quinta-feira, 30 de abril de 2015

Os 24 anos de tucanato no poder em São Paulo e a pergunta que não quer calar.



São Paulo amarga as consequências do desgoverno tucano encaminhando-se para os 24 anos no poder no Estado, ao término deste 4º governo do dr. Geraldo Alckmin. Os índices de violência crescem, assim como o aumento de mortes provocadas pelos policiais militares, como mostraram os dados do mais recente balanço mensal da Secretaria de Segurança Pública divulgado no final da semana passada.
Nesta semana, também, os professores, em meio a uma greve que dura mais de 40 dias, foram recebidos pelo secretário de Educação que, no entanto, cruza os braços e nada propõe. Neste impasse, são milhares de professores e milhões de alunos da rede pública estadual sem aula há 40 dias! Sobre esta greve, aliás, uma curiosidade. O governador Alckmin dia sim e no outro também repete mais um de seus mantras. Apesar da longa duração do movimento, ele simplesmente diz: “não há greve”.
Em outras palavras, age exatamente como fez no ano passado, diante do racionamento de água na capital e Grande São Paulo, que durou praticamente o ano todo. Alckmin repetiu por todo o ano de 2014 e atravessou uma campanha eleitoral inteira – na qual se reelegeu – repetindo: Não há racionamento de água.
E podemos citar, também, a interrupção das obras do metrô, paralisadas, com o nome de “atraso”. Anunciadas por Alckmin com toda pompa e circunstância, particularmente em ano eleitoral – aguardem o ano que vem, de eleições municipais -  elas são paralisadas na surdina, sem qualquer anúncio oficial. No máximo há comunicadas de que esta ou aquela linha, ou estação, como dissemos, terá “atraso” em suas obras.
Inegável que ainda falta água em São Paulo, produto do não planejamento e da diminuição de investimentos na SABESP.  Sem falar dos problemas permanentes na área da saúde e da prevenção, cujo exemplo maior disso é a mais grave epidemia de dengue da história do estado, com mais de duas centenas de mortes.
Os exemplos não faltam e poderíamos citar muitos deles aqui, mas a pergunta que não quer calar é: depois de 24 anos de governo, qual é o resultado social e econômico do longo reinado tucano no Estado de São Paulo? Este que enumeramos a vocês?
Um reinado cujo fracassado
Nem mesmo a mídia consegue mais esconder, embora faça desaparecer a figura do governador em cada uma dessas crises. Um governador, no caso o dr. Geraldo Alckmin, que não é cobrado e nunca citado. Nem mesmo o governo é lembrado ou cobrado como acontece em todos outros Estados da Federação onde governa o PT.
Em São Paulo o que impera é o reino da fantasia e das gordas verbas de publicidade, da aliança entre jornalistas e analistas e a comunicação do governo. Em São Paulo florescem as empresas de publicidade ligadas historicamente ao PSDB sem nenhuma investigação ou denúncia da imprensa, salvo os casos escandalosos como o recente do site anti-PT, financiado com recurso público pelo Governo do Estado.
Mais uma vez, a pergunta é: depois de 24 anos de governo, qual é o resultado social e econômico do longo reinado tucano no Estado de São Paulo? Esse estado de anemia e raquitismo político no Estado sob o reinado tucano precisa ser desmascarado e denunciado. É preciso urgente uma oposição.
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GOVERNO BETO RICHA FAZ GREVE DOS PROFESSORES DESCAMBAR PARA BATALHAS CAMPAIS.
Calamidade pública, situação de emergência,impasse e intransigência, caos, engodo e mentira – não é só o Estado de S.Paulo, que marcha para mais de duas décadas de governos tucanos que se revezam no poder, que vive essa situação, como vocês podem ver lendo dois posts abaixo “Os 24 anos de tucanato no poder em São Paulo e a pergunta que não quer calar”.
A tragédia se repete Estado a Estado onde o PSDB é governo. Foi assim em Minas, 12 anos governada pelos tucanos, como denunciou recentemente o governador Fernando Pimentel. É igual a situação no Paraná no segundo governo tucano de Beto Richa (PSDB), pior do que a 1ª gestão. Com o Estado quebrado financeiramente desde 2013, a partir do 3º ano do primeiro governo Richa, os paranaenses se vêem às voltas, agora, com a retomada de uma greve de professores que agora – como em fevereiro passado no início do ano letivo – deixa 1 milhão de alunos sem aula, centenas de escolas públicas fechadas e milhares de professores parados.
Com a intransigência do governador Richa e sua insistência em votar um “pacotaço” que prejudica os professores, o Paraná iniciou a semana com a retomada de uma paralisação que ontem levou a conflagração nas ruas de Curitiba, a confrontos entre a polícia e os mestres, a batalhas marcadas pela repressão policial com gás lacrimogênio e spray de efeito pimenta. Agora, além dos professores, os servidores do Judiciário, agentes penitenciários e servidores da saúde também entraram em greve em protesto contra a mudança na previdência estadual.
Confrontos são nas imediações da Assembleia Legislativa
Nesta 3ª feira (ontem) PMs e professores do Paraná entraram em confronto próximo à Assembleia Legislativa -  onde é votado o pacotaço proposto por Richa,  que mudar a previdência dos servidores estaduais e retira-lhes direitos – desde a madrugada, quando cerca de 1.500 manifestantes tentavam chegar ao Legislativo com um carro de som. “A indignação só aumenta. O governo montou uma operação de guerra”, considerou Marlei Fernandes, diretora da APP Sindicato (dos professores).
Bombas de gás e sprays de pimenta, além de jatos de água,  foram lançados contra os manifestantes. “Não houve nenhuma tentativa de depredação. As pessoas estavam com a mão para o alto”, contou à folha de S.Paulo, Ronaldo Nascimento, professor da Universidade Estadual do Paraná (UEL). “Foi uma truculência. Jogaram água e bomba em cima do povo que estava correndo”, reforçou o relato Adriana Farias, também professora da UEL.
Pouco antes das 11h desta 3ª feira, o caminhão de som do comando grevista tentou de novo se aproximar do bloqueio e avançou em direção à Assembleia numa brecha entre os carros da polícia. Os manifestantes foram novamente  recebidos pela violência da repressão policial. Somente uma hora depois os policiais recuaram o bloqueio e permitiram a entrada do carro de som na rua em frente à Assembleia.
Paraná sob estado de sítio
O principal motivo para a retomada da paralisação é a insistência do governador Richa em votar o “pacotaço”, o projeto de lei que promove mudanças no Regime Próprio de Previdência Social do Estado e retira inúmeros benefícios da categoria. Os professores reivindicam também reajuste salarial de 13,01%, para ganharem o correspondente ao piso nacional da classe.
Não bastasse a proposta absurda, o governinho tucano de Beto Richa, um exemplo de fracasso nunca visto no Estado – e que como dissemos, se repete onde o PSDB é governo – mandou a PM, a mesma que não dá segurança ao povo, cercar a Assembleia Legislativa impedindo que os professores em greve acompanhem das galerias a votação da reforma da previdência do Estado.
Uma reforma, aliás, que simplesmente retira dos docentes do Estado direitos sagrados, adquiridos de sua justa e merecida aposentadoria.
O Parana está, assim, sob estado de sítio e emergência, como nos tempos da ditadura. Desde a 2ª feira, na calada da noite e sob escolta policial os deputados retomaram as votações seguros e tranquilos, com o povo longe e cercado por tropas policiais. Até quando?
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