terça-feira, 21 de julho de 2015

Movimentos e partidos se unem contra o retrocesso e em defesa da democracia.



Representantes de entidades sindicais, movimento social, partidos e parlamentares se reuniram nesta quinta, 17, na sede da Central Única dos Trabalhadores de MG – CUT/MG, para formar uma Frente de Esquerda em defesa da democracia, da soberania nacional e enfrentar os desafios econômicos, políticos e sociais no país.
Estiveram presentes os deputados Cristiano Silveira, Rogério Correia, Prof. Neivaldo e Padre João, todos do PT. Também participaram da reunião o secretário de Movimentos Populares do PTMG, André Teixeira, e o  secretário de Assuntos Institucionais do PTMG,  Carlos Eduardo Oliveira, representantes da Executiva Estadual do partido; e a vice-presidente do PT, Gleide Andrade, pela Executiva Nacional.
A reunião foi realizada na sede da Central Única dos Trabalhadores – CUT/MG, quando as lideranças analisaram a conjuntura nacional, avaliando os recentes retrocessos como a redução da maioridade penal, a tentativa de privatizar o Pré-sal, bem como a pseudo-reforma política aprovada no Congresso Nacional.
Diversas propostas de mobilização para frear o avanço da direita, a tentativa de golpe e propostas que retiram direitos dos trabalhadores e da população. A principal é a realização de reuniões em diversos setores a partir de agosto.
Também foi definido um calendário de luta, que terá início com uma plenária no dia 4 de agosto, que desencadeará plenárias regionais em todo Estado, até o lançamento nacional da frente, previsto inicialmente para os dias 5 e 6 de setembro, em Belo Horizonte.
Calendário de Lutas.
Entre as atividades já previstas estão:
Dia 20/8, às 18:30, no Sindibel – Plenária dos Movimentos Sociais sobre Conjuntura Nacional;
Dia 24/8 – Greve dos Petroleiros contra o projeto de José Serra(PSDB), que  flexibiliza o regime de partilha, já aprovado pela Câmara e em tramitação no Senado.
Dia 28/8 – Manifestação em Brasília contra a política econômica.
Assessoria de Comunicação PTMG
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Meniccuci: Dilma está firme, determinada e do lado que escolheu quando aceitou ser presidenta.



Segundo Eleonora Menicucci, a presidenta tem a capacidade tem crescer em períodos adversos.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, disse na última sexta-feira (17), durante debate promovido pelo PT em São Paulo, que a presidenta Dilma Rousseff está “firme, determinada e do lado que ela escolheu quando aceitou ser presidenta na primeira vez”.
Menicucci lembrou que conhece Dilma há mais de 40 anos e ressaltou a capacidade de superação da presidenta. “Ela não recuará um minuto dos princípios que nortearam a vida dela, desde quando era menina e isso eu dou a minha vida por ela, e a minha vida no compromisso dela com os projetos, com os nosso projetos”, afirmou, durante roda de conversa organizada pela Secretaria de Mulheres do PT-SP.
Segundo Menicucci, a presidenta tem a capacidade tem crescer em períodos adversos. “Quanto mais difícil for, mais vontade de lutar nós temos. Eu conheço a presidenta Dilma há mais de 40 anos e tivemos em situações dificílimas, de prisão, de torturas e de tudo e, na adversidade, ela cresce”, destacou.
A ministra criticou também a postura da oposição, que age, segundo ela, como se a eleição não tivesse acabado. “O terceiro turno está absolutamente posto e está rachando até partidos como o próprio PSDB”, disse.
A atividade, que contou com a presença da ministra, ocorreu na sede do diretório estadual do PT de São Paulo e reuniu lideranças partidárias, sindicais e dos movimentos sociais.
Ao lado de Menicucci estiveram presentes na mesa a coordenadora da São Paulo Carinhosa, Ana Estela Haddad, da vice-presidenta do PT-SP, Rozane Maria de Sena, a Zaninha, da secretária de Relações Internacionais do diretório nacional do PT, Mônica Valente, da secretária de Assuntos Institucionais do PT-SP, Silvana Donatti, da secretária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Denise Motta Dau e da secretária de formação da CUT-SP, Telma Aparecida.
Mediada pela secretária de mulheres do PT-SP, Marta Domingues, a Martinha, a atividade uniu política e cultura num espaço de debate lúdico. Segundo a petista, as rodas de conversa são espaços para dar voz às mulheres.
“Nós mulheres não aguentamos mais ficar ouvindo, ouvindo e ouvindo. Isso aqui é pra a gente poder lembrar que juntas somos fortes”, explicou a secretária de mulheres do PT-SP.
O processo de organização da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada entre 15 e 18 de março de 2016, também foi citado pela ministra.
Segundo ela, o governo está organizando uma conferência inovadora e que vai garantir maior participação da população. “Temos conferências municipais até setembro, depois as estaduais que vão até novembro. Além disso, nós estamos incluindo as conferências livres e também as conferencias temáticas na área governamental e os ministérios estão fazendo esse processo de mobilização para a conferência nacional”, explicou.
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Com cobertura tendenciosa, mídia não deu trégua à Dilma no segundo mandato.


