quinta-feira, 23 de junho de 2016

PTMG - Intelectuais estrangeiros lançam manifesto contra o golpe.


Documento em defesa da democracia foi lançado por acadêmicas brasileiras ganhou adesões como a de Habermas e de Nancy Fraser.
O golpe que afastou a presidenta eleitDilma Rousseff foi mais uma vez criticado fora do Brasil. Desta vez por por intelectuais estrangeiros firmaram um manifesto condenando o impeachment.
O documento foi assinado por nomes como os filósofos alemães Jürgen Habermas, Axel Honneth e Rainer Forst, a filósofa feminista norte-americana Nancy Fraser e o filósofo canadense Charles Taylor.
O protesto foi ampliado pela professora de Ética e Filosofia Política do Departamento de Filosofia da Unicamp Yara Frateschi e pela professora de Filosofia da UFABC Miriam Madureira, e fora apresentado pela primeira vez durante a Conferência Internacional de Filosofia e Ciências Sociais em Praga, na República Tcheca, em maio.
Segundo Frateschi, o manifesto teve adesão rápida da maioria dos participantes do evento, constituindo um apoio importante na resistência contra o golpe.
“Tivemos uma adesão de pessoas que têm estado por toda a sua vida defendendo a democracia”, disse Frateschi em entrevista ao site de notícias “Opera Mundi”. “Não se tratava ali de uma adesão partidária, mas de uma clara manifestação de solidariedade aos brasileiros”.
Os intelectuais criticam o impeachment de Dilma, qualificando o processo como um “golpe branco”. Afirmam que a oposição, formada por partidos de direita, aproveitou-se de uma crise econômica para fazer uma campanha “violenta” contra a presidenta.
Segundo o manifesto, o objetivo do impeachment é atacar direitos sociais garantidos pelo governo Dilma, desregulamentar a economia e frear as investigações de corrupção.
Diante da receptividade do documento em Praga, as acadêmicas decidiram ampliar a proposta para contar com o apoio de outras pessoas contrárias ao golpe.
Até o momento, mais de cem intelectuais de diversas instituições já aderiram ao documento. Outro ponto importante, para Frateschi, é o nível de informação dos acadêmicos a respeito da situação política do Brasil.
Para ela, isso se deve à mídia estrangeira que, ao contrário da imprensa tradicional brasileira, tem revelado os escândalos de corrupção em que o governo de Michel Temer está envolvido.
“Eles [acadêmicos] estavam perfeitamente informados de que era um golpe ‘branco’”, afirma Frateschi.
Ela diz que, entre as mensagens de apoio recebidas, a maioria faz menção ao processo de justiça social que esteve em curso nos últimos anos e que será interrompido se o impeachment se concretizar.
Segundo a professora, os acadêmicos manifestam que “o Brasil nos últimos anos foi capaz de iniciar um processo de transformação social dentro das regras democráticas”.
Artistas e intelectuais estrangeiros também manifestam solidariedade ao Brasil em um manifesto assinado por mais de mil pessoas.
Segundo o texto, os movimentos sociais “estão sujeitos a uma ofensiva política de grande magnitude que leva o Brasil a um período de grande retrocesso democrático”.
O manifesto lembra que Dilma, eleita com 54 milhões de votos, foi afastada temporariamente da presidência sem crime de responsabilidade.

Leia abaixo, em inglês, o manifesto:
“MANIFESTO

IN DEFENSE OF THE DEMOCRATIC RULE OF LAW IN BRAZIL
On the 31st of March 1964, a coup d’état installed a civil-military dictatorship in Brazil, inaugurating a dark 21-year period of suspension of civil and political guarantees. Today, 52 years after, the Brazilian people face once more a break of the democratic order. As a result of the acceptance by the Senate of an impeachment process based on accounting irregularities, Dilma Rousseff, who had been elected in 2014 for a mandate of 4 years, was forced, on the 12th of May 2016, to stand down as President of the Republic. Even though this removal is supposed to be temporary, lasting up to 180 days, period during which the senators should reconvene to evaluate the motives that have resulted in the impeachment process, it is unlikely that Dilma should return to office.
Dilma Rousseff’s temporary removal from office is the culmination of a process characterised by unprecedented arbitrariness and polarisation in democratic Brazilian society, perceptible at least since her re-election in 2014. By attributing the recent corruption scandals exclusively to the Worker’s Party’s (PT) administrations (although they were the only ones who had the courage to investigate them through, even when investigations turned against their own) and by manipulating public opinion against the supposed risks of a left-wing takeover of the country, the right-wing opposition to Dilma Rousseff’s government took advantage of the economic crisis that emerged after years of stability and growth and led a violent media campaign against it. It managed to aggregate against the Workers’ Party (PT) and Lula’s and Dilma’s governments large sections of business elites and conservative middles classes, as well as authoritarian sectors represented in Congress and in the Judiciary, evidently aiming the hammering down of the social rights secured by Dilma’s government and the deregulation of economy. Besides, once in power, they will probably decline to further investigate corruption as it is likely to involve their own people, as opposed to Dilma Rousseff, whose probity in the administration of public affairs is not doubted, as corruption charges are not part of the impeachment process.
The impeachment is a juridical tool of extremely restricted scope in Brazilian presidentialism. It is regulated by Art.85 of the Brazilian Constitution of 1988, and its use is restricted to cases involving serious offenses (crimes de responsabilidade, “responsibility crimes”) carried out by the President. As the accounting irregularities in the administration of public funds that Dilma Rousseff is accused of are not serious offenses in the sense prescribed by the Constitution, it is evident that this impeachment is not legitimately grounded. Furthermore, the whole process was full of questionable aspects, which contribute to add further illegitimacy to its results. Therefore, it is not an exaggeration to consider the present impeachment process against Dilma Rousseff a white coup, which will yield long-lasting consequences to the democratic Rule of Law in Brazil.
In the face of all this, we consider necessary to state our absolute repudiation of the illegitimate destitution of President Dilma Rousseff, and our strong support for the maintenance of the Rule of Law in Brazil.

Albena Azmanova – University of Kent, Belgium
Alessandro Ferrara – University of Rome Tor Vergata, Italy
Alina Valjent – Witten/Herdecke University – Germany
Allan Breedlove –Loyola University Chicago, USA
Alois Blumentritt – University Wien, Austria
Amy Allen – Pennsylvania State University – USA
Anahi Wiedenburg – London School of Economics, Argentina/UK
Andreas Niederberger – Universität Duisburg-Essen, Germany
Anna Dißmann – Witten/Herdecke University – Germany
Arthur Oliveira Bueno –University of Erfurt, Germany
Asger Sorensen – Aarhus University, Denmark
Axel Honneth – University of Frankfurt/Columbia University, Germany/USA
Aysen Candas – Bogazici University, Istanbul, Turkey
Barbara Fultner – Denison University, USA
Bernat Riutort Serra – University of Illes Ballears –Spain
Brian Milstein – Goethe University Frankfurt, USA/Germany
Carlos Henrique Santana – TU Darmstadt, Germany
Charles Taylor – Mc Gill University, Canada
Christopher Zurn – University of Massachussetts/Boston, USA
Cora McKeena – Trinity College, Ireland
Cristina Sánchez – Autonomous University of Madrid, Spain
Dan Swain – Czech University of Life Sciences, Czech Republic
Daniele Santoro – CNR, National Research Council of Italy, Italy
David Alvarez – University of Minho/Braga, Portugal
David Rasmussen – Boston College, USA
Debora Spini – Syracuse University in Florence, Italy
Dónal O’Farrell – Trinity College Dublin, Ireland
Elisabeth v. Thadden – University of Jena, Germany
Felicia Herrschaft – Goethe University Frankfurt, Germany
Filip Vostal – Czech Academy of Sciences, Czech Republic
