quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Prendem o boneco porque temem o homem.- O boneco inflável com a cara do ex-presidente Lula representa o delírio daqueles que não suportam a redução das desigualdades sociais. É o troféu de guerra de quem não aceita os outrora pobres, hoje nas universidades e em aeroportos.

Ex-presidente Lula.

Por Adalberto Monteiro*, especial para o Vermelho


Eles se desesperam, se descabelam porque, mesmo depois de terem despejado pela grande mídia uma tonelada de infâmias contra Lula, não conseguem arrancar o ex-presidente do coração do povo e da consciência dos que lutam por um Brasil soberano, democrático e desenvolvido.

Diz um adágio: “não se atira pedras em cachorro morto”. É isto. Lula está “vivinho” da Silva e isto incomoda o andar de cima.

Um espectro tira o sono de FHC, Aécio, Caiado et caterva: é o espectro de uma liderança que prossegue como sinônimo de quem governou para o andar de baixo, de quem associou crescimento econômico a distribuição de renda.

De quem levantou ao alto um país largado ao chão pelo governo dos tucanos.
De quem pôs sapatos numa política externa que os tirava para pisar em Washington.

Setores de uma classe média abastada de ódio, paupérrima de valores e horizontes, prende, apedreja, espeta o boneco. De onde brota essa intolerância?

Será mera coincidência o fato de o homem pretensamente contido no boneco ter sido o líder operário que enfrentou a ditadura, que veio lá do Nordeste como retirante?

Um sábio pondera: é porque a crise econômica atinge as camadas médias em cheio; outro acrescenta: são os escândalos de corrupção. Tudo isto se relaciona, mas no fundo, no fundo mesmo, a intolerância tem suas raízes em 388 anos de escravidão para depois se somar a um capitalismo que se tornou tão exuberante quanto excludente.

É o chicote da casa grande que açoita o boneco.

Se o homem disser que abandona a vida pública, se disser que não será mais candidato, os mesmos que hoje o apedrejam proporiam a canonização dele.

Odeiam o homem porque nem ele se afasta do povo, nem o povo dele se afasta.


*Presidente da Fundação Maurício Grabois e editor da revista Princípios.
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Globo aponta todos os seus canhões contra Lula.


O jornal O Globo utilizou nesta terça-feira (18) três instrumentos – a charge de Caruso, o editorial de João Roberto Marinho e a coluna de Merval Pereira – para sugerir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser preso na Operação Lava Jato.


Globo aponta todos os seus canhões contra Lula
Globo aponta todos os seus canhões contra Lula

Na charge, Caruso sugere que Lula será citado por Nestor Cerveró em sua possível delação premiada. Condenado nesta segunda-feira (17) por corrupção e lavagem de dinheiro, Cerveró estaria estudando delatar um suposto esquema de corrupção na contratação do sondas do grupo Schahin, que teria sido usado para quitar dívidas de campanha do PT.

Em sua coluna, Merval Pereira comemora a "dessacralização" de Lula. "O boneco inflável do ex-presidente como presidiário que surgiu em Brasília, e que hoje está em todos os lugares do mundo graças à criatividade liberada pela internet, marca o fim de uma era, quebra um mito, faz a ligação direta entre a corrupção e o chefe do grupo, responsável, na visão popular, pelos esquemas corruptos, e por ter colocado Dilma no Planalto".

Por fim, o editorial "O ajuste de foco nas manifestações" segue na mesma trilha. "É como se o ex-presidente fosse retirado do altar de 'líder popular', do qual pôde observar de altura segura todo o desenrolar do escândalo do mensalão, até o julgamento e a condenação de petistas ilustres e próximos a ele. Isso mudou com a Lava-Jato e as evidências de sua extrema proximidade de empreiteiras envolvidas no petrolão, junto às quais abiscoitou alguns milhões em alegadas palestras", diz o texto.

Em nota divulgada nesta segunda (17), o Instituto Lula comentou, a pedido doJornal Nacional, a manifestação com o boneco. "Lula foi preso na ditadura porque defendia a liberdade de expressão e organização política. O povo brasileiro sabe que ele só pode ser acusado de ter promovido a melhora das condições de vida e acabado com a fome de milhões de brasileiros, o que para alguns parece ser um crime político intolerável. Lula jamais cometeu qualquer ilegalidade antes, durante ou depois de seus dois governos", afirmou o Instituto Lula.

