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A imprensa e não só os jornalões, mas toda a grande mídia foi derrotada ontem com a vitória eleitoral do PT que resultou na reeleição da presidenta Dilma Rousseff, contra quem eles fizeram campanha, velada ou abertamente, o tempo todo.
Mais uma vez o Grupo Globo, rede de TV à frente, foi fragorosamente derrotado ao enquadrar seu noticiário e transformá-lo, seja pelo que veiculava, seja pelo que omitia, em campanha pró-candidatura conservadora do concorrente ao Planalto pelo PSDB-DEM, senador Aécio Neves. Se é que aquilo que o Grupo faz com aquele padrão Globo e tudo pasteurizado pode ser considerado notícia.
O jornal O Estado de S.Paulo, também, é outro grande derrotado. Se bem que o jornalão da Marginal Tietê teve o mérito de fazer aquele editorial de ontem – “O voto pela reconciliação nacional” – assumindo abertamente a defesa da candidatura Aécio, com nome, sobrenome e digitais. O que, aliás, o jornalão fez quase diariamente nas últimas semanas. E coisa que a Folha de S.Paulo e O Globo jamais fizeram assumidamente. O Estadão perdeu. Do mesmo jeito. E feio.
Mídia se repete e se excede em suas campanhas políticas e não tem senso de limites.
O fato é que eles, da mídia, não têm limites. Esticam a corda além do que pode e deve ser feito na luta política. Por isso até tentaram, mas não conseguiram emplacar como um baita escândalo e atentado à liberdade de imprensa, aquele ato de protesto de cerca 200 pessoas de várias organizações que na 6ª à noite jogaram lixo em frente ao prédio da Veja, a revista da Editora Abril que antecipou em dois dias a circulação de sua edição desta semana para ajudar a campanha do senador Aécio Neves.
Não têm limites, vão num crescendo, ultrapassam todo o bom senso, não medem as consequências e dá nisso. Não estamos absolutamente sugerindo aplausos, nem aplaudindo o protesto feito ás portas da revista – de resto condenado pelos presidentes Lula e Dilma. Já o candidato tucano derrotado, Aécio Neves e sua UDN travestida de PSDB, pela voz do próprio Aécio achou a manifestação um gravíssimo atentado à liberdade de imprensa e de expressão…
Pessoal, o país já viveu isso várias vezes em sua história e em 1954 foi um dos piores exemplos de períodos em que nossa mídia viveu seus dias de imprensa marrom. Naquele ano foram num crescendo, sem quaisquer limites, até que ultrapassaram toda e qualquer fronteira de oposição e da crítica.
O presidente da República contra o qual se insurgiam, Getúlio Vargas, se matou a Tribuna da Imprensa, jornal de seu maior inimigo, Carlos Lacerda foi empastelada, o povo tentou invadir a redação que a família Marinho tinha a época – era só O Globo, então – e essa gente nem podia sair à rua, sob o risco de ser linchada.
Veja em seu canto do cisne 48 h antes para ajudar candidatura da direita.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agiu de forma legal, constitucional e apropriada, portanto, quando determinou na noite da 6ª feira pp. à revista Veja que publicasse em seu site o direito de resposta reivindicado pelo PT a esse material da edição dessa semana em que a revista disse que os presidentes Lula e Dilma tinham conhecimento de irregularidades que teriam ocorrido na Petrobras.
A revista se fundamenta em pseudo confissão sob o sistema de delação premiada, do doleiro preso Alberto Yousseff, numa das situações mais surreais já vistas nos últimos tempos, já que assim que ela foi distribuída aos assinantes e às bancas, os advogados do preso vieram a público dizer que acompanham seus depoimentos diários e em nenhum momento o ouviram dizer isso.
O TSE concedeu liminar à ação impetrada pela campanha da presidenta Dilma obrigando a revista a publicar no site o direito de resposta ao PT em relação à reportagem. A campanha da presidente mostrou que Veja antecipou sua edição em dois dias com a “nítida intenção de tumultuar a lisura do pleito eleitoral do próximo domingo (26)”.
Bom que Veja seja condenado a publicar desmentido também na edição impressa.
Provou, ainda, que a revista postou no Facebook dela, com 5,4 milhões de seguidores, notícia com o título “Tudo o que você queria saber sobre o escândalo da Petrobras: Dilma e Lula sabiam” – propaganda, de resto, reproduzida na página oficial do PSDB, partido do adversário da presidenta na disputa ao Planalto, também na mesma rede social.
