quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Pimenta da Veiga e os R$ 300 mil de Marcos Valério.

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O caso de Pimenta da Veiga é um escândalo em vários sentidos. O principal deles é a parcialidade da justiça brasileira. João Paulo Cunha recebeu R$ 50 mil de Marcos Valério. O dinheiro tinha sido enviado via Delúbio Soares. Cunha apresentou notas fiscais provando que o dinheiro serviria para pagar pesquisas eleitorais em sua cidade.

Foi execrado e massacrado pela mídia, e sumariamente condenado pela justiça.

Pimenta da Veiga recebeu 6 vezes mais que isso. R$ 300 mil, diretamente de Marcos Valério. Não apresentou documento nenhum. Alegou simplesmente que deu uma consultoria oral.

Ficou por isso mesmo. Não foi massacrado pela mídia. Não foi incomodado pela justiça.

A ousadia é tanta que o PSDB o indicou para ser seu candidato ao governo de Minas.

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Pimenta da Veiga se enrola ao explicar R$ 300 mil de Valério.

publicado em 17 de setembro de 2014 às 9:38.

Explicações de Pimenta à Rede Globo sobre Marcos Valério deixam o PSDB em pânico
do Pautando Minas, sugerido pelo Franco Atirador. No Viomundo.

As declarações feitas ao jornal MG TV 1ª Edição nesta segunda-feira, 15, pelo candidato tucano foram consideradas desastrosas por assessores de campanha, porque geram novas suspeitas de ilegalidade dos R$ 300 mil depositados pela agência.

Deixaram o PSDB apreensivo as respostas do candidato do partido ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, em entrevista à TV Globo nesta segunda-feira (15), quando foi questionado sobre seu envolvimento com o publicitário Marcos Valério, condenado por ser o operador do Mensalão. Pimenta foi o primeiro candidato ao governo entrevistado pelo MGTV – 1a Edição.

Os apresentadores indagaram se o tucano não se sentia constrangido em ter recebido R$ 300 mil de alguém que foi condenado por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas. Pimenta atribuiu os recursos a honorários por serviços advocatícios supostamente prestados a uma empresa de Marcos Valério. E garantiu ter declarado os valores no Imposto de Renda no prazo devido.

Foi, no entanto, corrigido pelos apresentadores: declarou os R$ 300 mil à Receita apenas dois anos após ter recebido os recursos de Marcos Valério, quando a operação foi descoberta pela CPMI dos Correios. Sem saída, o tucano reconheceu que comunicou à Receita Federal o repasse de Valério numa declaração retificadora, usada quando há necessidade de “corrigir” ou “consertar” a declaração original.

Questionado porque não pagou no ano correto, Pimenta disse que o atraso ocorreu “porque não tinha constituído empresa jurídica”. “Precisava fazer por ela”, argumentou. Essa versão, no entanto, só apareceu nestas eleições e é desmentida por investigação da Polícia Federal, segundo reportagem do jornal O Globo.

Em 15 de abril deste ano, o jornal informou que “mesmo com a modificação, realizada dois anos depois do pagamento, Pimenta declarou ter recebido o valor de fonte de pessoa física, apesar de o repasse ter sido feito por duas empresas de Valério”. Ex-secretária do operador do mensalão, Karina Somaggio, disse, no entanto, à CPI que “não sabia” que Pimenta da Veiga havia defendido causa jurídica ou realizado consultoria para as empresas de Valério.

A CPI dos Correios também descobriu que Marcos Valério e a então mulher dele, Renilda Santiago, foram avalistas de Pimenta em um empréstimo de R$ 152.045,00 mil junto ao BMG. Na época da descoberta do empréstimo, várias versões sugiram. O então advogado de Valério, Marcelo Leonardo, afirmou que a operação não tinha relação com os outros R$ 150 mil repassados a Pimenta.

