base de sustentação do governo municipal e compormos os quadros da administração. Depois de muitos debates que envolveram todas as forças partidárias, assim como o conjunto da militância petista, o Diretório Municipal do Partido decidiu pela maioria aceitar o convite dos comunistas. O que significa que houve uma repactuação entre o PT e o PCdoB na cidade. A partir de então, voltamos a governar a cidade juntos, visto que os comunistas, de igual modo, contribuíram com os dois mandatos petistas.
2. Uma aliança estratégica
A forte crise econômica e politica que afeta o mundo atinge nosso país e, consequentemente, nossa cidade. O atual governo enfrenta muitas dificuldades, tendo como principal desafio uma equação de complicada solução: diminuição na arrecadação combinada com o aumento das demandas sociais.
Contagem é um município de grande porte, com população próxima de 700 mil habitantes, uma receita corrente na casa de um bilhão e meio e um PIB que gira em torno de vinte bilhões. A cidade está entre as trinta maiores do país e tem um peso econômico superior ao de capitais como Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e Natal, no Rio Grande do Norte. No entanto, em função de uma condução irresponsável da política fiscal por parte de governos anteriores, dispõe de um orçamento incompatível com seu tamanho e com as dimensões de seus complexos problemas. Nossa cidade é conhecida como aquela que não cobra IPTU residencial, assume a execução e financiamento do ensino médio por meio das FUNEC’s e “abre mão” de outras receitas tidas como vitais na dinâmica de qualquer economia local.
Contudo, mesmo diante de dificuldades orçamentárias e de uma realidade desastrosa para praticamente todas as administrações municipais, o governo liderado pelo PCdoB mantém os salários dos servidores em dia, os serviços públicos funcionando e ainda impulsiona o desenvolvimento local com uma cartela de investimentos que ultrapassa a casa de um bilhão de reais. São grandes obras de mobilidade urbana e muitas entregas nas áreas de saúde, educação, habitação e assistência social.
Para termos dimensão da gravidade do problema enfrentado pelos municípios brasileiros, basta compararmos Contagem com outras cidades. Se assim o fizermos, observaremos que nossa situação é melhor em relação a muitos outros lugares. E vale dizer que não precisamos ir muito longe para fazermos tal constatação. Nem tampouco tomarmos como exemplos administrações de outros partidos. Diante disso e de outros fatores próprios da política contagense, consideramos que o prefeito Carlin Moura dispõe de condições objetivas favoráveis à sua reeleição. Não há razões, portanto, para incidirmos em um movimento tático que pode transparecer oportunismo eleitoral. Temos que extrair lições de desacertos passados e de tantas outras experiências fracassadas. Quando há divisão e fragmentação do nosso campo, corre-se o risco de retrocedermos e perdermos a chance de vencer.
A aliança entre PT e PCdoB no município não se trata apenas de uma consequência local da relação histórica entre os dois partidos, nem tampouco de parcerias firmadas em nível estadual e nacional. A base dessa repactuação está sedimentada na unidade que o momento exige. A essência que une os dois partidos na cidade é a disposição de lutar em defesa da nossa pátria. Em defesa de um Brasil mais justo e igualitário. Em defesa, antes de tudo, do nosso projeto histórico. O PCdoB é um partido importante e de grande envergadura no campo popular, por isso, torna-se imperioso avançarmos na unidade em torno de uma agenda de lutas em defesa da democracia e de um programa mais avançado para Contagem.
Fazemos parte do governo liderado pelo PCdoB pois entendemos a importância de unificarmos nosso campo em torno do projeto nacional e também por compreendermos que a gestão comunista representa a continuidade de um projeto de cidade vitorioso. Nenhum programa fora interrompido, nenhuma obra paralisada. Não houve corte de investimentos nas políticas sociais, antes pelo contrário. Isto é, não há modificação substancial de rumos. O governo comunista continuou e ampliou o ciclo de transformações inaugurado pelo PT na cidade de Contagem, dando sequência no fortalecimento de uma cultura democrática e de participação popular, marcas indeléveis das administrações petistas.
Desde que entramos para o governo municipal, em fevereiro de 2015, assumimos uma nítida ofensiva programática, tanto na busca de resultados sociais concretos (em especial nas regiões fronteiriças de Contagem, onde a população mais pobre se queixa de abandono histórico; assim como na área das políticas sociais, habitação, desenvolvimento econômico e garantia dos direitos humanos), como na reconfiguração de sua base aliada. A adesão petista provocou uma inflexão do governo Carlin Moura à esquerda, desalojando lideranças e partidos antagônicos ao nosso projeto. Não sem razão, os tucanos desembarcaram da Prefeitura e lideram hoje um movimento oposicionista com vistas ao fortalecimento de uma candidatura para derrotar o atual prefeito. A disputa eleitoral em Contagem contará com um candidato tucano que, certamente, rezará a cartilha do PSDB, disparando contra o PT e contra o projeto democrático e popular.
