Com a última pesquisa CNI-IBOPE divulgada no fim de semana (sábado) consolidando a posição da presidenta Dilma Rousseff no 1º turno dia 5 de outubro e apontando para um empate no 2º turno, a 27 do mesmo mês, a mídia dever perder totalmente o pudor e a vergonha e nas próximas semanas partir para o vale tudo mesmo, na tentativa de salvar sua candidata Marina Silva (PSB), que passou a cair nas pesquisas de preferência do eleitorado.
Daqui pra frente e nas três semanas que restam até o 1º turno, toda a mídia, acompanhem, vai agir como o fez a Veja ao fazer uma “nova” reportagem sobre a Petrobras sempre apoiada em “offs” (quando informantes e quem faz declarações não assumem nem aparecem seus nomes) ou em depoimentos sem provas e indícios…Tudo para ajudar Marina.
Veja e outras revistas não agem sozinhas, geralmente têm a companhia entusiasmada do restante da mídia, dos jornalões especialmente, uma verdadeira indústria de escândalos hoje no Brasil, particularmente às vésperas de eleições. Isso já se tornou uma prática corriqueira dessas revistas desde a primeira eleição presidencial pós-ditadura (em 1989).
No desespero da derrota, desistiram de vez de Aécio e do PSDB.
Nesse linha editorial que de muito bom grado adotam, longe de ajudarem no combate a corrupção, pelo contrário, podem colocar em risco a própria investigação como já vimos em outros casos, como nas operações Castelo de Areia (investigações sobre empreiteiras) e Satiagraha (apurações durante tramitação da Ação Penal 470). Ao adotarem essa linha editorial agora, Veja, demais revistas e jornalões visam apenas sustentar a gritaria de baixo nível político tentando evitar a derrota de seus candidatos a presidente, senador Aécio Neves, da coligação PSDB-DEM, e/ou ex-senadora Marina Silva (PSB).
Aliás, nesse final de semana os jornalões e as revistas assumiram abertamente a pauta da defesa da candidatura de Marina. Desistiram de vez de Aécio e do PSDB – até ele, tudo indica, desistiu também, volta-se agora para seu Estado e demonstra estar está mais preocupado em perder a eleição de governador (Pimenta da Veiga) em Minas Gerais.
Como não podem e não querem assumir abertamente o programa de Marina, as barbaridades que ela propôs como deixar o pré-sal de lado e priorizar fontes de energia alternativas e dar independência ao Banco Central (BC), jornalões e revistas optaram para protegê-la por tratá-la como uma coitadinha vitima de uma campanha “mentirosa e difamatória” do PT e da presidenta Dilma, como colocou na capa uma das revistas.
Não iludem, não enganam, não passarão essa mensagem…
Coitados deles! Não iludem, nem enganam nessa tentativa porque o que buscam, na verdade é justificar o abandono de convicções pela candidata, esconder suas propostas, a tibieza com que ela as defende e a facilidade com que as muda, fatores que a levaram a perder votos. E muitos. Como atestam as pesquisas.
Agora as revistas devem estar com a pulga atrás da orelha esta semana, perguntando-se: porque as reportagens supostamente bombásticas sobre a Petrobras, simplesmente estão ausentes dos jornalões nestes domingo e 2ª feira? Não emplacaram, estão fora do noticiário. As revistas devem estar se perguntando: o que deu errado?
Já a polêmica entre a presidenta Dilma e Marina ganha o espaço de todo o noticiário, ampliado nessa linha em relação aos outros dias da cobertura até agora da disputa eleitoral. A que ponto chegamos! Vão sustentar três semanas de noticiário nesse tom, em cima de uma candidata “filha de pobre” ou “coitadinha”, sem um efetivo debate político para valer?
Sobre a candidata do PSB ao Planalto, aliás, vocês não podem deixar de ler o artigo publicado hoje na Folha de S.Paulo pelo jornalista Ricardo Melo, intitulado “Marina contra Marina”. Cliquem aqui =
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¨Nova Política¨ de candidata do PSB é conversa pra sonso acreditar.
As vezes as propostas da candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva, expostas na teoria estão tão longe da prática, da realidade, que é essa a impressão que dá – que elas e os seus acham que todo mundo é bobo e vem com conversa pra sonso acreditar, pra boi dormir…Em sua edição desse domingo (ontem), por exemplo, o Globo fez uma reportagem exatamente sobre teoria e prática, na qual mostra com todas as letras quão longe passa da realidade, a história de Marina de introduzir no país uma ‘nova política’, novos costumes e hábitos nessa área.
O levantamento publicado em O Globo mostra, por exemplo, que das seis legendas que compõem a coligação encabeçada pelo PSB, três têm o mesmo presidente há mais de 10 anos. E que parte delas tem dirigentes respondendo a ações e inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outras instâncias judiciais.
Vejam, por exemplo, um dos integrantes da coligação de Marina é o PPS. Esse partido é comandado por Roberto Freire há 15 anos, desde sua criação, em 1999, quando seus integrantes deixaram o velho Partidão, o PCB – ou melhor, se imaginaram mudando o nome do partido de PCB para PPS. Outro PCB continua existindo…
Tem dirigente de partido da coligação cooptado por Serra…
Roberto Freire foi um dos responsáveis por sempre manter o PPS como sublegenda, como linha auxiliar do PSDB. Freire fazia política em Pernambuco, Estado pelo qual se elegeu várias vezes deputado, mas ligou-se muito ao ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, o tucano José Serra. Ganhou emprego dele nos conselhos de administração da SPTrans e da SPTuris, empresas de economia mista paulistanas quando Serra foi prefeito, por 1 ano e 4 meses. E mudou a base partidária, hoje é deputado federal por São Paulo.
