Senadora apresenta voto de censura ao governo Temer.

Grazziotin, que é procurada da Mulher no Senado, afirmou que o colegiado combate o lamentável quadro de sub-representação feminino.

Por considerar uma atitude “desagregadora e discriminatória” ao não nomear para o ministério uma mulher, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) deu entrada nesta sexta (13), na Mesa da Casa, Voto de Censura ao presidente interino da República, Michel Temer. Ela pede a inserção do voto em ata e que seja encaminhado diretamente a Temer. 

A senadora diz que se não bastasse a formação de um verdadeiro colégio eleitoral de exceção, que promoveu eleição indireta e antidemocrática, o presidente interino “não hesitou em rechear sua equipe ministerial com homens investigados pela Justiça”.

“No entanto, dentre várias mulheres de grande capacidade, competência e reconhecida higidez moral, nem uma sequer foi selecionada por esse senhor. Desde Geisel as mulheres não eram tão desprestigiadas por um presidente”, diz no documento, em referência ao ex-ditador Ernesto Geisel, na década de 1970.

Grazziotin, que é procuradora da Mulher no Senado, afirmou que o colegiado combate o lamentável quadro de sub-representação feminino, “mormente no que se refere ao campo político, uma vez que a ausência de representatividade de mulheres nesse meandro resulta na falta de políticas públicas em nosso benefício”.

“Não podemos nos furtar a repudiar essa atitude que representa um verdadeiro retrocesso às conquistas por espaço resultante de várias batalhas que nós mulheres travamos. Devemos, portanto, censurar a ausência de uma atitude inclusiva por parte do presidente interino, que não usou de sabedoria ao não indicar uma representante mulher para compor sua equipe”, disse. 

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De Brasília, com Ass. Sen. Vanessa Grazziotin