sábado, 21 de novembro de 2015

PTMG - Governo de Minas reúne prefeituras atingidas pela barragem em Mariana.


O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, reuniu-se nesta quinta, 19/11, com prefeitos da região do Rio Doce que foram atingidos, direta ou indiretamente, pelo rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, no último dia 5.
No encontro, os prefeitos e prefeitas expuseram suas demandas desde a questão do abastecimento de água, a poluição do Rio Doce, até ações judiciais necessárias para garantia da compensação dos danos causados pela tragédia de Mariana.
“Foi uma reunião de trabalho para avaliarmos a extensão dos danos e tomarmos algumas medidas que vão ser implementadas ao longo dessa semana. A principal delas é a criação de uma comissão que vai centralizar e coordenar todas as iniciativas, daqui para frente, voltadas para a recuperação do rio Doce”, afirmou o governador em coletiva à imprensa.
Pimentel destacou que o momento é de cuidar da recuperação do rio Doce, do ressarcimento das perdas ocorridas e das indenizações. E completou: “agora, a questão de valor, toda a responsabilidade é da empresa, da Samarco. Então, é ela quem vai arcar com esse prejuízo”.
A comissão será formada pela Secretaria de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Defesa Civil, da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), da Advocacia Geral do Estado (AGE) e das prefeituras.
Em Brasília, reunião com Dilma para ações conjuntas.
Na última quarta, 18/11, em Brasília, o governador Fernando Pimentel se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff para ajustar as ações de salvamento e recuperação do Estado e do Governo Federal. A Advocacia Geral da União (AGU) e a Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais e do Espírito Santo, para darem andamento às ações jurídicas em conjunto, incluindo as prefeituras, a fim de garantir indenizações adequadas, justas e eficazes..
Prefeitos aprovam ações conjuntas.
Os prefeitos e prefeitas presentes consideraram necessária a união dos esforços dos governos estadual, federal e municipais para avançar na solução dos problemas causados pelo rompimento da barragem do Fundão, bem como procedimentos para evitar novas tragédias. A prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa, afirmou: “o compromisso do governo Pimentel e do governo Dilma Rousseff com essa recuperação da Bacia dá a unidade das ações que deverão ser executadas. É importante unificar as ações para que elas tenham o caminho certo. É importante também ter uma comissão que ajude a pensar os caminhos junto com os prefeitos”, declarou.
Mesa de Diálogo do Estado vai mediar negociações com populações atingidas.
O mecanismo de solução de conflitos criado pelo Governo de Minas vai atuar como facilitador e acompanhar as tratativas entre a mineradora Samarco e os moradores. A instância mediadora vai formular uma agenda de reuniões para contemplar todos os municípios que se encontram ao longo da bacia do Rio Doce.
A primeira reunião foi em Mariana, na quarta, 18/11, com representantes dos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu, diretamente afetados pelos rejeitos, das cidades de Governador Valadares e Periquito, impactados pela contaminação do Rio Doce, e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Eles discutiram as consequências provocadas pelo rompimento da barragem no dai 5/11 e o MAB encaminhou uma pauta de reivindicações à Samarco. No próximo dia 25/11 haverá nova reunião em Mariana.
Foto: Manoel Marques/Imprensa MG
Com informação da Agência Minas
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Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado pelo Estado em atividades de expressão cultural afro-brasileira.



Conscientização, arte e reflexão sobre a importância dos negros na história do povo mineiro integram o calendário de 10 dias de programação em Belo Horizonte.
“A data da terrível execução de Zumbi, em 1695, é o dia em que o Brasil reverencia o líder do Quilombo de Palmares e convoca a todos para a luta diuturna em favor da igualdade racial e dos direitos humanos”. A frase, dita pelo secretário de Cultura, Angelo Osvaldo, mostra a importância do Dia Nacional da Consciência Negra para o Governo de Minas Gerais, que realizará uma série de eventos para comemorar a data entre os dias 19 e 29 de novembro.
Palestras, exposições, exibição de filmes, debates, entrevistas, apresentações musicais, o Festival de Arte Negra, entre outras vão estar na agenda dos mineiros para valorizar a afro-descendência com extensa programação em comemoração ao mês da consciência negra. Clique aqui para ver a programação completa.
