domingo, 15 de fevereiro de 2015

“Isso é discriminação pura”: Eduardo Cunha inaugurou o coitadismo evangélico.

Ele


Eduardo Cunha inaugurou a onda do coitadismo evangélico.
O presidente da Câmara enfiou a mão em sua cartola para ressuscitar iniciativas caras à bancada religiosa, mas vê — ou diz que vê — discriminação na maneira como isso é noticiado.
Cunha desarquivou um projeto em defesa da heterossexualidade, que embute uma palhaçada chamada Dia do Orgulho Hetero, e autorizou uma comissão para discutir um “Estatuto da Família” — que defende que a célula familiar é formada apenas por homem e mulher e pode resultar no veto à adoção de crianças por casais gays.
O velho e mau Marco Feliciano trouxe de volta de seu mundo escuro uma proposta para tornar obrigatório o ensino do criacionismo na educação básica. Feliciano e colegas acham fundamental que crianças sejam expostas a uma picaretagem.
O grupo dos evangélicos tem 80 dos 513 deputados. Virtualmente todos os candidatos à presidência e aos governos pagaram pedágio nas igrejas. O Brasil teve, pela primeira vez, uma candidata crente, Marina Silva, assembleísta com muito orgulho, com muito amor.
No entanto, Cunha quer que se acredite numa perseguição. “É muito estranho só falarem da recriação das comissões pedidas por deputados evangélicos. Já é absurdo carimbarem quando é deputado evangélico”, escreveu no Twitter.
“Ninguém fala deputado católico, espírita etc. Mas fala sempre evangélico quando ele é evangélico. Isso é discriminação pura e agride a laicidade do Estado”.
É uma inversão extraordinária. O mimimi esconde o contrário: a ofensiva de Eduardo Cunha e seus pares justamente contra a laicidade.
Não se fala em parlamentar católico, judeu, ateu, umbandista ou espírita simplesmente porque não existe uma bancada organizada para eles e, mais do que isso, uma agenda específica.
Os fundamentalistas deveriam parar de subverter a liberdade religiosa alheia e cessar seus esforços para utilizar o poder no sentido de impor seus dogmas. A conversa de martirização não é apoiada pelos fatos.
Se alguém prega intolerância e preconceito, é natural que sofra alguma rejeição ou, no mínimo, receio por parte de quem não professa a mesma fé ou tem um pouco de juízo. A vontade de levar o Brasil à Idade Média tem a assinatura dos evangélicos e isso precisa ser dito de maneira clara. Isso não é discriminação, mas chamar as coisas pelo nome que elas têm.
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COMO FAZER A ESCOLHA CERTA PARA O SUPREMO.

Roosevelt teve problemas sérios com a Suprema Corte
Roosevelt teve problemas sérios com a Suprema Corte.
Dilma está prestes a indicar um novo ministro do STF.
Uma história exemplar, neste capítulo, foi protagonizada pelo presidente americano Franklin Delano Roosevelt.
Roosevelt se reelegera espetacularmente em 1936, mas ele tinha um problema à vista. A Suprema Corte era conservadora, reacionária, e ele sabia que era grande o risco de a Justiça anular medidas fundamentais de seu New Deal – um conjunto inédito de medidas de proteção aos trabalhadores americanos.
Eram – são ainda – nove os integrantes da Suprema Corte. Cinco simpatizavam com as causas de liberalismo econômico dos republicanos.
Roosevelt, democrata com forte visão social, decidiu que tinha que agir.
Ele encaminhou uma proposta ao Congresso que lhe permitiria nomear um juiz a cada integrante da Suprema Corte que tivesse mais que 70 anos. Era, e é, um cargo vitalício.
Roosevelt embalou sua tentativa de controlar a Suprema Corte com argumentos etários. “Em casos excepcionais”, alegou, “alguns juízes mantinham vigor físico e mental em idade avançada. Mas aqueles não tão afortunados eram frequentemente incapazes de reconhecer as próprias limitações.”
Sangue novo nos tribunais iria revitalizar a Justiça, afirmou.
O assunto fascinou os americanos. Durante meses jornais, revistas e rádios discutiram obsessivamente o gesto de Roosevelt.
Adversários chegaram a compará-lo a Hitler. Alguns lembraram que Goete completou Fausto aos 80 anos e Ticiano pintou sua clássica Batalha de Lepanto aos 98.
A revista Time previu uma vitória tranquila de Roosevelt no Congresso, mas afinal ele foi derrotado.
O que os congressistas não deram a Roosevelt os eleitores, afinal, deram. Ao longo de sua longa presidência – três mandatos consecutivos mais fragmentos de um quarto interrompido pela morte, em 1945 – ele nomeou juízes que lhe deram maioria confortável na Suprema Corte.
Este é um ponto importante: nos Estados Unidos, o presidente nomeia juízes que compartilham das ideias essenciais do seu partido.
Ninguém fala em aparelhamento ou coisa do gênero. É a recompensa pelo triunfo nas urnas.
No Brasil, ninguém nunca falou em aparelhamento. FHC nomeou, por exemplo, Gilmar Mendes, e não houve questionamento nenhum.
As acusações de aparelhamento vieram apenas quando o PT chegou ao poder.
Lula indicou para o STF Eros Grau, que há poucos meses deu uma entrevista na qual dizia que sua militância no PSDB era amplamente conhecida.
Nomeou, também, Joaquim Barbosa, que deu no que deu.
A falta de sentido neste tipo de atitude se revelaria espetacularmente no Mensalão, quando a maioria dos juízes se comportou como oposicionistas.
Eram o equivalente aos juízes que Roosevelt abominava. (Quatro deles eram conhecidos como os Cavaleiros do Apocalipse.)
Escolher alguém que simpatize com Aécio significa, por exemplo, que se uma emenda sobre um tema como financiamento privado de campanhas chegar ao STF você pode contar com um voto contra.
Basta ver o pedido interminável de vista de Gilmar num projeto que prevê exatamente o fim do financiamento privado.
É jogo sujo falar em aparelhamento, em bolivarianismo e coisas do gênero.
É um disparate um presidente indicar um ministro do STF que não tenha a mesma visão de mundo que ele.
Dilma tem que ter isso bem claro na hora de nomear o substituto de Joaquim Barbosa – uma figura de triste memória na vida jurídica e política nacional.
Ela na verdade tem bons antecedentes – Barroso e Teori foram contrapontos vitais ao reacionarismo de tantos juízes do STF.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/


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DEPUTADO FELIPE FRANCISCHINI, DO PARANÁ, CHAMA PROFESSORES DE ¨FILHOS DA PUTA¨


Deputado Felipe Francischini xinga professores.
Filho do Secretário de Segurança Pública do Paraná Fernando Francischini, xinga professores de vagabundos e filhos da P... após invasão da Assembléia Legislativa do Paraná.

Nota Oficial - PT-PR irá processar Felipe Francischini - 

O presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná, deputado federal Enio Verri, informa que o partido irá tomar todas as medidas judiciais cabíveis contra o deputado estadual Felipe Francischini (SD). Em vídeo que circula nas redes sociais, Francischini afirma que os professores da rede estadual que protestavam na Assembleia Legislativa (Alep) contra o pacote de maldades do governo Beto Richa (PSDB) são "um bando de burros" e "petistas filhos da puta".

Curitiba, 13 de fevereiro de 2015.

Partido dos Trabalhadores do Paraná
Deputado federal Enio Verri - Presidente - 

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