quinta-feira, 19 de novembro de 2015

"Estou encerrando minha vida pública", diz Temer sobre Presidência da República.



Jornal GGN - Tentando conter os ânimos da militância peemedebista que, durante Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, nesta terça (17), saiu em defesa do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente Michel Temer, líder nacional do PMDB, disse que está encerrando sua vida pública e que é preciso "esperar" até 2018 para que o partido tente emplacar um sucessor no Planalto. "Por enquanto, não”, disse Temer após gritos de "presidente". "Vamos esperar. Em 2018, vamos lançar um candidato [à Presidência da República]. Temos grandes nomes no PMDB, não eu. Estou encerrando minha vida pública”, afirmou.
Segundo informações da Agência Brasil, Temer disse que o Programa Uma Ponte para o Futuro, documento com propostas para tirar o Brasil da crise, divulgado em outubro e que está sendo discutido no encontro do PMDB, não é eleitoral. “Esse programa pode ser uma contribuição para o governo a que eu pertenço para retomar o crescimento, a estabilidade”.
Ainda de acordo com ele, para sair da crise econômica, as mudanças devem ser estruturais e “não apenas cosméticas”. “Devemos escolher nossas prioridades. Temos que equilibrar nossas contas públicas e realizar adequações nos gastos para permitir o controle da inflação, a queda dos juros e a retomada da capacidade de investimento o mais rápido possível. Temos que ter coragem de não fugirmos dessa luta, de não encolhermos diante de qualquer demagogia fácil. A sociedade brasileira exige ousadia e demanda um Estado moderno, ágil e eficaz”.
Vaiado por um grupo de militantes antes de iniciar seu discurso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), reafirmou que o partido terá candidato à Presidência em 2018 e vai disputar as eleições municipais em 2016 com seus candidatos. Rompido oficialmente com o governo Dilma desde que foi pego na Lava Jato, Cunha defendeu o distanciamento imediato do PT.
“Ninguém mais tem dúvida que o PMDB tem que buscar seu caminho próprio. Time que não joga, não tem torcida. Isso acabou. E haverá discussão se o PMDB tem ou não tem que ficar atrelado ao projeto que aí está. Nós não temos compromisso com aquilo que está sendo colocado, porque não participamos da sua formação. Sem que nossa voz possa ser ouvida, o PMDB tem que buscar seu caminho. E essa voz não pode ser abafada por meia dúzia de carguinhos para poder calar aqueles que não têm compromisso com o partido”, comentou.

Nenhum comentário: