quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Os algemadinhos do impeachment são os mártires de Cunha.

"Esse cheiro de bacon me mata"
“Esse cheiro de bacon me mata”


Devidamente autorizados por Eduardo Cunha, oito integrantes de movimentos pró-impeachment se acorrentaram em volta de uma coluna no Salão Verde da Câmara dos Deputados, cujo acesso é restrito.
Sentados no chão e algemados uns aos outros, pertencem a  grupos distintos, entre eles o MBL (Movimento Brasil Livre).
A ideia é não arredar pé (ou nádegas) enquanto o presidente da casa não deferir os pedidos de afastamento da presidente Dilma Rousseff protocolados na Câmara.
Antes de se atrelarem, leram uma carta aberta à liderança do PMDB, fazendo a cobrança.
Cunha receberá nos próximos dias um aval da área técnica sugerindo que ele dê andamento à peça de Helio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Jr.
Segundo a recomendação, o pedido atualizado do trio se enquadra na lei que trata de crimes de responsabilidade. Dilma teria assinado decretos no decorrer deste ano que aumentaram a despesa do Executivo sem autorização do Congresso.
Mas Cunha é Cunha. Dá uma no cravo e logo em seguida na ferradura. Não demonstra nenhuma intenção que não seja a de salvar a própria pele.
Ficou irritado com o vazamento da informação que o parecer da área técnica da Câmara dos Deputados será favorável à sequência do trâmite de impeachment mas na verdade isso é mais um trunfo para si e para as bancadas retrógradas das quais faz parte. Manter Dilma em fogo alto é tudo o que deseja.
Já os manifestantes dizem que vão ficar ali, em greve de fome e “até quando aguentarem.” Para tanto, alguns deles afirmaram estar usando fraldas geriátricas.
Ninguém trabalha? Ninguém tem o que fazer? Ninguém tem conta pra pagar no banco? Ao menos conseguiram um fato inédito: pela primeira vez, gente do PSDB é algemada.
Eles não solicitaram, mas grupos solidários também poderiam levar medicamentos para aterosclerose, Parkinson, Alzheimer, angina, diabetes, reumatismo. E claro, muito Gardenal.
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