Minas: Em reunião com Secretários Adjuntos da Educação, Planejamento, Governo e Secretário de Governo, mediada pelos deputados estaduais Rogério Correia e Professor Neivaldo, o Governo do Estado de Minas Gerais apresentou nova proposta ao Sind-UTE. Mais tarde, em assembleia no pátio da ALMG, a categoria reconheceu mais um avanço nas negociações, decidiu por um calendário de discussões da proposta em assembleias locais e marcou uma próxima assembleia para o dia 14 de maio.
As novas #propostas são:
1) manutenção dos níveis de mestrado e doutorado na carreira;
2) os mesmos abonos e reajustes serão praticados para os aposentados e afastados preliminarmente com paridade;
3) a incorporação de abonos será em percentual, preservando os atuais percentuais de promoção (10%) e de progressão (2,5%);
4) os abonos também serão reajustados enquanto não forem para o vencimento básico;
5) a Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI) terá todos os reajustes que forem praticados;
6) grupo de trabalho para reorganizar a gestão do IPSEMG;
7) anistia de todos os períodos de greve e paralisações desde 2011 e anulação das punições;
Também em assembleia, o Sind-UTE aprovou moção de repúdio aos ataques sofridos pelo líder do MST, João Pedro Stédile. Nesta quarta-feira (29), o deputado Rogério Correia, leu em plenário um artigo criticando a histeria da elite mineira em relação à condecoração ao líder progressista.
Rogério Correia defende entrega da Medalha da Inconfidência à Stédile.
O choro da elite mineira sobre a medalha entregue a Stédile.
A indignação de políticos conservadores e de parte do empresariado mineiro com a medalha da Inconfidência concedida ao líder do MST, João Pedro Stédile, escancara o que está posto no Brasil neste momento: a elite não aceita mais o povo no Poder. É isso.
Isso é mais forte do que a crise econômica e do que a corrupção que está sendo desvendada após décadas de assaltos aos cofres públicos.
Não é por simples insatisfação que entidades empresariais gastaram uma boa grana para publicar uma nota de repúdio em jornais mineiros. Curiosamente, a nota saiu publicada na mesma página que trouxe a notícia da aprovação da terceirização.
Políticos, artistas, juristas, empresários, jornalistas, ativistas e uma gama enorme de pessoas de todo o Brasil já foram condecoradas com a medalha, incluindo o amigo do rei Luciano Huck e o “grande empresário” Eike Batista, que tanto explorou as riquezas mineiras de Minas Gerais, prejudicando gente simples e humilde das comunidades rurais do interior, como por exemplo, em Conceição do Mato Dentro.
Mas o Stédile não pode ganhar. O “grande jornal dos mineiros” chegou a colocar como intertítulo da matéria sobre o evento: bandido.
Alguns homenageados mais conservadores já anunciaram que irão devolver suas medalhas e o PSDB protocolou Projeto de Resolução na Assembleia Legislativa para cassar a medalha de Stédile.
Hoje deputados da oposição e alguns manifestantes nas galerias do Plenário da ALMG, entre eles, o filho de Pimenta da Veiga, candidato do PSDB ao governo do Estado, derrotado pelo PT, usaram cordas vermelhas no pescoço para continuar o lamento sobre a medalha concedida a um líder de movimento popular. Então é isso, a aristocracia pode receber, o rebelde não.
O interessante é que foi justamente isso o que aconteceu com Tiradentes. De todos os inconfidentes, ele foi o único sentenciado à morte. O motivo? Ao contrário dos outros, não tinha alta patente, era de classe baixa e não pertencia à elite das minas gerais. Os demais receberam penas mais brandas.
Embora a Inconfidência Mineira tenha sido um movimento da elite mineira revoltada com a derrama, alguns ideais marcaram o movimento como a luta contra a exploração das terras mineiras pela Coroa portuguesa, luta pelo direito dos colonos e por liberdade.
Bandeiras parecidas com as do MST. Tiradentes foi alçado a herói após a proclamação da República, e sua imagem trabalhada estrategicamente para associá-lo a Jesus e à simplicidade, reforçando a representação de homem do povo e do bem. Mas um homem do povo, um rebelde não pode receber a medalha que lembra justamente a conjuração e a rebeldia dos mineiros.
Mas além da medalha a Stédile, a cerimônia dos Inconfidentes promovida pelo governo petista, em Ouro Preto, no último dia 21, trouxe mais uma novidade: a praça foi aberta ao povo após 12 anos de cerimônias fechadas.
O governador enfrentou manifestação, mas manteve sua postura democrática e popular.
Stédile é povo. Esse foi o 21 de abril deste ano em Minas Gerais. Talvez Tiradentes, pelo menos a imagem forjada ao longo do tempo, esteja mais satisfeito agora…
Fonte: VioMundo
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sexta-feira, 1 de maio de 2015
29 de abril: Dias diferentes para a educação em Minas e no Paraná; País repudia massacre.
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