Firica Stefan – University of Bucharest, Romania
Francisco Naishtat – Universidad de Buenos Aires –Argentina
François Calori – Université de Rennes 1, France
Gesche Keding – Jena University, Germany
Giulia Lasagni – Università de Parma, Italy
Giuseppe Ballacci – University of Minho, Portugal
Gorana Ognjenovich – University of Oslo, Norway
Gustavo Leyva Martínez – Universidad Autónoma Metropolitana, México
Hans-Herbert Kögler – University of North Florida, USA
Hartmut Rosa – Jena University, Germany
Heikki Ikäheimo – University of New South Wales, Australia
Igor Shoikhedbrod – University of Toronto, Canada
Isadora Henrichs – Trinity College Dublin, Ireland
Italo Testa – Parma University, Italy
Jazna Jozelic – University of Oslo, Norway
João Honoreto – University of Witten/Herdecke, Germany
Joaquín Valdivielso-Navarro – Universitat Illes Balears, Spain
Johan Söderberg – Göteborg University, Sweden
Johanna Oksala – University of Helsinki, Finland
Johannes Schulz – Frankfurt University, Germany
John Lumsden – University of Essex, UK
Jonathan Bowman – University of Arkansas, USA
Julian Culp – University of Frankfurt, Germany
Jürgen Habermas – J.W. Goethe Universität Frankfurt, Germany
Karoline Rhein – Witten/Herdecke University – Germany
Kendralyn Webber –University of California Riverside, USA
Lenny Moss – University of Exeter, UK
Leonardo da Hora Pereira – Université Paris Ouest Nanterre La Défense, France
Lorenz Mrones – University of Witten/Herdecke, Germany
Luiz Gustavo de Cunha de Souza – Institut für Sozialforschung/Frankfurt –Germany
Marco Solinas – Florence University, Italy
Marek Hrubec – Czech Academy of Sciences, Czech Republic
Maria Ines Bergoglio – Universidad nacional de Córdoba, Argentina
María José Guerra – Universidad de Laguna –Spain
María Pía Lara – Universidad Autónoma Metropolitana, Mexico
Marjan Ivkovic – University of Belgrade, Serbia
Mark Haugaard – University Galway – Ireland
Marlon Urizar Natareno, Universidad Rafael Landívar, Guatemala
Martin Javornicky – University of Galway, Ireland
Martin Sauter – n/a –Ireland
Martin Seel – J.W.Goethe Universität Frankfurt, Germany
Masao Higarashi – Ritsumeikan University –Japan
Matteo Bianchin – University of Milano, Italy
Matthias Kettner – University of Witten/Herdecke, Germany
Matthias Lutz-Bachmann – J.W. Goethe Universität Frankfurt, Germany
Melis Menent – University of Sussex, UK
Miriam Mesquita Sampaio de Madureira – Universidad Autónoma Metropolitana, México
Mykhailo Minakov – Kiev-Mohyla Academy, Ukraine
Nancy Fraser –New School for Social Research, USA
Nancy Love –Appalachian State University, USA
Natalia Frozel Barros –University of Paris 1, France
Nathan Cogné – Trinity College Dublin, Ireland
Nicola Patruno – Goethe University Frankfurt, Germany
Niklas Angebauer – University of Essex, UK
Odin Lysaker – Agder University, Norway
Ojvind Larsen – Copenhagen Business School, Denmark
Onni Hirvonen – University of Jyväskylä, Finland
Pablo Gilabert – Concordia University, Canada
Patrick O’Mahonny – University College Cork –Ireland
Philipp Schink – J.W. Goethe Universität Frankfurt, Germany
Philippe Sonnet – Université Catholique de Louvain, Belgium
Pierre Schwarzer – Universität Witten/Herdecke, Germany
Radu Neculau – University of Windsor, Canada
Rahel Jaeggi – Humboldt University Berlin, Germany
Rainer Forst – University of Frankfurt, Germany
Richard Stahel – University of Constantin the Philosopher in Nitra, Slovak Republic
Robert Fine – Warwick University, UK
Robin Celikates – University of Amsterdam, The Netherlands
Rodrigo Cordero – Universidad Diego Portales –Chile
Ronan Kaczyznski – Goethe University, Germany
Rosie Worsdale – University of Essex, UK
Ruy Fausto – USP/Université de Paris 8, Brazil/France
Steven L. White – Wayne State University, USA
Susan L. Foster – UCLA, USA
Thomas Fossen – Leiden University, The Netherlands
Valerio Fabbrizi – University of Rome, Tor Vergata, Italy
Wolfgang Heuer – Freie Universität Berlin, Germany
Zuzana Uhde – Czech Academy of Sciences, Czech Republic”
Foto e fonte: Agência PT de Notícias.