Não podemos, portanto, permitir que nosso município seja atingido pelo retrocesso conservador. Temos a tarefa de defender a continuidade dos avanços iniciados em 2005. Nesse sentido, respeitamos a decisão da companheira Marília Campos, ex-prefeita e, atualmente, deputada estadual, de não disputar as eleições deste ano para a Prefeitura municipal. Destarte, diante de tal cenário, aumentam as chances de um apoio petista à reeleição do atual prefeito Carlin Moura, na medida em que a conjuntura impõe condições objetivas que diminuem as probabilidades de uma candidatura própria do PT.
3. Vai avançar, vai avançar: a unidade popular!
As eleições municipais de 2016 possuem dimensões estratégicas. O que está em jogo, antes de tudo, é o rumo do país. Todos aqueles e aquelas que sonham com um Brasil mais justo e, consequentemente, com uma Contagem mais justa, precisam se unir em torno de uma mesma missão, uma mesma bandeira: manter viva a chama da democracia, da igualdade, da justiça social, dos direitos humanos. Manter viva a esquerda!
A tática eleitoral do partido deve estar inteiramente subordinada à estratégia de acumular forças em torno da defesa da democracia e dos interesses dos mais pobres. O Brasil precisa dessa unidade popular para continuar avançando. Entendemos ainda que no embate que está colocado para a sociedade brasileira, existem apenas dois lados. De um lado estão os golpistas e aqueles que defendem os interesses dos mais ricos. E do outro, estamos nós, que defendemos a democracia, a continuidade do projeto democrático e popular, a integridade do presidente Lula, o legado petista e os interesses do povo mais pobre.
De igual maneira, compreendemos que opiniões diferentes e divergências no campo das ideias são a fonte de nossa força e partes indispensáveis ao amadurecimento democrático de qualquer organização. A diversidade petista é fator que dinamiza e revigora o partido. No entanto, apetecemos que nossas diferenças sejam tratadas internamente, tal como sempre foram.
Não podemos, em nenhuma hipótese, compactuarmos com movimentos à direita de desconstrução do governo comunista, do qual fazemos parte, nem tampouco endossarmos candidaturas oposicionistas que emanam do que de mais retrógado e conservador existe na política contagense. Ou saímos pela esquerda ou estaremos engrossando o caldo da ofensiva golpista que atinge nosso partido e nossos governos. No entanto, qualquer posição mais objetiva do PT em relação ao pleito municipal, antes de ser externada e levada ao conhecimento da cidade, será suficientemente amadurecida pelas vias do dialogo com a militância e com as direções estadual e nacional do nosso partido.
Assim, enquanto presidente do partido, conclamo toda a militância e todos os nossos filiados, bem como dirigentes e parlamentares, a participarem da agenda de debates que será construída pelo GTE e apresentada sob a forma de calendário eleitoral. A contribuição da militância petista torna-se imprescindível para a construção de nossa tão urgente quanto necessária unidade. Avaliamos que movimentos de fora para dentro em nada favorecem a elaboração de sínteses, pois fragilizam a relação da direção com a militância e dinamitam a legitimidade das instâncias de decisão do partido. O PT dispõe de mecanismos democráticos que possibilitam ampla participação, cujo nenhuma outra organização partidária dispõe. Assim, aos insatisfeitos ou descontentes com os rumos do partido o direito de fazerem a disputa e expressarem suas posições nos fóruns correspondentes e em momentos apropriados.
Em tempos tão difíceis e decisivos, não podemos permitir quaisquer ensaios que ameacem a continuidade dos avanços em nosso país. De nada adianta obtermos vitórias eleitorais nos projetos locais e sofrermos derrotas políticas que fragilizem ainda mais o projeto nacional. Mais vale, portanto, vencer politicamente em todos os níveis. Não podemos nos enganar com narrativas enevoadas que ignoram a complexa e delicada situação do país e do mundo. É hora de lutar por tudo aquilo que sonhamos e conquistamos nos últimos anos. E somente com uma unidade completa, sem dissidências, sem rupturas, sem omissões, conseguiremos manter vivo o brilho da estrela que nos orienta rumo à construção do socialismo. Para tanto, sigamos juntos e unidos, pois “pra frente é que se anda”.
Zé de Souza é vereador, líder da bancada petista e presidente do Partido.

