quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Dilma defende programas sociais: "Nenhum passo atrás será dado" - Em um discurso interrompido várias vezes por aplausos e gritos de apoio, a presidenta Dilma Rousseff garantiu nesta terça (3) que, apesar do ajuste fiscal anunciado pelo governo para reequilibrar a situação fiscal do país, o governo não irá abrir mão das políticas sociais que "estão mudando o Brasil" e tiraram o país do mapa da fome.

 

"Nenhum passo atrás será dado nessa trajetória. Vamos atualizar e ampliar a nossa agenda", disse Dilma, ao participar da cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar (Consea). Ao chegar ao evento, a presidenta foi recebida de forma efusiva pela plateia, que entoou o tradicional “Olê, olê, olê, olá! Dilma, Dilma!”.

"Passamos hoje por momentos de ajuste, por um momento necessário para reorganizar nossa situação fiscal, reduzir inflação, recuperar a força de nossa economia. Para isso, nós vamos adotar várias medidas, mas, asseguro a vocês, essas medidas têm por objetivo encurtar este período para que possamos, de forma mais rápida, crescer e gerar todos os empregos e oportunidades necessários para o nosso povo", afirmou a presidenta.

De acordo com ela, todas as escolhas que norteiam o ajuste fiscal "estão orientadas pelos compromissos de – ao mesmo tempo – fazer uma reorganização da nossa economia, mas nós não vamos abrir mão das políticas que estão mudando o Brasil".

A presidenta reiterou que o programa Bolsa Família é uma prioridade de sua gestão e reafirmou que ele "não será reduzido". No mês passado, o relator do Orçamento 2016 no Congresso, o deputado Ricardo Barros, disse que iria propôr um corte de R$ 10 bilhões dos R$ 28,8 bilhões previstos no orçamento do programa para 2016. "Quero assegurar que o Bolsa Família continua sendo pago pontualmente e garanto que não sera reduzido", sublinhou Dilma.

Durante o discurso, ela analisou a mudança no cenário desde a realização da primeira conferência. E destacou que esta seria a primeira Consea a ser realizada desde que o Brasil saiu do mapa da fome das Nações Unidas. Segundo a presidenta, "faltava o engajamento do Estado" na luta contra a miséria.

Em vários momentos, ela defendeu o compromisso do governo federal com o combate à fome, desde o início de 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse. De acordo com a presidenta, a partir de então, foi feita a "escolha política" de enfrentar o problema.

"Priorizar o combate à fome e a superação da miséria, nós sabemos, é só o começo", disse. A presidenta avaliou ainda que o sucesso dessa política foi resultado de uma série de fatores, entre eles, a implementação do Bolsa Família, a ampliação do emprego formal, o aumento do poder de compra da população e o fortalecimento da agricultura familiar.

No evento, Dilma propôs um pacto nacional pela alimentação saudável e sustentável, como forma de combater os casos de obesidade no país. Além dela, participaram da cerimônia os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Marcelo Castro (Saúde) e o ministro da Educação em exercício, Luiz Cláudio Costa. 


Por Joana Rozowykwiat, do Portal Vermelho.

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