sábado, 12 de setembro de 2015

Calçados produzidos em Minas Gerais conquistam o mercado internacional.


Vendas externas do produto aumentaram 100% nos sete primeiros meses do ano e já chegam a 78 países. Nova Serrana é o polo principal.
As vendas externas de calçados de Minas Gerais apresentaram crescimento de cerca de 100% nos sete primeiros meses de 2015, comparado com o ano anterior. Ao todo, foram exportados US$ 22,3 milhões contra US$ 11,1 milhões em 2014. O desempenho positivo destoou do resultado nacional, que apresentou queda de 11,2% no período acumulado.
“O resultado favorece Minas Gerais, pois o segmento é importante para a economia de diferentes regiões e municípios mineiros, a exemplo de Nova Serrana (Centro-oeste)”, lembra o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), Rogério Bellini. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9/9) pela Exportaminas, unidade de comércio exterior da Sede.
No período analisado, os calçados mineiros chegaram a 78 países, número superior aos 55 mercados de destino do ano anterior. Os cinco principais destinos de exportação são: Argentina, Estados Unidos, França, Austrália e Cuba. Juntos, foram responsáveis por 49,7% do total comercializado pelo estado com o exterior. A Argentina foi o principal comprador de calçados do estado, com participação relativa de 18% do total das receitas, que alcançaram US$ 4 milhões, resultado 93,4% superior ao mesmo período de 2014.
Segundo maior mercado individual das exportações calçadistas de Minas Gerais, os Estados Unidos foram responsáveis por 9,9% do valor das vendas externas desses produtos, que totalizaram US$ 2,2 milhões, ou seja, 27,7% superior ao verificado no mesmo período de 2014. As exportações para França responderam por 8,7% das vendas externas mineiras de calçados, tendo apresentado aumento de 393,2%, também no mesmo período. Austrália e Cuba também foram destaques quanto à variação de percentual de exportações, sendo responsáveis, respectivamente, por 7,7% e 5,3% das receitas, com aumentos de 497,8% e 296,4.
Saldo positivo.
Embora em valores ainda não tão expressivos, o aumento da venda de calçados mineiros comprova que a balança comercial de Minas Gerais tem espaço para diversificação. A maior parte das vendas externa do estado em agosto, contudo, ainda são relativas a produtos tradicionais e commodities.
De fato, minério de ferro, ferroliga, ferro fundido, café e pedras preciosas foram os principais produtos que colaboraram para a manutenção do superávit da balança comercial de Minas Gerais em agosto. Em agosto, o saldo comercial mineiro atingiu US$ 1,03 bilhão, resultado das exportações avaliadas em US$ 1,73 bilhão e das importações, que totalizaram US$ 698,82 milhões.
Os principais produtos exportados por Minas Gerais no período foram minérios de ferro (26,8%), ferroliga, ferro fundido e seus produtos (16,1%), café (15,4%), ouro e pedras preciosas (7,5%) e soja (4,4%).
Minas Gerais participou com mais de 11% do total exportado pelo Brasil em agosto. A China se mantém como o principal destino das exportações mineiras, representado 23,6% do total comercializado em agosto. Em seguida, estão Estados Unidos com participação de 10%; Argentina, 5,3%; Holanda, 5,2%; e Itália com 4,4%.
Em agosto, os Estados Unidos foram o principal fornecedor de Minas Gerais, ocupando 20,9% da pauta, seguidos pela China, com 17,8%, Argentina, com 9,2%, Itália, com 6,1%, e Alemanha com 3,4% do total importado pelo estado.
Foto e fonte: Agência Minas
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Quem são as mulheres vítimas de violência doméstica em Minas Gerais?



  1. Enquanto dorme, uma mulher é atingida por um tiro do então marido que a deixa paraplégica. Depois de se recuperar, é mantida em cárcere privado, sofre outras agressões e nova tentativa de assassinato, também pelo marido. A denúncia contra o companheiro é feita no mesmo ano das agressões, mas após 15 anos de luta e pressões de entidades internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, a mulher consegue enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. O ex-marido foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão.
  2. A mulher vítima dessas agressões é a cearense Maria da Penha. Sua luta, e de tantas outras mulheres violentadas no ambiente doméstico, motivaram a criação da Lei nº 11.340, sancionada em 2006, pelo ex-presidente Lula. A lei, que ficou conhecida como Maria da Penha, fez com que a violência contra a mulher deixasse de ser tratada como um crime de menos potencial ofensivo. Também acabou com as penas pagas em cestas básicas ou multas.
Ela trouxe importantes avanços na punição da violência contra as mulheres. Porém, as agressões ainda estão arraigadas em nossa sociedade machista e continuam acontecendo. Mas, quem são as mulheres que continuam sendo violentadas? Em Minas Gerais, um recente estudo, divulgado pelo Governo do Estado, aponta o perfil das vítimas e o tipo de relacionamento com o agressor.
Segundo o estudo, cerca de 45% das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar têm a cor parda, 33% são brancas e 15% negras. A maior incidência ocorre entre as mulheres com menor escolaridade: ensino fundamental incompleto (23%), apenas alfabetizadas (21%), com ensino fundamental completo (9%), com ensino médio incompleto (9%). A violência atinge principalmente mulheres na faixa etária de 25 a 34 anos (30%), e de 35 a 44 anos (23%). Vítimas de 18 a 24 anos de idade são 20% do total.
Os agressores são majoritariamente cônjuges/companheiros (40%) e ex-cônjuges/ex-companheiros (30%). Em seguida vêm filhos/enteados (9%), irmão (8%), pais/responsável legal (7%) e namorado(a)s (6%).
A pesquisa foi feita a partir da base de dados dos Registros de Eventos de Defesa Social (Reds), de janeiro de 2013 a junho de 2015. Ela também apontou que o número de vítimas de assassinatos em Minas Gerais se manteve praticamente estável na comparação entre os primeiros semestres de 2013, 2014 e de 2015 (288, 284 e 283). Também no Estado, nos primeiros seis meses de 2015 frente ao mesmo intervalo de 2014, houve leve queda na taxa de homicídios de mulheres no ambiente doméstico e familiar por 100 mil habitantes (1,35 contra 1,36). No primeiro semestre de 2013, a taxa foi de 1,39. Mesmo havendo queda nas ocorrências, não podemos comemorar, os números ainda são altos e assustadores.
O estudo, que coloca pela primeira vez à disposição da sociedade informações sobre a violência de gênero no estado, é uma importante iniciativa do Governo de Minas. Afinal, é preciso compreender os fatores que acarretam os fatos, já que para combater o mal, é necessário conhecer seus caminhos.
Precisamos conversar, informar, esclarecer, divulgar dados, tornar as punições efetivas, incentivar as denúncias, colocar como hábito da população essas práticas, criando cidadãos mais informados e sedentos na busca pelo fim das agressões. É preciso lembrar que atrás de cada número, há outra Maria sendo perseguida, ameaçada e violentada. O machismo é uma teia que está inserida em um patamar cultural e combater isso é extremamente difícil, mas necessário.
Somar esforços para assegurar o direito e a cidadania das mulheres nos fortalece e dá garantias de que cada uma e cada um de nós pode ser um defensor na luta contra a violência doméstica e familiar.
Por Cida de Jesus, presidenta do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais. É formada em Sociologia e Filosofia, pós-graduada em Ciência Política pela PUC-Minas e em Fé e Política pelo Centro Dom Helder Câmara.
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Governo inicia mutirão de regularização de terras em Chapada do Norte.