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FBP reforça posicionamento contra o golpe, com intensa agenda de mobilização.


Reunida em São Paulo, no dia 20 de junho, o Coletivo Nacional da Frente Brasil Popular reforçou seu posicionamento em torno da bandeira “Não ao Golpe, Fora Temer” e por “Nenhum Direito a menos”.
A FBP, que congrega diferentes movimentos sociais, partidos de esquerda e a sociedade contra o golpe, continuará mobilizada, em todo país, com atos nas ruas e outras iniciativas em defesa da democracia. “Devemos seguir denunciando de forma pedagógica a essência do Governo golpista, bem como expor todas as suas politicas anti-populares”, diz a FBP em circular que define os próximos passos da luta pelo “Fora Temer”.
No encontro, ficou definida ainda uma agenda prioritária de lutas. Neste mês, por exemplo, está previsto, no dia 29 de junho, Ato em defesa da Democracia, da Educação Pública, e dos Direitos dos trabalhadores em Educação, uma mobilização de todos os segmentos relacionados com a Educação para denunciar as medidas do governo golpista, em frente ao MEC. Entre os dias 4 e 6 de julho também está marcado o Encontro Nacional de Juristas pela Democracia em Brasília.
Durante todo o mês de junho, julho e agosto estão previstas ações, em defesa da saúde, do SUS, e do Mais Médicos; dos direitos trabalhistas; mobilizações de mulheres negras, servidores públicos, trabalhadores rurais, dentre outros.
Agenda: 
Junho
Dia 24/06 – Ato em defesa da Petrobrás em São Paulo
Dia 25/06 – Marica- RJ: encerramento do Festival Internacional da Utopia (Dilma)
Dia 27 ao dia 8/07 – Caravana da Democracia em Pernambuco
Dia 28/06 – Ceará: Ato da Juventude com Dilma e encontro com governador e ato de rua
Dia 29/06 – Pará Ato em Belém (Dilma)
Dia 29/06 – Encontro de Direitos Humanos contra o Golpe em Brasília
Dia 29/06 – Ato Nacional em defesa da Educação
Dia 30/06 – Plenária Nacional da Educação
Dia 30/06 – São Paulo ato das Mulheres (Dilma) – a confirmar
Dia 30/06 – Festival Internacional da Resistência (Salvador-BA)
Julho
Dia 2/07 – Caminhada da Liberdade, da Democracia e contra o Golpe – Salvador BA
Dia 4/07 – Ato dos Juristas no auditório Petrônio Portela no Senado Federal
Dia 4/07 – Ato “Em defesa de uma política externa ativa e altiva” com Celso Amorin, em São Paulo na Casa de Portugal.
Dias 5 e 6/07 – Encontro dos Juristas em Defesa da Democracia em Brasília
Dia 6/07 – Movimento Negro contra o Golpe – Ato em Belo Horizonte
Dia 6/07 – Marcha em defesa do SUS, da Seguridade Social e da democracia em Brasília.
Dia 11 a 16/07 – Jornada Nacional de Panfletação
Dia 12/07 – Marcha dos Servidores das estatais em Brasília
Segunda quinzena de Julho (indicativo) – “Encontro Nacional da Classe Trabalhadora”, em São Paulo.
Dia 18/07 – Reunião do Coletivo Nacional da FBP em São Paulo.
Dia 18 ao 23/07 – Semana nacional em defesa do SUS – Contra a retirada dos médicos estrangeiros.
Dias 19 e 20/07– Tribunal Internacional de Julgamento dos Golpistas, no Rio de Janeiro, Teatro Casa Grande.
Dia 25/7 – Dia latino-americano e Caribenho da Mulher Negra
Dia 25/7 – Mobilização unitária dos trabalhadores rurais em Aracajú-SE (Dilma)
25 a 31/7: Jornada Nacional dos Trabalhadores Rurais.
