Em meio a barracas improvisadas com bambus e lonas, estas famílias estão ocupadas desde o dia 2 de março, o terreno nomeado “Novo Pinherinho”, localizado em Embu das Artes, e abriga cerca de 2.500 famílias, é de propriedade da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
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Segundo informações do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), as famílias ocupadas não tem acesso à energia elétrica, saneamento e nem a um local digno para processar seus alimentos. Dados do MTST revelam que cerca de 9 mil famílias sofrem com a falta de moradia digna em Embu das Artes.
Na quarta-feira (14) mais de 2.300 famílias da ocupação Novo Pinheirinho do Embu realizaram uma Grande Marcha do Povo cujo destino era a Câmara Municipal do município de Embu das Artes.
Em declaração à imprensa, o movimento ressaltou que o objetivo é pressionar o poder legislativo municipal (os vereadores) a reafirmar a destinação mista da área atualmente ocupada (antigo terreno “Roque Valente”) nos termos já previstos pela Lei Municipal 2024/2002, para que finalmente a população disponha de moradias dignas, de uma APA (Área de Proteção Ambiental) e de uma área de lazer. E Vanessa de Souza, coordenadora estadual do MTST, esclareceu que a CDHU adquiriu o local em 1998 para implantar um projeto que previa a manutenção da vegetação local, com a criação de um Parque Ecológico, a construção de 1.200 unidades habitacionais na área desmatada, bem como de um centro esportivo, um centro educacional e outro centro de cultura ambiental, destinados à comunidade.
No entanto, a dirigente explica que “a proposta nunca saiu do papel. Em 2006, um grupo de ambientalistas contrários à proposta das moradias populares conseguiu uma liminar do Ministério Público proibindo construções no local”.
Vanessa Souza declarou que “o MTST defende a construção das unidades habitacionais na área desmatada bem como a preservação da área classificadas como APP [Área de Proteção Permanente]”.
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