quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Carlos Fernando e CIA. são messiânicos, ideológicos e só acusam o lado do PT.



Por Davis Sena Filho — Palavra Livre


Quando a Justiça ou o MPF ou a PF escolhem lado, porque deixam de ser republicanos, ouvimos afirmações como estas: “O Brasil merece mais. Merece acreditar em quem trabalha duro e honestamente. Vivemos ainda num capitalismo de compadrio, em uma falsa República. Há esquemas criminosos no Governo Federal e nos partidos. É preciso montar o quebra cabeça das relações público-privadas. Só assim a população poderá separar o joio do trigo e poderemos enfim refundar nossa República". (Procurador Carlos Fernando Santos Lima — da força-tarefa do MPF, que investiga a Lava Jato)

Seria muito bom e apropriado o pensamento do principal "Batman" do MPF do Paraná, Carlos Fernando, não fosse ele partidário, vaidoso e egocêntrico, ao ponto de acreditar, messianicamente, em refundação da República, quando o servidor público, na verdade, engavetou por quatro anos o caso do Banco do Paraná (Banestado), que movimentou cerca de R$ 124 bilhões!, um verdadeiro megaescândalo, que transforma qualquer mensalão em gorjeta para garçom de botequim de quinta categoria.

Contudo, a imprensa familiar e de alma golpista, cinicamente e hipocritamente, considerou o "mensalão" do PT, porque o do PSDB, que é mais antigo, até hoje seus réus não foram julgados, "como o maior escândalo da história do Brasil", frase esta que virou bordão na Globo News, empresa dos Marinho repleta de papagaios, que bancam jornalistas e falam somente o que o patrão determinar, bem como pródiga em ter em seus quadros um bando de "especialistas" de prateleiras, que fazem caras e bocas e se consideram sérios e inteligentes, cujas principais funções não é o bem informar, mas, sobretudo, confundir, manipular, distorcer e, se necessário, mentir sobre as realidades e os fatos.

Agem e atuam dessa maneira para impor o pensamento da casa grande e da plutocracia, de modo que os telespectadores, muitos sem perceber, sejam tratados como babacas ou como simplórios coxinhas de classe média, que se tornaram, ideologicamente e politicamente, loucos varridos, pois se comportam em público e nas ruas como histéricos, a babar ódio e insensatez por todos os poros. São pessoas como essas que se sentem arrebatadas por procuradores como Carlos Fernando — o Messiânico, pois o novo marechal Deodoro da Fonseca, o proclamador da República.

Acontece que de boas intenções o inferno está cheio, ainda mais quando o Brasil está a passar por um processo de caça às bruxas e de perseguição política capitaneado, agora, por setores direitistas do sistema judiciário (Justiça, MPF e PF), que decidiram abraçar a luta político-partidária, bem como escolheram, indubitavelmente e nitidamente, o lado da oposição, que é liderada pelo PSDB, sigla que já foi derrotada pelo PT quatro vezes e que está à beira de um colapso nervoso ou um ataque histérico de grande proporções.

Enquanto isso os juízes do STF se calam e se acumpliciam com os desmandos do juiz de primeira instância, Sérgio Moro, além de se subordinarem e se submeterem, incrivelmente, aos ditames da turma do procurador Carlos Fernando, que, estrategicamente, compreendem que nenhum magistrado do Supremo vai conceder habeas corpus a quaisquer presos, inclusive os não julgados e não condenados, porque temem a repercussão da imprensa de mercado dos magnatas bilionários, que faz a cabeça de uma classe média coxinha, de viés neofascista e encolerizada com a ascensão social dos pobres e dos avanços que ocorreram no Brasil, a partir da conquista da Presidência da República pelo PT.

O Supremo Tribunal Federal, para sua vergonha e a do País, submete-se a procuradores, a juiz de primeira instância e a delegados aecistas, servidores públicos que, propositalmente, combatem o Governo Federal constituído legalmente e democraticamente, a utilizarem os autos dos processos conforme suas conveniências políticas, partidárias e ideológicas, porque o interesse é impedir que o Governo governe e que Lula chegue com chance nas eleições de 2018.

O MPF do Paraná, bem como o de Brasília e o MP de São Paulo são indelevelmente ideológicos e, evidentemente, tornaram-se as pontas de lanças para tentar ferir a presidente Dilma Rousseff de morte, com sua hipotética queda do poder, além de atingir o ex-presidente Lula, que está há meses a ser acossado e insultado por procuradores, delegados e, obviamente, pela imprensa dos magnatas bilionários e donos de cartéis midiáticos. Bilionários e proprietários da mais corrupta e covarde imprensa empresarial do planeta Terra.

E tudo o que acontece tem estratégia, porque não é à toa. O Brasil parou; sua economia praticamente congelou e as ações de infraestrutura do Governo Dilma tiveram seus orçamentos diminuídos, bem como muitas obras de grande importância para o povo brasileiro estão paralisadas. Neste País, não se discute o presente e o futuro da Nação, porque a agenda do Brasil se resume apenas à Lava Jato, que, em hipótese alguma, importou-se em resguardar os empregos dos trabalhadores brasileiros e proteger as empresas, muitas delas portadoras e controladoras de ciência e tecnologia avançada, como o são as grandes construtoras.

