Mais uma rodada de pesquisas de intenções de voto – IBOPE e VOX POPULI – saiu neste meio de semana. É mais uma nova série a mostrar o crescimento da candidatura à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, a queda contínua da candidata Marina Silva (PSB) – agora também no cenário de 2º turno – e a estagnação do candidato tucano Aécio Neves.
A ampliação da presidenta Dilma é identificada no 1º turno e, num movimento e tendência recentes, agora cresce no 2º turno. Neste IBOPE, ela reverte o quadro também na segunda etapa e empata com Marina. A candidata do PSB, por sua vez, está em queda constante desde o começo do mês. Enquanto isso, o tucano permanece estagnado nas pesquisas. Vamos aos números:
IPOBE:
No 1º turno, pelo IBOPE divulgado ontem, a presidenta Dilma lidera com 38% ( crescimento de 2 pontos, ela estava com 36%); Marina conta com 29% (queda de 1 ponto, estava com 30%) e Aécio permanece nos 19%. No 2º turno, a presidenta da República empata com Marina – 41% a 41%. Caso enfrentasse Aécio, ela venceria com 46% contra 35% do tucano.
Vox Populi
Já o Vox Populi traz duas novidades: um empate técnico entre Marina e Aécio Neves e a possibilidade da presidenta deter a soma de seus dois principais adversários o que não fosse os demais candidatos do pleito, lhe daria a possibilidade de uma vitória já no 1º turno.
Pelo Vox Populi, no 1º turno, também divulgado ontem, a presidenta Dilma mantém a liderança com 40% (ela estava com 36% no Vox anterior ), Marina cai para 22% (queda de 5 pontos, ela tinha 27% antes) e Aécio Neves sobe para 17% (dois pontos, ele estava com 15%).
Pelos números do 1º turno aferidos pelo Vox Populi, a presidenta Dilma contaria com 40% ante os 39% de Aécio e Marina somados. Com os demais candidatos, porém, a tendência ainda é de termos um 2º turno, de acordo também com este Instituto.
No 2º turno, apura o Vox Populi, a presidenta Dilma ultrapassa Marina e a vence com 45% ante 39%. Já na simulação contra Aécio, o tucano obtém 34% e a presidenta o derrota com 49% das intenções de voto.
***
*** ***
O chororô de Marina e seu companheiro candidato a vice dá pena.
Falta uma semana e meia para o 1º turno da eleição dia 5 de outubro e pouquinho mais de uma semana para o término da propaganda eleitoral no rádio e TV, que se encerra 48 h antes do início do pleito. Ao contrário do que se poderia esperar, a candidata do PSB ao Planalto, ex-senadora Marina Silva, ao invés de nesta reta final apresentar um programa de governo que não mude a toda hora, de firmeza no que propõe, de rumos, propostas, metas e alternativas consistentes para o país, prefere continuar posando de vítima, coitadinha, mártir na disputa eleitoral.
Posa de crucificada pela campanha do PT e da adversária, a presidenta Dilma Rousseff, num chororô, ela e seu vice, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), de dar pena. Não debatem nem contestam as críticas do PT e da adversária presidenta. Ficam acusando-os de mentir agora como Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler e um dos principais construtores da imagem do nazismo.
É muita apelação, mas é a verdade. Na 2ª feira pp., à noite, durante encontro reservado com a comunidade judaica, em São Paulo, falando a cerca de 50 pessoas, Marina recorreu à famosa frase atribuída ao ministro nazista Goebbels para rechaçar as críticas que recebe do PT na disputa eleitoral – os ataques são a seu programa e posições, não a ela.
Evocando frase de Goebbels
“Tem gente que acha que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Eu não concordo”, disse Marina. A evocação da frase de Goebbels pela candidata foi contada aos jornalistas por Claudio Lottemberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos organizadores do encontro.
O companheiro de chapa de Marina, o candidato a vice-presidente, deputado Berto Albuquerque, achou pouco e ontem resolveu reforçar a associação feita por Marina. Nesta 3ª feira, em discurso na Federação da Agricultura do Paraná, em Curitiba, Beto, repetiu publicamente a acusação. “Um partido (PT) que, no passado, perdeu uma eleição para o Collor em função da mentira usa, hoje, os mesmos recursos de Goebbels para tentar ganhar a eleição”, acusou Beto.
É muita apelação! Olha, o que tira mesmo o sono de Marina são as pesquisas a ultima do IBOPE, a da CNT/MDA e a do Vox Populi, todas apontando para uma vitória da presidenta Dilma no 2º turno contra Marina Silva. Todas apontando para uma inversão completa do que se via até agora nos cenários de 2º turno, quando os levantamentos apontavam pequena vantagem de Marina, dentro da margem de erro sempre. Isso, também virou fumaça.
