quarta-feira, 11 de março de 2015

Olhe pelo Fies, presidente Dilma. Barbeiragens do MEC vão afundá-la.

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Recebo, pelo Facebook, mensagem angustiada de uma jovem leitora que descobriu o Blog da Cidadania no ano passado, durante o processo eleitoral. A leitura desta página a fez votar em Dilma com medo de perder o financiamento estudantil que conseguiu em 2014 e que permitiu que se tornasse a primeira pessoa de sua família a cursar uma faculdade, segundo relata.
A angústia da jovem leitora se deve a e-mail que recebeu da Universidade paulistana FMU. Confira, abaixo, a “bomba” que caiu na vida da moça, que estava exultante com a chance que o governo Dilma lhe dera ao permitir que integrasse o contingente de jovens sem recursos que encontraram nos governos do PT a chance de terem uma vida melhor do que a de seus pais.
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Como se vê, a instituição de ensino acusa o governo federal pelo inferno que esses jovens humildes estão vivendo para continuarem seus estudos.
Se fosse outra pessoa que relatasse o problema, eu poderia ficar desconfiado de que a instituição de ensino estaria agindo politicamente contra o governo Dilma, mas venho trocando mensagens com essa moça há muito tempo e sei que não só votou na reeleição da presidente, mas, também, fez campanha para ela.
Fui apurar a reclamação da moça e descobri que, em tese, ela deveria conseguir fazer o “aditamento” (confirmação de que permanecerá no curso que iniciou em 2014). Porém, o que o governo diz não é bem assim.
Os beneficiários do Fies estão vivendo um inferno. Os estudantes precisam revalidar seus cursos no site do MEC, mas este não funciona há, pelo menos, uns dois meses. Além disso, o governo federal impôs limites não aos novos beneficiários, mas aos antigos.
Além disso tudo, o MEC não dá informações. O site que poderia informar é confuso e muitos estudantes não conseguem entender as regras. E, como se fosse pouco, o governo impôs um limite de financiamento. Instituições de ensino que aumentaram as mensalidades em 2015 acima de teto determinado pelo MEC não terão financiamento para seus cursos.
Fazendo uma pesquisa na internet, encontrei reportagem recentíssima da Folha de São Paulo que bate com a apuração que fiz do problema. Inclusive, ironicamente versa sobre a mesma faculdade que a leitora supracitada cursa.
Confira, abaixo, a reportagem.
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Todos sabem que o Blog da Cidadania apoia o governo Dilma e tem defendido, inclusive, o ajuste fiscal. É doloroso, mas é inevitável. O que a presidente Dilma disse no pronunciamento de domingo sobre o prolongamento da crise ter obrigado o governo a manter políticas anticíclicas como desoneração de impostos por tempo demais, deteriorando as contas públicas, foi dito nesta página inúmeras vezes.
Contudo, não dá para virar as costas para os fatos. O que o governo federal está fazendo no Fies, por exemplo, é uma espécie de haraquiri político.
Não estamos falando de “coxinhas”, de filhinhos de papai, mas de jovens pobres que estavam maravilhados com a possibilidade de cursarem uma faculdade e que, de repente, estão vendo seus sonhos naufragarem.
Até reconheço que, no âmbito do esforço fiscal, concessão de novas bolsas do Fies poderiam ter que sofrer restrições, mas quem já está cursando faculdade de repente ser deixado ao relento dessa forma, é impossível aceitar.
Reconheço todos os méritos do governo Dilma, continuo apoiando, mas faço, aqui, um apelo à presidente para que se inteire do nível de incompetência que esse setor do seu governo está apresentando.
Esses jovens estão desesperados e posso garantir que grande parte deles via no governo Dilma uma benção para suas vidas. Agora, estão considerando esse governo uma maldição. Sonhos estão sendo interrompidos. A jovem leitora relatou vários casos de amigos que deixaram aos prantos a universidade em que ela estuda após saberem que não iriam poder mais estudar.
E o pior é que parte desse drama está ocorrendo à toa, porque muitas vezes, como revela a matéria da Folha, tudo se deve à desorganização, à incompetência que fica difícil negar que está grassando no Ministério da Educação e Cultura.
Atenção, presidente Dilma. Esse tipo de situação que relatei acima está criando um ódio pela sua administração que será difícil de dissipar mesmo com a reversão futura de medidas duras de ajuste. Quem bate, esquece. Quem apanha, não esquece.
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EMPRESÁRIOS CUSTEIAM VAIAS A DILMA E PRESSIONAM FUNCIONÁRIOS A ADERIR.