É como se o Brasil tivesse esquecido os mais de dez anos de avanços sociais e desenvolvimento econômico acontecidos nas gestões petistas, além de o PT, o partido de centro esquerda que mudou o Brasil para melhor, fosse efetivamente uma agremiação política sem importância, quando a verdade é que o PT o é, seguramente, a agremiação partidária mais importante que o Brasil já teve e tem, juntamente com o PTB de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, que foi extinto pela direita que chegou ao poder, em 1964, por intermédio de um golpe militar, e que, na redemocratização do País, a sigla foi negada ao seu legítimo herdeiro, o líder trabalhista Leonel Brizola, que depois fundou o PDT.    

Enquanto isso, o procurador Carlos Fernando continua em sua cruzada de engessamento do Estado nacional e a fazer afirmações de propósitos político, ao praticamente acusar o Governo Lula, por meio de sua Casa Civil, de ser a origem da criação de quadrilhas para assaltar os cofres do Estado nacional. Ele disse, sem nenhuma ponderação, mas sem apresentar provas contundentes, como o fazem, covardemente, no que é relativo ao sítio de Atibaia onde Lula descansa, ao barco de lata de dona Marisa Letícia  e ao triplex do Guarujá, além do prédio simples do Instituto Lula, que foi comprado em 1991, ou seja, há 25 anos, o que realmente é de um nonsense e de uma perversidade inomináveis.

A verdade é que Carlos Fernando e seu grupo não tem o mínimo interesse em trabalhar de maneira republicana. A repatriação do dinheiro enviado para fora, a ter o Banestado como "laranja" de políticos, artistas, empresários e outros que compõem a fauna da corrupção é irrisória. São cerca de R$ 124 bilhões, volto a ressaltar, e o senhor Batman é acusado de ter engavetado por quatro anos o processo e as informações sobre esse mega escândalo, no qual vicejam demotucanos de grande bicos e mãos, além de um empresariado que não fica somente restrito aos donos de construtoras, pois outros segmentos da economia. Pergunta-se: por que o caso Banestado foi congelado por quatro anos, senhor procurador?

Lembro, ainda, que a mulher do procurador Carlos Fernando, Vera Márcia dos Santos Lima, trabalhou em duas agências do Banestado, onde funcionaram as "lavanderias" que propiciaram as remessas ilegais de dinheiro para o exterior. Ela trabalhou entre os anos de 1995 e 2001, sendo que parte deste período seu marido era integrante de força-tarefa que investigava a roubalheira. Exatamente no período que  ocorreram as transferências ilegais de vultosas quantias. Também se torna imperioso não esquecer que os R$ 124 bilhões correram o mundo em paraísos fiscais no auge das privatizações das empresas públicas brasileiras, dentre elas a Eletrobras, a Telebras e a Vale do Rio Doce.

O que eu quero dizer sobre essas afirmações? Que nem tudo o que aparenta ser ilegal e criminoso é real ou realidade. Nem todos os presos pela Lava Jato roubaram, certamente. Só se a Justiça e o MPF se basearem novamente no domínio do fato, como fizeram com José Dirceu, que está preso sem sua culpa ser comprovada. Fato! Uma injustiça inominável e irreparável com político histórico, até porque o tucano e senador Aécio Neves já foi citado quatro vezes por delatores diferentes na Lava Jato e continua a se movimentar leve, livre e solto, a falar o que quer e o que lhe aprouver, bem como a conspirar em favor de um golpe contra Dilma Rousseff, uma presidenta eleita legitimamente e legalmente pelo povo brasileiro.

Trata-se de duas medidas para o mesmo peso, ou seja, "Aos amigos tudo e aos inimigos a força da lei". Nada mais cínico e hipócrita, porque o senhor Batman, Carlos Fernando Santos Lima deveria agir e atuar de forma republicana, a honrar o MPF com imparcialidade e sentimento de justiça. Sem justiça não há paz, já diziam os sábios de todas as eras da humanidade. Se essa gente pensa que vai dar golpe e todo mundo vai bater palmas para maluco dançar está redondamente enganada. As ruas vão ferver, porque milhares de pessoas não vão aceitar golpe judicial ou da forma que seja. Não cabe mais ao Brasil golpismo barato e inconsequente.

Por seu turno, ainda não terminei. O procurador Carlos Fernando negou, ao falar na CPI do Banestado, que tinha parente na estatal bancária e financeira do Paraná. E tinha. Sua mulher Vera Márcia. O inquisidor que dizem que é frio, paciente para ouvir e que nunca negocia com os advogados dos presos da Lava Jato, segundo a CPI do Banestado, mentiu. Ora, como é a vida, né?! Nada como um dia após o outro. No caso do procurador, "Nada como um dia antes do outro". Para ver como são as coisas, não é? Ou com a banda toca...