O mérito da questão ainda vai ser julgado esta semana. Será ótimo, legal e medida de justiça, que o Tribunal obrigue também a revista a publicar o direito de resposta também na edição impressa da revista, em igual tamanho e com o mesmo destaque, na próxima ou numa das próximas edições de Veja.
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Parabéns ao país e para a nossa militância. Vencemos graças a ela. Esta 4ª vitória nacional consecutiva do PT e da aliança que apoiou a presidenta Dilma Rousseff à reeleição não pode e não deve ser vista como divisão do pais ou um risco de radicalização de nossa vida política. Trata se de uma tentativa primária de deslegitimar a vitória do PT, um típico recurso dos derrotados. Com o agravante que uma vitória do candidato do PSDB-DEM, senador Aécio Neves (PSDB-MG) nas mesmas circunstâncias teria a mesma leitura já que seria por alguns milhões de votos de vantagem também.
O país não está dividido. Tem dois grandes partidos, PT e PSDB, que polarizam a vida política há 20 anos como em todas democracias. Basta ver os exemplos dos Estados Unidos (partidos Democrata e Republicano), Grã Bretanha (Conservador e Trabalhista), Alemanha (Partido Social Democrata-SPD e a União da Democrata Cristã (CDU), ou Espanha (PSOE e PP) e Portugal (PS e PSD).
Lá, em cada um desses países, para ficar nos mencionados, são projetos e programas que têm apoio de amplos setores e classes sociais no país com interesses contraditórios e às vezes antagônicos, que podem ou não se compor em determinadas circunstâncias (caso mais comum na Alemanha) e frente a desafios políticos sociais e econômicos, mas não são iguais e não defendem nem os mesmos interesses e nem os mesmos programas. E essa é a percepção que a própria sociedade e seu povo têm.
No Brasil o PSDB é um partido da elite, identificado por exemplo com o sistema bancário. Já o PT é um partidos dos pobres, dos trabalhadores, identificado desde sempre, desde o seu nascimento há mais de 30 anos, com o presidente Lula e sua história.
PSDB quer por fim à reeleição por puro oportunismo.
A radicalização da vida política do país nessa eleição se deve ao fato que uma vitória, como aconteceu, da presidenta Dilma abre a possibilidade real de o ex-presidente Lula ser eleito presidente em 2018 e reeleito em 2022. Daí a conversão oportunista do PSDB à proposta de por fim à reeleição por ele mesmo instituída no país sob graves suspeitas de compra de votos.
A tentativa de derrotar o PT e a presidenta Dilma a qualquer preço tem seu exemplo maior na revista Veja e no boato sobre um suposto e falso assassinato de um dos delatores da operação Lava Jato, Alberto Yousseff, uma tentativa desesperada e não inédita de interferência indevida e ilegal no processo eleitoral.
Dai o direito de resposta dado ao PT pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agravada depois com a 2ª tentativa de transformar um ato de protesto contra a revista (na 6ª à noite) – condenado pelos presidentes Dilma e Lula – em atentado à liberdade de expressão e de imprensa, na tentativa vã de atenuar o atentado à democracia e à própria liberdade de imprensa que a revista praticou e pratica.
O fato concreto é que praticamente toda a mídia apoiou Aécio e militou pela derrota do PT, dos presidentes Lula e Dilma. Alguns assumiram em editoriais – caso do Estadão, ontem e quase diariamente – outros não, criando um desequilíbrio na disputa apenas atenuado com o horário eleitoral e com nossa atuação nas redes.
Veja é que atentou contra a liberdade de expressão e de imprensa.
Não fosse o legado dos 8 anos do presidente Lula e a continuidade que a presidenta Dilma deu ao nosso projeto para o país com novas iniciativas como os programas Mais Médicos, PRONATEC e Minha Casa Minha Vida, o poder da mídia nos teria derrotado e entregue de bandeja o governo de volta aos tucanos.
Não fosse esse legado e sua continuidade, não fosse a presidenta Dilma e sua recusa a aceitar as receitas ortodoxas no interesse do capital financeiro, não fosse a proteção dada por ela ao emprego e ao salário, às conquistas trabalhistas e sociais dos trabalhadores e da classe média, e não fosse o engajamento de nossa militância e de milhões de brasileiros que vestiram e apoiaram a candidatura de Dilma, não teríamos vencido ontem.
Assim não se trata de unir o país ou evitar a polarização. A tarefa principal agora é viabilizar o diálogo nacional, como enfatizou nossa presidenta em seu discurso da vitória na noite de ontem, para buscar campos de consenso e acordo para realizar as mudanças e reformas que o país demanda, dentro do programa aprovado pela maioria dos brasileiros que a elegeram.
