segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

PTMG - Mentiras de Azeredo em juízo viabilizaram pena de 20 anos.



Afirmação é da juíza Marisa Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, responsável pela condenação do ex-governador tucano que liderou “Mensalão mineiro”
A condenação do ex-governador e senador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB) a 20 anos e 10 meses de prisão, pela juíza Marisa Costa Lage, só foi possível após ela identificar uma série de mentiras ditas pelo réu durante depoimentos à Justiça, informa reportagem publicada nesta sexta-feira pelo portal de notícias Brasil 247.
A juíza da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte relata em sua sentença, segundo o portal, que executou um “trabalho extremamente árduo” de caça a provas, mas que conseguiu “retirar das entranhas do processo, o detalhe, a contradição, a mentira”, que acabaram resultando na condenação. Azeredo disse que vai recorrer.
Marisa define como “despudoradas” as mentiras do tucano. “Em todas as oportunidades que teve para se manifestar nos autos, o acusado (Eduardo Azeredo) mentiu, objetivando, de todas as formas, confundir o julgador e se esquivar de sua responsabilidade penal”, declarou Marisa.
Azeredo relatou, por exemplo, não ter tido conhecimento do uso de caixa dois em sua campanha eleitoral por – ocupado na função de governador –, não poder acompanhar as atividades do seu comitê.
Muitas mentiras – A listagem de mentiras relacionadas na sentença de 125 páginas é grande. “Ele mentiu sobre suas relações pessoas com os demais envolvidos, para parecerem superficiais; mentiu que não se envolvia na campanha e de nada sabia sobre questões financeiras”, disse Marisa.
Também “mentiu ao afirmar que Claudio Mourão (que foi o tesoureiro da campanha de Azeredo em 1998) fora o único responsável por toda a questão financeira da campanha”, numa contradição ao depoimento do próprio acusado.
Outra mentira ajudou a desmontar a argumentação de Azeredo de que não sabia detalhes da contratação do publicitário Duda Mendonça. Segundo ela, ele “mentiu sobre a contratação de Duda Mendonça, afirmando ser o único político envolvido na campanha que não sabia dos valores que seriam pagos a ele”.
Depoimentos de Clésio Andrade (seu vice na campanha de 1998) e de Walfrido dos Mares Guia, bem como documentos do publicitário Marcos Valério nos autos, contradisseram a afirmação do governador.
A juíza também afirma que Azeredo mentiu sobre a participação de Marcos Valério e a SMP&B naquela campanha eleitoral de reeleição, confrontando declarações de Clésio Andrade (novamente), Marcos Valério, Cláudio Mourão, Denise Landim, Leopoldo José de Oliveira, José Vicente Fonseca e Alezandre Rogério Martins da Silva.
O ex-governador mentiu ainda sobre os patrocínios determinados pelo Governo do Estado às empresas estatais Copasa (água e saneamento), Cemig (energia elétrica) e Bemge (banco), “restando claro que foi o próprio acusado que os determinou”, diz outro trecho da sentença.
Ele “mentiu sobre o pagamento das dívidas de Cláudio Mourão e Marcos Valério, sendo que, nesse caso, a mentira foi tão despudorada que prescindível depoimento de testemunha. A análise das próprias declarações do acusado já seria suficiente para demonstrar o tamanho da inverdade”, afirma Marisa.
“Aliados a todos os depoimentos, declarações e documentos que, por si sós, foram capazes de demonstrar o caminho de mentiras em que se enveredou o acusado Eduardo Azeredo, encontram-se as declarações de Clésio Andrade, que afirmou que todas as decisões da campanha eram tomadas por Eduardo Azeredo, Walfrido dos Mares Guia, Cláudio Mourão, Álvaro Azeredo e João Heraldo”.
Conforme a juíza, várias testemunhas “são uníssonas em afirmar que o acusado tinha conhecimento de toda trama envolvida em sua campanha eleitoral, tornando-se essa, portanto, a única versão possível e plausível para os fatos dos autos”.
Fonte e imagem: Agência PT de Notícias
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Inscrição para especialização da ESP-MG para gestores do SUS aberta até 23/12.


Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) está com inscrições abertas para seleção de candidatos ao curso de pós-graduação em Gestão do Trabalho e Educação em Saúde. A especialização qualifica profissionais, nos âmbitos do Estado e dos municípios, para implantar e gerir projetos de acordo com as diretrizes do Sistema Único de Saúde. São 35 vagas.
Esta é mais uma das iniciativas da ESP-MG que, por meio dos seus conteúdos direcionados a profissionais da saúde, contribui para o SUS em Minas Gerais difundindo conhecimentos a partir da integração ensino-serviço. Em 2015, mais de 8.500 alunos passaram pela escola e foram qualificados para atuar no sistema de saúde pública.
Conforme edital, o público-alvo do curso de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde é composto por gestores e técnicos que atuam nestas áreas nas secretarias municipais e estadual de saúde. O processo de seleção se dá por meio da análise de documentação, currículo e carta de intenção do candidato.
Os documentos devem ser postados via Correios ou entregues pessoalmente na sede da ESP-MG, em Belo Horizonte, até o dia 23 de dezembro, último dia de inscrições. Com carga horária de 464 horas/aula, o curso tem início previsto para fevereiro de 2016.
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Governador Fernando Pimentel e ministro George Hilton abrem trabalhos para passagem da Tocha Olímpica em Minas Gerais.