Da dupla derrota de Aécio, em Minas e no país, ninguém fala
Todas as pesquisas deixam mal também o candidato demotucano, Aécio Neves (coligação PSDB-DEM), não só em nível nacional onde ele empacou e não sai do 3º lugar, como também e principalmente em Minas, onde perde para a presidenta Dilma. E mostram que o candidato a governador de Aécio, ex-ministro de FHC, Pimenta da Veiga, perde o governo do Estado, sem sequer ir para o 2º turno, para o nosso candidato, Fernando Pimentel.
Sem tripudiar, por favor, não considerem como tal, são pesquisas que deixam Aécio, tudo indica, de vez fora do 2º turno e seu candidato ao Palácio da Liberdade, em Minas, também. É uma derrota e tanto – ou duas – para os tucanos e que nossa mídia faz de conta que não está para acontecer. Todas as análises são para uma iminente e possível derrota nacional do PT no 2º turno presidencial, seu fim.
São as previsões dos analistas de Bagé de sempre…que felizmente não se concretizam. Já o fim da polarização PT-PSDB que marcou os últimos 20 anos das disputas eleitorais nacionais, fato da maior importância nelas – e fim porque o eleitor escanteou os tucanos – não merece maior espaço de análise…Quando vem algo nessa linha, é ent passant, de articulista choroso, de luto.
***
*** ***
O samba que Aécio e Marina estão compondo em cima do fator previdenciário.
Vamos começar pelo candidato do PSDB-DEM a presidente da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Desmoralizante, mas o fato é que num mesmo dia, ontem, por exemplo, ele diz uma coisa e depois, a la Marina Silva, diz outra. Na mesma 3ª feira no telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, ele negou que tenha dito aos sindicalistas no fim de semana que vai acabar com o fator previdenciário – e, olha que disse. Logo depois, em carreata em Niterói, repetiu a promessa feita aos representantes dos trabalhadores: vai extinguir o fator.
Marina não está muito diferente. Aécio muda a declaração e a posição manifestadas pouco antes. No caso dele por pressão do mercado, dentre outros, via Arminio Fraga – seu ministro da Fazenda anunciado, se ele se elegesse. Na prática Aécio está fazendo média com a Forca Sindical, a central com quem ele disse no Bom dia Brasil ter se comprometido mais diretamente estudar a questão do fator previdenciário.
Faz uma confusão tão grande que até levou a duas mudanças em um mesmo título e dia sobre o fator em seu site de campanha. Ontem, pela manhã o título de texto publicado na página de seu site dizia: “Aécio vai acabar com o fator previdenciário”. Esse material relatava o encontro do candidato com centrais sindicais na última 6ª feira, quando Aécio se comprometeu com os sindicalistas a acabar com o fator previdenciário. Mas, na parte da tarde da mesma 3ª, o título do mesmo texto foi alterado para: “Aécio assume compromisso com trabalhadores e discutirá fator previdenciário”. Não tinha mais a palavra “acabar”.
Na verdade, Aécio não se compromete com nada
Ele e a candidata do PSB ao Planalto, ex-senadora Marina Silva, quando não prometem acabar, dizem que vão mudar o fator, mas não dizem como e quando. Aécio faz de conta que não foi ele no governo FHC que aprovou o fator previdenciário na Câmara dos Deputados, da qual foi presidente e líder da bancada de seu partido, o PSDB.
É muita cara de pau dele e muito falta de jornalismo da nossa mídia que não cobra de Aécio coerência e o mínimo de decência, o fim desse embuste. Marina é a mesma coisa que Aécio: durante visita a Santa Catarina ontem, acompanhada pelo neosocialista deputado Paulo Bornhausen (PSB-SC), ela prometeu, se eleita, encontrar uma fórmula alternativa para substituir o fator previdenciário criado por FHC para inibir as aposentadorias precoces.
Enfatizou que pretende promover a mudança no sistema previdenciário “em um ambiente em que não haja contaminação” por disputas eleitorais.”Nós sabemos que os aposentados estão sendo penalizados em função da perda de seu poder aquisitivo. Desde o início, quando Eduardo Campos estava vivo, propusemos fazer uma revisão para encontrar a melhor fórmula para corrigir as distorções que acontecem.”
Quer dizer, falou, falou e não disse como nem quando faria a revisão caso eleita. E ninguém da nossa mídia registra nada sobre as negociações das centrais sindicais com o governo para mudar a atual legislação previdenciária e o fator previdenciário…sobre isso, nenhuma palavra.
*
|
TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Novas pesquisas. E Aécio empaca, Dilma cresce e Marina cai.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário