sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PTMG - Governador de Minas recebe primeiro-ministro de Portugal para reforçar parcerias.


Eles assinaram termo de cooperação para desenvolvimento de projetos de mobilidade elétrica.
O governador Fernando Pimentel recebeu nesta quarta-feira (2/11), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e os ministros de Estado de Economia, Manuel Caldeira Cabral, e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. O encontro serviu para reforçar os laços de cooperação entre Minas Gerais e o país europeu nas áreas de ciência e tecnologia, mobilidade urbana e sustentabilidade.
O primeiro-ministro português António Costa destacou a importância de parcerias com o Governo de Minas Gerais e ressaltou o papel do estado nos setores de tecnologia e inovação. “Estamos em um estado dos mais pujantes do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico, que quer ser a capital da inovação tecnológica do Brasil e o centro de desenvolvimento de startups no Brasil. Esse é, portanto, um novo ciclo que temos que ter com base nesse novo patamar de desenvolvimento econômico”, afirmou.
Antes do encontro, o Governo de Minas Gerais, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Axxiom Soluções Tecnológicas, juntamente com a Universidade do Minho e o Centro de Engenharia e Inovação (CEiiA), de Portugal, assinaram um termo de cooperação para promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo, por meio de parcerias para o desenvolvimento científico, tecnológico e empresarial na área da mobilidade elétrica.
O termo prevê uma série de acordos para desenvolvimento de projetos conjuntos relacionados ao desenvolvimento e industrialização de veículos elétricos de nova geração, por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, intercâmbio de professores e pesquisadores e supervisão de teses desenvolvidas entre as duas universidades relacionadas ao tema.
Além disso, a parceria também prevê o apoio a programas do Governo de Minas Gerais que envolvam estudantes estrangeiros, além de organização conjunta de conferências, workshops de caráter científico, tecnológico e empresarial, associados à mobilidade sustentável e industrialização de veículos elétricos de nova geração.
“Essa é uma política pública do Estado de Minas Gerais. O que estamos fazendo é muito mais que o sistema de mobilidade e o carro elétrico. É todo um ecossistema que nós estamos tentando desenvolver em torno disso, com a universidade, com outras empresas, que vão criar um ecossistema de desenvolvimento científico e tecnológico para a mobilidade elétrica”, explicou o presidente do BDMG, Marco Aurélio Crocco.
O ministro de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, destacou a parceria com o Governo do Estado e o papel das universidades no acordo. “Estamos aqui para fazer um sistema de mobilidade para o futuro. Portanto, pelo lado do governo de Portugal é com o maior interesse que, juntamente com o Governo do Estado de Minas Gerais, colocamos em conjunto a capacidade de Portugal nas universidades, nos centros tecnológicos, e do Estado de Minas Gerais para pensar num projeto de nível global”, disse o ministro.
Também participaram do encontro com autoridades portuguesas os secretários de Estado de Governo, Odair Cunha; de Cultura, Ângelo Oswaldo; o presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco; e o presidente da Cemig, Mauro Borges.
Histórico
Essa é a segunda vez em pouco mais de um mês que o Estado recebe visita de autoridades portuguesas. No final de setembro, o governador Fernando Pimentel recebeu o secretário de Estado da Indústria de Portugal, João Vasconcelos, em cerimônia de assinatura de despacho governamental para implementação do projeto “Sistema de Mobilidade de Baixo Carbono” em Minas Gerais.
A proposta, inspirada em iniciativas do Centro de Excelência e Inovação na Indústria da Mobilidade (CEiiA), prevê a interligação, por meio de veículos elétricos, entre a Cidade Administrativa de Minas Gerais, o Aeroporto Internacional de Confins, o Palácio da Liberdade e os prédios públicos do BDMG, Cemig, Fapemig, Codemig, na região central de Belo Horizonte.
“Há um mês foi lançado formalmente esse projeto que combina sistema inteligente com a circulação de veículos elétricos. A gente sabe que o grande desafio da mobilidade hoje está nas cidades e parte central dele está nesse deslocamento. Queremos fazer esses testes, inclusive com diferentes veículos (carros, motos e ônibus), não só pela visão que a gente tem do futuro, do desafio associado à tecnologia e dos novos desenvolvimentos de materiais mas, também, por uma nova visão de política pública. Nesse sentido, o Estado cria um ambiente e uma possibilidade de poder estabelecer políticas públicas que hoje não existem no Brasil”, afirmou a presidente da Axxiom Soluções Tecnológicas, Fabiana Santos.
As parcerias entre os governos de Minas Gerais e de Portugal se estreitaram a partir de fevereiro de 2015, quando o governador Fernando Pimentel esteve em visita oficial ao país para se encontrar com autoridades e conhecer projetos desenvolvidos nas áreas de mobilidade, indústria aeronáutica e sustentabilidade.
Um ano depois, Pimentel retornou a Portugal para assinar convênios de cooperação científica e tecnológica com ênfase em redes de energia de baixo carbono, mobilidade urbana e intercâmbio de conhecimento acadêmico para futuras inovações na indústria automobilística de Minas Gerais entre o Governo do Estado e o Governo de Portugal. 
Com informações da Agência Minas.
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Milton Pomar: Ondas e ressacas eleitorais.
Milton Pomar: Ondas e ressacas eleitorais
Em artigo, o geógrafo explica a relação entre o resultado das eleições de 2016 e a intensa propaganda massiva feita contra o PT nos últimos dez anos
Os resultados eleitorais de 2016 lembram os de 1988, quando o PT ganhou pela primeira vez governos em várias capitais e cidades importantes em todo o País. Lembra também os de 1992, 1996 e 2000, quando o PT aumentou ainda mais a quantidade de governos de grandes cidades, chegando a ganhar várias cidades vizinhas umas das outras, nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte.