Dia 26/7 – Congresso Nacional de Estudantes de Agronomia, em Fortaleza-CE (Dilma)
Dia 29/7 – Concentração de camponeses no Assentamento Dionísio Cerqueira, em no oeste de Santa Catarina (Dilma)
Dia 30/7 – Jornada de Agroecologia em Lapa, no Paraná (Dilma).
Dia 30/07 – Plenária sobre a Reforma urbana e a luta pela Democracia, em São Paulo (Indicativo).
Agosto
Dia 1/8 – Vigília Inter-Religiosa no Rio, tendo como eixo a exclusão social nas Olimpíadas.
Dia 5/8 – Marcha nacional contra o Golpe na abertura das Olimpíadas, no centro do Rio de Janeiro.
Dia 5/8 – Indicativo  a ser debatido entre as centrais)de Greve Geral nas demais cidades
10 dias prévio a votação no Senado – Acampamento Popular em Brasília
17/08 – Indicativo de Votação no Senado
28/08 – Plenária da FBP em São Paulo
Essas e outras ações você acompanha aqui.
Assessoria de Comunicação PTMG
Foto: Mídia Ninja
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Três ministros de Temer já caíram; outros 16 estão enrolados
As suspeitas sobre o primeiro escalão da Esplanada incluem citações comprometedoras na Operação Lava Jato, entre muitos outros problemas com a lei.
O tsunami de suspeitas e investigações que recaem sobre o governo golpista de Michel Temer já provocou a queda de três ministros: Romero Jucá (Planejamento), Henrique Alves (Turismo) e Fabiano Silveira (Transparência, Fiscalização e Controle). Todos caíram por citações fortemente comprometedoras na Operação Lava Jato.
Mas, a depender das apurações sobre ilícitos envolvendo o primeiro escalão de Temer, outros 16 ministros estão na fila (72,7% do total) e podem acabar perdendo seus cargos na Esplanada dos Ministérios a depender das próximas revelações.
Ao todo, 19 dos 22 nomes escolhidos inicialmente por Temer para ministro estão implicados em alguma acusação, processo judicial, investigação ou são citados na Lava Jato. Ou seja: nada menos do que 83,3% do primeiro escalão está sob suspeita. O próprio Temer foi citado 24 vezes na delação de Sérgio Machado, em posse dos investigadores.
Depois da queda dos primeiros ministros, dos 22 titulares de pastas com status de ministério, há oito (um terço ou 36,3% do total de ministros) com citação na Lava Jato, seja menção em delações premiadas, seja em inquéritos ou na chamada “lista da Odebrecht”.
São eles: Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Governo), José Serra (Itamaraty), Mendonça Filho (Educação), Ricardo Barros (Saúde), Bruno Araújo (Cidades), Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário) e Raul Jungmann (Defesa).
Ao incluir o nome do secretário de Privatizações e Concessões, Moreira Franco, que tem fortes vínculos com Temer, mas não possui cargo com status de ministério, esse número sobe para nove. Mas o total chega a 12 ministros se forem incluídos também os políticos cujos pais estão nas investigações da Lava Jato —Helder Barbalho (Integração Nacional), Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia) e Sarney Filho (Meio Ambiente).
Ou seja, mais da metade do alto escalão do governo golpista de Temer está sob suspeição.
Finalmente, outros cinco ministros golpistas estão sob outras investigações, respondem a processos na Justiça ou são acusados de irregularidades. São eles: Maurício Quintella (Transportes, Portos e Aviação Civil), Blairo Maggi (Agricultura), Alexandre de Moraes (Justiça), Gilberto Kassab (Comunicação) e Leonardo Picciani (Esportes).
Conheça a seguir a lista de ministros golpistas que podem cair:
Alexandre Moraes (Justiça)
Reportagens de 2015 denunciaram que o ministro aparecia, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, como advogado em pelo menos 123 processos na área civil em favor da Transcooper. A empresa é citada em investigação que apura formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do PCC.
