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Neste domingo, a Câmara dos Deputados vota um processo de impeachment sem fundamentação jurídica, o que configura um golpe e coloca em risco a democracia conquistada “com tanto suor, luta e abnegação do povo brasileiro”, como colocou o Advogado Geral da União, José Eduardo Cardoso, em defesa da presidenta Dilma Rousseff, na manhã desta sexta-feira, no plenário da Câmara.
As consequências dessa brusca ruptura democrática são muitas para o país, na avaliação da mestre em Ciências Políticas (UFMG) e doutora em História Social (USP), professora Regina Helena Alves.
Segundo ela, o momento que vivemos é “extremamente perigoso”, porque temos uma democracia jovem, ainda pouco consolidada. Regina Helena lembra que o Brasil constitui-se uma republica, porém, frágil, uma vez que tivemos três ditaduras, durante os 126 anos de vigência do regime.
“Muitos governantes não terminaram o mandato ou enfrentaram problemas sérios, porque sempre tivemos grandes interesses que se conjugaram no sentido de ataca-los e, principalmente, atacar qualquer tipo de politica mais solida que reduza a desigualdade social ou retire as pessoas da senzala”, reforça a especialista.
Na opinião do deputado estadual Durval Ângelo (PT), num cenário de aprovação do impeachment, é claro o esfacelamento dos programas sociais, que tanto mudaram a realidade do país, nos últimos aos. “Os golpistas são o que há de pior e de mais atrasado no Brasil. Eles vão cortar programas sociais, de inclusão como Prouni, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, ações de combate à fome e a miséria. Pode ter certeza que esses recursos vão ser cambiados para financiar o capital e não para os mais pobres”, projeta.
Criminalização dos movimentos sociais
Durval ainda acredita que, caso o golpe seja instalado, o Brasil ficará desacreditado no mercado internacional, as instituições enfraquecidas, além do acirramento dos conflitos sociais. Segundo o parlamentar, movimentos como MAB, MST, de luta por moradia e até organizações sindicais poderão ser criminalizados.
“Já há discussão no Congresso a respeito de uma legislação repressiva, que a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula não deixaram aprovar. Uma legislação que parece a volta da antiga lei de segurança nacional. Você só consegue impor um estado de exceção com repressão, para isso você tem que calar os movimentos sociais. Então, nós podemos viver um processo de criminalização, que pode gerar confronto. Eu acho que nós podemos ter neste país um banho de sangue e tristes histórias para contar”, diz.
Perda dos direitos trabalhistas e privatizações
A retirada de direitos trabalhista e privatizações também são temidas diante da possibilidade do golpe. “Temos cerca de 30 projetos que tramitam Congresso Nacional para a flexibilização dos direitos trabalhistas e hoje não são votados graças a ação tanto do Lula quanto da Dilma, do governo do Partido dos Trabalhadores e seus aliados, que impediu que essa legislação fosse aprovada”, diz Durval.
“Vamos ter uns bons anos de privatizações das estatais, como a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobrás”, complementa a presidente do Diretório Estadual do PT, Cida de Jesus. “Privatizações mal feitas”, destaca Regina Helena.
Enfraquecimento das investigações
Durval Ângelo também diz que o discurso do combate a corrupção, encampado pelos golpistas, é uma “grande hipocrisia”, uma vez que, dos parlamentares que votaram a favor do impeachment na Comissão, mais de 90% estão envolvidos na própria Operação Lava Jato.
“No final das contas, o que vemos é um acordão para salvar o mandato do Eduardo Cunha e de toda a sua quadrilha, que eu não vou dizer que é o Ali Babá e os 40 ladrões porque deve chegar a uns 300 ladrões. Então, o Ali Babá cresceu muito. Talvez, como canta a música, são os mais de 300 picaretas que o Luiz Inácio falou”.
O parlamentar acredita ainda que esteja em curso um projeto para extinguir a operação Lava Jato. “O Cunha já agilizou no Congresso a comissão da mudança do Código Penal para absorver isso”, acrescenta.
