sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Um dia histórico para todos os que lutaram pela libertação de Cuba.


Para todos os cidadãos do mundo, bem intencionados e de boa vontade como o ex-ministro José Dirceu, que dedicaram boa parte da vida à luta e à defesa do fim bloqueio – que ainda persistirá até o Congresso americano o revogar – e pela integração total de Cuba à comunidade internacional de nações, o 17 de dezembro passa a ser um dia especial em suas vidas.
Os Estados Unidos e Cuba reataram relações diplomáticas ontem. Os dois países trocaram prisioneiros e, assim, estão livres os três últimos, dos cinco heróis cubanos presos injustamente em Miami e nunca abandonados por seus patrícios cubanos. Nunca abandonados por seu governo, por Dirceu, por todos nós e pelos cidadãos do mundo que nos engajávamos nessa luta pela libertação deles. Deles e de Cuba.
Então, toda a luta desses anos todos para denunciar na ONU o caráter criminoso e ilegal do bloqueio norte-americano, por fim pode ser vitoriosa. Afinal, ali nas Nações Unidas, há anos apenas Israel e duas nações-ilha apoiavam a continuidade desse bloqueio americano que foi um dos mais cruéis e desumanos da história mundial.
Para os governos Lula e Dilma, mais do que uma vitória política.
Para o Brasil,para os governos Lula e Dilma e para o PT que sempre foi solidário com Cuba na luta contra todas tentativas de isolá-la e de bloquear sua economia, mais do que uma vitória política,  o reatamento de relações diplomáticas Cuba-EUA é uma grande vitória de nossa diplomacia e política externa e de comércio exterior.
Criticados todos esses anos pela mídia – com as Organizações Globo à frente -, agora se comprova correta nossa política de expandir e financiar o comércio e os investimentos em Cuba e nas Américas Latina e Central. Evidencia-se correto, particularmente, o financiamento do Porto de Mariel, que de forma ridícula e primária era criticado pelos tucanos – e aí, sempre e de novo com ampla cobertura da mídia.
Mariel e um porto de águas profundas, o único da região do Caribe que nos possibilita exportar e financiar serviços e, de forma moderna fazer comércio, exportar capitais, tecnologia e serviços. O que necessitamos e muito. Para isso precisamos urgentemente de um banco de exportação e importação e de uma política de comércio exterior com instrumentos institucionais adequados para o mundo de hoje.
Para Dirceu, certeza da justa luta que travou com companheiros e companheiras.
O caso cubano ilustra, portanto, e é um exemplo típico do atraso de nossos adversários políticos e de sua posição retrógrada e reacionária em matéria de comércio exterior. Todas as grandes economias buscam desesperadamente financiar suas exportações e ganhar mercados. Assim, os presidentes Lula e Dilma hoje podem e devem comemorar essa vitória de todos os amigos de Cuba.
O ex-ministro José Dirceu especialmente, tem todos os motivos para comemorar. Ele, que recebeu toda a solidariedade e o carinho do povo de Cuba nos anos em que viveu naquele pais e lutava contra a ditadura militar que o baniu e o obrigou ao exílio lá, comemora esse fato histórico hoje com o pensamento voltado para os companheiros e companheiras que consigo foram acolhidos por Cuba.
Permitindo-se um momento de melancolia – o que é raro da parte de Dirceu – ele reporta sua memória especialmente a aqueles que hoje não estão mais com ele porque foram assassinados pela ditadura militar brasileira. E o faz na certeza, cada vez maior, da justeza da luta que travaram, ele e aqueles companheiros e companheiras pela liberdade e a democracia no Brasil.
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CESSAR FOGO DECRETADO PELAS FARC, UM PRIMEIRO REFLEXO DO REATAMENTO CUBA-EUA.
A importância do restabelecimento, ontem, das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos depois de 53 anos, fica patente não apenas na repercussão internacional e pelo fato histórico em si – que contou com a participação ativa do Papa Francisco – mas pela sua primeira consequência, a suspensão unilateral de toda e qualquer atividade militar pelas FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
As FARC decretaram um cessar fogo unilateral e por tempo indeterminado. A Colômbia, como já sabemos e temos destacado com frequência aqui no nosso blog, caminha para se tornar a terceira maior economia da América Latina. Já é e será cada vez mais um parceiro especial e estratégico do Brasil.
Junto com o Peru e a Venezuela ela soma 100 milhões de habitantes e é o 2º PIB da região, o que apenas comprova o acerto de nossa política externa priorizando nossas relações externas com a América do Sul, criando a UNASUL – União das Nações da América do Sul e expandindo o MERCOSUL com a entrada da Venezuela.
Além de priorizar, também, o estreitamento e ampliação das nossas relações com todos os países do nosso continente – agora com a Aliança do Pacifico. Assim, e ao contrário, também,  do que afirmam nossa mídia e oposição, no mundo de hoje nossas prioridades devem ser mesmo a América do Sul e a África para exportar o que conta no comércio internacional de hoje para além de alimentos, matérias primas e manufaturados, que é capital, tecnologia e serviços.
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