Blairo Maggi (Agricultura)
Investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar indícios da prática do crime de lavagem de dinheiro (Inquérito nº 3842/2014). Responde também por dano ao erário no Tribunal Regional Federal da 1ª Região – Seção Judiciária de Mato Grosso (Processo Nº 0018845-96.2011.4.01.3600). Há também outras duas ações civis públicas movidas contra Maggi, ambas por improbidade administrativa (Processos nº 59959-05.2014.811.0041 e nº 59733-97.2014.811.0041).
Bruno Araújo (Cidades)
Com campanha para deputado federal financiada em boa parte pelas indústrias farmacêuticas, Bruno Araújo aparece na planilha de pagamentos do “departamento de propina” da Odebrecht na Operação Lava Jato, referente às campanhas eleitorais de 2010 e 2012.
Eliseu Padilha (Casa Civil)
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal o bloqueio dos bens de Padilha e a devolução de R$ 300 mil aos cofres públicos, sob a acusação de ter mantido uma funcionária “fantasma” em seu gabinete quando era deputado federal.
Réu no Escândalo dos Precatórios, é acusado de prejuízo aos cofres públicos, por acordo celebrado entre o extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e a empresa 3 Irmãos. No esquema, um grupo de lobistas e funcionários públicos recebiam propina para favorecer o pagamento de altas indenizações pelo DNER, “furando fila”.
É investigado por ocultação de bens, formação de quadrilha, corrupção passiva, peculato, improbidade administrativa e acusado de irregularidades quando era secretário estadual do Trabalho, em 1995, na gestão de Antonio Brito (PMDB).
Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo)
Nome conhecido nos circuitos de investigação desde o escândalo dos “Anões do Orçamento”, em 1993, Geddel figura também em mensagens apreendidas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que revelam que o peemdebista teria usado sua influência política para atuar em favor de interesses da construtora OAS.
José Serra (Relações Exteriores e Comércio Exterior)
Era governador de São Paulo na época da formação do cartel para fraudar as licitações de compra de novos trens, o chamado “trensalão tucano”. Idealizador do processo de privatizações que dilapidou o patrimônio público brasileiro, Serra é associado à “privataria tucana”, que movimentou milhões de dólares em processos de lavagem de dinheiro via offshores no Caribe. Mais recentemente, apareceu na “lista da Odebrecht”, que integra a Lava Jato.
Maurício Quintella Lessa (Transportes)
Responde a processos judiciais no Supremo, por peculato (nº 2893/2009), e no TRF, por improbidade administrativa com dano ao erário e enriquecimento ilícito. A Justiça determinou o ressarcimento integral da quantia de R$ 4.272.021 aos cofres públicos, o pagamento de multa e a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos. Lessa recorre da sentença.
Mendonça Filho (Educação e Cultura)
Investigação no âmbito da Lava Jato o coloca como suspeito de receber R$ 100 mil de propina da construtora UTC para as eleições de 2014. Mendonça Filho é um dos citados na lista da construtora Odebrecht e responde também por irregularidades na prestação de contas junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), na condição de presidente estadual do DEM pernambucano.
Moreira Franco (Privatizações e concessões)
Um dos “homens” de Michel Temer. Moreira Franco já foi acusado, em 1982, de tentar fraudar as eleições, com falsificação de votos, para inviabilizar a candidatura de Leonel Brizola, no chamado Escândalo Proconsult. Moreira Franco é citado também na Lava Jato, em conversa de Léo Pinheiro (ex-presidente da construtora OAS) com Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ministro golpista de Temer é citado por Cunha como destino de repasses pedidos por Cunha para Pinheiro.
Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário)
Já respondeu ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) por irregularidades em suas gestões na Secretaria de Saúde e na prefeitura de Santa Rosa. O resultado foi a aplicação de multas. Alvo de inquérito no STF por sonegação de documentos, Osmar Terra é um dos nomes que circulam nas mensagens do celular de Léo Pinheiro (OAS), condenado a 16 anos de prisão na Lava Jato. Ele admitiu ter pedido doações de campanha para o empreiteiro.
