Muito importante o gesto celebrado nesta 5ª feira (ontem) no Palácio do Planalto, da presidenta Dilma assinando convênio com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pelo qual ela autorizou repasse de R$ 3,24 bi para o Estado realizar obras de mobilidade urbana e para a superação da crise de falta de água – independente, como deve ser, do fato de ela ser do PT e Alckmin do PSDB.
Desse total, R$ 2,6 bi serão utilizados para viabilizar a construção do sistema produtor São Lourenço – tido pelo governo paulista como essencial para combater a crise hídrica no Estado – e o restante destinado a projetos de mobilidade urbana. A conclusão da obra do São Lourenço está prevista para o início de 2018, mas pode estar em funcionamento antes.
No mesmo ato no Planalto, o governo federal repassou R$ 500 milhões em recursos do orçamento para a obra de extensão da linha 9 da Companhia Paulista de Trens metropolitanos (CPTM) – de 4,4 km entre a estação Grajaú até Varginha, na Zona Sul de São Paulo – orçada em R$ 633,6 milhões. O restante do valor será custeado pelas empreiteiras. A obra faz parte do programa Pacto da Mobilidade Urbana, anunciado pelo governo federal em 2013.
Diferenças políticas deixadas de lado em nome da boa administração.
Adversário político da presidenta, Alckmin agradeceu a concessão dos financiamento durante o seu discurso. “Temos aqui um excelente exemplo entre o governo federal e o estadual. Quero destacar os valores e princípios que devem nortear a política. [...] Tenho certeza que esse bom trabalho vai continuar. Quero aqui reconhecer e agradecer a presidente”, disse.
Sem citar partidos ou políticos, a presidenta por sua vez respondeu que o acirramento de ânimos do período eleitoral é compreensível mas que, passadas as eleições, os partidos precisam se unir em torno dos projetos para o país. A presidente destacou que pretende continuar as parcerias com o governador tucano nos próximos quatro anos.
“É fato que durante a campanha é natural divergir, é natural criticar, é natural disputar. E mesmo em alguns momentos é, diríamos assim, compreensível que as temperaturas se elevem. Mas no entanto, depois de eleito, nós temos de respeitar as escolhas legítimas da população brasileira. (…). É algo extremamente necessário, essas relações republicanas e parceiras. Nós estamos fazendo isso aqui hoje, considerando que, de fato, não é possível o Brasil ter uma situação ameaçando a capital do maior Estado do país e a maior cidade da América Latina”, afirmou.
É inequívoca a importância desse gesto protagonizado pela presidenta e pelo governador paulista. Ele simplesmente se contrapõe à oposição radical e raivosa do candidato tucano derrotado ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB-SP) que se comportou no Congresso Nacional como chefe da tropa de choque dos golpistas como bem denuncia a deputada Jandira Feghalli (PC do B-RJ) em memorável discurso na tribuna da Câmara.
Assistam o discurso da a deputada Jandira Feghalli (PC do B-RJ):
Deputada Jandira Feghali vai ao senado e dá um "Knock-out" em Aécio Neves.
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Sem a política no comando não haverá saída para o país.
É inacreditável! Não há nada nos jornais ´hoje sobre o aumento em 0,50 dos juros decretado pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) nesta semana, na noite da 4ª feira. A Folha de S.Paulo tem o desplante de falar da decepção do mercado com a decisão do BC que agiu “com parcimônia” dá a entender o jornalão… acreditem se quiser.
Querem juros mais altos para manter o câmbio baixo e a inflação sob controle. Dane-se a economia real e a vida do povo. Essa é a conclusão a que chegamos. Francamente…estamos no pior dos mundos…
Ao invés de escandalizarem-se com mais essa elevação dos juros, exploram a projeção de crescimento para ano que vem, de 0,8% do PIB e do superávit com mais divida pública bruta. Ora, o governo apenas previu o óbvio: a economia crescerá menos de 1% e o esforço fiscal será de 1,2% buscando manter a dívida publica no mesmo patamar.
Aumentos dos juros e esforço fiscal não reduzem inflação.
O fato é que tanto esse aumento dos juros quanto o esforço fiscal, de per si não reduzem a inflação. A redução desta depende de fatores externos e internos fora do controle do BC e das políticas monetária e fiscal. A diminuição da inflação depende dos preços administrados, dos preços dos alimentos e dos serviços, que dependem das políticas públicas e dos investimentos, de comércio exterior e do crescimento da economia mundial.
Internamente precisamos de uma reforma tributária e de financiar o crescimento do mercado seja pelos bancos públicos, seja por empréstimos externos mais investimentos externos diretos (IED). Precisamos reduzir custos financeiros e tributários, logísticos e burocráticos, administrativos e ambientais e precisamos avançar na educação e na inovação. Necessitamos, e muito, de planejamento e capacidade de direção e execução no governo, maioria parlamentar e governabilidade.
O país não tem muita margem de manobra interna ou externa. A situação mundial não tende a melhorar, então precisa se apoiar no que tem: no mercado interno; na continuidade da distribuição da renda e da riqueza; nas concessões na infraestrutura; na energia e no pré-sal; e na integração sul-americana, que precisa sair do papel e virar política de Estado.
