![]() |
O ódio destrói os tecidos sociais.
Resolveram, por causa da insatisfação com os resultados da última eleição, transformar o país em um caldeirão efervescente do ódio, da intolerância, de qualquer natureza, do racismo, da violência gratuita.
De um momento para outro, explode o ranço da raiva e alguns insatisfeitos passaram a rotular, insultar, agredir, até fisicamente, aqueles que não compartilham do fundamentalismo político que cultivam.
Para estes, não importa se famílias, amizades, ambientes de trabalho ou a boa vizinhança estejam sendo deteriorados pelo radicalismo do ódio, pelo clima pesado da rabugice praticada com fervor incessante.
Protestar, criticar, com civilidade, fazem parte do jogo democrático. Ninguém é obrigado a gostar daquilo que não o agrada, mas precisa respeitar a vontade da maioria. Também faz parte, trabalhar para mudar o cenário que não concorda, dentro dos limites institucionais, preservando o espaço democrático em que as diferenças devem coexistir, mesmo quando competem muitas vezes, mas se respeitando mutuamente.
O que se testemunha neste momento turvado pela sanha fundamentalista é a intransigência perigosa, irresponsavelmente disseminada dos meios políticos para a sociedade, via mídia, sem filtros atenuantes, criando um nefasto círculo de histeria coletiva.
Presencia-se um incêndio social sendo alimentado com furor e as labaredas dessa insanidade logo poderão causar incidentes de extrema gravidade.
É urgente que estes propagadores da violência sejam isolados, no polo dos que se opõe ao governo. A situação, se agravada, aumentará e muito a tensão, nas ruas e nas relações sociais, podendo criar rusgas insuperáveis.
É preciso entender que estes momentos de acirramento político um dia se apaziguarão, mas uma geração inteira poderá levar mágoas e desentendimentos intransponíveis para o resto de suas vidas. Outra constatação histórica é que quem se arvora ao culto do ódio para derrotar, humilhar e agredir seus desafetos hoje, poderá ser alvo destes mesmos artifícios no futuro. A política é um organismo vivo e mutável.
Se o próprio governo, que deveria agir em própria defesa, nos casos de excessos de incivilidade, não o faz, como ficam as pessoas que não concordam com o clima de vale tudo que toma os espaços públicos e privados país afora?
Se as oposições políticas não são capazes de se portar civilizadamente na disputa do poder, como não se sentiriam estimulados, aqueles que excedem na liturgia colérica para permanecer agressivos/desrespeitosos com o que não aceitam respeitar?
O pior pode acontecer, a qualquer momento, a qualquer um nós.
O diálogo agora é um item compulsório.
Para salvarmo-nos é preciso dizer claramente: chega de ódio.
*
|
TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA = ALAGOA - AIURUOCA - DELFIM MOREIRA - ITAMONTE - ITANHANDU - MARMELÓPOLIS - PASSA QUATRO - POUSO ALTO - SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE - VIRGÍNIA.
sábado, 4 de julho de 2015
Chega de ódio.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário