domingo, 12 de outubro de 2014

Em declaração de bens no TSE, vice de Aécio (PSDB) tem fazenda de 1 real cada.


A relação de bens apresentada pelo candidato Aloysio Nunes, vice de Aécio Neves (PSDB) ao TSE, mostra que nem sempre o patrimônio declarado equivale realmente à riqueza do político. Duas fazendas avaliadas por R$ 1,00 cada, chamou à atenção da equipe de reportagem do i9.



Os candidatos são obrigados a declararem os bens à Justiça Eleitoral quando registram as candidaturas e um dos objetivos é manter um controle sobre o enriquecimento dos políticos durante o exercício dos mandatos. Os dados ficam disponíveis no DivulgaCand 2014, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e podem ser consultados por qualquer um.


Aloysio Nunes é ligado ao esquema de corrupção em SP, conhecido como "Trensalão do PSDB"


O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) tem seu nome ligado ao escândalo de corrupção tucano em São Paulo, chamado de “propinoduto tucano”. Nunes teria recebido dicas de como o governo estadual deveria agir no setor de transportes, quando era coordenador da campanha de José Serra (PSDB) ao governo do estado, em 2006.Cópia de e-mail em posse da Polícia Federal mostra que Jorge Fagali Neto, apontado como lobista da multinacional francesa Alstom e intermediador de propinas do cartel de trens, sugeriu ao senador o aditamento de US$ 95 milhões a um contrato assinado com o Banco Mundial.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, em abril de 2008, no segundo ano da gestão Serra, o governo assinaria com o Banco Mundial, conforme sugerido pelo consultor, um aditamento de R$ 95 milhões ao contrato de R$ 209 milhões de 2002.

Fagali é um dos 11 indiciados pela Polícia Federal por suspeita de ilegalidades envolvendo contratos da Alstom com o governo estadual. Os investigadores afirmam que ele cometeu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Fagali nega.

Antes de se tornar consultor da Alstom, Jorge Fagali Neto foi secretário dos Transportes em 1994 (no governo Luiz Antônio Fleury Filho), tendo sucedido Aloysio, que deixou o cargo em 1993. Hoje, Fagali tem US$ 6,5 milhões bloqueados na Suíça por suspeita de lavagem de dinheiro.

O e-mail de Fagali ao tucano chegou às mãos da Polícia Federal por meio de uma ex-funcionária do consultor chamada Edna da Silva Flores. Ela foi secretária pessoal de Fagali entre 2006 e 2009.

Segundo Edna, “Fagali trocava e-mails com Aloysio Nunes acerca de licitações de metrô em SP”. Ela ainda falou sobre a amizade de Fagali com outros políticos, como Serra, de quem era “muito amigo”. “Jorge Fagali Neto (…) viajou com Serra para o Japão com a finalidade de tratar de assuntos financeiros do metrô de São Paulo”, disse no depoimento anexado aos autos da polícia.

Contumaz assaltante de trens

Em agosto de 1968, Aloysio Nunes participou do assalto ao trem pagador da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Segundo relatos da imprensa da época, a ação ocorreu sem que houvesse o disparo de qualquer tiro
.Aloysio Nunes foi o motorista do carro no qual os assaltantes fugiram do local com os malotes que continham NCr$ 108 milhões(US$ 21.600), dinheiro suficiente para o pagamento de todos os funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Em outubro do mesmo ano, participou do assalto ao carro-pagador da Massey-Ferguson interceptando o veículo na praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros.


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