terça-feira, 21 de outubro de 2014

Avançar ou retroceder.

Imagem: Celina Prieto


Em 2010, José Serra abriu as portas dos armários da intolerância e seus derivados fascistas e jogou tudo no ventilador da campanha eleitoral. Todos nós lembramos do lodo raivoso, burro e desinformado que inundou nossas caixas postais naquela disputa.
Serra carregava em si a gangrena do fracasso antecipado: por ter pulado de cargo em cargo, sem completar nenhum mandato, para tornar-se o candidato oficial da direita à presidência. Deixou-se filmar se comprometendo verbalmente a completar seu mandato. E descumpriu sua promessa na maior cara dura da história. Mesmo assim, foi até o fim. Protagonizou o imortal evento “bolinha de papel” – que todos lembramos e até nos divertiu (jogo). Serra só seria eleito na “mão grande”… mesmo assim, obteve 44 milhões de votos, contra os 56 de Dilma. Sua derrota foi a derrota da onda de intolerância e preconceito que vem crescendo a cada nova campanha eleitoral.
Hoje, os cães raivosos que destilam ódio irracional ao PT e infestam as redes sociais são descendentes ou consequência daquela “tribo” do Serra. Continuam burros, desinformados e sem conhecimento da história recente do país. Mas aumentaram percentualmente sua presença nos processos eleitorais. Além disso, há mercenários e outros grupos financiados por organizações estrangeiras de ultradireita atuando contra os governos progressistas do nosso continente.
Nada mudou de verdade no cenário político dos últimos anos. São eles, os mesmos, contra nós, os mesmos. O duelo básico: servir ao colonizador escravocrata ou ser independente e soberano.
A cada nova campanha eleitoral, São Paulo mostra-se como o estado que abriga a elite mais nefasta, reacionária e submissa aos EUA de toda a América do Sul. Muitos não-paulistas gostariam de “ser” paulistas. Para eles, Sampa é New York… Muitos falam em dividir o país entre norte e sul. Reaças e progressistas; preto e branco; gays e heteros; Fla e Flu… É tudo tão rotulado, tão extremado e carregado de preconceitos…
A primeira lei do capitalismo é, obviamente, o lucro. Mesmo que custe escravidão e miséria de imensas maiorias. É o que configura a candidatura de Aécio Neves e quem o sustenta: arrocho, recessão, aumento da taxa de juros para engordar banqueiro e a DESCONSTRUÇÃO de todas as conquistas sociais promovidas pelo PT nos últimos 12 anos. Põe na conta o pré-sal – a ser entregue a preço de banana para o cartel internacional do petróleo (75% para a educação? 25% para a saúde? Uma ova!); o cancelamento do Pró-Uni – trazendo de volta os cursinhos pré-vestibulares e o método de exclusão dos pobres nas universidades; a transformação do Bolsa Família em “cesta básica”, o fim dos subsídios no Minha Casa…
Não adianta insistirem no que “tá bom, vamos manter”. A coisa nunca está “boa” pros dois lados. Se está boa para o povo, é porque está ruim para as elites. Em 12 anos, o Brasil fracassado de FHC, ajoelhado aos bancos internacionais – mesmo entregando o ouro (Vale, etc), foi transformado na 6a economia mundial (Dá uma googlada que você encontra). O governo petista transformou a secular pirâmide social brasileira em losangulo. A direita quer reverter o formato e devolver-nos ao quintal serviçal dos EUA. É disso que se trata.
Domingo que vem teremos a chance de avançar ou retroceder. Não somos caranguejos. Não andamos de lado. Os indecisos é que vão decidir nosso destino. Portanto, se você conhece um desses, converse, explique, convença. Sua ação pode fazer toda a diferença.

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