Assim, enquanto Marina se apresenta aos eleitores como a que defende uma ‘nova política’, pela qual só os bons seriam escolhidos para ajudá-la a administrar, independentemente de partidos, as legendas que a apoiam não são nada disso e mantém os velhos hábitos arraigados na política brasileira.
No total sua coligação é formada por seis partidos: PSB, PPS, PRP, PSL, PPL e PHS. Três deles têm o mesmo presidente há mais de 10 anos, um tem menos de três anos de existência, e o último, apesar de estar fundado há 17 anos não conseguiu ainda eleger sequer um representante para a Câmara dos Deputados. tem representante na Câmara.
Tem dirigente partidário que até já admitiu ter pago propina.
Entre os partidos que a apoiam há parlamentares respondendo a ações no STF por falsidade ideológica, formação de quadrilha e crime contra o meio ambiente e o patrimônio genético. Um dos dirigentes de partido da sua coligação, do PSL, já admitiu que pagou propina a entidade esportiva. O PSL é dirigido há 16 anos (desde 1998 quando foi fundado), por Luciano Bivar, também presidente do Sport Club do Recife.
Em 2013, ele admitiu em entrevista a emissora de rádio de Pernambuco que subornou membros da CBF para que o volante Leomar, jogador do Sport, fosse convocado pelo técnico Leão. Outro partido, o PRP, por exemplo, foi fundado em 1991 com o objetivo de “reunir o legado político de Adhemar de Barros”, o ex-governador paulista a quem se atribui a frase “rouba, mas faz”.
Isso é ‘nova política’? Se for, está mal a candidata Marina, está mal o Brasil…
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*** *** BC voltado também para política de emprego é vacina de neo-tucano do time de Marina.
O pessoal economista da ex-senadora Marina Silva – boa parte dele, maioria pode se dizer, egresso do PSDB – percebeu a enrascada em que meteu a candidata do PSB ao Planalto nessa história de botá-la para defender e incluir no programa de governo a independência e autonomia do Banco Central (BC) e, no fim de semana, tratou de botar panos quentes, veio com vacina para baixar a febre do debate, dourar a questão.
A última deles, agora, conforme anunciaram, é colocar nos objetivos do BC independente. a preocupação, um item específico estabelecendo que o banco terá como preocupação no estabelecimento de sua política econômica, monetária e de juros, o nível de emprego. Como faz o Federal Reserve System – o FED (banco central norte-americano) que não toma uma única medida, não dá um só passo sem levar em consideração, também, a questão do emprego e da economia em geral no país.
Então, os economistas tucanos de Marina encaixam agora essa proposta de colocar nos objetivos do BC independente o nível de emprego no Brasil. Cuidado, pessoal, embutem a proposta apenas como uma vacina para o desastre que virou sua defesa da heresia de um BC com mandato fixo e independente que até os tucanos que ficaram no PSDB rejeitaram…
Tentativa de dourar a pílula, a história de BC autônomo.
Podem tentar dourar essa pílula, mas com a política econômica que ela abraçou – mais no discurso, nas promessas, menos no programa de governo, onde a coisa não está ainda muito detalhada – não há como manter o nível de emprego e muito menos criar, como os governos Lula (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014) criaram milhões e milhões de empregos (cerca de 20 milhões) com carteira de trabalho assinada e com todos os direitos sociais assegurados…
Para vocês terem uma ideia e apenas para refrescar a memória – e deixar tucano furioso, porque eles não suportam comparações – só no 1º mandato da presidenta Dilma criamos mais empregos que nos dois, nos oito anos de FHC…
Mas, a proposta está colocada por eles. Vamos aguardar, ver se sustentam-na de pé. Porque vocês sabem e acompanham, a facilidade com que Marina está mudando programa de governo é negócio impressionante! Hoje até já mudou – vocês devem estar acompanhando – aquela história lançada também no fim de semana, de que num eventual governo dela, Marina vai mudar a meta de inflação. A candidata já afirmou hoje que não é nada disso e quem que fez a proposta não estava autorizado por ela.
“Banco Central independente de quem?”
Vamos ver, agora, em relação a esse outro torpedo, de incluir na parte do BC autônomo essa história de que ele passa a conduzir a política econômica também de olho nos índices de emprego. Como faz o FED dos EUA. As próximas horas para conferir…
Enquanto aguardamos, leiam o excelente artigo do doutor em economia pelo Instituto de Economia da UNICAMP, Antônio Corrêa de Lacerda, publicado hoje na Folha sob o título “Banco Central independente de quem?”. Ele é, também, coordenador de estudos de pós-graduação da PUC-SP e diz tudo…o necessário e na medida nesse artigo. Responde, inclusive a própria pergunta “Banco Central independente de quem?” Com outra pergunta: e as pressões do mercado?
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TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Palavra de ordem na mídia: nas próximas três semanas toda ênfase na ajuda a Marina.
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