No dia em que o segundo governo Dilma completa 200 dias, a Agência PT de Notícias traz uma análise da cobertura da mídia no período.
O segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff completa 200 dias neste domingo (19), marcado por um período de importantes anúncios, medidas e programas lançados para dar continuidade aos avanços dos 13 anos de gestões do PT. A movimentação, no entanto, não ganhou o devido espaço na grande imprensa brasileira.
Para o coordenador do projeto “Manchetômetro”, João Feres Júnior, há uma escalada da abordagem negativa dos veículos de comunicação sobre o governo, sobre a presidenta Dilma Rousseff e o PT.
Concessoes Epoca
“Analisamos a cobertura tanto da presidenta como do governo federal. E em todos esses itens temos notado uma piora nesta cobertura. A mídia abordou temáticas como políticas públicas, escândalos de corrupção e cenário econômico sistematicamente jogando a culpa em cima do governo e do PT”, afirmaFeres.

O “Manchetômetro”, site de acompanhamento diário da cobertura da política e da economia na grande mídia, é produzido pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
De acordo com o pesquisador do laboratório LEMEP, atualmente a cobertura da mídia em relação às pautas do governo e da presidenta está mais negativa que na época da eleição, quando  já apresentava uma abordagem tendenciosa.
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Narrativa dominante – Para o professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) e pós-doutor pela Universidade de Illinois nos Estados Unidos, Venício Artur de Lima, não existe pluralidade e diversidade na mídia brasileira.
Concessoes folha
O pesquisador afirma que a grande mídia tem praticado de forma homogênea a mesma pauta, com a mesma linguagem pública, mesmo enquadramento, seletividade e omissão em relação aos fatos a serem noticiados. “Tudo sem o contraditório, sem vozes alternativas”, ressalta.

“É preciso construir uma narrativa alternativa de contraposição à dominante. Quando você lê a grande mídia, parece que todos os veículos têm o mesmo editor, porque ela fala a mesma linguagem e não se encontra, salvo pequenas exceções, uma narrativa pública alternativa que se contraponha a isso”, destaca.
Venício de Lima explica que a falta de pluralidade e a cobertura enviesada pelos meios de comunicação geram uma população desinformada e uma opinião pública corrompida.
“O pressuposto liberal básico para uma opinião pública independente é que ela tenha uma informação equilibrada, imparcial para fazer o livre confronto de ideias do debate público”, afirma.
Na avaliação dele, não há hoje no Brasil um livre confronto de ideias. “Se o acesso ao debate público é controlado por poucos grupos de forma seletiva, parcial, partidarizada, o que você tem lá na frente é uma opinião pública corrompida”, ressalta.
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João Feres corrobora com a afirmação. “Tem estudos que mostram que as pessoas não recebem as notícias de uma maneira passiva. Elas conseguem reagir à notícia, só que elas reagem com elementos que elas têm e o problema é que elas não recebem nenhum outro elemento a não ser os negativos”, comenta.

