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Mesmo sem ter, ainda, a confirmação de que Marina Silva substituirá Eduardo Campos como candidata do PSB, adianto as razões para que ninguém vote nela. 1. Dignidade e oportunismo. A falta de um e o excesso de outro. Devemos aprender que até na política há limites. Ao vender-se pela “melhor” oferta, Marina e sua Rede mostraram, para mim, não terem dignidade. Quem tem um projeto não vende esse projeto apenas para se manter sob os holofotes. É uma das razões, inclusive, que teria apontado para não votar em Eduardo Campos. Vendeu seu projeto para ganhar os holofotes aproveitando a “moda Marina”. Marina, além de não ter dignidade política, não tem escrúpulos. Vai defender Alckmin em São Paulo? Não gosto de gente que vende projetos. É um modelo que não me serve. 2. Marina existe para fazer Marina brilhar. Só isso. Marina é símbolo do personalismo. Personalismo, para explicar, é diferente de carisma. Ela deve pensar ter carisma. Mas não, tem apenas um grande umbigo. E não mede esforços para fazer valer seus interesses. E, ainda por cima, acredita no que a mídia oligárquica diz a seu respeito. Acredita que manterá os mesmos votos de 2010. É um modelo que não me serve. 3. Marina é uma falsa fundamentalista sob quaisquer aspectos que analisemos. Ninguém, em sã consciência, acredita que seja possível defender o meio ambiente estando associada à empresas que bancam a destruição o que a destroem diretamente. Itaú é um banco. Ponto. Deveria bastar para todos esse conhecimento. Bancos “cagam e andam” para qualquer coisa que não seja lucro. Não existe essa de banco que investe na natureza. Banco é banco e “foda-se” o resto! O Itaú financia e é credor de milhares de empresas que destroem a natureza. Qualquer mané sabe, por outro lado, que a Natura, empresa do vice de Marina em 2010, “não é lá essa Brastemp”, como pagam para a mídia oligárquica propagandear. É um modelo que não me serve. 4. A fazer valer suas posições fundamentalistas, quebrará o Brasil. O Agronegócio, por exemplo, pode não ser o melhor negócio para o meio ambiente, mas ainda é — e será por muito tempo — o que sustenta o Brasil Eleita, não terá cacife no Congresso para bater de frente com a bancada dita ruralista e com toda a bancada da indústria que vive do agronegócio. Vai paralisar o país. É um modelo que não me serve. 5. Reclama do fato do PSB estar associado ao PSDB em algumas situações, mas quase ingressou no PPS, a pior espécie de partido que esse país já produziu e que faz parte da coligação do PSB. É um modelo que não me serve. 6. Não conseguiu gente para criar o “seu” partido. Quer administrar o Brasil? É um modelo que não me serve. 7. Quem pretende chamar para comandar seus ministérios? Quem será o presidente do Banco Central? Quem será o ministro da Fazenda? Quem comandará o Ministério do Meio Ambiente? O da Justiça? E como vai lidar com o Poder Judiciário? E quem cuidará das políticas sociais? Gente do PPS? É um modelo que não me serve. 8. Pertencendo a uma religião sabidamente fundamentalista e contrária a qualquer coisa que não seja “a palavra de Deus que está na Bíblia”, como vai lidar com as questões de gênero, raça, aborto, laicismo do estado, e tantas outras que já conquistamos como sociedade? Não saberá lidar, claro! Ou melhor, saberá dar apoio para a bancada fundamentalista no Congresso e teremos uma grande volta à Idade Média. E a educação? Será que voltaremos a ter o fundamentalismo religioso como matéria obrigatória nas escolas públicas? Não quero gente assim no governo. É um modelo que não me serve. 9. Marina é um embuste. Desde que surgiu na vida pública do Brasil. Marina é projeto da Marina para a Marina. Sequer as propostas que ela diz serem “ambientalistas” subsistem a uma boa análise. Não podemos viver de ventos e do Sol. A agricultura familiar não sustenta 200 milhões de brasileiros. Por muitos e muitos anos ainda viveremos de petróleo e derivados, mais do que seus tataranetos também viverão dele. E precisamos, sim, de tantas Belo Monte quantas sejam necessárias para iluminar as agências do Itaú Brasil afora. E precisamos de petróleo para asfaltar as rodovias e fornecer combustível para os caminhões. Precisamos destruir o meio ambiente. Não há, em Marina, alternativas consistentes. Não por outra razão foi apelidada, nas redes sociais, de “blablarina”. Fala, fala e não diz nada. É só blá blá blá… E quando consegue, o que é raro, juntar blá com blá… É um modelo que não me serve. 10. A mídia oligárquica já dava sinais de cansaço com a candidatura do Aécio Neves. Começava, ainda que muito sutilmente, a dar maior visibilidade para Eduardo Campos. Não que goste de um ou outro. Afinal, quer apenas que o PT apeie do governo. E fará de Marina, observem, a nova redentora. A “herdeira” do legado de Eduardo Campos (se é que ele tinha algum). Há tempos a mídia oligárquica busca um “novo Collor”. Ela vive disso, vive de lucros. E lucros dependem de vendas. E vendas dependem de “novidades”. E nada melhor para a mídia oligárquica que a morte de Eduardo Campos. O rei morreu, viva o rei! E Marina vai embarcar “facinho” na cantilena… O PSB também… Pra mim, falta caráter. É um modelo que não me serve. http:// |
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014
“Dez razões para não votar em… — 2: Marina Silva.
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