quarta-feira, 9 de setembro de 2015

PT repudia violência de policiais no Grito dos Excluídos em Montes Claros.



 O Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores de MG repudia a forma violenta com que policiais da PM de Montes Claros prendeu a estudante e indígena Juvana Xacriabá, durante a manifestação do Grito dos Excluídos em Montes Claros, neste 7 de setembro. A manifestante foi imobilizada, algemada e mantida dessa forma por policiais, de forma truculenta. Policiais ainda tentaram impedir o registro fotográfico da ação.
O Grito dos Excluídos sempre foi uma manifestação pacífica, organizado pelas Pastorais e Movimentos Sociais de Montes Claros. Juvana é de São João das Missões e estuda Direito em Montes Claros.
O PTMG vai acionar o CIMI, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa contra a truculência da PM.
Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais.
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Em mensagem à Nação, Dilma reafirma que as dificuldades são superáveis.



Em mensagem pelo 7 de setembro, presidenta afirma que o Brasil passa por uma travessia, que os ajustes são necessários e que o momento é de união pelo País.
O Palácio Planalto divulgou nesta segunda-feira (7) uma mensagem da presidenta Dilma Rousseff pelo Dia da Independência. No vídeo, de oito minutos, a presidenta convida os brasileiros a refletirem sobre o atual momento do País.
“As dificuldades e os desafios resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais”, explicou.
De acordo com a presidenta, o momento é de “reavaliar as medidas e reduzir as que devem ser reduzidas”. Dilma destacou os fatores externos para a crise. Na avaliação da presidenta, “nossos problemas também vieram lá de fora e ninguém que seja honesto pode negar isto”.
A presidenta destacou que o momento é de travessia e de enfrentamento às dificuldades, que “são nossas e superáveis”. “Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente”, afirmou.
Sobre as medidas econômicas, a presidenta classificou como indispensáveis. “As medidas que estamos adotando são necessárias para botar a casa em ordem, reduzir a inflação, por exemplo, nos fortalecer diante do mundo e conduzir o mais breve possível o Brasil à retomada do crescimento”.
Dilma convocou os brasileiros à união pela recuperação do país, independente das siglas partidárias. “Devemos, nessa hora, estar acima das diferença menores, colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários. Me sinto preparada para conduzir o Brasil no caminho de um novo ciclo de crescimento, ampliando as oportunidades para nosso povo subir na vida com mais e melhores empregos”, disse.
Refugiados – Dilma falou sobre as tragédias humanitárias. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que o número de refugiados é recorde desde a Segunda Guerra Mundial.
“A imagem do menino Aylan Kurdi, de apenas 3 anos, comoveu a todos nós e deixou um grande desafio para o mundo. Nós, o Brasil, somos uma nação que foi formada por povos das mais diversas origens que aqui vivemos em paz”, ressaltou.
“Mesmo em momentos de dificuldades, de crise, como a que estamos passando, teremos os nossos braços abertos para acolher os refugiados. Aproveito o dia de hoje, para reiterar a disposição do governo para receber aqueles que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir, viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil”, convidou.
Avanços – Dilma falou também sobre as conquistas sociais dos últimos anos, como a retirada de milhões da pobreza, e defendeu a importância de programas sociais, como o Bolsa Família e o Pronatec.
“Eu posso garantir a vocês que nenhuma dificuldade me fará abrir mão da alma e do caráter do meu governo. A alma e o caráter do meu governo é assegurar, neste país de grande diversidade, oportunidades iguais para a nossa população. Sem recuos, sem retrocessos”.
Ela citou como exemplo o primeiro lugar alcançado pela delegação brasileira na Olimpíada Mundial do Conhecimento Técnico. Os competidores brasileiros concorreram com representantes de 59 nações, como a Alemanha, e deixaram para trás a vendedora de edições passadas, Coreia do Sul.
Ao todo, 84% dos medalhistas brasileiros participaram do Pronatec. O principal medalhista também é beneficiário do Bolsa Família.
Dilma finalizou defendendo a importância de, no Dia da Independência, valorizar os heróis nacionais, a coragem do povo brasileiro, a democracia e o voto popular.
“A independência acontece todos os dias no país, nas nossas casas nas nossas famílias, dentro de cada um de nós. É a força da nossa autoestima como povo e a certeza que os brasileiros são aquilo que o Brasil tem de melhor. (…)Hoje, mais do que nunca, somos todos Brasil”.
Assista a mensagem:


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Movimentos sindical e sociais apresentam suas pautas no 21° Grito dos Excluídos.