Para o pesquisador, as pessoas que não têm contato com as políticas sociais do governo só tem a grande mídia para se informar. “Obviamente que isso faz com que elas comecem cada vez mais a achar que o governo é uma porcaria, vaiar a Dilma, esse tipo de coisa”, analisa.
“No longo prazo, a linguagem do ódio e da intolerância que está hoje absolutamente difundida no País, isso com toda certeza, do meu ponto de vista, resulta dentre outros fatores, talvez um dos fatores mais importantes, dessa cobertura enviesada que a grande mídia tem feito”, destaca Venício de Lima.
O professor aposentado da Unb relaciona a cobertura ao fato de grupos econômicos poderosos que controlam as grandes empresas de mídia terem interesses que vão além do seu papel de informar.
“Esses grupos são atores econômicos e políticos. Eles defendem seus interesses e posições políticas e os interesses de seus aliados, sobretudo os aliados no Congresso Nacional, que garantem a permanência da histórica presença desses grupos como concessionárias de emissoras de rádio e televisão, praticamente sem nenhum limite de regulação, sem nenhum limite de propriedade cruzada”, ressalta.
Venício Lima e João Feres concordam que faltou aos governos do PT ações para apoiar a construção de narrativas alternativas.
“O apoio à mídia pública seria uma opção. Num País como o nosso, que naturalizou o sistema privado, é uma alternativa de longo prazo, mas certamente importante para se criar um equilíbrio entre os diferentes sistemas de mídia, o público, o privado e o estatal, como está previsto no artigo 223 da Constituição”, finaliza Venício Lima.
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Governo federal quer ampliar acesso à internet aos jovens do campo.



Juventude que vive na zona rural reivindica inclusão digital.
Atualmente há cerca de 8 milhões de jovens do campo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. A juventude representa 27% da população rural do país. A vontade de permanecer no campo é o desejo de muitos, mas a falta de acesso a internet acaba afastando os jovens da zona rural.
Fredson Rodrigues Brito, tem 22 anos e mora no assentamento Contagem, há 30 quilômetros de Brasília. O jovem reclama que os estudos estão paralisados porque não possui internet no local.
“Queria fazer um curso a distância e aprender tecnologias de produção agrícola. Não tenho condições de estudar na cidade, mas acho que terei que me arriscar saindo de casa. Talvez vou morar na casa de algum parente no centro”, desabafa.
De acordo com o último censo demográfico, 84% querem permanecer no campo, mas continuar o legado da família e viver na zona rural é um desafio.
Em março, integrantes da Comissão Nacional de Juventude Rural da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) entregaram ao governo federal as demandas da juventude rural de todo o Brasil.
Um conjunto de proposições de políticas públicas para a juventude rural foi apresentada em uma Carta Proposta da Juventude. Entre os pedidos, qualificação técnica, inclusão digital, valorização de práticas agroecológicas alternativas, entre outros.
Integrante da Contag, a secretária Nacional de Jovens, Mazé Morais, afirma que houve avanços nos últimos anos em relação a juventude rural, mas ampliar o acesso digital ainda é um obstáculo.
“Queremos ter os mesmos direitos daqueles que moram nas cidades. Reconhecemos que conseguimos avançar nas políticas públicas para a juventude rural, mas enquanto não formos incluídos na esfera digital vamos lutar”, afirma.
A presidenta Dilma Rousseff garantiu, em março, durante o 3º Festival da Juventude Rural que levará a internet banda larga para o meio rural.
“A internet é uma forma de te ligar com o mundo onde quer que você more. Se você mora no lugar mais distante, você pode conversar com outro lugar mais distante. Daí a importância da internet para a juventude, para a juventude de trabalhadoras e trabalhadores rurais, de pequenos agricultores familiares, de assentados da reforma agrária. Esta é uma condição de vida essencial, sem isso, não vai haver presença dos jovens no campo”, destacou a presidenta.
Até 2018, o ministério das Comunicações pretende garantir “internet de banda larga para 95% da população brasileira, garantindo conexão em velocidade média de 25 megabites”, conforme informou o ministro Ricardo Berzoini quando esteve em audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril deste ano.
Permanência rural – Entre os estímulos ofertados pelo governo federal para o jovem permanecer na zona rural, está o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no Campo (Pronatec Campo). Criado em 2011, disponibiliza cursos para so diferentes públicos do meio rural, ajudando a fortalecer as capacidades produtivas e gerenciais no campo.
Fonte: Agência PT de Notícias