Precisamos de uma repactuação entre trabalhadores, empresários e governo.
Por fim, precisamos de uma repactuação produtivista e desenvolvimentista, entre trabalhadores, empresários e governo para negociar as reformas – inclusive a política. De uma repactuação para a manutenção do emprego e da renda do trabalho durante esse período de ajuste da economia.
Sem a política no comando não haverá saída para o pais. Ministros e economistas. burocratas e tecnocratas, por mais que necessários, não constroem nações e não salvam povos e países em momentos de crise. A hora é da política, dos políticos, dos partidos, da participação da sociedade, da mobilização e do debate e do embate públicos.
Precisamos disso, de assumir nosso papel e dirigir o pais conforme o mandato que o povo, pela 4ª vez – um fato inédito no mundo – deu ao PT e a presidenta Dilma e a seus aliados no Parlamento. Precisamos tomar nosso papel nas mãos principalmente na sociedade, que precisa ser mobilizada para a retomada do crescimento e do desenvolvimento nacional.
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*** *** Mídia nunca deu devido destaque ao escândalo do cartel tucano.
Depois de um longo tempo, o inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) sobre o esquema de corrupção no Metro e Trens de São Paulo, finalmente, foi enviado à Justiça Federal. Uma verdadeira saga desde que surgiram as primeiras denúncias e que a Justiça da Suíça pediu a cooperação das autoridades brasileiras para a investigação conduzida por ela.
A Justiça suíça apurava o pagamento de propina pela Alstom a políticos e autoridades, entre as quais integrantes do PSDB de São Paulo que, em troca, entraram em conluio e fizeram vistas grossas à ação do cartel que operou durante 10 anos (de 1998 a 2008), em três governos tucanos no Estado – de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. O pedido da Suíça foi feito ao procurador Rodrigo de Grandis que o “esqueceu’ por três anos em uma gaveta e só se lembrou dele quando os suíços denunciaram que estavam arquivando as investigações por falta de colaboração.
No inquérito concluído e enviado esta semana à justiça, a PF indiciou 33 pessoas de diversas empresas integrantes do cartel por fraudes em licitações do metrô e da CPTM em São Paulo. Um inquérito que, apesar de envolver grandes nomes do tucanato, sempre foi divulgado na miúda pela nossa imprensa. Nunca, jamais, o escândalo, dadas as suas proporções, obteve os devidos espaço e destaque na mídia brasileira.
“Houve um esquema profissional montado por essas empresas para roubar dinheiro público pela formação de cartel e fraude à licitação”, chegou a declarar o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Delitos Econômicos (GEDEC), ao estimar o prejuízo de R$ 834 milhões aos cofres públicos com este esquema.
Pedido é engavetado, nomes são retirados do processo pela justiça, mídia esconde…
Tampouco despertou o interesse da nossa mídia o fato desse escândalo ter envolvido três governos tucanos: os de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, ao longo de uma década, entre 1998 e 2008! O que vimos e continuamos a ver foi uma cobertura simplesmente parcial e comprometida da mídia, além da lentidão das investigações.
Apenas em março deste ano, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) denunciou 30 executivos de 12 empresas acusados de fraudes em 11 contratos de licitações do Metrô de São Paulo e da CPTM. A Siemens Brasil, em troca de imunidade administrativa, relatou em denúncia ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a festa das empresas em conluio com os servidores do Estado, na formação de cartel, combinando e aumento os preços na construção, manutenção e compra dos equipamentos dos trens e metrô na capital paulista.
Aliás, lentidão a qual se soma do desaparecimento daquela comissão criada por Alckmin. Alguém aí se lembra dela? Pois é, no auge do escândalo e quando mais foi cobrado, Alckmin criou uma comissão para acompanhar o caso, da qual nunca mais se ouviu falar, ninguém sabe dela, ninguém viu…
Cobertura seletiva.
O fato é que só agora o inquérito é entregue à Justiça Federal. E a mídia nada comenta, por exemplo, sobre a ausência neste inquérito dos responsáveis nos governos tucanos pelo esquema. Nem sobre o arquivamento de denúncias contra políticos do do governo paulista pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Numa sessão do STF em que a questão do arquivamento ou prosseguimento do processo estava empatada por 2 a 2, o ministro Luís Fux pediu vistas, jogou o julgamento para as calendas e assim, do governo de São Paulo só restam no caso o deputado José Aníbal (PSDB-SP) e o deputado Rodrigo Garcia (DEM-SP). Outros ex-integrantes de governos tucanos paulistas, como o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP) e os deputados Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP) foram retirados do processo pelo Procurador-Geral da República ou pelo STF.
Durante esses anos todos, a mídia nunca deu ao escândalo e a seus autores e suspeitos e/ou acusados o destaque merecido. Entre os 33 indiciados pela PF constam doleiros, empresários e executivos de multinacionais, servidores públicos e ex-diretores de empresas estatais dos governos tucanos acusados de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Agora, a investigação está sob responsabilidade da Justiça Federal em São Paulo. Vamos acompanhar.
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TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
sábado, 6 de dezembro de 2014
Dilma, do PT, repassa a Alckmin, do PSDB, R$ 3,24 bi para viabilizar obras no Estado.
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