domingo, 15 de março de 2015

Preconceito tem de acabar, diz a ministra.


A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome participou de uma conversa com internautas em tempo real. Para ela, o projeto de combate à miséria no Brasil ainda não acabou. O próximo passo é ampliar o empreendedorismo, o jovem aprendiz e a educação infantil.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou não ver motivos para ainda existir preconceito contra os programas sociais do governo federal. “Programas eleitoreiros são criados nas vésperas das eleições. O Bolsa Família tem 11 anos de existência. Nossa obrigação é melhorar a vida das pessoas mais pobres, afinal o Brasil tem 500 anos de exclusão”, ressaltou a ministra, durante bate-papo ao vivo com internautas na tarde desta quinta-feira (12).
Para Campello, o fato de muitos países também adotarem programas de transferência de renda mostra a urgência de acabar com o preconceito no Brasil. A ministra lembrou a grande quantidade de beneficiários que estão deixando o Bolsa Família, sinal de evolução e consequência da melhoria de renda.
Promovido pela Agência PT de Notícias, o hangout com perguntas e respostas em tempo real para a ministra durou cerca de uma hora. Para ela, o desenvolvimento das crianças está entre as maiores mudanças que o Bolsa Família trouxe para a vida dos brasileiros.
Campello ressalta que nove milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade fazem parte dos programas sociais do governo federal. “As nossas crianças estão na escola, sem fome e saudáveis”, afirmou. Na comparação entre 2003 a 2013 houve queda de 60% no indicador nacional de desnutrição e as crianças estão mais altas, o que demonstra mais saúde. A ministra também explica que a média nacional do número de filhos por família caiu em 10%. Entre os mais pobres houve queda de 15,7%.
Apesar de enfrentar o quarto ano de seca consecutivo, a região Nordeste em nada se assemelha ao cenário de 11 anos atrás. “Tínhamos populações que invadiam as grandes cidades em busca de água, comida e já não é mais assim”, afirmou a ministra, ao falar sobre os resultados do programa Bolsa Família.
“Um dos maiores avanços foi a saída do Brasil do mapa da fome. Superamos a fome que estava num patamar de 10% e agora está em 1,5%”, enumerou a ministra, enquanto lembrava que o País é um dos maiores produtores de comida do mundo e ainda assim, enfrentava a fome. Segundo ela, três ações principais foram as responsáveis por tirar o Brasil da miséria: aumento de renda, com o aumento do salário mínimo em mais de 70%; geração de 20 milhões de empregos; merenda escolar para 43 milhões de crianças nas escolas públicas.
Mercado de trabalho – Um milhão e 700 mil pessoas do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal fizeram cursos de qualificação profissional nos últimos três anos. O cadastro é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda. Os cursos foram disponibilizados por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
“Os beneficiários do Bolsa Família não estão fora do mercado de trabalho. Mais de 70% dos adultos trabalham. Precisamos melhorar a inserção dessas pessoas, com qualificação profissional e educação”, ressaltou.
Próximo passo – Quando perguntada se “o fim da miséria é só o começo, qual o próximo passo?”, a ministra Tereza Campello respondeu que será ampliar a Educação Infantil. “Creches para as crianças mais pobres e o jovem do Bolsa Família em sala de aula”, destacou.
Ela citou que a pobreza no Brasil caiu de 8% para menos de 1%, mas que ainda é preciso fazer mais: melhorar a renda, acesso à energia e água, melhorar a inclusão econômica, o empreendedorismo, abrir mais vagas para o jovem aprendiz, citou a ministra. “É todo um conjunto de ações que chegou na população pobre e ajudou a mudar a cara do Brasil. Queremos que o projeto continue”, concluiu a ministra.
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Movimento “Impitiman é Meuzovo” volta às ruas.



Com bom humor, grupo que viralizou no carnaval participará das manifestações desta sexta-feira (13).
No Twitter, internautas começam a divulgar ato do “Impitiman é Meuzovo”
A democracia é um assunto sério, mas a tentativa de rebater o discurso maçante da oposição e de parte da imprensa em defesa de um suposto impeachment da presidenta Dilma Rousseff pode ser feita com humor. Por isso, o grupo “Impítiman é Meuzovo”, criado em Fortaleza no período de carnaval e viralizado na internet, vai às ruas neste dia 13 de março apoiar a Petrobras, a reforma política e a democracia.
O movimento bem-humorado surgiu nas redes após uma intervenção durante a gravação de uma reportagem da TV Verdes Mares, afiliada da TV Globo em Fortaleza, durante o carnaval deste ano. A iniciativa dos participantes teve grande repercussão nas redes sociais.
Convocadas em todo o Brasil pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), as manifestações em Fortaleza (CE) se concentrarão, na manhã desta sexta-feira (13), na Praça da Imprensa, de onde entidades populares, progressistas e democráticas, partidos políticos e centrais sindicais sairão em passeata rumo à Assembleia Legislativa.
“Estaremos lá com faixa, mil adesivos, camisetas e a banda “Meuzovo Bands”, afirma o idealizador do movimento, o jornalista e bancário Maurício Lima.
O grupo é a favor da convocação de uma Constituinte soberana e exclusiva para reforma política, que tem como um dos principais focos acabar com o financiamento de empresas a campanhas eleitorais.
Segundo Maurício, todos os governos democraticamente eleitos terão problemas com o financiamento privado, pois este fator encurrala qualquer proposta progressista.
“As campanhas são muito caras e quem financia, como uma forma de empréstimo, cobra muito caro depois”, ressalta o jornalista.
Devido à espontaneidade do movimento, não há uma articulação para o “Impitiman é Meuzovo” marcar presença nas manifestações em outras cidades e estados. Em Recife, o ato foi batizado pelos organizadores de “Em defesa do Brasil e contra o golpe”.
O gestor de marketing e eventos Diego Santos, que também participou do movimento de humor com o propósito de desconstruir o golpe, garantiu presença na manifestação desta sexta.
“O impítiman é meuzovo é um movimento espontâneo do povo”, afirmou Diego.

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