Jornal GGN - Em depoimento do ex-ministro Tarso Genro, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o magistrado do Paraná Sérgio Moro fugiu dos autos e o questionou sobre a refundação do PT, defendida pelo ex-ministro após o Mensalão.
Tarso Genro defendeu o recomeço para o partido logo após o julgamento da Ação Penal 470, conhecida como Mensalão. Respondendo como testemunha do caso específico sobre as acusações que agora recaem sobre Lula, Moro, contudo, desviou do tema para o questionar sobre punições a filiados do PT, como José Dirceu e Delúbio Soares.
Segundo Kennedy Alencar, em sua coluna desta sexta-feira (17), "é um despropósito perguntar, num processo com acusações específicas contra Lula, se o PT puniu ou não José Dirceu e Delúbio Soares após o mensalão".
Para o jornalista, o juiz de primeira instância da Lava Jato entrou "num seara totalmente subjetiva" com as perguntas, que no passado foi objeto "de um amplo e público debate político de um partido sobre como reagir a um escândalo que rachou o pilar ético que a legenda defendia".
No depoimento prestado nesta quinta-feira (16), na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, durante a ação do triplex do Guarujá, o ex-ministro afirmou que Lula jamais participaria de esquema de arrecadação de propina, negou qualquer ato ilegal praticado pelo ex-presidente, seja com objetivos partidários de financiamento ou pessoal.
Narrou que o governo Lula conquistou a maioria parlamentar com uma base programática e não por esquemas de propinas. Disse que o ex-presidente institucionalizou relações, experiência que destaca como "única", semelhante à praticada pelo governo de Tancredo Neves.
Disse que, apesar de a ocupação de cargos durante gestões e governos ocorrer na relação entre o Executivo e as siglas, as indicação não são da alçada da Presidência da República, mas da equipe ministerial e dos representantes de cada partido.
Diante da defesa de Tarso a favor de Lula, o juiz do Paraná recorreu ao caso já julgado do Mensalão para tentar defender possíveis ações e omissões do PT como de responsabilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Kennedy, em sua coluna, lembra ainda: "Moro indaga se a ideia de refundação do PT significaria o reconhecimento de práticas ilícitas por filiados ao partido. Ora, obviamente que sim. Houve um escândalo de corrupção julgado ao vivo pelo STF. Mas Lula não foi réu no mensalão".
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sábado, 18 de fevereiro de 2017
Tarso desmente tese contra Lula e Moro apela para Mensalão.
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