Raul Jungmann (Defesa)
O ex-deputado é um dos ministros do governo ilegítimo de Temer a figurar na “lista da Odebrecht”. Jungmann se afeiçoou a fazer inflamados discursos pela moralidade no trato da coisa pública, mas já foi investigado por fraude em licitação, peculato e corrupção em contratos de publicidade que somavam R$ 33 milhões. A investigação se refere à gestão nos ministérios de Política Fundiária (1996-1999) e do Desenvolvimento Agrário (1999-2002), nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Ricardo Barros (Saúde)
Recentemente, o STF negou pedido de Ricardo Barros para arquivar a investigação sobre licitação dirigida. Em 2011, gravações telefônicas feitas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) trazem Ricardo Barros orientando um secretário da prefeitura de Maringá (PR) a construir um “acordo” entre duas agências de comunicação que disputavam licitação de publicidade da administração municipal, no valor de R$ 7,5 milhões. Barros figura também na “lista da Odebrecht”, encontrada durante as investigações da Lava Jato.
Sarney Filho (Meio Ambiente)
Filho do ex-presidente, ex-governador do Maranhão, ex-deputado e ex-senador José Sarney, o ministro golpista do Meio Ambiente é investigado pelo Ministério Público por usar passagens áreas para voar ao exterior com a mulher e o filho. Foi atingido pela Lei da Ficha Limpa, mas conseguiu driblar a Justiça e se candidatar à Câmara dos Deputados. Já foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão a pagar multa por prática de conduta vedada.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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Rui Falcão: Governo Temer – usurpador, antipopular e desonesto.



Em artigo, presidente do PT condena sucessão de escândalos e denúncias de corrupção envolvendo golpistas. Mais uma vez, Rui conclama mobilização popular.
Os atos contra o impeachment, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, reacenderam as esperanças da militância, mobilizada contra o golpe. Com ampla participação de jovens, mulheres, intelectuais, as jornadas em defesa da democracia mudaram o clima no País e, no Nordeste, bem mais de metade da população repele o impeachment  e rejeita o presidente usurpador numa porcentagem superior a dois terços.
Contribui, também, para reforçar a possibilidade de barrar o golpe a sucessão de escândalos e denúncias de corrupção que envolvem integrantes do primeiro escalão do governo ilegítimo, inclusive três ministros já afastados.
O desgaste dos golpistas deve-se, ainda, às medidas antipopulares, cuja implementação a toque de caixa revela a necessidade de pagar rapidamente o preço do apoio do grande capital. As novidades da semana foram a declaração de um ministro investigado, que preconizou o fim da Consolidação das Leis do Trabalho e difundiu sua intenção de votar logo o projeto da terceirização.
Interessados em acabar com a Operação Lava Jato, não por repetidas violações ao estado de direito, mas para não serem julgados por seus malfeitos, integrantes do governo interino pressionam senadores a votarem pelo impeachment em agosto.
Entretanto, alguns deles mostram-se inclinados a votar contra Michel Temer, seja pelo fato de não concordarem em manter afastada uma presidenta honrada e honesta, seja por concluirem que o País entrará em uma crise institucional incontrolável.
Nossa tarefa é manter as mobilizações, reforçar as iniciativas das Frentes, conclamar os trabalhadores a lutarem contra a revogação de seus direitos e, ao mesmo tempo, reorganizar nossa campanha para as eleições municipais.
Não ao Golpe!
Fora Temer!
Nenhum Direito a Menos!

Rui Falcão é presidente nacional do Partido dos Trabalhadores

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Educação avança ainda mais em Governador Valadares.


Em 2015 foram abertas 12 novas escolas, sendo 10 de Educação Infantil, creche e pré-escola, o que permitiu ao município antecipar em dez anos a meta do Plano Nacional de Educação no atendimento a 50% das crianças de 1 a 3 anos e garantir o pleno atendimento de crianças de 4 e 5 anos, previsto no plano para 2016.
Além das escolas novas, as ampliações, mudanças de espaço e reformas significaram a abertura de mais de 3 mil vagas só na Educação Infantil. Das 47 escolas municipais, urbanas e do campo, 93% receberam melhorias na estrutura física com recursos provenientes do governo federal e da prefeitura municipal.