Representantes dos governos federal e estadual destacaram capacidade de organização do Estado para realização do evento; 35 cidades mineiras participarão do revezamento.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, participou nesta sexta-feira (19/12) no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, ao lado do ministro do Esporte, George Hilton, da abertura da reunião de trabalho sobre o Revezamento da Tocha Olímpica no Estado. Minas Gerais será o Estado por onde a tocha, símbolo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, passará por mais cidades no Brasil, a partir de maio do ano que vem.
“Nós temos o que mostrar no campo esportivo, no campo turístico e cultural. Para Minas Gerais é uma oportunidade única. Só Minas Gerais vai ter mais municípios recebendo a tocha do que todo o Reino Unido durante as Olimpíadas naquele país. Não vai faltar apoio do governo do Estado para essa iniciativa. Vamos estar inteiramente à disposição dos prefeitos e das prefeitas para fazer a melhor festa, a melhor passagem da tocha em cada cidade”, afirmou o governador.
Nesta sexta-feira, equipes interministeriais do governo federal estiveram na capital mineira para discutir a mobilização e logística do evento com as lideranças políticas do Estado. Entre os dias 3 de maio e 5 de agosto de 2016, a tocha irá percorrer 300 cidades de todos os estados brasileiros. Será carregada por cerca de 12 mil condutores até a pira Olímpica a ser acesa na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Maracanã.
Durante a abertura da reunião, foi assinado um termo de cooperação técnica entre o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e o Estado de Minas Gerais para garantir a estruturação da realização de jogos dos torneios olímpicos de futebol feminino e masculino.
Minas Gerais foi o primeiro Estado brasileiro a criar um programa – o Minas 2016 – para atendimento e captação de delegações estrangeiras para aqui realizarem a fase final de preparação para as competições. “São seis delegações já definidas e algumas que estão definindo ainda. Estão escolhendo nos 25 centros de treinamento olímpicos em Minas, dos quais 16 já foram visitados inclusive pelo Comitê Organizador Rio 2016. Minas tem o que mostrar”, afirmou o governador.
A equipe do Reino Unido vai se preparar em Belo Horizonte. Uberlândia receberá equipes da Irlanda, Sérvia e Bélgica. Juiz de Fora receberá China e Canadá. O Estado sedia os treinamentos da equipe brasileira de canoagem em Lagoa Santa, no Território Metropolitano.
Segundo o ministro George Hilton, Minas Gerais fará uma festa inesquecível durante a passagem da tocha. “Nunca se investiu tanto no esporte no Brasil. O esporte é mais do que uma ferramenta para revelar atletas. É política de prevenção e inclusão social. Não faltam recursos para amparar os atletas. Nossa meta é chegar entre os 10 primeiros países na Olímpiada e entre os cinco na Paralimpíada”, ressaltou.
Na solenidade, três certificados foram entregues a atletas com 10 anos ininterruptos de Bolsa Atleta, programa de financiamento esportivo do governo federal. Em nome dos atletas presentes, Daniel Alves Rodrigues, atleta paraolímpico de tênis, disse que ter um projeto faz “o atleta ir mais longe”. “É o diferencial que faz os atletas ganharem medalhas. Eu era visto como uma pessoa com deficiência. Depois que entrei para o esporte, sou visto como um atleta de alto rendimento. A emoção é grande de estar representando o Brasil”.
Organização
O secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República, Olavo Noleto, classificou como uma “oportunidade única” a passagem da tocha pelos Estados. Minas Gerais será o 16º Estado entre os 26 a receber a tocha. Ao todo, 330 cidades brasileiras participarão do evento, sendo 35 delas em Minas. A primeira cidade mineira a receber o fogo simbólico será Araguari.
O diretor executivo do Comitê Organizador do Rio 2016, general Marco Aurélio Costa Vieira, justificou a escolha das cidades, feita com base nas riquezas cultural, turística e histórica de cada uma e sua localização geográfica. “O objetivo desse percurso é mostrar aquilo que é mais rico. Estamos envolvendo o país inteiro. São 20 mil quilômetros por terra e 12 mil milhas aéreas. Se a Olimpíada veio para o Brasil, é porque temos condições de fazer”, completou.
Em Minas Gerais, as cidades escolhidas são: Araguari, Uberlândia, Uberaba, Araxá, Serra do Salitre, Patrocínio, Patos de Minas, Varjão de Minas, Pirapora, Montes Claros, Bocaiúva, Couto de Magalhães de Minas, Diamantina, Curvelo, Gouveia, Datas, Serro, Guanhães, Governador Valadares, Naque, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Itabira, Ouro Preto, Itabirito, Betim, Contagem, Belo Horizonte, São João del Rei, Tiradentes, Barbacena, Juiz de Fora, Bicas, Leopoldina e Muriaé.
Também participaram do evento secretários de Estado, prefeitos, vereadores, representantes do governo federal e atletas.
Fonte e imagem: Agência Minas

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