A realidade imposta aos trabalhadores brasileiros por Eduardo Cunha e seus aliados leso-povo no Congresso.
Muitos daqueles que vibraram com o posicionamento de enfrentamento adotado pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, com o Planalto, devem estar agora imaginando a quem recorrer em relação a aprovação do PL 4.330, que trata da terceirização irrestrita e da precarização das condições de trabalho.
Sim, é verdade, nem todos os que desfilam em “protestos cívicos” são empresários, existem aqueles que tem suas carteiras assinadas e direitos da CLT, herança de Getúlio Vargas e do trabalhismo brasileiro, assegurados.
Estes, por mais que tenham boas remunerações e empregos invejados, correm risco agora.
Um trabalhador similar, mas terceirizado, custará menos, terá carga horária maior e menos direitos trabalhistas.
“Mas eu sou concursado!” Estes poderão se tornar, dependendo da vontade dos governos que lhes administram/administrarão, exceções no quadro funcional e ter suas pautas esvaziadas/ignoradas, sendo relegados a segundo plano.
Empresas de engenharia repletas de engenheiros terceirizados…Substitua pela profissão de classe média que desejar, os resultados nefastos serão os mesmos.
Hospitais públicos funcionando somente com médicos e paramédicos terceirizados, precarizados, muito mais mal remunerados que hoje.
O #VetaDilma não vai funcionar, porque também será proclamado por oportunistas e demagogos.
Cunha e seus aliados, no PMDB e PSDB, principalmente, derrubarão o veto presidencial e com mais gosto ainda, poderão derrubar a presidenta se ela lhes afrontar.
Por que?
Porque o veto presidencial retorna para o Congresso, que vota o veto e pode desautorizar o Executivo. O que se configuraria em uma dupla derrota ao Executivo.
É a Democracia presidencial-parlamentarista brasileira. O monstro criado pela Constituição de 1988, por isso (e muitas outras coisas mais) o “toma lá da cá”, em muitos casos, impera nas casas do Legislativo.
Cunha é a antítese do político que serve aos interesses da maioria do povo, mas na verdade não está só.
Marcham com ele outras centenas, somente na Câmara Federal.
Sozinho, ele não conseguiria eleger-se presidente do Congresso, tampouco desenterrar projetos que lesam os direitos do trabalhador e criminalizam jovens pobres, pretos e favelados.
Cunha é o resultado de uma sórdida campanha contra o Brasil levada a cabo pela mídia e que foi encampada por parte considerável da classe média brasileira.
Estes atos sombrios repercutem na vida de cada um de nós, trabalhador assalariado e que lutam por melhores condições de trabalho e mais direitos.
Ninguém está/estará imune dessa medida deplorável aprovada (a qual custo?) pelos parlamentares em Brasília.
Isto inclui aqueles que gritam “fora Dilma”, mas tem empregos e direitos, agora ameaçados e por melhores que sejam, pelos seus “aliados” na batalha contra a presidenta e o PT.
Em menos de 100 dias de presidência, Cunha causou retrocessos significativos para a vida de dezenas de milhões de brasileiros.
O problema é que faltam mais de 600 dias de seu reinado pela frente.
Um poder Executivo enfraquecido, com um partido ainda mais enfraquecido, no caso o PT,assanha seus aliados mais infiéis e fortalece a agenda dos opositores.
Alguém está financiando estas ações. Cunha e seus pares reacionários não fazem juras de amor às causas, mas ao lobby, ao financiamento privado de suas atividades parlamentares.
Ou seja, o cidadão, pessoa física, elege o seu parlamentar, que é fortemente financiado por empresas, e percebe depois, desolado, que o eleito serve aos interesses das pessoas jurídicas.
Para evitar crimes leso-povo futuros, como o cometido pela maioria da Câmara no fatídico dia 8 de abril de 2015, o grito a ser entoado, nas ruas, sindicatos e redes sociais, tem que ser #ReformaPolíticaJá, porque o #VetaDilma é apenas uma retórica demagógica de muitos que apoiam Cunha contra o governo, mas agora se veem em um mato sem cachorro, com seus direitos, planos e empregos em risco.
Cunha, e os vândalos parlamentares que atentaram contra o povo, são resultados, inequívocos, de um sistema político falido e viciado por corrompidas relações com o setor privado e que sub-representa maiorias desorganizadas e discrimina minorias marginalizadas.
*Em tempo, é imprescindível o registro de que apenas as bancadas do PT, PC do B e PSOL votaram integralmente contra o PL 4.330.
Partidos ditos de esquerda, como o PDT e o PSB, se dividiram e votaram tanto a favor, como contra o trabalhador. Como estariam, além túmulo, Miguel Arraes e Leonel Brizola?
E o que dizer do partido nascido da Força Sindical, a segunda maior central sindical do país, o Solidariedade, que votou em peso pela terceirização e precarização do trabalhador…
Quer saber como votou cada partido? Clique AQUI !
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TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
O antídoto do #TerceirizaçãoNão é a #ReformaPolíticaJá, #VetaDilma é retórica demagógica de alguns.
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