A importância das influências do povo africano, celebrada oficialmente em 20 de novembro, no Brasil, é exaltada no compromisso do Governo de Minas Gerais com a celebração do Dia Nacional da Consciência Negra e sublinha a formação da identidade cultural brasileira e a valorização do patrimônio material e imaterial de matriz afro-brasileira no Estado. A data foi marcada pelo Governo em 2003 e instituída em 2011 em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519.
Diversos equipamentos e centros culturais, que serão invadidos por atividades e intervenções artísticas realizadas pelas Secretarias de Estado de Cultura (SEC)Educação (SEE)Esportes (SEESP)Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC), a Fundação Clóvis Salgado (FCS) e o Circuito Cultural Liberdade em ações que trazem à tona a discussão sobre a arte, luta e a resistência do povo negro.
O amplo calendário comemorativo, além de oferecer amostras das expressões culturais afro-brasileiras, promove a aprofunda a reflexão acerca da relevância da contribuição dos negros para construção da história do povo mineiro.
Dia Nacional da Consciência Negra.
Circuito Liberdade.
Com o tema da Consciência Negra, o Circuito Cultural Liberdade realiza, entre os dias e 21 a 30 de novembro, o concurso cultural de fotos do Instagram. O concurso oferecerá a fotógrafos amadores uma exposição noEspaço do Conhecimento UFMG e prêmio diversos.
A proposta é que os participantes produzam fotos sobre as pessoas e os eventos realizados dentro do perímetro do Circuito Cultural Liberdade, incluindo os espaços integrantes do complexo, que são parceiros na edição deste ano do Festival de Arte Negra – FAN.
Os interessados devem se inscrever com antecedência. Confira o regulamento completo clicando aqui.
Fundação Clóvis Salgado.
Durante dois dias, a atividade promovida pela Fundação Clóvis Salgado (FCS) no Dia Nacional da Consciência Negra, reunirá professores, pesquisadores, artistas, coreógrafos e cineastas no Teatro João Ceschiatti para discutir a Arte Negra. Tendo como foco a dança e o teatro, estarão em debate a integração da Arte Negra na identidade artística brasileira, a diversidade cultural nacional como patrimônio da humanidade. Voltada para o público em geral, essa atividade busca contribuir para a formação de artistas e estudantes.
O seminário inclui debates, exibição de documentários e apresentações artísticas e estará em diálogo com o Festival de Arte Negra (FAN) que acontece entre 25 e 29 de novembro em Belo Horizonte e vem ao encontro das ações em comemoração à memória afro-brasileira.
Secretarias de Educação e de Esportes.
A 1ª Caminhada da Promoção da Igualdade Racial, promovida pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) em parceria com a Secretaria de Estado de Esportes (SEESP), vai contar com a participação de cerca de 450 estudantes de 12 escolas estaduais da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana C. A iniciativa, que acontece na próxima sexta-feira (20), de 8h às 11h, faz parte da Campanha AfroConsciência, uma ação da SEE que difunde o importante papel que a cultura e a história africanas.
Na parte da tarde, ainda na Cidade Administrativa, a Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC) e a Secretaria de Educação (SEE), realizam mobilização pelo Dia da Consciência Negra na Cidade Administrativa, na próxima sexta-feira (20/11), no período da tarde.
Entre os destaques da programação está a inauguração da exposição Lélia González, que traz a obra desta historiadora e ativista mineira, expoente do movimento negro brasileiro. Haverá também exposições de empreendedores negros, exibição de documentários sobre temática negra e estandes de escolas estaduais. A animação vai ficar por conta da apresentação de congados de matriz africana e shows de Dóris, Ary Elton, Lu Dhiola e Rita Silva.
Festival Raízes.
Cerca de 150 estudantes de escola estaduais da Região Metropolitana de Belo Horizonte vão marcar presença, na quinta-feira (19/11), das 15h30 às 17h30, no “Festival Raízes – Vozes da Resistência”, que será realizado pelaSecretaria de Educação (SEE), no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O projeto é realizado pelo coletivo “Articulação da Consciência Negra” e conta com a participação de universitários, integrantes de movimentos sociais e de organizações estudantis, colaboradores autônomos e pessoas que combatem e discutem o racismo estrutural e institucional.
