Louva cavalgada.
Marta Suplicy descobriu, na fase final de sua já longa vida política, como merecer os holofotes da mídia.
Basta falar mal do PT.
Antes dela, jornalistas conseguiram colunas em doses copiosas com a mesma estratégia.
Você é um jovem jornalista e quer fazer carreira nas grandes empresas de mídia, ou no que restar delas nesta Era Digital: bata no PT. Suas chances serão altas.
O artigo da Folha em que Marta bate em Dilma e no PT é um dos destaques de todos os sites das empresas de jornalismo. Parece que ela juntou palavras de Sheherazade, reagrupou e mandou para a Barão de Limeira.
Mas o que quer Marta? Ser heroína da mídia ou se eleger para alguma coisa relevante no futuro próximo?
Porque, e este é um ponto vital na discussão, ninguém pode ter tudo. Nas últimas eleições presidenciais, Serra, Alckmin e agora Aécio foram amplamente apoiados pela imprensa.
E deu no que deu: ilusões, expectativas elevadas e afinal lágrimas, ressentimentos, fracasso.
No caso de Marta, a questão é ainda mais complicada.
Com sua louca cavalgada, ela vai se tornando um nome abominado para os petistas, dos quais sempre extraiu os votos que a levaram a posições de destaque como a prefeitura de São Paulo e o Senado.
É presumível que neste contingente de eleitores, os petistas, Marta valga muito menos hoje do que valeu ontem, e valerá amanhã ainda menos do que hoje.
Onde buscar os votos perdidos?
Num eleitorado jovem, cansado da política como ela é, esqueça. Para esse público, Marta é um anacronismo. Eles querem coisa nova, como o Syriza da Grécia ou o Podemos da Espanha.
Sobra o voto conservador. Para simplificar, dos leitores da Veja e assemelhados.
Imaginar que eles serão capazes de votar em alguém com a trajetória de Marta é o triunfo da esperança.
Para este tipo de eleitor, haver passado pelo PT é o suficiente para qualquer político ser amaldiçoado para sempre.
Então, não é por ali que Marta vai compensar os votos perdidos.
Onde então?
A resposta mais realista é: em nenhum lugar.
Não vai demorar, Marta se dará conta de que em sua ofensiva anti-PT ela queimou os únicos votos que poderia ter.
Se tudo que ela deseja é vingança, tudo bem. Seus insultos obterão, sempre, extrema repercussão.
Mas se ela pretende, em algum momento, voto, aí é diferente.
Seu grande aliado de agora, a imprensa, quer de Marta uma coisa específica: ataques contra o PT.
Marta serve para isso e apenas para isso.
Tem sido sempre assim. Repare: renomados juristas que em determinado instante começaram a questionar o Mensalão, por exemplo, sumiram da mídia.
Marta está sendo usada pela imprensa, com certeza. E imagina que, em troca, também a está usando.
É certo se o objetivo é a vendeta.
E é um erro de vista espetacular se o objetivo é ganhar algum tipo de eleição que tenha qualquer importância.
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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/marta-descobriu-qu…/
*** *** *** O EXCESSO DE ZELO DO PREFEITO DE NOVA YORK E O EXCESSO DE INOPERÂNCIA DE ALCKMIN.
Bill de Blasio, prefeito de Nova York, foi criticado por excesso de zelo. Antecipando nesta semana uma nevasca devastadora que acabou não acontecendo, ele interditou vários serviços da cidade.
Escolas foram fechadas, não era permitido dirigir em determinados horários, a balsa de Staten Island parou. A meteorologia errou, o pior não aconteceu e de Blasio teve de se explicar. “Nós pensamos que pegaríamos algo muito maior”, disse para a CNN.
A mudança de direção da tempestade, afirmou, livrou Nova York e outros lugares de alguns dias difíceis. “Mas nós tínhamos de nos preparar”, declarou. “Better safe than sorry” (numa tradução meia boca, “antes prevenir do que remediar”).