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A campanha empreendida contra Dilma Rousseff está custando fortunas. Essa grana toda está sendo gasta em sofisticadas peças de áudio, vídeo e imagem, espalhadas aos milhares diária e incessantemente na internet, e na logística para o ato do próximo dia 15. As vaias que a presidente recebeu em São Paulo nesta terça-feira dão uma pista sobre quem paga.
Um leitor do Piauí, por exemplo, enviou ao Blog imagens dos kits anti Dilma que estão chegando ao seu Estado aos milhares, via correio, vindos de São Paulo – o que não chega a surpreender.
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Note o leitor que panfletos, adesivos para carro, camisetas, bonés etc. chegam até os mais distantes pontos do país. Há o custo de produção dos kits, o custo do frete, o custo com distribuição local etc.
Tudo isso – e muito mais – custa dinheiro.
A orquestração via Whats Appp ou Facebook também custa dinheiro. Aliás, no FB textos, vídeos, posts e memes contra a presidente são “patrocinados”, ou seja, quem os produz paga àquela rede social para “promovê-los”.
Aquelas páginas de revoltados com a vida e com Dilma, em vez de oferecer tratamento psicológico para seus frequentadores, gasta fortunas com promoção de suas postagens.
Para quem não conhece, veja, abaixo, como se consegue milhares de curtidas no FB.
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Aliás, nada contra “patrocinar” conteúdo jornalístico para que seja mais lido. Muitos fazem isso, à direita e à esquerda. A maioria dos sites jornalísticos recorre a esse investimento. O problema é quem paga por isso, porque é bastante caro.
Recentemente, uma amiga cineasta me disse que a promoção de postagem que fez no FB de seu trabalho lhe custou mais de 500 reais. Agora veja quantas postagens patrocinadas têm essas páginas de “revoltados” por dia e faça a conta de quanto gastam em um mês.
De onde vem esse dinheiro? Estamos falando de milhões de reais, para uma campanha desse tamanho. Inclusive, o ato anti Dilma do próximo dia 15 terá caravanas vindo de cidades próximas às capitais. Farto material de som ou publicitários será distribuído.
Uma outra leitora envia mensagem com informações que dão uma bela ideia de quem está pagando pela festa golpista.
Eduardo,
boa tarde.
Tenho ficado preocupada com a hostilidade contra a Dilma e o PT.
O movimento Vem Pra Rua, segundo a carta capital vem sendo financiada pelos empresários.
Alguns amigos meus disseram que seus patrões estão fazendo de tudo para convocar os funcionários para a manifestação de 15/03. O mesmo aconteceu na empresa na qual trabalho, e minha irmã disse que a mesma coisa aconteceu na empresa na qual ela trabalha.
Essa pessoa disse que a Dilma não vai continuar no poder. Os empresários estão articulados e estão coagindo os funcionários a irem às ruas contra o PT e Dilma. São e-mails do patrão com a capa da Veja circulando nos e-mails, são mensagens no celular,  Whats App…
Isso vem acontecendo desde antes da eleição e foi por isso que ela [Dilma] quase perdeu, porque os patrões estão jogando tudo e coagindo os funcionários.
Coadunando-se com essa narrativa, as vaias que Dilma recebeu nesta terça-feira ao visitar o pavilhão de feiras do Anhembi, em São Paulo, aos gritos de “vaca” e “vagabuna”. Para quem não viu, o vídeo com as agressões.

Dilma é vaiada no Anhembi.

O pavilhão de exposições é velho conhecido deste blogueiro. Em sua atuação comercial, participou de inúmeras feiras. Quem vaiou foram os funcionários que preparavam os estandes para a feira. Eu mesmo já participei dessas montagens.
Quem leu na internet que trabalhadores que montavam os estandes vaiaram Dilma pode pensar que são “peões” de macacão com martelos em punho que apuparam a presidente da República, mas não foi nada disso.
Como se vê no vídeo, são profissionais de vendas e seus patrões, ou seja, pessoas da classe média paulistana que votaram em Aécio Neves.
Ao contrário do que a mídia e a oposição tentam fazer crer não é quem votou em Dilma Rousseff que a está vaiando, são os que votaram no adversário dela em 26 de outubro do ano passado.
O eleitorado de Dilma, em parte, ficou descontente com medidas de ajuste fiscal ou com nomeação de ministros oriundos “do lado de lá”. Essas pessoas, irritadas, disseram ao Datafolha, ao fim de janeiro, seu descontentamento.
Conversava na segunda-feira com um blogueiro importante que está insatisfeito e ele me disse que se fosse entrevistado pelo Datafolha no mês de janeiro, avaliaria Dilma como “regular”. Conheço eleitores dela que, no janeiro fatídico em que sua popularidade despencou, no auge da irritação chegariam a classificá-la como ruim ou péssima.
Isso não significa que essas pessoas tenham mudado de opinião, que estejam dispostas a votar no PSDB ou que tivessem coragem de chamá-la de “vadia” ou “vagabunda”. Quem faz isso é quem já não gostava dela antes de se reeleger.
Todos se lembram de como Dilma foi vaiada diversas vezes nos novos estádios de futebol e até em outras partes antes de a campanha eleitoral começar, de quem eram os xingadores e de como a mera hipótese de o PSDB voltar ao poder, pouco depois, fez com que milhões votassem na presidente apesar de estarem insatisfeitos com ela.
Para entender o fenômeno, basta pegar uma das muitas análises de rede que há por aí para verificar que a hegemonia política dos anti Dilma viscerais está longe de ser maioria. Por exemplo, a do analista Fábio Malini, via Facebook, sobre redes sociais, que é bastante interessante.
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O que se depreende dessa análise é que, à diferença do que tenta fazer parecer a mídia, os anti Dilma estão longe de ser maioria e, na hora do “pega pra capar”, o centro do gráfico, que no momento está neutro, pode escolher um lado e, por seu perfil, dificilmente seria o do PSDB.
Diante do exposto, está mais do que na hora de se fazer uma investigação jornalística séria sobre os financiadores do golpismo. Esses empresários estão mesmo tão convencidos de que Dilma faz mal ao país ou existem conchavos com partidos políticos e troca de favores, por exemplo, com o governo de São Paulo?

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http://www.blogdacidadania.com.br/…/empresarios-custeiam-v…/

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