A verdade é que os tucanos e seus demos privatizaram 140 estatais, nenhuma construída por essa gente entreguista e apátrida, porque subalterna e colonizada aos interesses de europeus e norte-americanos, malandros e espertos, porque os subsolos de seus países e suas telefonias, que comportam também satélites, eles não vendem, não entregam, porque não são estúpidos e possuem a mínima consciência sobre o que é defender os interesses de suas pátrias, sentimento que a casa grande brasileira jamais vai ter, pois odiosamente subserviente, subalterna e colonizada. A casa grande é o Pateta do Mickey! E assim se dá por satisfeita, pois, disfarçadamente, rica; porém, provinciana.

Estão todos soltinhos da silva, os tucanos, não é procurador Carlos Fernando? Inclusive a tucanada efetivou a compra de parlamentares (R$ 200 mil a cabeça) para ser aprovada a reeleição de FHC — o Neoliberal I. Estão soltos por quê? Porque, como todo mundo sabe e principalmente o procurador Carlos Fernando, os tucanos do PSDB e do DEM o são, para a desgraça e o azar do Brasil, i-nim-pu-tá-veis! Ponto final.

Não adianta Mensalão do PSDB, Lista de Furnas, Banestado, Metrozão, Trenzão, Roubo da Merenda Escolar, Rodoanel, Pasta Rosa, Compra de Reeleição, Miriam Dutra e FHC, Instituto FHC, Dinheiro de FHC enviado pela Brasif para a Miriam, Apartamento de FHC em Paris, Fazenda de FHC, Helicoca, Aécio e os aeroportos em terras de parentes, Espancamento generalizado e violentíssimo aos professores do Paraná, Caso Sabesp, Seca em São Paulo, campanhas políticas do PSDB financiadas pelas mesmas construtoras que financiaram o PT, mas somente as campanhas do PT que dão cadeia, e, dentre outros muitos escândalos tucanídeos, a cereja do bolo: a Privataria Tucana. Esta, sim, porque foram 140 estatais(!) privatizadas pelos governos de FHC — o Príncipe da Privataria. E nadica de nada. Mas, por quê? Porque são escândalos de tucanos e por causa disso não vem ao caso, ora bolas... Não insista, petralha!

Não adianta, não é senhor procurador Carlos Fernando Santos Lima? Na sua procuradoria "Pau que bate em Chico NÂO bate em Francisco". Talvez porque um procurador federal ser republicano "Não vem ao caso" — frase predileta do juiz de primeira instância, Sérgio Moro, quando indagado sobre os escândalos de corrupção de autorias tucanas. Né, não? E todo mundo é tratado como idiota ou coxinha de classe média, porque os procuradores que paralisaram a economia do Brasil são ideológicos, fazem política e escolheram lado — o lado tucano. Ou estou enganado? Creio que não.

Grande parte do povo brasileiro quer ver ladrões do dinheiro público presos. Eu também. Entretanto, antes os corruptos e corruptores tem de ser julgados com direito à ampla defesa. Vivemos sob a égide do Estado de Direito e submetidos aos ditames da Constituição, ou seja, da Lei. Servidor público pago pelo contribuinte tem de ser isento e imparcial para ser justo, bem como divorciado do espírito político e partidário. Sua ideologia tem de ficar restrita à sua casa e às urnas. Se o procurador, juiz e policial federal não aceita se conduzir dessa forma, que peça demissão, o boné — e entre em um partido para concorrer às eleições. Agora, aproveitar-se de seu cargo pago pelo povo para fazer política e participar de golpe é inaceitável. Ponto.  

A mandatária trabalhista, Dilma Rousseff, teve quase 55 milhões de votos, e os procuradores da Lava Jato, juntamente com o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, vão se transformar em combustíveis para o golpe judicial do juiz Gilmar Mendes, presidente do TSE, que vai coordenar o julgamento das contas de campanha da presidente trabalhista, que, ressalto, já foram anteriormente aprovadas.

Só que os procuradores e o juiz tentam, junto com o PSDB, vincular o financiamento de Dilma à corrupção na Petrobras. Inacreditável, mas é o cenário político que se apresenta, de forma mórbida e perversa. Essa gente quer dar um golpe de qualquer jeito e, por sua vez, tomar o poder sem o crivo e a autorização das urnas e da democracia.

O procurador Carlos Fernando Santos Lima — o "Refundador" da República —  é um dos instrumentos do golpe, parte intrínseca à ação que visa derrubar uma mandatária legítima e que tem como se defender, porque não está sozinha, como ficou praticamente o presidente João Goulart em termos de reação.

Carlos Fernando e seus colegas deveriam ler história para entenderem melhor o processo político do Brasil tutelado pelos interesses da Casa Grande, a quem o procurador representa, a ter discernimento sobre esta condição ou não.  Agora, recomendo aos desavisados e aos desinformados para evitarem chegar perto do procurador e indagar sobre os escândalos dos tucanos. Ele vai dizer que não vem ao caso. Carlos Fernando e CIA. são messiânicos, ideológicos e só acusam o lado do PT. É isso aí.

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