quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Procuradoria decide investigar aeroporto de Aécio na fazenda do tio.

Procuradoria decide investigar aeroporto de Aécio na fazenda do tio

O Ministério Público Federal em Minas Gerais decidiu abrir investigação para apurar se o candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) cometeu irregularidades ao utilizar recursos públicos para construir um aeroporto numa área desapropriada dentro da fazenda de seu tio-avô em Cláudio, no interior do Estado.


Aeroporto de Aecio neves em Claudio MG

Erguido nas terras de Múcio Guimarães Tolentino, a 6 km do refúgio preferido de Aécio, a Fazenda da Mata, de sua família, o aeródromo custou R$ 14 milhões e foi feito no fim do segundo mandato do tucano no governo mineiro.

O aeroporto, que operava sem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), tinha uso privado. As chaves do local ficavam em poder dos familiares de Aécio, que precisavam ser consultados para liberar a utilização d a pista.

No começo deste mês o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou a parte criminal de uma representação do PT contra Aécio pela construção do aeroporto, mas ele determinou que a representação fosse encaminhada ao MPF de Minas Gerais para a avaliação de casos de improbidade administrativa.

A investigação foi aberta no último dia 17 na Procuradoria da República de Divinópolis, a 50 km de Cláudio, para "apurar possível irregularidades na utilização de recursos públicos pelo então governador de Minas, Aécio Ne ves da Cunha, para a construção de um aeródromo em propriedade de seu tio-avô, sr. Múcio Guimarães Tolentino".

Dono do terreno onde o aeroporto foi construído e da fazenda Santa Izabel, ao lado da pista, Múcio é irmão da avó de Aécio, Risoleta Tolentino Neves (1917-2003), que foi casada por 47 anos com Tancredo Neves (1910-1985).

Nos anos 1980, quando Múcio era prefeito de Cláudio e Tancredo o governador de Minas, uma pista de terra foi erguida no mesmo local. O terreno, que deveria ter sido repassado para a prefeitura de Cláudio, nunca saiu do nome do tio-avô do presidenciável.

Anos depois o governo de Aécio abriu licitação e desapropriou o terreno para então construir o aeroporto. Ao escolher uma propriedade do tio para fazer a obra, o governo de Minas abriu caminho para que Múcio, de 88 anos, resolva uma pendência judicial que se arrasta há mais de uma década. Ele é réu numa ação do Ministério Público Estadual que tenta recuperar o dinheiro gasto pelo Estado na construção da pista de terra.

Para garantir o ressarcimento dos cofres públicos em caso de condenação, a Justiça mandou bloquear a área em 2001, o que impede Múcio de vendê-la. Com a desapropriação Múcio ganhou o direito de receber do Estado pelo menos R$ 1 milhão de indenização, mas ele pede valor nove vezes maior.

O tucano alega que a construção do aeroporto já foi alvo de investigação pelo Ministério Público Estadual, que não encontrou nenhuma irregularidade. Essa apuração, contudo, não levou em conta que a obra foi feita numa área desapropriada pelo Estado na terra de um parente do então governador.

Em julho, logo depois da publicação de reportagem pela “Folha de S.Paulo” que denunciou a situação, a Promotoria estadual decidiu apurar novamente a construção do aeroporto de Cláudio.Na Folha.


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Brazilian candidate Aecio Neves, candidate for the Brazilian social-democrat party. (Photo: EFE)


Brazilian candidate Aecio Neves, candidate for the Brazilian social-democrat party. (Photo: EFE)


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Since he was selected to run in the second round of the presidential elections on October 26, the right wing candidate Aecio Neves has tried to get away with serious accusations of corruption and drug-trafficking.


Among the several controversial scandals in which his name was mentioned, one involves a helicopter belonging to Neves' company, Agropecuaria Limeira, filled with 4.5 tons of cocaine, and seized by the Federal Police of Espiritu Santo, in the south east of the country last year.

The helicopter belonged to congressman Gustavo Perella, son of the senator and former president of the soccer team Cruzerio, Zeze Perella, both close political allies of Neves, also former governor of the region. Perella was recently released from prison after claiming that employees of Agropecuaria Limeira, along with three other accomplices, took the vehicle without authorization.

“The press covers with an unexplainable discretion what could be the biggest scandal of the last decade,” argued journalist Miguel do Rosario in Tijolaco.