A participação dos estudantes acontece na Arena da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. Mais informações sobre o Festival em:
Campanha AfroConsciência.
A ‘Campanha AfroConsciência’, lançada no início deste ano pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), também integra o calendário de comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra e tem o objetivo de fomentar ações nas unidades escolares para a superação do preconceito racial, na busca pelo reconhecimento e valorização da história e da cultura dos africanos na formação da sociedade brasileira, além de iniciativas que enfrentem o racismo e promovam a igualdade racial no âmbito educacional no Estado.
A Lei 10.639 tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio e serve de base para a Campanha Afroconsciência. Outra mudança ocorrida a partir da aprovação da lei foi a inclusão, no calendário escolar, do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.
Rede Minas.
Uma campanha com sete vídeos, realizados pela Rede Minas, que abordam o preconceito circula, nesta semana, no portal do Ministério da Educação, na TV Escola e na Rede Minas. A ação também marca a Semana Nacional da Consciência Negra e busca despertar o ambiente escolar para debater a discriminação.
Os recados são dados por crianças de 11 e 12 anos, todas de escolas públicas, que entram em cena para falar de temas como pele, cabelo crespo e políticas. O conceito da ação foi desenvolvido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC.
Será exibido um vídeo por dia durante esta semana pela TV Escola e nas redes sociais, mas as peças ficarão disponíveis na grade da programação.
Tombamento do núcleo de resistência Zumbi dos Palmares.
Zumbi foi o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial. Zumbi nasceu na então Capitania de Pernambuco, na serra da Barriga, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, no estado brasileiro de Alagoas, em 20 de novembro de 1695.
Há exatos 30 anos, em 1985, na condição de titular do Instituto do patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN), o secretário de Estado de Cultura promoveu o tombamento nacional do sítio alagoano da Serra da Barriga, o núcleo da resistência de Zumbi dos Palmares. A proteção da cidade do mártir foi referência para a salvaguarda constitucional dos territórios quilombolas.
“Evocamos a luta mineira do Quilombo do Ambrósio e as ações que incontáveis grupos culturais ampliam e aprofundam, na atualidade, por todo o Estado. No Dia Nacional da Consciência Negra, Minas Gerais celebra uma política pública que soma todas as participações e consolida as conquistas pelas quais morreram esses nossos heróis”, encerrou o secretário de Estado de Cultura Angelo Oswaldo.
Fonte e imagem: Agência Minas
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Júlia Drummond: Sobre ser negra e lutar contra o silenciamento.



Se você é uma mulher negra, não se cale. Nós não estamos ganhando nada com o nosso silêncio. As outras pessoas que aprendam a ouvir.
Esse texto é para todas/os, mas principalmente para as mulheres negras e eventuais brancas/os curiosas/os.
Aos que não me conhecem, meu nome é Júlia, tenho 23 anos, sou mulher cis, hetero, negra e universitária. Me formei recentemente em Direito na USP e acabei de ser aprovada no mestrado em Direitos Humanos na mesma Universidade.
Parece muito prepotente da minha parte sair divulgando o meu currículo, mas  parei de falsa humildade porque a verdade é que as pessoas nunca esperam que eu ocupe este lugar, a menos que já me conheçam. Faço parte da exceção que confirma a regra, ou seja, sou aquele ponto preto num mar de gente branca, desde a minha Faculdade até o meu trabalho.
E sobre o que é este texto? É sobre silenciamento e lugar de fala. O que quero dizer com esses termos? Recentemente me vi em situações que mostraram o quanto o tempo todo as pessoas aparentemente mais legais, abertas e cults não fazem questão de me ouvir quando o que tenho pra falar questiona as posições que elas ocupam na sociedade. Eu não pretendo, com esse texto, fazer análises profundas sobre o que as leva a agir assim, mas apenas mostrar como isso acontece, para que, eventualmente, possamos nos unir para combater esse problema (não, não é simples, mas entender como acontece é um bom começo).