O tucano, por sua vez, garantiu, em entrevista ao jornal Valor Econômico de 28 de julho de 2005, que “parte do valor da prestação do serviço foi transformado neste mútuo, que foi pago em uma parcela de R$ 20 mil e outras dez de R$ 17,3 mil, a última vencendo no início deste ano”. Já Valério chegou a mencionar a relação de amizade com Pimenta como razão dos repasses.


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Luciana Genro demole Aecioporto !

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Lembro de uma gíria no colégio. “Moraaaaal!”, a gente dizia, quando um garoto dava uma resposta demolidora para outro.

Luciana Genro aplicou um moral no candidato do PSDB, durante o debate da CNBB realizado ontem.

Hoje há gírias mais modernas, como mitou” (tornar-se mito).

Genro deu um “Ippon” (ponto completo no judô) em Aécio.

Luciana Genro enfrenta Aécio e denuncia corrupção dos governos do PSDB no debate dos presidenciáveis organizado pela CNBB.



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Aécio se aproxima de Marina Silva.


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Depois de uma tarde tensa, em que as especulações na bolsa apontavam possível queda de Dilma nas pesquisas, os números do Ibope mostram um cenário estável. Marina Silva oscilou um ponto para baixo, Dilma perdeu três, Aécio subiu quatro pontos.

A vantagem de Dilma sobre Marina, que era de 8 pontos na última pesquisa, oscilou para 6 pontos, dentro da margem de erro.

Tudo como antes no quartel de abrantes.

Entretanto, Aécio ganha um “fio de esperança” de chegar ao segundo turno.

A tática de Aécio, de pintar Marina como um “plano B” do PT, ou uma forma de ludibriar o voto de oposição, pode estar dando certo.

A vantagem de Marina sobre Aécio, na pesquisa da semana passada, chegava a desestimulantes 16 pontos. Agora são apenas 11 pontos de diferença.

O segundo turno ganha um novo suspense. Agora tudo é possível. Só Dilma mantém uma posição confortável para chegar à segunda fase nas eleições.

Esperava-se que Marina caísse mais, mas o coitadismo parece ter lhe ajudado a segurar um pouco a sangria. Ela caiu, mas não tanto.

Dilma mantém uma liderança substancial de seis pontos sobre Marina, após terem empatado em algumas pesquisas recentes.

A avaliação do governo se mantém no azul, com 37% achando o governo Bom/Ótimo e 28% Ruim/Péssimo.

Os números mostram que o percentual de Bom/Ótimo é sempre muito próximo da votação da presidente.  O histórico da presidente, que chegou a ter 43% de aprovação ao final do ano passado, pode lhe beneficiar.

A recuperação da economia e a manutenção do bom nível de emprego pode ajudar Dilma a recuperar sua popularidade.

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Nas sondagens para o segundo turno, Marina confirmou o esvaziamento já mostrado na última pesquisa. Chegou a 46% há duas semanas, caiu para 43% na semana passada e agora manteve os mesmos 43%. Dilma tinha caído para 36% no dia 26 de agosto, foi subindo nas pesquisas até atingir 42% na semana passada, e agora oscilou na margem de erro, para 40%.

A vantagem de Marina no segundo turno, que chegara a 9 pontos ao final de agosto, caiu para 3 pontos, configurando empate técnico.

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A rejeição à Dilma, que tinha chegado a 36% no dia 25 de agosto, caiu para 32%.

Marina Silva, por sua vez,  ganhou dois pontos de rejeição, e está com 14%, aproximando-se da rejeição de Aécio.

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Entre os eleitores mais pobres, Dilma ganha no primeiro turno: tem 46%, mais que seus adversários somados.

O mesmo Ibope trouxe outra notícia muito boa para Dilma. Seu candidato em Minas, o petista Fernando Pimentel, tem condições de vencer no primeiro turno. O instituto lhe dá 43% das intenções de voto, 20 pontos acima do tucano Pimenta da Veiga.

Este cenário é de grande valia para ajudar a presidenta a manter sua liderança em Minas Gerais, segundo maior eleitorado do país.

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