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Planalto: Moro violou Constituição e medidas judiciais serão adotadas.



Em nota, Palácio do Planalto diz que todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas em relação ao vazamento.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulgou nota, nesta quarta-feira (16), em que condena o vazamento de conversa entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente e ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República”, diz o texto.
“Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento”, completa a nota.
De acordo com a nota, a posse do novo ministro da Casa Civil acontecerá na manhã desta quinta-feira (17).
Leia o texto, na íntegra:
“Nota à imprensa
Tendo em vista a divulgação pública de diálogo mantido entre a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumpre esclarecer que:
1 – O ex-Presidente Lula foi nomeado no dia de hoje Ministro-Chefe da Casa Civil, em ato já publicado no Diário Oficial e publicamente anunciado em entrevista coletiva;
2 – A cerimônia de posse do novo Ministro está marcada para amanhã às 10 horas, no Palácio do Planalto, em ato conjunto quando tomarão posse os novos Ministros Eugênio Aragão, Ministro da Justiça; Mauro Lopes, Secretaria de Aviação Civil; e Jaques Wagner, Ministro-Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República;
3 – Uma vez que o novo ministro, Luiz Inácio Lula da Silva, não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse coletiva, a Presidenta da República encaminhou para sua assinatura o devido termo de posse. Este só seria utilizado caso confirmada a ausência do ministro.
4 – Assim, em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República.
5 – Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento.”
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias
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Debate “Estado Democrático de Direito & o Golpe”



Juristas analisam conjuntura e apontam desafios dos movimentos sindical e sociais na mobilização permanente em defesa da democracia e contra o golpe.
Militantes, dirigentes, simpatizantes dos movimentos sociais, sindical, estudantis e de partidos de esquerda lotaram, na noite de terça-feira (15), o teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, para ato e debate da Plenária com os Juristas, organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Frente Brasil Popular, com o tema “O Estado Democrático de Direito & e o Golpe”. José Luiz Quadros, professor de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Juarez Rocha Guimarães, professor de Ciência Política da UFMG; e Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira, professor de Direito da UFMG, fizeram análises de conjuntura e apontaram os desafios diante das conjunturas política e econômica no Brasil. O debate fez parte da Agenda de Mobilização Permanente em Minas Gerais, que prossegue nesta sexta-feira (18) como ato em defesa da democracia, dos direitos sociais e contra o golpe.
Para Juarez Rocha Machado, a Operação Lava-jato apresenta violações constitucionais que não foram levadas em conta. “Há uma ligação escandalosa com o PSDB. Isso ficou evidenciado numa participação do juiz Sérgio Moro em uma atividade partidária do PSDB. Na delação premiada sobre a Andrade Gutierrez, que fez doações para o partido, Aécio Neves é citado e não houve investigação. O vazamento das informações é seletivo e ocorrem antes do processo constitucional. Isso passou a ser um fato cotidiano. Há o engajamento de agentes da Polícia Federal do Paraná; prisões prolongadas e o uso extensivo das delações premiadas, que são criticadas por promotores; nacionalização indevida da investigação; e privação drástica das defesas dos acusados”, enumerou o professor de Direito da UFMG.
“A Lei 12.850 diz que em hipótese alguma nenhuma investigação ou uma condenação tomarão por base a própria delação. A confissão, por si só, não comprova a culpa daquele que confessa. Ou seja, ninguém poderá ser considerado culpado até que tenham transitado todo o processo. É preciso baixar a bola de todo o processo do Operação Lava-jato. É o que eu mostro no livro ‘Risco e Futuro da Democracia Brasileira’. Com os impasses atuais da democracia, que levam a uma situação inercial, corre-se o risco de retrocesso. Hoje, o que vemos, é um discurso que prega um Judiciário punitivista. Parcela do Legislativo e do Judiciário tem agido de forma contrária à lei”, acrescentou o professor Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira.
Para José Luiz Quadros, estamos na iminência de um golpe “sofisticado”. “Na ditadura, o processo foi teatral. Houve um golpe empresarial-militar. O Parlamento funcionava, foi promulgada uma Constituição. Hoje, vivemos uma guerra ideológica brutal no mundo todo, com a transformação de adversários em inimigos, a encarnação do mal, como aconteceu na Alemanha Nazista. Vemos o crescimento da geração do medo. É importante que as pessoas sintam medo da violência, da inflação. A direita depende só de um estopim”, disse José Luiz Quadros.
Segundo o professor de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o momento da história global é ímpar. “Estamos em pleno esgotamento do processo moderno. Que não vai acabar sem que os impérios capitalistas esperneiem. Até 2030, serão mais 1,1 bilhão de pessoas no mundo, que precisarão de comida, água, transporte, saúde. Sejamos realistas, a sociedade capitalista é insustentável. O projeto esgotou-se.”
Fonte: Rogério Hilário/CUTMG

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Dilma condena grampo e interpretação “desvirtuada” de conversa.



De acordo com a presidenta, governo federal avalia, com precisão, as condições do grampo que envolve a Presidência da República.
A presidenta Dilma Rousseff condenou, durante cerimônia de posse dos novos ministros, nesta quinta-feira (17), o grampo e a divulgação de conversas entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na noite de quarta-feira (16), o juiz Sérgio Moro retirou o sigilo da investigação contra Lula e divulgou as conversas entre os dois.
Segundo a presidenta Dilma, o diálogo foi publicado com uma interpretação desvirtuada. “Ocultaram que o que nós fomos buscar no aeroporto era essa assinatura”, explicou, ao mostrar o termo de posse assinado apenas pelo ex-presidente. “Repudio total e integralmente todas as versões contra esse fato”, afirmou a presidenta.
De acordo com ela, o governo federal avalia, com precisão, as condições do grampo que envolve a Presidência da República.
“Queremos saber quem o autorizou, o que autorizou e porque foi divulgado quando ele não continha nada que possa levantar qualquer suspeita sobre seu caráter republicano.
“Interpretação desvirtuada. Processos equívocos. Investigações baseadas em grampos ilegais não favorecem a democracia nesse país. Quando isso acontece fica nítida a tentativa de ultrapassar o limite do estado democrático de direito”, criticou a presidenta.
A presidenta também condenou as pessoas que tentam “convencionar a sociedade brasileira em cima de inverdades, de práticas criticáveis, isso abre precedentes gravíssimos”. “Os golpes começam assim”.
“Há um brasil que luta contra a corrupção, que respeita os direitos individuais, das instituições democráticas. Esse brasil está comprometido com o crescimento e inclusão social. E esse Brasil conta com o meu trabalho e a minha determinação”, garantiu
Dilma cobrou que somente haverá Justiça com o respeito rigoroso da Constituição, com a presunção de inocência e o amplo direito de defesa de qualquer cidadão.
“O funcionamento eficiente da Justiça deve estar atentado na produção de provas sem ceder sua natural preponderância a outros instrumentos. Deve estar pautado pelo respeito as garantias constitucionais”, disse.
“Não há Justiça quando delações são tornadas públicas de forma seletiva para execração, quando leis são desrespeitadas. Não há justiça para os cidadãos quando as garantias constitucionais da própria Presidência da República são violadas”, condenou Dilma.
Para a presidenta, o Brasil não pode se tornar submisso a uma conjuração que invade as prerrogativas constitucionais da Presidência da República. “Não porque a Presidência da República seja diferente dos outros, mas porque se ferem prerrogativas da Presidência, o que farão com as prerrogativas dos cidadãos?”, questionou.
A presidenta deu posse, nesta quinta, aos novos ministros da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Justiça, Eugênio Aragão; da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes e do Chefe de Gabinete Pessoal da Presidenta da República, Jaques Wagner.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias

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Pelos brasileiros, estamos juntos outra vez, diz Dilma sobre Lula.




Ex-presidente Lula tomou posse, em cerimônia nesta quinta, para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula tomou posse, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (17), como ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff. Durante discurso, a presidenta ressaltou a experiência do ex-presidente e a importância de Lula na função.
“Eu conto com a experiência do ex-presidente Lula, com a identidade que ele tem com esse País, com o povo desse País. Conto com sua incomparável capacidade de olhar nos olhos do nosso povo e de entender esse povo. De querer o melhor pra esse povo e também de ser entendido e por ele amado”, disse Dilma.
“A sua presença aqui, Lula, prova que você tem a grandeza dos estadistas e a humildade dos verdadeiros lideres. Prova que não ha obstáculos a nossa disposição de trabalhar juntos pelo Brasil”, continuou a presidenta.
Além de Lula, Dilma empossou os novos ministros da Justiça, Eugênio Aragão; da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes; e o Chefe de Gabinete Pessoal da Presidenta da República, Jaques Wagner.
De acordo com Dilma, a disposição de Lula em fazer parte do governo mostra que estão enganados aqueles que apostaram na separação dos dois. “Nós sempre estivemos juntos, pois temos em comum algo extremamente importante que é a consciência de um projeto para um Brasil. Sempre lutamos pelos brasileiros. Pelos brasileiros nós estamos juntos outra vez”, afirmou.
Durante discurso na cerimônia de posse, a presidenta relembrou que o Brasil enfrenta, atualmente, dificuldades econômicas e políticas. Por isso, segundo ela, o governo não pode e não quer “prescindir de ninguém”.
“Eu, Lula, nossa base e mesmo os opositores podemos todos agir em conjunto para superar a crise econômica e deixar pra trás a paralisia causada pela crise política”, ressaltou.
Com Lula, explicou Dilma, o governo terá ainda mais condições de recolocar o Brasil na rota da retomada do crescimento e de enfrentar o golpismo.
“Nós teremos mais força de superar as armadilhas que jogam em nosso caminho por aqueles que desde a eleição não fazem outra coisa senão tentar paralisar o governo, impedir de governar ou me tirar o mandato de forma golpista”, reforçou Dilma.
“Nós estendemos a mão para todos aqueles que querem o bem do Brasil. temos de superar os ódios e a atuação daqueles que não tem razão, que não estão do lado da verdade e não terão forca política para provocar o caos e a convulsão social”, completou, ao ressaltar que “a gritaria dos golpistas” não vai tirar o rumo do governo e nem o povo de joelhos.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias

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Ato por democracia, direitos e contra o golpe terá militantes de todas regiões de Minas.



Militantes, lideranças, apoiadores e simpatizantes do PT organizam caravanas para o Ato Nacional em Defesa da Democracia, dos Direitos Sociais e Contra o Golpe, nesta sexta, 18, a partir das 16h, na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte, convocado pela Frente Brasil Popular.

A Executiva Estadual do PTMG convocou todas as lideranças e militantes a organizarem a participação no ato. “A hora é de mobilizar todas as forças da sociedade organizada nas cidades, nos bairros e comunidades, para contrapor a tentativa de golpe de Estado que está em curso no país. A democracia brasileira está em risco e nós, do Partido dos Trabalhadores, precisamos unir forças com os movimentos sociais, sindicatos, partidos aliados e a Frente Brasil Popular”, afirmou a presidente do PTMG, Cida de Jesus.
Cida de Jesus ressaltou que o momento é de diálogo com a população, para mostrar os riscos de um golpe e as consequências sobre os direitos dos trabalhadores. “Nossa manifestação será pacífica, alegre e repudiaremos qualquer ação contra a democracia. Estamos em mobilização permanente contra qualquer tentativa de golpe no país”, afirmou a presidente do PTMG.
Atividades
Ato Nacional em Defesa da Democracia, dos Direitos Sociais e Contra o Golpe:
Sexta, 18/3
10h: montagem de tenda na Praça Afonso Arinos (Av. João Pinheiro com Av. Augusto de Lima), para oficina de cartazes.
16h: Concentração para o Ato – Praça Afonso Arinos
17h: Concentração de Tambores – Praça Afonso Arinos
19h: Show e Teatro – Praça da Estação
Roteiro da caminhada – O trajeto será saída da praça pela Av. João Pinheiro, rua Timbiras, Av. Afonso Pena, Praça Sete, Av. Amazonas, Praça da Estação.
Participam da Frente Brasil Popular:
 CUT/MG, CTB, Levante Popular da Juventude, MST, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Brigadas Populares, MLB – Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas, UNE – União Nacional dos Estudantes,  Federação Nacional dos Urbanitários – FNU, Federação Única dos Petroleiros – FUP, Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM-CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte – Ames-BH, Quilombo,  UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, UJR – União Juventude Rebelião, UJS – União da Juventude Socialista, Movimento Luta de Classes – MLC, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos – MTD, Circuito Fora do Eixo, Mídia Ninja, Movimento Mundo do Trabalho Contra a Precarização – MTCP, Unidade Popular pelo Socialismo – UP, Frente Brasil Popular, Sindicatos CUTistas (Sind-UTE/MG, Sindados, Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Sindieletro, Sindágua, Sind-Saúde, Sindicato dos Petroleiros, Sindifes, Sindimetro, Sindsep, Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região, Sindibel, entre outros), sindicatos filiados à CTB, Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. PT e PCdoB.
Assessoria de Comunicação PTMG

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