As novas instalações aumentaram as vagas e reduziram os custos. Na Escola Municipal Vereador Hamilton Teodoro, Escola Municipal Adélia Ribas e Escola Municipal Professora Laura Fabri a economia veio dos alugueis dos anexos, que agora não são mais necessários.
Impacto positivo também no transporte escolar rural: economia para os cofres públicos e alívio para os 162 alunos da Escola Municipal Waldemar Nadil Krenak que desde fevereiro não precisam sair de casa mais cedo para virem estudar na cidade. Fora esta comodidade a nova escola também ampliou o atendimento às crianças desde 3 anos de idade.
Escolas novas 2015:
Centro:
E. M. Rio Doce
Ibituruna:
E.M. Pastor Fabiano Alves
E. M. Damon de Lima
Aeroporto:
E.M. Dona Lina martelli
EMEIEF Zumbi de palmares
Rio-Bahia:
E.M. Joaquim Martins da Costa
E.M. Daniel Alves Ajudarte
Altinópolis:
E.M. Professora Violeta Dias de Andrade
Mergulhão:
EMEIEF Pr. Martin Luther King Jr.
EMEIEF João Cândido
Açucareira
E.M. Pe. Pedro Crisólogo Rosa – com extensão na AHAMAN
Campo:
E.M. Waldemar Nadil Krenak
Escolas Vocacionadas
As escolas vocacionadas são uma inovação na rede municipal para tornar o ensino mais atrativo para os  adolescentes. A Escola Municipal Octávio Soares, no bairro fraternidade é vocacionada para o esporte e oferece natação, futebol, judô e atletismo.
Aprender um outro idioma é ampliar o leque de oportunidades pessoais e profissionais. Na escola municipal Pe. Eulálio, vocacionada para idiomas, no bairro Esperança, os estudantes aprendem inglês, espanhol, árabe, mandarim e libras, a língua brasileira de sinais.
A música é a vocação da Escola Municipal Santos Dumont, no bairro São Paulo. Os estudantes tem aulas de canto, percussão, flauta, violão, confecção de instrumentos e teoria musical.
Na Escola Municipal do CAIC, no bairro Nova Vila Bretas, os estudantes aprendem a lidar com as novas tecnologias. Aulas de robótica, manutenção de microcomputadores, animação digital e aeromodelismo fazem parte do currículo da escola.
Educação Especial
Para que nenhuma criança fique de fora, a Educação Inclusiva também avança, em número e qualidade! O Centro de Referência e Apoio à Educação Inclusiva (CRAEDI) ampliou o atendimento de 420 estudantes com necessidades educacionais especiais em 2014 para 718 em 2015, acabando com a fila de espera e acolhendo os estudantes das escolas do meio rural.
A mudança para um único ambiente amplo e totalmente revitalizado ao lado do Centro Cultural Nelson Mandela, no final de maio, revela o cuidado do município com os estudantes e famílias com necessidades educacionais especiais.
No CRAEDI, uma equipe multiprofissional oferece apoio especializado aos alunos com deficiência auditiva, visual, intelectual, física, múltipla, transtornos globais do desenvolvimento (autismo e psicose) e altas habilidades/superdotação. Além do atendimento individual às crianças e adolescentes, a equipe orienta as famílias e capacita anualmente uma média de 450 profissionais das escolas regulares, entre eles pedagogos, professores, monitores de apoio e intérpretes de LIBRAS.
Ensino Superior e Formação Continuada
Em Valadares, as oportunidades na Educação vieram não somente para crianças e adolescentes. Desde 2008, Valadares tem o seu Polo de Apoio Presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB) onde já foram oferecidas mais de seis mil vagas nas graduações, pós-graduações e extensões de quatro universidades parceiras: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Universidade Federal de Ouro Preto, (UFOP), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Atualmente, é o principal centro de formação de professores na cidade, com dez cursos de licenciatura, com quase 700 alunos.
Desde outubro de 2015, o Polo também é referência na formação continuada de professores e monitores da rede municipal absorvendo as atividades da Casa do Professor. A incorporação das atividades pelo Polo vai ampliar as possibilidades de formação dos Professores e contemplar ainda o formato de Educação à Distância, dando continuidade à formação docente.

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