Não faz muito tempo, conversava com um rapaz branco e universitário e ele ficou impressionado com o fato de toda vez que falo de raça ou gênero cito fonte, ano, dados estatísticos e cruzo referências bibliográficas. Eu não tinha reparado que estava fazendo isso, mas percerbi que esse comportamento é consequência dos constantes questionamentos que sofro sobre os assuntos de que expresso.
Nós, mulheres negras, somos muito questionadas a todo momento, e a experiência me diz que, primeiramente, as pessoas – aqui me refiro às e aos militantes de esquerda – não pressupõem que a gente possua acúmulo acadêmico, o que é uma postura elitista, como se não bastasse ser também racista e sexista, porque exige um conhecimento restrito ao círculo delas/es que silencia a vivência de quem sofre a opressão e, muitas vezes, não ocupa este lugar no qual eu tenho o privilégio de estar.
Cito alguns exemplos de casos que representam esse silenciamento: ao conversar com um outro rapaz sobre atitudes machistas que adotou (e possivelmente continua adotando), fui questionada sobre cada item da minha fala, com argumentos que variavam desde “você precisa entender que teses sociológicas têm suas limitações quando aplicadas na vida privada” até “você está me tratando como um machista qualquer e invalidando a minha militância”.
Sobre o primeiro argumento, pedi fontes, afinal, se é pra jogar com academicismo, que seja com propriedade. Ele não as tinha. Sobre o segundo, perguntei por que se achava tão especial em relação aos outros homens. Por que ele é de esquerda? Não entendi.
A lição que se pode tirar desse exemplo pessoal, é que o rapaz me enalteceu como feminista e mulher negra enquanto eu não apontei o machismo dele. Mas, ao fazê-lo, de repente todo o meu acúmulo e, muito pior, a minha vivência foi ignorada, porque o conhecimento dele teoricamente valeria muito mais. Não, não vale. Ele não sabe o que é ser mulher negra, ser estereotipada, objetificada, preterida nas relações, tratada como segunda classe. Ponto final.
Outro exemplo, e este vale também para as feministas brancas, são as maneiras como o feminismo vem se propagando midiaticamente. Para além da discussão sobre as diversas vertentes feministas (a que eu procuro adotar é a do feminismo interseccional), o que está posto é que mulheres como a JoutJout, a Clarice Falcão e a Emma Watson vêm ganhando destaque. Não acho ruim que elas falem sobre o que falam, mas devemos nos perguntar por que a voz delas é ouvida e a nossa não.
Essa é outra forma de nos silenciar: apenas se importar com a opinião de quem já é privilegiada/o, seja essa pessoa uma mulher branca (sim, ela sofre machismo, mas ela vai continuar não sendo confundida com a vendedora da loja ou morrendo 10% menos por feminicídio, enquanto as mulheres negras morrem 54% mais) ou um homem branco.
Assim, deixando um pouco da minha reflexão: se você é uma mulher negra, não se cale. Nós não estamos ganhando nada com o nosso silêncio. Pode ser o que for, desde a sua opinião sobre qualquer coisa que não pareça relevante até a denúncia de um relacionamento abusivo por parte de alguém machista ou racista (ou os dois) escroto. Às demais pessoas: se querem tornar nossas vidas mais dignas, aprendam a ouvir. Como suspeito que isso não vai acontecer sem reclamações e resistências, não vamos e não devemos mais esperar outro punhado de séculos para que nos vejam como sujeitos de direitos que somos. Foi-se o tempo do medo e da espera de respeito que não veio: a gente vai se empoderando pra falar na marra.
Julia Drummond é advogada, mestranda em Direitos Humanos na USP, mulher negra e feminista.
Foto: Marcelo Casal/ Agência Brasil
Fonte: Carta Maior
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3º Congresso da Juventude do PT começa nesta quinta.



Cerca de 600 jovens petistas de todo o Brasil se encontram a partir desta quinta-feira (19) para decidir os rumos da juventude do Partido dos Trabalhadores durante o 3º Congresso Nacional da Juventude do PT (3º ConJPT).
Com homenagem ao ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra, que faleceu no dia 4 de outubro desse ano, o 3º ConJPT acontecerá de 19 a 22 de novembro, em Brasília (DF).
O credenciamento das delegações inicia nesta quinta-feira (19) e a abertura oficial será nesta sexta-feira (20), com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A abertura terá transmissão ao vivo, a partir das 9h, pela Agência PT de Notícias.
O tema principal do 3º Congresso é a luta contra o extermínio da juventude negra.
“O jovem negro no Brasil ainda sofre um processo altíssimo de violência e acaba sendo exterminado dos espaços de vivência. Precisamos e estamos nessa luta para que o jovem negro possa viver. O PT e os governos precisam colocar isso como prioridade em todos os espaços e construções possíveis”, destaca o secretário nacional da juventude do PT, Jefferson Lima, explicando o motivo da escolha do tema.
Jornada Solidária – A juventude do Partido dos Trabalhadores também organiza uma jornada solidária durante o 3º ConJPT, com o intuito de arrecadar roupas para as vítimas da tragédia de Mariana (MG) e livros a serem doados a bibliotecas populares na periferia de Brasília (DF).
“É importante que cada companheiro e companheira que vai participar do Congresso traga livros e roupas para essa jornada solidária”, ressalta Jefferson Lima.
Além dos delegados e participantes do 3º ConJPT, qualquer pessoa pode doar. Basta passar no local do Congresso entre os dias 19 a 22 de novembro e fazer a doação. Mas atenção: as roupas destinadas para Mariana (MG) serão recolhidas pelo exército brasileiro no sábado (21).
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Mulheres no nosso país são absolutamente inviabilizadas, critica Eleonora Menicucci.



A secretária especial de Políticas para as Mulheres diz que lutou para que Nilma Lino Gomes ficasse a frente do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. A opção “dá visibilidade para quem nunca teve”, explica.
Na tarde de segunda-feira (16), a Web Rádio Linha Direta recebeu a secretária especial de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, Eleonora Menicucci, para participar do programa Mais Mulher.
Marcando mais uma parceria do Diretório Estadual do PT-SP com a Fundação Perseu Abramo, o programa foi apresentado pela secretária Estadual de Mulheres do PT-SP, Marta Domingues, a Martinha, e também foi transmitido pela TevêFPA.
Um espaço para reflexões sobre a conjuntura e a vida das mulheres, dentre outros temas, o programa Mais Mulher faz parte da grade de programação da Web Rádio LD, sempre às quartas-feiras, 18 horas, com três blocos.
Na conversa, que acabou se transformando numa sabatina de internauta que enviaram perguntas através hashtag #ElenoranoLinhaDireta, a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, explicou o processo de transição das pastas que classificou como necessária. Para ela, o status de ministério que a Secretaria teve possibilitou várias conquistas para as mulheres.
Eleonora diz que lutou para que uma mulher negra ficasse a frente do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. A opção da presidenta Dilma Rousseff por Nilma Lino Gomes, para ela, dá visibilidade para quem nunca teve.
“Eu luto e lutei para isso, ter sido uma mulher, negra. Porque a população negra e, sobretudo, as mulheres no nosso país são absolutamente inviabilizadas. Absolutamente temos uma dívida social e histórica com elas”, ressalta a ministra.
Eleonora falou que a Lei Maria da Penha fez com que as mulheres passassem a confiar nas políticas públicas de proteção. “Desde a Lei Maria da Penha a denúncia para as mulheres ficou muito mais fácil, porque aumentou muito. Passaram a perder o medo, passaram a confiar nas políticas públicas de proteção para as mulheres e perceberam a própria vulnerabilidade delas”, explica.
As recentes mobilizações feministas também comentados pela secretária especial de Políticas para as Mulheres. Ela diz que gostou muito do movimento que bombou a hashtag “AgoraÉqueSãoElas na rede e frisou que não deve haver retrocessos nos direitos das mulheres. Segundo ela, as mulheres são maioria na sociedade brasileira e deve ser analisado quem está propondo e votando esses projetos que tiram direitos das mulheres sobre o próprio corpo.
“Eu acho que a primavera feminista veio no momento importante para discutir o porquê de retroceder nas conquistas dos direitos das mulheres. Quem está decidindo esse retrocesso? Quem está propondo? Quem vota? Porque nós somos 52% da população e já conquistamos muitos direitos”, avalia.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias, com informações do Portal Linha Direta.