Luta
“Independente de qualquer resultado, vamos continuar as lutas”, reforça a presidente do PT-MG, Cida de Jesus. Segundo ela, a partir de segunda-feira será preciso “refundar um projeto de governo neste país, avançando as conquistas que o PT, os governos do PT, Lula e Dilma vêm implementando nos últimos 13 anos”.
Assessoria de Comunicação PT-MG
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Bienal do Livro de Minas tem o livro e o autor como astros no evento literário mais importante do Estado.
Murilo Rubião, autor mineiro, é escolhido patrono da quinta edição, que vai reunir reúne mais de cem autores, 160 expositores e receber mais de 250 mil pessoas entre 15 e 24 abril.
A Bienal do Livro de Minas é o evento literário mais importante do Estado, onde o livro e o autor são os astros principais. Os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos nomes da literatura favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais. A maior festa literária de Minas Gerais terá a participação da Secretaria de Estado de Cultura (Sec) e da Secretaria de Estado de Educação (See). Em 2016 o evento reúne mais de cem autores, 160 expositores e deve receber mais de 250 mil pessoas entre 15 e 24 abril, no Expominas.
A Bienal do Livro de Minas escolheu um patrono de peso, o mineiro Murilo Rubião, cujo centenário de nascimento é comemorado em 2016. É o autor de “O pirotécnico Zacarias”, publicado em 1974. Nos anos subsequentes, esta sua obra passou a ser vista como a mais significativa manifestação da literatura fantástica no Brasil.
Rubião também foi o fundador do Suplemento Literário de Minas Gerais (1966), espaço que abrigava à espoca literatura, cinema, artes plásticas, teatro e música. O periódico – que este ano completa 50 anos – trazia reportagens, entrevistas, ensaios, críticas, poesia e depoimentos.
Durante dez dias, Belo Horizonte se torna a capital da cultura, da literatura e da educação, com mais de uma centena de autores, além de algumas das mais importantes editoras do país. Nos espaços reservados às atrações, o público pode participar de bate-papos com personalidades culturais e de atividades recreativas e lúdicas. O evento é realizado pela Fagga l GL events Exhibitions, em parceria com a Câmara Mineira do Livro (CML).
Secretaria de Cultura e Secretaria de Educação realizam atividades
A Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, ligada à Secretaria de Estado de Cultura, estará presente com um divertido estande. O espaço da Biblioteca estará dividido em quatro partes: na primeira, o visitante poderá conhecer mais sobre o sistema Braille, além do acervo e as atividades da Biblioteca Pública voltados para as pessoas com deficiência visual. Na segunda, informações sobre como as Leis de Incentivo à Cultura são usadas para a produção de livros que passam a integrar o acervo de bibliotecas públicas em todo o Estado. O terceiro ambiente é dedicado ao Suplemento Literário de Minas Gerais, que em 2016 comemora seu cinquentenário.
O setor Infantojuvenil e a Associação dos Amigos das Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana de Belo Horizonte compartilharão um cantinho de leitura que contará com obras infanto-juvenis, quadrinhos, revistas e a “Árvore da Palavra” – instalação cenográfica e sonora que narra contos, crônicas e poesias e promete encantar visitantes de todas as idades.
Já a Secretaria de Estado de Educação vai levar 13.200 alunos da educação básica e do ensino médio e 1.320 professores das Superintendências Regionais de Ensino Metropolitana A (região Centro-Sul); metropolitana B (região Noroeste); e metropolitana C (região norte). Os alunos serão distribuídos em números de 40 por ônibus, com quatro professores, que irão acompanhar 10 alunos por vez.
Os alunos participantes vão receber a “Nota Bienal”, um vale no valor de R$ 20 para ser trocado por um livro para seu acervo pessoal. Os professores serão contemplados com a “Nota Bienal” no valor de R$ 50 para a escolha do livro.
Há vagas reservadas em atividades culturais para todos os alunos da educação e ensino médio e para os alunos do curso Normal Pós-Médio – voltado para formação de profissionais para trabalharem nas UMEI´s da educação.
