quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Violência policial aproxima governo Temer da ditadura militar.

Os métodos usados pela polícia de Temer foram comparados aos dos militares contra as manifestações das Diretas Já!


“É algo perigoso o que está acontecendo nesse processo político. Nós estamos atentos para procurar saídas, mas não tem democracia sem povo e não tem governo que se sustente na democracia sem povo. Como esse governo é ilegítimo, só vejo uma saída que é criar condições de eleições diretas já”, avalia o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA).

“O único oxigênio para manter a democracia viva é devolver ao povo a decisão sobre a escolha do Presidente da República”, enfatiza o parlamentar, novamente comparando as duas situações em que era negado ao povo brasileiro o direito de escolher o Presidente da República.

Cerca de 30 mil pessoas fizeram uma grande protesto contra a votação, no Congresso, da PEC 241/55, que congela os gastos públicos por 20 anos, e a Medida Provisória 746/2016, que desmonta o ensino médio brasileiro. As medidas antipopulares do governo golpista de Michel Temer são apontadas como a consolidação do golpe parlamentar que destitui da Presidência da República a presidenta eleita Dilma Rousseff.

Nota do PT


A Liderança do PT na Câmara também se manifestou sobre o episódio de violência protagonizado pela Polícia Militar do Distrito Federal, que reprimiu violentamente os manifestantes que protestavam contra a PEC 241/55, que congela os gastos públicos por 20 anos, e a Medida Provisória 746/2016, que desmonta o ensino médio brasileiro.

“A Bancada do PT repudia veementemente a violência contra os manifestantes e atribui toda responsabilidade desses fatos a Michel Temer, que já devia ter retirado de tramitação a MP 746 bem como excluído a educação do corte de gastos da PEC 55”, diz a nota.

A exemplo do líder do PCdoB na Câmara, a Liderança do PT explica que a repressão não fará arrefecer “o apoio à luta do povo brasileiro contra a PEC 55 e aos estudantes contra a MP 746.”

Negação da democracia

Daniel Almeida disse que “temos que condenar a violência e, com isso, só nos sentimentos mais responsáveis e estimulados a fazer resistência.” Para ele, a violência demonstra “o desespero de um governo que sabe que se afasta cada vez mais dos interesses do povo e cada vez mais vai ter mais cobrança.”

“Nós estamos à beira de uma crise institucional, os debates no parlamento acontecem de forma açodada, sem acompanhamento do povo e os espaços do Congresso são fechados, com trancas, barreiras e policiais, uma negação da democracia e uma violência à nossa constituição e ao estado democrático de direito”, analisa o líder comunista.

“O governo está sem rumo do ponto de vista de como conduzir a economia, que está em colapso. Em seis meses, o governo não consegue apresentar qualquer resultado, a crise se agrava, o desemprego cresce, as conquistas sociais vão para o ralo, e quer impor mudanças na legislação brasileira, principalmente na área econômica, para consolidar o golpe e a interrupção da democracia. E como sabe que não tem respaldo popular, usa a força”, explica o parlamentar.
 

De Brasília
Márcia Xavier 

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