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Associação dos Mestres do Candomblé Brasileiro é fundada durante encontro inédito em Minas.



Debate sobre intolerância religiosa e registro audiovisual fizeram parte da programação que teve apoio do Governo do Estado.
Iniciativa inédita, um grupo de ogãs criou neste domingo (19/7) a Associação dos Mestres e Maestros do Candomblé Brasileiro (AMMCB). O objetivo da organização religiosa é promover o candomblé por todas as regiões do país.
A diretoria é constituída por 12 membros de vários estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Mato Grosso. O ogã é um cargo em que uma das funções é zelar pelo terreiro onde é feito o culto. Outra característica é que o ogã não incorpora.
A assinatura da ata de posse foi realizada durante o Encontro dos Mestres e Maestros do Candomblé, realizado no fim de semana na Escola Municipal Heitor Vila Lobos, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No evento foram discutidos temas como a linguagem do candomblé, a história dos caboclos, a necessidade de proteção à natureza, tradições, ancestralidade e intolerância religiosa.
A iniciativa é do grupo Afoxé Bandarerê, bloco carnavalesco formado pelos pais e filhos de santo, em parceria com a Prefeitura de Contagem. O encontro recebeu o apoio do Governo de Minas Gerais, por meio das secretarias de Desenvolvimento Agrário (Seda) e de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac).
Para o sociólogo Marcos Cardoso Martins, o evento contribui para a reafirmação da identidade negra, porque valoriza a tradição, a cultura e a religiosidade de matriz africana. “O encontro também é uma oportunidade de pessoas que não pertencem ao candomblé conhecerem a religião, o que ajuda para o combate à discriminação, ao preconceito e à intolerância religiosa”, diz Cardoso.
Troféu Axogum Paulo Afonso.
A programação também incluiu a entrega do Troféu Axogum Paulo Afonso Moreira aos mestres e maestros de destaque na cultura de matriz africana. Com 37 anos de iniciação no candomblé, Paulo Afonso Moreira é um dos ogãs que mais se destacam na luta pela preservação da tradição religiosa. Advogado, o Axogum integra a Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG.
“Fico muito feliz pelo reconhecimento e espero que no futuro as pessoas possam andar livremente nas ruas, com suas roupas tradicionais, sem serem apedrejadas”, afirmou Paulo Afonso Moreira, em referência a uma criança de 11 anos que no mês passado sofreu ferimento ao ser alvo de uma pedra, no Rio de Janeiro.
Durante o encontro, uma equipe de audiovisual coordenada pela fotógrafa Júlia Lanari gravou depoimentos de mestres como Mobá Sidney (SP), Euandilu (RJ) e Mãe Norma de Nanã (BH), representando a umbanda. O objetivo é produzir um material didático sobre a religião de matriz africana, seguindo a Lei 10.639, que prevê o ensino obrigatório da história da África.
Para o organizador do encontro, Márcio Eustáquio Antunes de Souza (Tata Kamus’ende), o poder público deve cumprir a legislação e ampliar o acesso às informações sobre temas como a religiosidade africana. “Tomara que a área de Educação do novo Governo Estadual consiga cumprir a lei e promover a igualdade racial e religiosa”, ressalta.

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