Segundo O Globo, os organizadores do protestos com o boneco de Lula, que custou R$ 12 mil, estão preparando um tour pelo Brasil com a peça, que será, nas próximas manifestações, acompanhadas de uma cela. O desejo dos manifestantes, assim como dos Marinho, parece ser a prisão do ex-presidente que saiu do Palácio do Planalto com os maiores índices de popularidade e aprovação da história do país.
 

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Desmascarado e murcho pelos atos, golpismo tucano agora quer renúncia.



Como não conseguiram emplacar o impeachment e diante da murchada dos ”atos” golpistas, a oposição tucana e a mídia manobram para manter o desgaste midiático do governo legitimamente eleito da presidenta Dilma Rousseff. Querem uma rendição da presidenta Dilma, que já avisou: “Eu envergo, mas não quebro”.


 

Por Dayane Santos


Sem condições políticas e muito menos jurídicas para o impeachment, os golpistas querem que a presidenta se curve e admita supostos “erros” para continuar a governar.

Fernando Henrique Cardoso, por meio de sua página nas redes sociais disse que “embora legal”, para ele, o governo da presidenta Dilma “é ilegítimo” e prega que ela deveria renunciar ou admitir seus erros.

FHC deveria começar seguindo o próprio conselho e pedir desculpas pelos oito anos de desgoverno que levou a quebradeira generalizada da indústria, arrochou os salários e as aposentadorias, levou milhões de brasileiros ao desemprego, entregou o patrimônio nacional com as privatizações ao capital estrangeiro e jogou milhões na miséria. Este seria “um gesto de grandeza”.

O senador José Serra (PSDB-SP) também seguiu a mesma cantilena. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (17), ele confessa que não há provas para o impeachment, mas disse que a presidenta não deve chegar ao fim o mandato.

“Não existem ainda comprovadamente [razões para o impeachment de Dilma]. Sempre tem um componente político, mas estamos numa etapa anterior”, afirmou o contraditório tucano, pois se não há razões para impeachment, muito menos há razões para renúncia.

Serra seguiu o mesmo discurso inconformista de FHC: “Única saída não traumática seria a renúncia, mesmo assim seria traumático”.

Outro a tagarelar foi o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) que afirmou que vai apoiar eventual pedido de impeachment na Câmara. Ora, essa não é nenhuma novidade, mas ele não quis perder a chance de aparecer.

Já o candidato derrotado nas urnas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse que não estará longe do “jogo”. Ele afirma ainda que o PSDB está em sintonia com os grupos que convocaram os protestos de domingo (16), ou seja, em sintonia com o golpismo dos inconformados que votaram nele.

Vale lembrar que foi a primeira vez que Aécio participou do ato. Nos dois anteriores, mesmo tendo convocado, Aécio não compareceu e ganhou elogios do tipo "traidor" e "frouxo" das tresloucadas lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) e dos Revoltados Online, com os quais agora ele diz estar alinhado.

Vértebra

O que os tucanos classificam como "erro" não passa do inconformismo por conta da derrota nas urnas que sofreram lograda pela quarta vitória consecutiva nas urnas pelas forças progressistas.

Dilma, que enfrentou a ditadura e não se rendeu mesmo sob tortura física, não se curva a uma revoada de tucanos depenados. Em recente entrevista, a presidenta Dilma foi enfática: “Jamais cogito renunciar”. E completou: “A cultura do golpe existe ainda, mas não acho que tenha condições materiais de ocorrer”.

O que o povo brasileiro quer é solução para a crise econômica. E isso a presidenta Dilma tem demonstrado construir. Busca redefinir a base aliada, reforça o diálogo com os movimentos sociais e com os demais setores da sociedade e, principalmente, tem reafirmado o seu compromisso em manter as conquistas sociais dos últimos anos.

Erros todos nós cometemos. E parte inerente do processo chamado viver. Diferentemente dos golpistas da oposição, que quando governo deixaram de lado o povo mais pobre afundando o país no desemprego e na miséria, Dilma tem lado. “Eu sei de que lado estou. Eu costumo dizer que na minha vida eu mudei muito. A gente erra, aprende e vai mudando. Melhorei, mudei e alguns podem falar: ela piorou. Mas uma coisa eu afirmo: eu nunca mudei de lado”, declarou Dilma durante entrega de casa do programa Minha Casa, Minha Vida.


Do Portal Vermelho

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