quinta-feira, 12 de maio de 2016

"Não vamos dar sossego aos golpistas", afirma Fernando Morais.

Fernando Morais é jornalista e escritor


“É uma data vergonhosa. Seguramente o pior momento da minha vida adulta porque quando o golpe de 64 foi dado eu era adolescente. Mas no quebra cabeça desse golpe continua faltando a principal peça que é inabilitar o Lula para disputar as próximas eleições, sejam elas daqui há 90 dias ou em 2018”, afirmou o escritor em entrevista ao Portal Vermelho.

“Essa diabólica aliança da grande mídia com setores do Judiciário, da Polícia Federal, Ministério Público e partidos de direita no Congresso, nada disso terá tido sentindo se não inabilitarem o Lula. A última coisa que eles querem é que o Lula volte à Presidência da República”, enfatizou.

Fernando Morais, que é filiado ao PMDB, salientou que, apesar dos discursos dos senadores tentarem camuflar a violação à democracia, não conseguem esconder que se trata de um golpe.

“É um golpe, não importa que nome queiram dar. Trata-se de um golpe de Estado que está em curso no Brasil. Um golpe de Estado paraguaio. Golpe sem tanque nas ruas, sem fechar o Congresso, sem censurar a imprensa, que aliás é completamente solidária com eles, mas é um golpe”, frisou.

O escritor salientou ainda que o Brasil não esquecerá os traidores. “Os golpistas que planejaram, se beneficiaram e silenciaram vão carregar pelo resto da vida essa tatuagem: golpista de 2016”, disse.

E concluiu: “Não vamos dar sossego aos golpistas. Cada um deve fazer o que puder, seja de forma organizada pelos movimentos sindicais e sociais, seja individualmente, para não dar sossego a eles. Não permitir que eles se estabilizem”.


Do Portal Vermelho

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