Técnicos da Seda, em parceria com a Emater-MG, realizam recadastramento de cerca de 1.100 famílias da região do Vale do Jequitinhonha.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda) iniciou nesta quarta-feira (9/9), no Salão do CASI, em Chapada do Norte, mutirão para o recadastramento de cerca de 1.100 famílias, que há anos estão à espera de atendimento para análise dos processos para a regularização de terras rurais devolutas – terrenos públicos que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupados.
A ação reforça o compromisso do Governo de Minas Gerais com a questão do acesso à terra. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Glenio Martins, nos próximos quatro anos a meta é reduzir a demanda de 50 mil cadastros de posseiros por regularização fundiária no estado. Desde 2011 que praticamente não é realizada a titulação de terras rurais devolutas.
“Estamos retomando esse processo com os mutirões. O primeiro foi em Frei Gaspar, no Vale do Mucuri, e agora vamos ficar dez dias realizando o mutirão em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha”, explica Glenio Martins.
Na sexta-feira passada, o secretário de Estado participou de uma audiência pública no município para debater a retomada do programa estadual de regularização fundiária na região. Em Chapada do Norte, o trabalho de recadastramento será feito em parceria com técnicos da Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
Documentação.
Com o apoio da prefeitura e da Câmara Municipal de Chapada do Norte, o recadastramento será feito até o dia 19 deste mês, no Salão da CASI. Os posseiros interessados deverão comparecer ao local que for disponibilizado pelo município para o recadastramento, munidos dos documentos pessoais (carteira de identidade, CPF e certidões de nascimento ou casamento) e dos documentos que comprovem a posse (declaração de STTR, Emater, CMDRS e prefeitura; contratos de particulares que versem sobre cessão ou transferência, a qualquer título, do imóvel rural; conta de luz; CCIR; ITR; CAR; cartão de produtor rural – Inscrição Estadual; cadastro perante o IMA, IEF, Igam etc.; recibos ou notas fiscais relativos a insumos utilizados na propriedade; recibos ou notas ficais relativos negociação de bens ou produtos agrícolas ou animais, dentre outros).
Fonte: Agência Minas.
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Ocupação William Rosa avança para solução do conflito.



Após intervenção da deputada Marília Campos (PT) e do governo Pimentel, já há um entendimento sobre vários pontos da pauta e na próxima reunião da Mesa Estadual de Negociação o acordo poderá ser selado.
Mais uma ocupação urbana — a William Rosa, em Contagem — ganhou espaço para apresentação de suas reivindicações. A Comissão de Participação Popular, presidida pela deputada Marília Campos (PT), que requereu a audiência pública e recebeu os moradores, autoridades do Estado e do Município para a construção de um acordo para o conflito. Na reunião a parlamentar propôs que o governo do Estado sustente o auxílio moradia enquanto os ocupantes aguardam a construção do conjunto habitacional em Contagem.
A William Rosa tem hoje um assento de cerca de 400 famílias que ocupam um terreno da CeasaMinas, desocupado há mais de 30 anos. No início da ocupação, ocorrida em outubro de 2013, havia mais de três mil pessoas no local.
A expectativa é que haja um acordo para a questão, já que vários desafios do conflito foram superados com a intervenção dos governos Federal e Estadual, da prefeitura de Contagem e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Representante da ALMG na Mesa de Negociações Permanente, criada pelo governo Pimentel com objetivo de dialogar com os atores envolvidos nas ocupações urbanas e no campo, Marília Campos acredita num acordo para a ocupação já na próxima reunião, que deve acontecer em 15 dias.
Isso porque, segundo a deputada, foi formalizada as expectativas com as intenções dos atores envolvidos. “A prefeitura de Contagem cedeu o terreno, a Ceasa disse que vai respeitar as decisões da Mesa de Negociações e o Estado deve assumir sua parte em bancar o auxílio moradia”, explicou.

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