sábado, 9 de julho de 2016

Moro liberta cinco presos de investigação fora do centro político.


Jornal GGN - O juiz federal Sérgio Moro liberou quatro presos da Operação Abismo, que haviam sido detidos na 31ª fase da Lava Jato, na segunda-feira (4). Denominada Operação Abismo, a investigação envolve familiares do coordenador de campanha de Marina Silva à Presidência, em 2014.
 
Como um dos desdobramentos da Lava Jato, a apuração é sobre fraude em processos de licitação e pagamentos de propina a servidores da Petrobras. Suspeitos de envolvimento no esquema de pagamento de R$ 39 milhões nas obras do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
 
Entre os alvos dos mandatos, Roberto e Eduardo Capobianco Roberto, ambos parentes de João Paulo Capobianco, que coordenou a campanha de Marinha Silva à Presidência da República, em 2014. O marqueteiro não tinha relação com a empresa Construcap CCPS Engenharia e Comércio, investigada no caso, e da qual os dois irmãos são sócios.
 
Eduardo foi alvo de condução coercitiva e de buscas e apreensões pela Polícia Federal, na segunda. O Ministério Público Federal chegou a pedir a prisão temporária do empresário, mas fugindo da decisão geralmente adotada, Sergio Moro negou o pedido dos procuradores.
 
E, ao prestar depoimento aos investigadores e ao juiz, Capobianco negou participar do esquema. "O juiz é um profissional sério. Fui depor e, em seguida, já estava liberado. Voltei para casa e já estou trabalhando normalmente", disse o empresário. 
 
Seu irmão, Roberto, não teve a mesma decisão e ficou preso em caráter temporário, mas por apenas cinco dias sob a tutela da equipe de Moro. As investigações constataram o repasse de, pelo menos, R$ 2 milhões da Construcap para a empresa Legend Engenheiros Associados, que integrava a empresa de lavagem de dinheiro do lobista Adir Assad. 
 
Mas nesta sexta-feira (08), não apenas os irmãos foram soltos, como também outros investigados: Genésio Schiavinato Júnior (diretor da empresa Construbase), Edison Freire Coutinho (ex-diretor da empreiteira Schain) e Erasto Messias da Silva Júnior (empresário).
 
Em troca da liberdade, Moro determinou medidas cautelares, como o comparecimento a atos processuais e de investigação em que forem chamados. E, se apenas não cumprirem a medida, aí podem sofrer prisão preventiva.

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