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Petistas rechaçam violência contra Marcha das Mulheres Negras.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse nesta quarta-feira (18), após as agressões contra participantes da Marcha das Mulheres Negras, em Brasília, que a ordem democrática não pode permitir atos dessa natureza. “Isso não pode continuar desse jeito”, afirmou. Ele reivindicou ainda medidas para retirar o acampamento que se fixou no gramado do Congresso Nacional há mais de um mês – de onde partiram os atos de violência contra as manifestantes. “Há que se tomar providências. Acho que tem que fazer uma limpeza geral aqui. Do jeito que está não dá”.
Também em tom indignado, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) denunciou na tribuna da Câmara as agressões contra as participantes da marcha. “Aquela bomba veio… Não aquela bomba, mas bombas. Aquelas bombas foram soltas ali por eles. Temos pessoas feridas. E as mulheres, como sempre, pacíficas, assustadas e se sentindo desprotegidas pelo poder público, na medida em que não tem um policiamento para resguardar uma marcha de mais de 10 mil mulheres”, afirmou a deputada.
Benedita pediu ao presidente do Congresso, que presidia naquele momento a sessão, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para tomar providências a fim de garantir segurança no local e promover o esvaziamento do gramado, pondo fim ao acampamento, que se mantém de forma ilegal nas imediações do Parlamento. “Têm armas, têm bombas e estão agredindo a população pacífica, ordeira, civil. Não é possível um descalabro desta natureza!”, protestou.
A deputada considerou ser inadmissível que representantes do retrocesso se voltem contra uma marcha pacífica e democrática. “Os golpistas que saiam, porque nós, mulheres negras, não somos golpistas e não viemos a Brasília para sustentar golpe. Viemos aqui para sustentar o Estado Democrático de Direito e reivindicar os nossos direitos como mulheres negras que somos”.
Ainda na tribuna, a parlamentar pediu apoio a deputados e senadores contra a violência sofrida pelas mulheres negras que participavam da marcha. “Gostaria também de estender esse apelo às demais Lideranças desta Casa, aos outros partidos de oposição ou de situação que se manifestem, porque hoje acaba de acontecer uma atrocidade. Eu nunca vi uma coisa desta natureza”.
Ocupação – Também no plenário da Câmara, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) considerou uma violação à democracia a ocupação em caráter permanente do gramado do Congresso por movimentos golpistas que estão no local há mais de um mês. Ela reforçou que é necessário restabelecer o pluralismo político, bem como a possibilidade de manifestação de todas as ideias.
“É muito difícil, hoje, por exemplo, a Marcha das Mulheres Negras aproximar-se do Congresso Nacional e ser recebida por nós nesta Casa. Não é possível que um único movimento – independentemente do que pense, independentemente de que seja uma atitude constitucional ou inconstitucional – seja dono do gramado, do espaço do Congresso Nacional”, denunciou Rosário.
Em repúdio à violência contra a marcha, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) considerou inconcebível a atitude de manifestantes pró-golpe que atacaram as manifestantes da marcha. “Isso é revoltante. A rua é um espaço democrático, onde todos e todas têm o direito de se manifestar, proclamando seus direitos, suas lutas, seus sonhos”. Fátima disse esperar que as agressões contra as mulheres sejam apuradas e punidas com todo o rigor.
Saudação – Pouco antes da violência contra as mulheres, deputados petistas já haviam subido à tribuna para saudar a manifestação, que transcorria de forma ordeira e pacífica desde a manhã da quarta-feira. A deputada Moema Gramacho (PT-BA) comemorou a luta das mulheres negras, dizendo que “lugar da mulher negra é na universidade, na escola, na construção civil, na indústria e também na política, na Câmara dos Deputados”.
O deputado Vicentinho (PT-SP) destacou a organização da marcha que transcorria até aquele momento de forma tranquila. “Elas têm uma pauta de dignidade, importantíssima. A marcha está belíssima, muito pacífica. São milhares de pessoas percorrendo alguns quilômetros”.
Os deputados petistas João Daniel (SE), Valmir Assunção (BA) e Zé Geraldo (PA) também saudaram a marcha em plenário.
Fonte: PT na Câmara
Foto: Antonio Cruz

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