Yet the helicopter case could only be the tip of the iceberg. The attorney's office of Minas Gerais is investigating the possible illegal allocation of contracts to the company Agropecuaria Limeira, while Neves was governing this state. These contracts include the purchase of the property Guara, where the helicopter was seized. The airport where the helicopter landed is suspected to have been built with public funds in 2010 – the last year of Neves' mandate at the head of Minas Gerais, according to Pulzo.com, on a property belonging to a Neves' great uncle.

So far the candidate only acknowledged having used the clandestine track in various opportunities, during family or business trips. 




Os escândalos do candidato brasileiro Aécio Neves.


Brazilian candidate Aecio Neves, candidate for the Brazilian social-democrat party. (Photo: EFE)

Candidato brasileiro, Aécio Neves, candidato para o partido social-democrata brasileiro. (Foto: EFE) 

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Desde que ele foi escolhido para ser executado no segundo turno das eleições presidenciais em 26 de outubro, o candidato de direita, Aécio Neves tentou fugir com graves acusações de corrupção e tráfico de drogas. 

Entre os vários escândalos polêmicas em que seu nome foi mencionado, um envolve um helicópteropertencente a empresa Neves, Agropecuaria Limeira, preenchido com 4,5 toneladas de cocaína, eapreendido pela Polícia Federal do Espírito Santo, no sudeste do país no último ano. 

O helicóptero pertencia ao deputado Gustavo Perella, filho do senador e ex-presidente da Cruzerio time de futebol, Zezé Perella, ambos aliados políticos de Neves, também ex-governador da região. Perella foi recentemente libertado da prisão depois de afirmar que os funcionários da Agropecuária Limeira, junto com outros três cúmplices, pegou o veículo sem autorização. 

"A imprensa cobre com um critério inexplicável o que poderia ser o maior escândalo da última década",argumentou o jornalista Miguel do Rosário em Tijolaco. 

No entanto, o caso de helicóptero só poderia ser a ponta do iceberg. A promotoria de Minas Gerais está investigando a possibilidade de concessão ilegal de contratos para a empresa Agropecuaria Limeira,enquanto Neves governava este estado. Estes contratos incluem a compra do imóvel Guara, onde o helicóptero foi apreendido. O aeroporto onde desembarcou há suspeita de o helicóptero ter sido construído com fundos públicos em 2010 - o último ano de Neves mandato à frente de Minas Gerais, de acordo com Pulzo.com, em uma propriedade pertencente a um Neves 'tio-avô. 

Até agora, o candidato só reconheceu ter usado a pista clandestina em várias oportunidades, durante a família ou viagens de negócios.



Aécio Neves acabou com o Bolsa Familiar para Educação em Minas

No  segundo ano como governador de Minas Gerais, em 2004, Aécio Neves extinguiu o Bolsa Familiar para Educação (Lei 14314/2002), que beneficiava mais de 21 mil famílias só no Vale do Jequitinhonha (MG). Criado dois anos antes pelo seu antecessor, Itamar Franco (PMDB), programa de transferência de renda tinha o objetivo de garantir acesso e permanência na escola pública de crianças de sete a 14 anos.

Aécio, que reclama a paternidade do Bolsa Família para seu padrinho político, Fernando Henrique Cardoso, e garante que vai dar continuidade ao programa, na época, não explicou a decisão de eliminar o Bolsa Familiar. Mas seu passado permite duvidar da promessa. “Se o Aécio acabou com o Bolsa Familiar em Minas, o que ele não fará com o Bolsa Família do Brasil?” – pergunta o deputado Rogério Correia (PT).

O benefício de R$ 70 era concedido para as famílias com renda mensal de até meio salário mínimo, por pessoa. O Bolsa Educação era destinado as regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado de Minas, em especial, as do Vale do Jequitinhonha.

No momento do cancelamento, apenas uma carta foi enviada às prefeituras dos 30 municípios beneficiados, com aviso que no mês seguinte não haveria mais o pagamento do benefício. Ao invés de ampliado e aperfeiçoado, ele foi friamente extinto.

A única explicação dada no período é que o governo iria combinar o fim do Bolsa Educação com o início do Bolsa Família do governo federal, sob o comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aécio, sabendo da determinação de Lula na criação do maior programa de transferência de renda do País, acabou com o “problema” deixado pelo governo anterior.

À época, parlamentares mineiros denunciaram a atitude do tucano, sem sucesso. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o deputado André Quintão (PT) disse que não conseguia acreditar que, àquela altura do campeonato, haveria cortes na área social, principalmente pela situação econômica e social da região. “Essas famílias não terão nenhuma outra renda. Queria acreditar que houve algum erro administrativo”, critica Quintão.

Fonte: http://www.ceilandiaemalerta.com.br/site2014/noticia/11193

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