Manifestantes se posicionam contra ajuste fiscal, redução da maioridade penal, terceirização e golpismo e defendem reforma política e democratização da mídia.
Com a participação da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), sindicatos CUTistas, CTB, movimentos sociais e populares, o 21º Grito dos Excluídos e das Excluídas saiu às ruas do centro de Belo Horizonte, na segunda-feira (7), e dialogou com a população da capital e Região Metropolitana com os temas “A vida em primeiro lugar”, Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”. Organizado por movimentos religiosos, sindical e sociais, a manifestação, que se contrapõe ao Desfile do Dia da Independência, começou por volta das 9 horas, com concentração na Praça Raul Soares. O ato teve continuidade com marcha pela Avenida Amazonas, com intervenções nas esquinas com as ruas Santa Catarina, Curitiba, São Paulo e Praça Sete.
O Grito dos Excluídos em Belo Horizonte teve como diretrizes a defesa da juventude, contra a redução da maioridade penal e da lei da terceirização, a favor da reforma política, da democratização da mídia, e contra a política econômica atual e o tema deste ano é contra uma mídia “tendenciosa, parcial, que protege algumas pessoas.
“O Grito dos Excluídos sempre ocorre neste dia porque questionamos que a independência não existe ou, ao menos, ainda falta muito para alcançá-la. Temos matança do jovem pobre e negro e a manipulação de informação impedindo que as pessoas enxerguem a realidade do Brasil. A mídia também consome a pessoa, cada vez mais reconhecida pelo bem material do que pela dignidade. Queremos provocar uma reflexão sobre que país é este, que tem um desfile num momento em que muita coisa deixa a desejar e comemora uma independência, quando temos problemas na saúde, nas escolas, nos hospitais. Há muito o que fazer para que esta independência se concretize”, analisou Dom Luís Gonzaga Fechio, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e representante nacional da Pastoral da Juventude.
“Nós queremos dar o nosso grito contra o ajuste fiscal. Não é justificável que, no momento em que os bancos anunciam lucros, trabalhadores e trabalhadoras paguem a conta pela crise. Queremos que sejam taxados os lucros dos bancos e as fortunas. Gritamos contra as muitas mortes que acontecem com trabalhadores terceirizados. Eles trabalham mais, ganham menos e morrem. O projeto 4.330, agora PLC 30/2015, não nos interessa. O nosso grito é para o governo invista em políticas públicas para a maioria da população. Viemos de um governo quem em 12 anos, não investiu em saúde e educação. Período em que, com a terceirização, provocou a morte de um trabalhador a cada 45 dias. Gritamos por um metrô público e de qualidade. Um transporte público de qualidade que os metroviários e a população pedem há muitos anos”, afirmou Beatriz Cerqueira, na intervenção da CUT/MG e Sindieletro sobre Trabalho e contra a Terceirização.
“Nosso grito neste 7 de setembro lembra as nossas pautas”, continuou a presidenta da CUT/MG. “Lembramos os técnico-administrativos das instituições federais de ensino, em greve há mais de três meses contra os cortes na educação e na saúde. Os governos precisam rever o modelo de polícia. Estamos cansados de uma polícia que criminaliza as nossas lutas, os pobres, os negros, os jovens. O governo não tem que dar prioridade à propriedade. Lembramos os servidores e servidoras das Superintendências Regionais de Ensino, em greve. Sempre é bom ficarmos alertas com as tentativas de golpe. Quem deve ser afastado da presidência é Eduardo Cunha, que reúne tudo o que tem de pior na política. Nós ainda vamos gritar muito juntos, pois há muitos motivos para gritar, muito o que defender”, disse Beatriz Cerqueira.
Fonte e foto: CUT/MG

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ALMG faz audiência sobre a participação da mulher na política nesta quarta, 9.



A presidenta do Partido dos Trabalhadores de MG, Cida de Jesus, é uma das debatedoras na audiência pública, pela manhã, na Comissão Extraordinária das Mulheres da Assembleia Legislativa.
Para debater a baixa participação das mulheres na política e a conseqüente representação no Executivo e Legislativo, a Comissão Extraordinária das Mulheres realiza audiência pública nesta quarta, 9, às 9h, reunindo representantes de diversos partidos. Maria Aparecida de Jesus, presidente estadual do PT e Luzia Ferreira, presidente estadual do PPS, já confirmaram a presença.
Também foram convidados foram convidados: presidente do PHS, deputado federal Marcelo Aro; presidente Estadual do PCdoB, deputado federal, Wadson Ribeiro; presidente estadual do PEN, deputado estadual Fred Costa; e presidente estadual do PTN, vereador e presidente da Câmara de BH, Wellington Magalhães.
Baixa participação*
As mulheres rpresentam 51,7% do eleitorado brasileiro, mas nem por isso 
presentes nas Casas Legislativas, por exemplo. Em 2010, a relação de candidatas à Câmara Federal e às Assembleias Legislativas e aquelas efetivamente eleitas foi de 4,9% – em 1994, a taxa atingiu 17%.
O professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, José Eustáquio Diniz Alves, aponta que o problema da reduzida participação feminina na política está ligado ao modo como os partidos estão organizados. “Eles são controlados por homens, que dão pouco espaço para as mulheres estruturarem suas campanhas”, diz.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Marlise Matos, a composição partidária brasileira reflete o patriarcalismo da sociedade. “Todo o processo político acaba sendo muito desestimulante para a mulher”, avalia.
*Com informação do Portal Brasil

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Fazer político feminino ainda está por ser construído.



