sábado, 20 de setembro de 2014

Datafolha: eleitor abandona Marina quando a conhece.





O Datafolha divulgado nesta 6ª feira confirma a consolidação da presidenta Dilma Rousseff em 1º lugar, com 7 pontos na frente da 2ª colocada na disputa presidencial, a candidata do PSB ao Planalto, ex-senadora Marina Silva. Confirma, também, Marina em queda contínua e que o concorrente tucano, senador Aécio Neves (coligação PSDB-DEM) subiu 3 pontos.

Neste Datafolha, a presidenta Dilma lidera com 37% das intenções de voto, seguida por Marina, com 30% e Aécio com 17%.

A pesquisa mostra que Marina, depois de perder pontos entre os segmentos mais ricos do eleitorado perde, também, no Sul e Sudeste do país e na maioria do eleitorado com renda de até 5 salários mínimos.

Registra-se, assim, uma mudança significativa provocada, tudo indica, pelas posições que a candidata Marina defendeu e pela sua maior exposição. Em outras palavras, o que a pesquisa diz é que o eleitor ao conhecer as posições de Marina e a própria candidata muda de voto.

Eleitor toma consciência e muda o voto.

Dessa forma, apesar da mídia apresentar as criticas às posições da candidata como ataques dos adversários, e de Marina se fazer de vítima, o que estamos assistindo é mais a tomada de consciência pelo eleitor, via debate e embate entre as candidaturas, das posições de cada um.

A isso soma-se um maior conhecimento do governo e da presidenta Dilma e sua exposição na campanha, o que também tem levado a uma melhora da avaliação de seu governo e a uma queda de sua rejeição.

Note-se aí, também, que dobrou a rejeição a Marina. Explicação para isso? A única plausível é que a candidata ao se mover para a centro-direita também no campo econômico e social perde voto nos dois lados e nos dois extremos do espectro ideológico.

Guinada para a centro-direita e direita assustou.

Sua ida para a centro-direita também no campo econômico-social é assustadora Os exemplos são inúmeros: sua aceitação da precarização das relações de trabalho, com a defesa que faz da terceirização; a decisão de não priorizar o pré-sal, de mudar seu conteúdo nacional entregando-o ao capital estrangeiro; sua admissão de que pode mexer com a CLT e a de seu programa, de que podem acabar com a justiça do trabalho; e por aí vai…

Sem contar seus recuos e conservadorismo em questões de gênero, na esfera política, e até para além do comportamental, onde ela é de um conservadorismo exacerbado, de assustar qualquer jovem, e até mesmo político veterano.

Marina perde, assim, votos nos dois extremos do eleitorado. Sem desconsiderar, pelo contrário, a ação e o crescimento da campanha da presidenta Dilma e a participação cada vez maior do ex-presidente Lula no processo.

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Economista não confirma nem nega que Aécio extinguirá fator previdenciário.

Esses tucanos, a partir de seu candidato a presidente, o senador Aécio Neves (coligação PSDB) não tomam jeito, não tem jeito…Sabem que ontem, um dos principais economistas deles, Mansueto Almeida, especializado em contas públicas e que colabora com a campanha do Aécio, fez uma conferência em Brasília cheia de ironias em cima do PT e do ex-presidente Lula?

Ele falou, dentre outros temas, sobre o fator previdenciário e suas maiores ironias foram em cima do ex-presidente Lula. “O Congresso derrubou (o fator) em 2010, e o presidente da República na época, se eu não me engano era um ex-líder sindical chamado Luiz Inácio Lula da Silva, vetou o fim do fator. Como é que um líder sindical que sempre foi contra (o fator) vetou o seu fim? Porque havia um custo muito grande…”

Mansueto só esqueceu de dizer que o ex-presidente Lula pode até ter vetado o fim do fator previdenciário, mas que quem o instituiu no país foi outro presidente, um tucano, considerado o príncipe dentre os sociólogos, chamado Fernando Henrique Cardoso. O fator foi instituído no país por FHC com apoio do PSDB, aprovação da bancada do partido no Congresso.

