terça-feira, 14 de julho de 2015

Cautela com os números, a três anos e meio das eleições presidenciais, é recomendável.




A pesquisa Ibope divulgada no último sábado pelo Estadão pode ter diferentes leituras. A leitura de certa imprensa, claro, é a de que o “Ibope atesta ‘volume morto’ do lulismo” (Estadão) ou de que “”Segundo Ibope, Aécio venceria Lula se eleição fosse hoje” (Folha). Mas a pesquisa comprova, em primeiro lugar, que Lula, apesar da campanha midiática contra o PT, o governo Dilma e contra ele próprio; apesar da crise econômica, do desemprego e da inflação; ainda tem todas as condições de vencer a eleição de 2018, caso seja candidato. Isso sem falar no alto número de indecisos no levantamento, fator destacado pelo próprio Ibope.
Ainda faltam três anos e meio para a próxima eleição presidencial e ela pode se dar em outras condições econômicas, sociais e políticas. Essa distância, portando, recomenda cautela com os dados. Mas eles servem para que nós possamos dirigir nossa luta para recuperar o apoio popular para Lula e o PT.
Assim, é bom o Estadão não cantar vitória. Nem o PSDB. Dá para constatar que podemos recuperar a maioria no pais, partindo de uma forte base popular no eleitorado até cinco salários mínimos e nas cidades onde vencemos as últimas eleições. E diminuir em muito a diferença nas cidades onde perdemos. Fora o fato de que a oposição não tem um programa para o país nem unidade. E o governo Dilma ainda tem três anos e meio, como dissemos, pela frente. Tempo, esperamos, de recuperação.
Vejam os dados e análises (aqui há uma do Brasil 247, para quem não assina o Estadão) e tirem suas conclusões. No eleitorado de dois a cinco salários mínimos há empate técnico. Lula ganha no eleitorado até um salário mínimo. E venceria Alckmin em um hipotético segundo turno.

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