domingo, 21 de junho de 2015

Vice-presidenta da Câmara venezuelana exige respeito às instituições - A relação de amizade entre a Venezuela e o Brasil não será atingida pela provocação do grupo de senadores brasileiros direitistas que foi a Caracas na última quinta-feira (18) com a finalidade de participar em atividades promovidas por setores da ultradireita, assinalou a vice-presidenta da Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados), Tania Díaz.

Em nome da Assembleia Nacional, a deputada Tania Díaz exigiu respeito à institucionalidade venezuelana, tal como a Venezuela faz com todas as instituições brasileiras
Em nome da Assembleia Nacional, a deputada Tania Díaz exigiu respeito à institucionalidade venezuelana, tal como a Venezuela faz com todas as instituições brasileiras.


“A visita, uma situação provocada para gerar inimizade entre os dois países, não vai torpedear de nenhuma maneira a boa relação que existe, existiu e existirá entre a Venezuela e o Brasil", asseverou Díaz, acompanhada pela também deputada Marelis Pérez.

O grupo de senadores dirigido pelo candidato derrotado à Presidência da República, hoje senador do PSDB, Aécio Neves, fez falsas denúncias sobre suposta falta de liberdades na Venezuela. Agora, os parlamentares da direita brasileira anunciam que tomarão iniciativas para expulsar o país do Mercosul e da Unasul, organismos de integração latino-americana.

"São situações que buscam criar inimizade entre nossos países, mas isto não vai jogar por terra tudo o que o Comandante Chávez e Lula fizeram pelos avanços na região”, afirmou.

"Existe a má intenção de chantagear e entorpecer a ação da justiça, além da tentativa de golpear as boas relações entre a Venezuela e o Brasil", declarou a deputada.

"É a mesma busca da extrema direita de isolar o país, sabotar os intentos de integração, isolar a Venezuela e contribuir com a agenda de bloqueio, de guerra total que assedia a Venezuela”, denunciou.

A deputada Tania Díaz indicou que com essa visita também se busca chantagear a justiça venezuelana em suas ações para esclarecer e estabelecer as responsabilidades no plano do golpe de Estado, dirigido por Leopoldo López, Antonio Ledezma e  Maria Machado, que deixou 43 pessoas assassinadas em 2014, entre elas um jovem  motorizado degolado por um cabo de aço instalado numa rua de Caracas por um dos grupos de choque mobilizados pelos organizadores do golpe.

"Não é uma chantagem que vai frear o sistema de justiça do país”, afirmou a vice-presidenta do Parlamento nacional.

Em nome da Assembleia Nacional, a deputada exigiu respeito à institucionalidade venezuelana, tal como a Venezuela faz com todas as instituições brasileiras.

Finalmente, a vice-presidenta do Legislativo venezuelano disse que o país respeita a condição de senadores do grupo que viajou a Caracas. "Nós  respeitamos sua condição como senadores, respeitamos o Parlamento, o Governo do Brasil e exigimos que se respeite nossa institucionalidade", manifestou.

Por sua parte, a deputada Marelis Pérez informou que em 30 de junho próximo será realizada uma reunião com os membros do Parlatino para denunciar estas políticas contrárias ao espírito de unidade que a Revolução Bolivariana desenvolve em toda a América Latina.
 

Do Portal Vermelho, com informações da Agência Venezuelana de Notícias

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Venezuela recebe delegação brasileira em contraponto a visita de Aécio.


Após a decisão de Aécio Neves e outros parlamentares do Brasil de visitarem a Venezuela, com o intuito de apoiar líderes da direita local que organizam um golpe de Estado e estimulam a violência no país vizinho, o governo de Nicolas Maduro decidiu convidar uma delegação de políticos, intelectuais e ativistas brasileiros ligados a esquerda.


 

Entre os membros desta comitiva brasileira que pretende fazer um contraponto aos parlamentares que tentam tumultuar as relações internas venezuelanas estão o escritor Fernando Morais, professores universitários e membros de sindicatos e centrais sindicais. Também foram convidados o Senador do PT Linderberg Farias; o coordenador do MST (Movimento dos Sem Terra) Pedro Stédile e o produtor cultural Pablo Capilé.


A visita do ex-candidato presidencial e senador Aécio Neves se junta a série de ações intervencionistas realizadas por representantes da direita internacional. “Além disso, é uma estratégia que, sob o pretexto de defender os direitos humanos, busca recuperar um papel de protagonismo dele no Brasil”, disse nesta quarta-feira (18) o jornalista brasileiro Fernando Morais.

Nesse sentido, ele disse que, dentro do discurso político de Aécio Neves, a defesa dos direitos humanos nunca foi um elemento importante. "Olhando para a atuação dele o que é impressionante é que essa defesa dos direitos humanos não é parte de sua agenda parlamentar, porque ele nunca diz qualquer coisa para defender pessoas que realmente são vítimas da violação dos seus direitos" disse Morais em uma entrevista a um programa de TV venezuelano.

O jornalista brasileiro mencionou que esta ação tem as mesmas características da visita do ex-presidente espanhol Felipe Gonzalez, que também foi até Caracas exigir a libertação dos autores materiais e intelectuais da violência perpetrada nas manifestações de 2014, que provocou a morte de 43 pessoas e deixou mais de 800 feridos.

Morais disse que o senador brasileiro escolheu a Venezuela, estrategicamente, porque é um país que repercute nos meios de comunicação pertencentes a grandes grupos empresariais do Brasil, que através dos monopólios distorcem a realidade política e social da Venezuela.

"O nível de ignorância do que está acontecendo na Venezuela ocorre porque a imprensa no Brasil é controlada por quatro famílias e estamos lutando contra isso, disse. Por esta razão, Morais sublinhou que o objetivo da sua presença no país vizinho, assim como outros jornalistas e analistas políticos, é esclarecer o verdadeiro significado de Aécio Neves visitar à Venezuela.


Do Portal Vermelho, com informações da AVN

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