Ao invés de respostas, economistas tucano faz perguntas.

O fator previdenciário é um índice que combina idade do segurado, tempo de pagamento ao INSS e expectativa de vida e reduz o valor da aposentadoria de quem deixa o trabalho mais cedo.

O tucano Mansueto, numa conferência no Conselho Regional de Economia, em Brasília, ficou em cima do muro, não respondeu se eleito presidente seu assessorado, o candidato Aécio Neves extinguirá a medida. “(O fator) é injusto? É. É possível um mecanismo melhor? Sim, mas isso depende de negociação. Ele (Aécio) pode se comprometer a rever o fator”,”disse Mansueto.

Tucanês puro! Mais vago, mais muro, impossível. E agora, como ficam o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que fundou o Partido Solidariedade para apoiar Aécio e que faz campanha na TV dizendo que batalha pelo fim do fator? Mantém o apoio a Aécio ou fica com sua proposta de extinção da medida?

Porque o representante de Aécio desconversou, não disse se ele extingue ou não o fator. Como fica o apoio da outra parte da Força Sindical que fechou com Aécio, mas quer o fim do fator?

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Educação e qualidade de vida, prioridades do próximo governo Dilma.

Em sua participação no Jornal da Record, nesta 5ª (18.09), a presidenta Dilma Rousseff reiteirou as prioridades de seu próximo mandato: a educação em primeiríssimo plano; e a qualidade de vida dos brasileiros como a meta de todas as metas.

“O nosso foco, o centro de todas as questões do meu próximo governo, será a Educação. E a meta de todas as metas será a qualidade de vida do brasileiro. Temos de reforçar muito os fundamentos éticos, com a igualdade de oportunidades”, proporcionada pela educação, afirmou a presidenta aos jornalistas Celso Feitas e Adriana Araújo, da Rede Record.

Ela, também, apontou o horizonte que representa o seu atual e futuro governo: o de um país “mais moderno, mais inclusivo e mais competitivo”. Ressaltou, ainda, a necessidade de mudanças da população relacionando-as às novas oportunidades abertas no país.

“Toda política tem de estar centrada no fato de que todas as conquistas são um novo começo” para os cidadãos brasileiros. “Quem faz um curso do PRONATEC almeja um melhor emprego”, exemplificou; “quem tem a moradia do Minha Casa, Minha Vida, quer mobília e eletrodomésticos e assim por diante”.

Saúde e Reforma Política.

A presidenta mencionou, também, seus planos de melhoria dos serviços de saúde pública. Após o Mais Médicos que levou o atendimento básico a 50 milhões de brasileiros, virá o “Mais Especialidades”.

“Hoje, nós temos menos pressão sobre médicos (o primeiro atendimento). Posso perfeitamente, agora, com clinicas privadas, hospitais filantrópicos e a rede pública fazer o Mais Especialidades. Vamos formar médicos em todo o Brasil, inclusive no interior. Como? Temos 11 mil médicos até 2017 na graduação e 12 mil na residência”, explicou.

Combate à corrupção e reforma política foram outros pontos abordados pela presidenta Dilma. “Nunca se combateu e investigou tanto. A Polícia Federal investigou 162 ilícitos, tanto de corrupção e lavagem de dinheiro, quanto de crime financeiro, a Controladoria Geral da União (CGU) virou ministério, o Ministério Público não engaveta mais como se engavetava antes”, lembrou a presidenta.

Ela também destacou a urgência de se efetivar uma reforma política no Brasil. “A gente precisa (dessa reforma) urgente. Sem mudar as regras de financiamento da campanha, vai ser muito difícil que nós consigamos ir além nesse combate sistemático à corrupção, ir além nesse fim da impunidade”.

Cliquem aqui e confiram a íntegra da entrevista da presidenta Dilma ao R7.

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