Achar-se situada à margem do mundo não é posição favorável para quem quer recriá-lo.
Simone de Beauvoir
É com a inspiração da brilhante Simone de Beauvoir que convido as companheiras e os companheiros – Por que não? – a uma reflexão sobre participação feminina na política em nosso país. Tarefa não muito simples, quando consideramos que, apesar de todos os avanços, ainda vivemos em uma sociedade machista, de lógica patriarcal e que, tradicionalmente, separa os lugares de homens e mulheres: para eles, o espaço público; para nós, o privado. Vem daí, de nossa própria cultura, história e formação social, a lentidão no avanço das mulheres no campo político.
Vamos progredindo, é verdade. Foram muitas as conquistas, desde a década de 1930, quando as brasileiras alcançaram o direito do voto. E mesmo que ainda tímida, a presença feminina tem sido ampliada na luta popular, no debate público, nas direções partidárias, nos postos de comando e instâncias de decisão. Não por acaso, elegemos e reelegemos nossa presidenta, o que muito nos orgulha, como mulheres e petistas. Mas ainda é pouco.
Se considerarmos que as mulheres representam a maioria do eleitorado brasileiro, cerca de 52%, verificaremos que o número de eleitas é totalmente desproporcional. Segundo ranking divulgado pela União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa a 117ª posição em participação feminina na política, ficando atrás de países como Ruanda, Bolívia e África do Sul. Dos 513 deputados federais, apenas 51 são mulheres e dos 81 senadores, apenas 12.
Já em Minas, onde as mulheres também superam 50% do eleitorado, a bancada feminina na Assembleia Legislativa conta com somente sete deputadas, em um universo de 77 parlamentares. Para se ter uma ideia, em 180 anos de existência, o Legislativo Mineiro teve apenas 31 deputadas. Essa discrepância nos leva a um questionamento: afinal, que espaço as mulheres estão conquistando na política? Sobretudo a nós, militantes e dirigentes partidários, cabe identificar os entraves, apontar caminhos e executar ações concretas para transformar essa realidade.
A obrigatoriedade das agremiações partidárias destinarem 30% de suas candidaturas às mulheres foi um avanço, mas ainda insuficiente para que haja uma igualdade de gênero na política. Isso prova que somente políticas afirmativas desta natureza não são capazes de promover uma maior conscientização da importância da participação feminina na luta social e política, inclusive entre as próprias mulheres. Fato é que, não raro, os partidos enfrentam dificuldades para o preenchimento das cotas em tempos de eleições, tendo que lidar com o desinteresse e a desmotivação de suas filiadas. Por que isso acontece?
Sem a pretensão de uma análise científica, do âmbito das ciências sociais e políticas, pela minha experiência na militância, atuação partidária e como mulher, arrisco-me a antecipar algumas causas. Há que se admitir que o ambiente político não costuma ser acolhedor com as mulheres. Pelo contrário, muitas vezes, chega a ser hostil e até agressivo, principalmente se disputamos os espaços de liderança. E o fato de sermos minoria já nos coloca em posição de desigualdade nesta disputa.
É também comum a desconfiança em relação à capacidade da mulher atuar na política. Questiona-se, por exemplo, se quando eleita, conseguirá conciliar as funções domésticas, profissionais e políticas. Ou, ainda, se terá condições emocionais para enfrentar as pressões de uma campanha eleitoral e mesmo do próprio mandato. Sem contar gracejos, assédios e uma certa condescendência protetora, que acabam por desmotivar a participação feminina. Instala-se, assim, um jogo do poder excludente, que leva muitas a desistirem.
O fato é que se as cotas cumpriram o papel de inserir as mulheres no processo eleitoral, não deixam de representar uma visão utilitarista de participação, que, na maioria das vezes, acaba limitada por estereótipos masculinos. Como bem destacou a ex-ministra Maria do Rosário, em entrevista, ainda precisamos construir um fazer político caracterizado pela condição feminina. Para tanto, são necessárias instituições fortes, que promovam o empoderamento das mulheres. Isso implica em mudanças nas relações de poder e na existência de espaços democráticos, participativos e de organização feminina. Sem dúvida, os partidos políticos, instituições ainda essencialmente masculinas, têm papel fundamental nesta tarefa.
Cida de Jesus é presidenta do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais. É formada em Sociologia e Filosofia, pós-graduada em Ciência Política pela PUC-Minas e em Fé e Política pelo Centro Dom Helder Câmara.

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