Qual petista não se lembra da “Onda Lula”, em 2002, quando elegemos Lula presidente da República, vários governadores e um número recorde de parlamentares estaduais e federais?
Ganhamos centenas de governos municipais e alguns estaduais, e elegemos centenas de parlamentares estaduais e federais, desde 1982. Mas…, analisando friamente, ganhar sempre foi uma exceção, o PT sempre perdeu muito mais do que ganhou, porque quem realmente vence as eleições no Brasil é o poder econômico, qualquer que seja o nome e a legenda do candidato.
Os números a esse respeito são didáticos – e a Câmara dos Deputados e o Senado são provas incontestes de quem realmente se elege e quais interesses representa.
O interessante desse momento é o espanto de alguns e a indignação (com o povo!) de muitos, do Rio Grande do Sul ao Pará, como se não fosse óbvio que acontecesse o que aconteceu, após dez anos de Propaganda intensa e massiva contra o PT, Lula, e a Política feita por trabalhadoras e trabalhadores.
Propaganda articulada com o judiciário, polícias, empresários e políticos de direita, realizada diuturnamente por duas mil rádios, centenas de jornais, três revistas semanais e muitas mais mensais, tevês em todo o país, e uma infinidade de pessoas e robôs pelas redes sociais. Tamanho massacre só poderia mesmo gerar Onda anti-PT de proporções nacionais e ressaca nas mesmas proporções.
Campanhas eleitorais são como ondas em banho de mar: mal acabamos de levar uma cacetada e lá vem outra. O que todas elas têm em comum é a ressaca. E entre uma e outra campanha eleitoral, há 5.570 governos municipais e quase 60 mil vereadores(as) a serem fiscalizados, mais todos os governos e legislativos estaduais e federal – estes um caso à parte, pelas razões mais do que conhecidas.
Quem sabe agora, 34 anos após disputarmos eleições pela primeira vez, e depois da ressaca que nos atingiu a nível nacional, seja possível tratarmos o processo eleitoral com a antecedência que ele exige no nosso caso, e investir no estudo das campanhas e do comportamento ideológico, político e eleitoral do imenso e diversificado universo de 144 milhões de eleitores e eleitoras existentes no Brasil.
E já que Política não se resume às campanhas eleitorais, e vivemos tempos de guerra do governo federal golpista e da maioria da Câmara e do Senado contra trabalhadoras e trabalhadores, aposentados(as) e pensionistas, e o povo pobre em geral, o melhor é trocarmos o pneu da ressaca com o carro em movimento, porque é guerra de lá para cá, e é também saque: contra o Pré Sal, a indústria naval, a construção pesada, os recursos públicos e da população em geral: banqueiros se apropriam de mais de R$ 500 bilhões por ano do Orçamento da União, e a Caixa Econômica Federal cobra impávida juros anualizados de 800% em seu cartão de crédito – somos o País dos Agiotas: cobram por mês o que antes era proibido cobrar por ano.
Saqueiam a Economia Popular e mandam no governo federal, no Banco Central, na imprensa e no judiciário. Só não quebraram a Economia ainda porque a maioria dos grandes empresários da indústria e dos demais setores também está lucrando com os juros criminosos.
Aos que se queixam da Onda contrária e do gosto amargo da ressaca, é sempre bom lembrar que, em tempos de Recessão; 12 milhões de desempregados; falta de recursos para Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Cultura, e tantas outras áreas importantes; iminência da aprovação do Marco Regulatório da Mineração e da Lei Orgânica da Magistratura (LOMA), e virtual falência de prefeituras de cinco mil municípios agora em dezembro, o que não nos faltam são grandes questões pelas quais compensa lutarmos.
Milton Pomar é geógrafo, “companheiro”, há mais de meio século na estrada.
Com informações da Agência PT de Notícias.

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