Uma tarefa que deve ser cumprida e que tem tudo para obter êxito, se a cumprimos emcima de uma agenda mínima e em meio a uma nova relação com os movimentos sociais, para não cairmos no erro de, novamente, abrir mão da mobilização popular como fator de governabilidade e de estabelecimento de um pacto com os agrupamentos à esquerda do PT.
Com esse discurso, oposição tenta deslegitimar vitória.
Só assim, e este é realmente o caminho para evitar que predomine o discurso da oposição, da deslegitimação da vitória da presidenta Dilma, ou da radicalização contra seu governo e se estará criando pontes e abrindo caminhos para, por exemplo, fazer as reformas política e a tributaria.
O problema não é, portanto, votar em Aécio ou Dilma, optar por um outro partido ou programa, o problema é não aceitar a derrota ou a vitória de um e outro. É problema é querer romper com as regras democráticas, sabotar o governo e paralisar o Congresso Nacional, buscando descaminhos para inviabilizar a gestão do país.
A saída é o governo e nós fazermos uma leitura correta do recado das urnas e buscarmos compor uma maioria no pais, na sociedade e no Congresso para fazer avançar as reformas e mudanças reclamadas pelo país.
Assintam o discurso aqui Reeleita, Dilma destaca união e reforma política em primeiro discurso
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Sendo milhões…
Poderíamos ter desistido quando éramos escravos.
Poderíamos ter desistido, também, quando éramos servos, quando éramos proletariado sem acesso aos direitos básicos, quando éramos estudantes em universidades sucateadas, quando não tínhamos o que comer.
Quando acordávamos e nossos salários não compravam cesta básica e a prestação de uma moto, quando não tínhamos sequer energia elétrica ou uma escola técnica para colocar nossos filhos.
Poderíamos ter desistido, sim, se fôssemos poucos.
Mas quando colocamos estrelas no peito, vestimos vermelho, empunhamos bandeiras, percebemos que na verdade somos milhões. E sendo milhões, e sendo tão fortes, tão esperançosos – não…não desistimos.
Sendo milhões não desistiríamos, não desistimos e não desistiremos.”
Recebemos e decidimos publicar o poema acima, de um amigo e companheiro de militância do ex-ministro José Dirceu, o potiguar Raoni Fernandes. Ele nos enviou seu poema ainda no sábado, véspera do 2º turno do pleito que confirmou a vitória do PT no fim de semana, com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
Publicamos porque ela, além de um reconhecimento do valor da resistência feito pelo Raoni, e de que resistir valeu a pena, sua mensagem funcionou, também, como previsão e um gesto agora comemorativo da vitória do Brasil e dos brasileiros, com a 4ª vitória consecutiva do PT numa eleição nacional.
Comemorativo de uma eleição que confirmou a permanência do partido à frente do poder por mais 4 anos, para liderar, comandar e conquistar as mudanças reivindicadas pelo país por mais 4 anos.
Perplexo com as declarações contra o nordeste e eleitores do PT que se espalharam nas redes sociais ontem, após a confirmação da vitória de Dilma Rouseff, o jovem historiados econômico Thomas Conti publicou em seu blog – que hoje (27) esta fora do ar devido ao grande número de acesso- um mapa do Brasil que está circulando no Facebook, Twitter e ganhando espaço nos mais diversos blogs e paginas de notícias.
O historiador comparou o mapa do Brasil, em escala binária, que as redes de televisão divulgaram ontem, separando o país em azul e vermelho, ao anunciar que o candidato que teve mais numero de votos em cada Estado, com um mapa mais completo de escala ponderada.
A escala ponderada foi usada por ele para mostrar unidade no país e ressaltar a ideia que em todas as unidades da federação tivemos eleitores que escolheram os dois candidatos.
O jovem contou, em entrevista ao portal Terra, que tem recebido milhares de mensagens de ódio e preconceito por eleitores enfurecidos,mas acredita na importância da divulgação de informações como esta. “É muito triste ver como tanta gente não perde a oportunidade de disseminar discursos de ódio. Embora alguns talvez não tenham salvação, pensei que muita gente poderia estar com conclusões erradas por desinformação. Tentei ajudar na campanha contra esse ódio aos nordestinos, que não tem sentido nenhum”, disse.
Confiram a entrevista em Cenário eleitoral: “NE não tem ‘culpa’”, diz especialista
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TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Toda a grande mídia foi derrotada com a vitória do PT.
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