Parlamentares do PT reafirmaram ter tranquilidade em relação às investigações.
O líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Humberto Costa (PE), os senadores Lindberg Farias (RJ), Gleisi Hoffmann (PR) e o deputado Vander Loubet (MS) afirmaram, nesta sexta-feira (6), não ter envolvimento com os fatos investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
A reação dos petistas aconteceu após divulgação da lista de políticos que tiveram inquéritos abertos ou diligências investigativas autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador Lindberg Farias disse estar tranquilo por ter a certeza de que sua inocência será provada. Além disso, o petista criticou a forma com que a divulgação dos nomes foi feita.
“Vou começar com uma reclamação: lançar nomes dessa forma, sem que a gente possa ter acesso ao que tem contra cada um, acaba misturando num balaio só pessoas envolvidas em atos de corrupção, de propina, com doações de campanha legais”, disse Lindberg ao jornal “Folha de S. Paulo”.
Ao portal de notícias “G1″, o deputado Vander Loubet garantiu inocência e disse não ter relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato.
O senador Humberto Costa ressaltou, por meio de nota divulgada na noite desta sexta, a lisura de sua conduta e de sua vida pública. Ele ainda relembrou que, há quatro meses, deixou à disposição do STF todos os sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Costa também disse estar pronto para cooperar com todas as etapas de eventuais investigações e diligências.
A também senadora Gleisi Hoffmann afirmou ter tranquilidade com as investigações.
“Não conheço e jamais mantive contato com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Reafirmo minha disposição de colaborar com todo o processo investigatório”, explicou.
O deputado José Mentor (SP) e o ex-parlamentar Cândido Vaccarezza (SP), também citados na lista, ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
Leia as notas divulgadas:
NOTA DO SENADOR HUMBERTO COSTA Em razão dos desdobramentos, no Supremo Tribunal Federal (STF), dos processos de delação premiada originários da Operação Lava Jato, o senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, vem esclarecer o que segue: 1 – que recebeu com surpresa e indignação a inclusão do seu nome entre os dos parlamentares contra os quais a Procuradoria-Geral da República recomendou abertura de inquérito ao STF; 2 – que não tem conhecimento formal, até o presente momento, de quaisquer fatos que lhe tenham sido atribuídos, salvo pelas supostas informações de criminosos vazamentos seletivos oriundos de delações prestadas à Justiça por réus confessos; 3 – que reitera a lisura de sua conduta e de sua vida pública e que todas as doações que recebeu em campanhas eleitorais de que participou foram legais, auditadas, julgadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral; 4 – que, há quatro meses, já deixou à disposição do Supremo, do Ministério Público e do Senado Federal, todos os seus sigilos bancário, fiscal e telefônico; 5 – que, aberto o inquérito pelo STF, e diante da injusta exposição a que ficará submetido, espera celeridade do processo e confia no seu consequente arquivamento, em razão de estar certo da insubsistência de qualquer ilação que haja contra ele; 6 – que está pronto a cooperar com todas as etapas de eventuais investigações e diligências, seguro de que, ao fim, a sua inocência será rigorosamente comprovada. Recife, 6 de março de 2015 Humberto Costa Senador da República
NOTA DA SENADORA GLEISI HOFFMANN
Recebo a notícia desta investigação com tristeza e ao mesmo tempo com tranquilidade. Tristeza por ter meu nome envolvido em caso de corrupção. O maior patrimônio que eu tenho, construído ao longo destes anos é o meu nome e a minha trajetória pública em defesa do direito das pessoas e de uma sociedade com justiça social. E tranquilidade, porque eu não temo a investigação e terei condições de provar que nada tenho com este esquema que atacou a Petrobras. A investigação é oportunidade de esclarecimento dos fatos e espero que seja a forma de acabar com o julgamento antecipado. Não conheço e jamais mantive contato com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Reafirmo minha disposição de colaborar com todo o processo investigatório. Senadora Gleisi Hoffmann
Da Redação da Agência PT de Notícias
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PGR “tucanou” ao arquivar investigação contra Aécio, diz deputado.
Rogério Correia (PT), deputado estadual, entregou pessoalmente no gabinete do Procurador Geral da República as provas do envolvimento de Aécio no caixa 2 de Furnas
O deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) afirma que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “tucanou” ao arquivar processo contra o presidente do PSDB, Aécio Neves, na Operação Lava Jato. O senador foi citado no depoimento do doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal. Segundo o deputado, Janot contrariou os procuradores responsáveis pelo caso, que teriam recomendado a abertura de inquérito contra o tucano junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Acho muito estranho o Janot ter arquivado, porque não são apenas investigações. Já existe denúncia do próprio Ministério Público Federal entregue na Justiça com o nome de Aécio. Se o Janot não tem essas provas, ele pode pedir que os procuradores mandam entregar para ele”, ressalta Correia.
Diante do possível caso de impunidade, o parlamentar sugere uma investigação sobre o caso de Furnas pelo Congresso Nacional. “Já que o Janot não quer investigar, os deputados federais podiam fazer um CPI sobre a lista de Furnas e o envolvimento do Senador Aécio Neves e outros”, provoca.
“Mas também é difícil esperar alguma coisa. A gente fica achando que o Aécio sabe de alguma coisa do MPF. Fica difícil acreditar na Justiça. Além desse caso, teve aquele outro do helicóptero de um senador amigo de Aécio com mais de 400 kg de cocaína e não deu em nada. Isso é tudo muito estranho”, acusa Correia, ao dizer que é um absurdo não investigarem casos com provas explícitas.
O caso - O doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, afirmou “ter conhecimento” de que Aécio, na época em que era deputado federal, estaria recebendo recursos desviados de Furnas “através de sua irmã”. O doleiro disse, segundo reportagem do jornal “Estado de S. Paulo”, publicada na quarta-feira (4), que recolheu dinheiro de propina na empresa Bauruense, prestadora de serviço para Furnas, cerca de dez vezes.
Em uma delas, o repasse não foi feito integralmente e faltavam R$ 4 milhões. Youssef afirmou aos investigadores ter sido informado de que “alguém do PSDB” já havia coletado a quantia pendente.
Indagado pelos procuradores, Youssef declarou não ter conhecimento de qual parlamentar havia retirado a comissão, mas afirmou que o então deputado federal Aécio Neves teria influência sobre a diretoria de Furnas e que o mineiro estaria recebendo o recurso “através de sua irmã”. O delator disse que não sabia como funcionavam exatamente as comissões.
Assim, com a justificativa de não ter informações suficientes, o PGR pediu o arquivamento das investigações em relação ao tucano. “Se realmente o Janot mandou arquivar o caso por falta de provas sobre o envolvimento de Aécio no caixa 2 de Furnas, eu tenho provas suficientes. Em Minas, todo mundo sabe que Aécio fazia caixa 2 em Furnas. Eu posso encaminhar tudo para o Janot, assim como para o ministro Teori Zavascki, que está cuidando da Lava Jato no STF, para que o Aécio não saia impune mais uma vez”, afirmou Correia ao jornal.
Por Priscylla Damasceno, da Agência PT de Notícias
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domingo, 8 de março de 2015
Petistas negam envolvimento com corrupção - Parlamentares do PT reagiram à divulgação de lista de investigados pelo STF sobre a Operação Lava Jato.
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