De Blasio foi cobrado sobre o quanto um estado de alerta custaria aos cidadãos. “Não é possível colocar um preço. Você precisa fornecer segurança às pessoas”.
Sua atitude foi reflexo de um susto anterior. No ano passado, pouco depois de assumir, ele não mandou que as escolas parassem durante uma nevasca. Desta vez, foi precavido. Os novaiorquinos contaram com a autoridade competente pensando neles.
São Paulo se prepara para um rodízio de água sem precedentes. Serão cinco dias sem para dois dias com algo saindo das torneiras. Os avisos de que a situação no Sistema Cantareira era catastrófica vinham desde pelo menos 2004, quando o mesmo Alckmin era governador.
Ao longo dos últimos anos, a coisa apenas se agravou. No final de 2012, a cúpula da Sabesp foi à Nova York de Bill de Blasio fazer uma festinha para seus acionistas.
Ao longo de toda a campanha para o governo, Alckmin e a direção da Sabesp mentiram de maneira criminosa para a população. Não houve campanha de conscientização, não houve admissão de que talvez houvesse uma crise de abastecimento. Não houve cobrança da imprensa oficial.
As cenas apocalípticas estão apenas no início. Já temos gente pegando água da sarjeta na rua Augusta. Montado em sua inoperância e incompetência, Alckmin não disse nada. Poderia começar com um pedido de desculpas. Ao invés disso, estava na companhia de FHC, Aécio e o panaca útil João Dória Jr. num encontro do PSDB deflagrando uma operação “para conter os dissidentes e assegurar a manutenção da candidatura do pessebista e o bloco que hoje o sustenta”, segundo a Folha.
Ontem, Bill de Blasio leu para repórteres um artigo do site humorístico de notícias falsas The Onion. O texto incluía citações falsas dele, avisando que o gelo furioso “não conhece piedade nem razão, e todos dentro dos cinco bairros perecerão, encolhidos em suas habitações frágeis”.
A maior piada em São Paulo é o próprio governador e ela não tem graça.
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*** *** A ABSURDA INVASÃO DO METRÔ PELA PM NO ÚLTIMO ATO DO PASSE LIVRE, SEGUNDO NOSSO ENVIADO.
Um protesto só acaba quando termina. Após mais uma manifestação com “início, meio e fim” (apenas a segunda entre as cinco promovidas pelo Movimento Passe Livre deste ano), o 5º ato contra a tarifa que havia iniciado no Largo da Batata e depois de passar por vias importantes, retornou ao mesmo local para o último jogral.
O MPL tem comemorado atos que chegam ao seu fim sem sofrer interferências. “Pra gente é muito importante o ato começar e terminar do jeito que a gente planejou, da maneira como a gente pretendia e não na porta da delegacia, ou apanhando e levando bombas de gás”, afirmou Lucas Legume, representante do movimento.
Tudo parecia ter transcorrido bem (ainda que tenham ocorrido alguns momentos tensos como quando a polícia fechou a Marginal Pinheiros e obrigou a manifestação a percorrer um longo trecho em uma rua totalmente às escuras) e o ato foi concluído. Só que não.
Dado o encerramento, alguns manifestantes se encaminharam para a estação Faria Lima na linha 4-amarela do metrô e uma tentativa de “catracaço” terminou em confusão.
Seguranças do metrô impediram a passagem e um pequeno grupo decidiu ocupar a estação. Como os manifestantes não arredavam pé, o responsável pela estação pediu e a tropa de choque entrou em ação.
Bombas de gás foram lançadas dentro da estação e fizeram muitas pessoas passarem mal, inclusive policiais (um deles precisou ser socorrido). A fumaça chegou às plataformas e provocou pânico entre os usuários. De quem parte a ideia de uma ação como essas só deus sabe. Questionados, os comandantes dessas operações sempre escapam pela tangente.
Ao final, duas pessoas detidas e centenas chorando, tossindo, vomitando. O ato havia tido início, meio e fim mas, nos acréscimos, não contava com a astúcia da PM.
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TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Marta descobriu que para virar diva da mídia basta bater no PT.
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