A Bienal do Livro de Minas também contará com a participação do secretário de Estado de Cultura (Sec), Angelo Oswaldo, e com a secretária de Estado de Educação (See), Macaé Evaristo.
Programação cultural
Café Literário
Uma das clássicas atrações da Bienal do Livro de Minas, o Café Literário reúne grandes autores de diversas gerações e gêneros literários. Em 2016, o jornalista e escritor Rogério Pereira, editor e fundador do Jornal Rascunho, é o curador do espaço. Ele é o responsável pela escalação que inclui nomes como Martha Medeiros, Xico Sá, Heloisa Freitas, Paulo Scott, Eduardo Spohr, Edney Silvestre, Zuenir Ventura, Marcelino Freire e Marçal Aquino, entre outros. A gala de encerramento do evento ficará por conta dos escritores Luiz Ruffato e Mírian Leitão, debatendo o tema “Que país é esse?”.
Conexão Jovem e Encontro com Autores
Os leitores do segmento young adult terão a oportunidade de ficar mais perto de seus autores favoritos durante a Bienal do Livro de Minas. Participarão de bate-papos com os fãs Affonso Solano, Padre Fábio de Melo, Paula Pimenta, Carina Rissi, Isabela Freitas, Babi Dewet, Bruna Vieira, RezendeEvil, Lucas Rangel e Thalita Rebouças. Já para os amantes da literatura em geral o Encontro com Autores é a oportunidade para leitores conversarem com destacados escritores sobre suas obras, inspirações e processos criativos.
Espaço Geek & Quadrinhos
Uma das novidades da 5ª Bienal do Livro de Minas, o Espaço Geek & Quadrinhos promete conquistar os fãs da cultura pop com uma programação intensa e diversificada. Além das HQs, o espaço será dedicado aos livros de ficção científica, fantasias e sagas, jogos de tabuleiro, RPG e mangás. Para garantir a diversidade e a representatividade de autores, os curadores Afonso Andrade e Eduardo Damasceno escalaram quadrinistas como Vitor e Lu Cafaggi, Luis Felipe Garrocho e escritores como Samuel Medina, Lady Sybylla, Fábio Kabral e Flávia Gasi, entre outros nomes que compõem a programação.
Quintal de Histórias
Com curadoria da escritora, musicista e produtora cultural Valentina Vandeveld Bernardi, o Quintal de Histórias irá trazer para o público uma série de atividades lúdicas, apresentações teatrais, musicais e contação de histórias. Pensado especialmente nos pequenos visitantes, o espaço homenageará o poeta Manoel de Barros, que faleceu em 2014 e tem, entre seus livros, a antologia “Meu Quintal é Maior que o Mundo”. A Trupe Gaia e diversos convidados irão apresentar uma programação repleta de ‘despropósitos’ e permeada de recordações e afeições vindas de um lugar mágico capaz de ensinar ‘o idioma que as rãs falam com as águas’: o livro!
Ingressos
Os ingressos para a 5a edição da Bienal do Livro de Minas custam R$12,00 (inteira) e R$6,00 (meia entrada). Cada ingresso é válido para 1 (uma) entrada em 1 (um) dia de evento. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente através da compra online, pelos pontos de venda ou nos dias de evento, diretamente nas bilheterias do Expominas.
Visitantes que utilizarem o metrô para se locomoverem até o Expominas, tem desconto na bilheteria do evento: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). O ticket de desconto deve ser retirado com a monitora Bienal que estará na saída da estação Gameleira e apresentá-lo na bilheteria. Essa oferta não é válida para cartões de débito, de loja, corporativos e empresariais. Não é cumulativo com outros descontos.
Serviço
Bienal do Livro de Minas
Data: 15 a 24 de abril
Local: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Ingressos: R$12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia-entrada). Cada ingresso é válido para 1 (uma) entrada em 1 (um) dia de evento
Outras informações sobre descontos e gratuidade estão disponíveis no site
Fonte: Agência Minas
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domingo, 17 de abril de 2016
PTMG - Golpe ameaça direitos trabalhistas, conquistas sociais e ação dos movimentos populares, dizem especialistas e lideranças do PT.
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