quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A semana dos desesperados.





Penúltima antes do 1º turno da eleição dia 5 de outubro, essa é a semana dos desesperados. Os candidatos Aécio Neves (PSDB-DEM) e Marina Silva (PSB), mais o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, todos fazendo apelos dramáticos, todos vítimas, todos coitadinhos, em desespero incontido, o pessoal do PSDB louco para aderir já a Marina e não sabe como.
Aécio apela ao eleitor mineiro com um argumento pueril: votem em mim porque sou mineiro, neto do presidente Tancredo e vou ajudar Minas sendo presidente. E que se dane a República e a Federação… Parece um bebê chorão que não consegue entender o porquê de ter perdido tantos votos. Aí atribui a perda à tragédia que tirou a vida promissora do ex-governador Eduardo Campos, quando a verdadeira razão é que Marina capturou suas bandeiras econômicas neoliberais.
E o mais grave: capturou o apoio do grande capital financeiro e bancário que era do tucanato. Basta ver a pesquisa feita no regabofe preparado como palco para a falsa indignação exposta, ontem, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e patrocinado pelo Lide – a entidade que congrega grupo de empresários de São Paulo e que se tornou palanque de campanha dos presidenciáveis conservadores. Nada menos do que 53% dos 600 empresários presentes ao regabofe do Lide para FHC, ouvidos em pesquisa informal, cravaram aposta na vitória de Marina.
FHC desesperado: 53% do empresariado aposta em vitória de Marina.
FHC está desesperado – deixou claro isso, ontem – vendo o PSDB perder a eleição, ficando de fora do 2º turno e virando uma espécie de DEM, a cada dia e a cada eleição minguando e mais perto do fim… FHC fala em corrupção sistêmica, em apontar os responsáveis, esquecendo que em seu governo não havia como apontá-los já que não havia nem investigação e nem inquéritos. Muito menos processos e julgamentos. Tudo era arquivado, engavetado, sempre com o apoio nada discreto de certa mídia.
Mas, se ele quer falar em corrupção sistêmica e em responsáveis, poderia fazer a lista das denúncias nunca investigadas contra o PSDB nos 20 anos que governou São Paulo e impediu a constituição de mais de 70 pedidos de CPI na Assembleia Legislativa. Ou explicar como o tucano Marconi Perillo, com todas ligações que tinha com o empresário da contravenção Carlos Cachoeira, ainda governa Goiás e é candidato à reeleição.
Ou, ainda, começar pelo afundamento nunca apurado da plataforma P-36, da Petrobras, em seu governo, prejuízo de R$ 1,6 bi, o dobro do custo de compra da Refinaria de Pasadena. Ou, até, pela compra de votos para aprovação da emenda da reeleição que o beneficiou… (Confiram aqui os 45 escândalos do governo FHC).
Marina posa de Joana D’Arc e do flechado São Sebastião.
A candidata Marina continua pela undécima semana se fazendo de vítima sem razão. Posa de Joana D’Arc, de São Sebastião, quando ninguém a acusou de nada do que ela enumera. Ela é, sim, criticada politicamente por seu programa que diz, nisso de forma clara, que o pré-sal é secundário (a questão merece uma linha no programa de 243 páginas), que o Banco Central deve ser independente…
É criticada porque sempre foi contra os transgênicos e agora mudou, porque defendeu a terceirização, a precarização e a flexibilização das leis trabalhistas – antes era contra – e porque seus assessores estão todos sentando na cadeira como ministros antes de vencer. E como tal, dizem claramente que darão um choque na economia brasileira com cortes nos gastos, mais juros e superávit, tarifaço e por aí vai… Ela quer o que? Não ser criticada politicamente?


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Na cúpula do clima, Dilma critica os países ricos.

A presidenta Dilma está hoje em Nova Iorque, onde discursou na Cúpula do Clima, organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e apresentou um balanço das ações de seu governo para reduzir o aquecimento global.
Durante sua fala a presidenta orgulhosamente afirmou que “o Brasil não anuncia promessas, mostra resultados. Reduzimos a pobreza e protegemos o meio ambiente”.
Ela lembrou que seu governo ajudou na redução do desmatamento e da emissão de gases causadores do efeito estufa. A presidenta mostrou dados que revelam a redução da emissão anual de dióxido de carbono em 650 milhões de toneladas de 2010 até hoje.
“Nos últimos anos o desmatamento no Brasil caiu 79%” e o país está cumprindo com o compromisso de uma redução de entre 36 e 39% das emissões de gases do efeito estufa até 2020”, complementou.
Crítica aos países ricos.
Atendendo a expectativas dos ambientalistas brasileiros a presidenta defendeu um acordo internacional “universal, ambicioso e legalmente vinculante” para controlar o efeito estufa. Na opinião dela um acordo desse tipo, apesar de difícil e custoso, irá favorecer a todos. “Os custos para enfrentar as mudanças do clima são elevados, mas os benefícios mais que compensam”, disse.
Em seu discurso ela também criticou o modelo que os países ricos historicamente adotam para seu desenvolvimento. Segundo a presidenta os países desenvolvidos produzem altas taxas de emissões de gases e dizimam florestas para conseguirem alcançar e manter o nível de bem estar social. “Nós não queremos repetir esse modelo, mas não renunciaremos ao imperativo de reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida de nossa gente”, afirmou.
Questão ambiental é tratada com respeito pelo governo Dilma.
A postura da Presidenta de ir à Nova Iorque em meio à campanha eleitoral e os números e propostas apresentadas por ela servem de contra argumento à crítica feita pelo sócio fundador do Instituto Socioambiental, Marcio Santilli, e publicada hoje pelo jornal Estado de São Paulo. Segundo ele, em 2013, a emissão de gases aumentou e o desmatamento cresceu e isso “teria de ser compensado por uma demonstração de vontade política para reverter o quadro”.
Amanha Dilma discursará na Assembleia Geral da ONU.
Confiram aqui a íntegra do discurso da presidenta Dilma.

Publicado em 23/09/2014
Construção de um novo acordo global sobre clima com amplitude e força necessárias para enfrentar atuais desafios mundiais neste setor, inclusive os econômicos, foi o que defendeu a presidenta Dilma Rousseff, nesta terça-feira (23), na Cúpula do Clima 2014, que ocorre na sede da ONU em Nova Iorque. Leia mais no Blog do Planalto: http://goo.gl/jQHe01

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