sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dirceu repudia com veemência declarações a seu respeito atribuídas a Alberto Youssef.


A propósito do noticiário gerado a partir de depoimentos vazados na Operação Lava Jato, que o associam à denúncias de recebimento pelo PT de recursos de empreiteiras que tinham negócios com a Petrobras, o ex-ministro José Dirceu divulgou nota em que repudia, com veemência a informação.
O ex-ministro negou ter recebido recursos ilícitos do empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, ou de qualquer outra empresa investigada pela Operação Lava Jato, conforme teria dito em depoimento em delação premiada o doleiro Alberto Youssef.
NOTA À IMPRENSA.
O ex-ministro José Dirceu repudia, com veemência, as declarações do doleiro Alberto Youssef de que teria recebido recursos ilícitos do empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, ou de qualquer outra empresa investigada pela Operação Lava Jato.
O ex-ministro também afirma que nunca representou o PT em negociações com Júlio Camargo ou com qualquer outra construtora. As declarações são mentirosas. O próprio conteúdo da delação premiada confirma que Youssef não apresenta qualquer prova nem sabe explicar qual seria a suposta participação de Dirceu. O ex-ministro também esclarece que, depois que deixou a chefia da Casa Civil, em 2005, sempre viajou em aviões de carreira ou por empresas de táxi aéreo.
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DIREÇÃO PETISTA ANUNCIA OFENSIVA CONTRA TENTATIVA DE CRIMINALIZAR LEGENDA.
A exemplo da bancada na Câmara, que já levou ontem seus questionamentos à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Ministério da Justiça,  a direção do PT, à frente o presidente nacional do partido, ex-deputado Rui Falcão, criticou as investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público na Operação Lava-Jato, que apura denúncias relacionadas à Petrobras.
Rui pediu uma revisão das apurações e anunciou que o partido vai processar civil e criminalmente o ex-gerente da estatal, Pedro Barusco, que em delação premiada, afirmou que o PT recebeu até US$ 200 milhões de forma ilícita, por meio de contratos da Petrobras e que o tesoureiro da sigla, João Vaccari Neto, recebeu US$ 50 milhões.
“Esse senhor (Barusco) vai ter que responder cível e criminalmente pelos danos morais que está acarretando à imagem do PT por essa acusação falsa”, anunciou Rui. O presidente nacional do PT adiantou, ainda, que entrará com uma representação ao diretor-geral da Polícia Federal para averiguar se há vazamento de informações e quem é Presponsável por isso. Em outra representação junto ao diretor-geral da PF, a quem pedirá investigação sobre sobre vazamentos e sobre a linha de investigação das autoridades judiciais e policiais.
O dirigente petista vai entrar, também, com pedido junto ao Ministério da Justiça para abrir sindicância para averiguar o comportamento de delegados da PF. O PT vai fazer uma reclamação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra as interferências de integrantes do MP nas investigações. Rui frisou que todas essas medidas serão adotadas logo após o carnaval.
O presidente do PT reiterou que o partido não recebeu recursos desviados da Petrobras e que todas as doações à legenda foram legais. “Tenho certeza de que o tesoureiro do PT nunca colocou dinheiro no bolso. Nós nunca recebemos contribuição de propina e todas as nossas contribuições são legais”.
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BANCADA DO PT CRITICA PARCIALIDADE DA PF E PEDE QUE OPERAÇÃO LAVA JATO INVESTIGUE ERA FHC.
Nós apoiamos e, mais que isso, aplaudimos a decisão da bancada do PT na Câmara, de formar a comissão de 18 deputados que foi ontem à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Ministério da Justiça ontem fazer reparos e chamar atenção para a parcialidade com que se desenvolvem as investigações da Operação Lava Jato, com o propósito claro de criminalizar o PT. Isso você não vai ler na grande imprensa porque ela não deu nada a respeito…
À frente o líder bancada do PT na Câmara Siba Machado (AC), a comissão cobrou da PGR e e do Ministério da Justiça, isonomia nas investigações, especialmente quanto às denúncias feitas por um ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco. Nos documentos entregues nas duas áreas, a bancada critica a atuação “parcial” da Polícia Federal (PF) no caso.
Na PGR os representantes da bancada petista protocolaram representação solicitando que as investigações da Lava Jato sejam estendidas ao período de 1997 a 2003, porque apesar de o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, em sua delação premiada ter confessado que começou a receber propinas em 1997, nos vazamentos de seu depoimento à imprensa só aparecem informações sobre fatos ocorridos a partir de 2003.
Atuação está sendo “de maneira parcial, dirigida e ilegal”
Os parlamentares petistas constatam – e registram isto na representação à PGR – que os agentes da investigação “têm atuado de maneira parcial, dirigida e ilegal, com a nítida intenção de apenas apurarem o período de 2003 em diante, utilizando o procedimento investigatório com fins político-partidários, com o único objetivo de isentar de responsabilização quaisquer ilícitos perpetrados em período anterior a 2003, ou seja, durante o Governo FHC”.
Manifestaram, ainda, à PGR sua estranheza diante do fato de os agentes responsáveis pela investigação não terem buscado, ou vazado, pormenores sobre o esquema no período FHC (PSDB).  “Causa surpresa e estupefação que diante da extrema gravidade dos fatos relatados pelo declarante – que revelam a origem do pagamento de propinas na Petrobras – não tenha havido qualquer indagação nem aprofundamento pelos agentes de investigação!”, diz o texto da representação.
Os deputados do PT questionam o fato de os agentes que fazem a apuração não terem revelado quem era o Diretor de Exploração e Produção da Petrobras na época em que, segundo Barusco, o esquema teve início, e se outros funcionários também participaram das atividades ilícitas ou, ainda, como era feito o pagamento das propinas.
Delegados da Lava Jato exaltaram Aécio e atacaram PT na campanha.
Para a bancada petista, diante dessa situação, “além de inquestionável desvio de poder, podem, em tese, incorrer os agentes de investigação na prática de crime de prevaricação”.  Para reforçar suas críticas e estranheza, no documento os deputados mencionam, ainda, a reportagem “Delegados da Lava Jato exaltam Aécio e atacam PT na rede”, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo dia 13 de novembro pp.
A comitiva de parlamentares petistas foi recebida, também, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem solicitou que sejam adotadas todas as medidas necessárias para esclarecer os fatos relatados na representação à PGR.
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