quinta-feira, 9 de julho de 2015

Apanhar calado não é postura “republicana”

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Como perder a batalha da comunicação, lentamente, sem qualquer reação...
Como perder a batalha da comunicação, lentamente, sem qualquer reação… (CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIAR)

O jornal Metro é distribuído gratuitamente nas ruas das principais cidades do país. No mesmo dia, as notícias veiculadas são duras contra o governo Dilma.
Uma página inteira dá a entender que Dilma deixou para lá o pacote anticorrupção que anunciou em março, em troca da aprovação do ajuste fiscal do governo pelo Congresso.
São versões que vão ganhando vida e se cristalizando como verdades. O leitor das grandes cidades que recebe este material e não encontra respostas do governo, tende a repassar tais entendimentos adiante. Nos círculos de amizades, no ambiente de trabalho e nas REDES SOCIAIS…
Dilma não mais se apresentou para entrevistas coletivas e tratou deste e de outros assuntos vitais para manutenção de seu mandato.
O Congresso engaveta o projeto do governo e este se cala.
Falta coragem, arrojo para dizer quem são os adversários do projeto anticorrupção. Combatê-los e dizer a opinião pública que, em vez de votar projeto de grande importância para o país, o parlamento resolve atacar direitos trabalhistas e criminalizar a juventude, por exemplo.
Em sua coluna, Cláudio Humberto, ex-porta voz de Fernando Collor, dedica todo seu espaço para criar situações que, apesar de parecerem mentirosas, servem de inspiração aos golpistas que atendem na própria base de sustentação do governo.
Mas o que salta aos olhos e é preciso entender que, colunistas como Cláudio Humberto são porta vozes de um pensamento que vige em uma parte da sociedade, eles tentam ditar ideias e rumos. O destaque feito a sua coluna repleta de vontades políticas, é o ataque aos gastos sociais de Dilma com o Bolsa Família. Nem uma palavra referente aos pagamentos dos juros da dívida pública, que em muito ultrapassa o montante dispendido com o programa social mais importante da história brasileira.
No final das contas, é esta fixação com os gastos sociais que o andar de cima se remói de ódio contra o governo.
E são os mais pobres as primeiras vítimas das tesouras dos liberais, que costumam defender que sejam honrados os depósitos da dívida pública, não auditada e desconhecida sua monta total. Mas são incapazes e insensíveis em reconhecer a dívida social com o povo. Que neste caso, custa muito menos ao país.
O que Cláudio Humberto expõe, em toda sua tacanhice, é o desejo de tomar o poder a força e punir não apenas Dilma, o PT ou Lula, mas os pobres e tirá-los aquilo que lhes é devido, sem qualquer remorso.
Um governo que apanha e não aponta o dedo e grita o nome de seus inimigos e o que desejam, se reserva ao córner, espremido pelas cordas e pelos golpes no queixo, uma hora acaba caindo.
É urgente passar a ofensiva e deixar apenas de se defender.
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